Um já muito antigo interesse por motos!

Rui Durão

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Yamaha_GTS1000_01.jpg

Aprecio muito a engenharia desta mota. Aliás, dizem os boatos que a Yamaha nunca cobriu os custos que teve com elaa, e teve prejuízo com o modelo (mesmo usando um motor antigo). Estive mesmo para comprar uma há um par de anos... e depois fui experimentar. É um barco terrível e pesado, e o motor fica esmagado por todo aquele peso. Disse obrigado e vim-me embora...
 

HugoSilva

"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
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As motas são um interesse meu relativamente recente até porque cresci a ouvir os meus familiares sempre a "cortarem" tais intentos por serem máquinas perigosíssimas e yada, yada, yada... e a verdade é que são, nos dias que correm eu que trabalho em Lisboa junto a uma artéria com algum movimento, vejo pessoal a conduzir motas com proteção corporal completamente desadequada, acho que a popularidade que as 125 ganharam desde que se passou a poder conduzi-las apenas com carta B veio promover situações dessas aliadas à inexperiência, que numa mota pode ser sinónimo de coisas graves.

Não fico assim tão surpreso com esta "revelação" do @Carlos Vaz porque é só mais um aficionado dos carros que também gosta de motas, afinal são máquinas, ainda mais contra natura que os carros, e que na minha opinião promovem uma relação homem-máquina ainda mais íntima e arrisco dizer que se as explorarmos bem começam despertam uma paixão ainda mais ardente muito por culpa da tal ligação.

Pessoalmente à data de hoje as que mais gosto são as cruisers, em parte por serem pastelonas (talvez me sinta menos em perigo!) mas também pela estética que tem vindo a conservar traços clássicos ao longo das décadas em quanto as outras tendências ficam cada vez mais modernas. Talvez as últimas Harley fujam a isto mas talvez seja uma mudança que está agora a chegar, até as estéticas clássicas por vezes precisam de se atualizar hehe

Aprecio muito a engenharia desta mota. Aliás, dizem os boatos que a Yamaha nunca cobriu os custos que teve com elaa, e teve prejuízo com o modelo (mesmo usando um motor antigo). Estive mesmo para comprar uma há um par de anos... e depois fui experimentar. É um barco terrível e pesado, e o motor fica esmagado por todo aquele peso. Disse obrigado e vim-me embora...

A sua suspensão dianteira Forkless RADD foi projectada por James Parker. Esta suspensão apesar de permitir uma enorme estabilidade na travagem apresentava um custo enorme que encarecia o produto final, essa é apontada como a principal causa do insucesso comercial.
- Museu do Caramulo

A Yamaha a querer dar uma de Citroen hehe
 
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Carlos Vaz

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A Yamaha é de facto uma marca que pelo seu posicionamento inovador tem incontáveis opções para este tópico. Não quero entrar por produto novo que a marca tem neste momento motos muitissimo interessantes mas não posso deixar de referir uma máquina quase unica que foi uma pedrada no charco em 1984, a Yamaha RD 500 LC, uma 2 tempos que se escapou das pistas quase directamente para as mãos de quem a quisesse comprar, um tempo que já não volta:



RD_500_LD.jpg


Só no ano seguinte a Suzuki lançou a ainda mais brutal (mais leve e mais potente) RG 500 Gamma, mas a Yamaha será sempre a primeira:

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António José Costa

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A Yamaha é de facto uma marca que pelo seu posicionamento inovador tem incontáveis opções para este tópico. Não quero entrar por produto novo que a marca tem neste momento motos muitissimo interessantes mas não posso deichar de referir uma máquina quase unico que foi uma pedrada no charco em 1984, a Yamaha RD 500 LC, uma 2 tempos que se escapou das pistas quase directamente para as mãos de quem a quisesse comprar, um tempo que já não volta:



RD_500_LD.jpg


Só no ano seguinte a Suzuki lançou a ainda mais brutal (mais leve e mais potente) RG 500 Gamma, mas a Yamaha será sempre a primeira:

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Se as dois e meio já metiam respeito, estas definitivamente não eram máquinas para indivíduos pueris na pilotagem das duas rodas. :wub:
 
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Como disse a minha preferencia vai para bililindricos e monocilindricos especialmente por apreciar máquinas leves e muito maneáveis. Nesta medida a ideia de misturar quadros e suspensões de trail com rodas e travões de estrada é uma ideia bastante apelativa e está na base daquilo a que se costuma chamar de "supermotard", assim uma máquina que adorei ( e ainda gosto muito ), em 1990/1991 nasce a primeira "supermotard" comercializada para o grande publico, a Gilera 600 Nordwest:
GILERA-Nordwest-600-12121_3.jpg


GILERA-Nordwest-600-12121_4.jpg


GILERA-Nordwest-600-12121_1.jpg


Notem que já nesta altura usava uma suspensão dianteira de baínhas invertidas!
Ainda hoje gostaria mesmo muito de ter uma!
 
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Como já aqui tinha dito, o gosto por máquinas leves, simples e descomplicadas leva-me a gostar imensamente de monocilindrocas de estrada e se juntarmos a isso uma produção artesanal a coisa ganha outros contornos. Assim, algures em Italia um tipo maluco produziu uma máquina que será claramente um verdadeiro unicórnio. Um quadro imaginado e construído por ele (que acabou por ir evoluindo, (é provavel que não hajam mais que 3 ou 4 iguais) e não sei se chegaram a ser fabricadas as 50 que estavam planeadas. Usou-se um motor (de que desconheço o fabricante) usado em corridas de motos de speedway ao qual se acoplou uma caixa de 5 velocidades e com um nivel de equipamento reduzido ao máximo (nada de motor de arranque, ussa-se o bom e velho pedal de kick) a moto na sua versão final terá um peso de 117 kg a seco. Andará abaixo dos 130 kg em ordem de marcha com depósito cheio. Uma suspensão dianteira da Ceriani, amortecedor traseiro da WP e travões Grimeca e eis a formula para as mais retorcidas estradas de montanha. Era quase capaz de matar para ter uma.

Apresento-vos a Borile B500 CR:
bcr05a01g.jpg


30570_0_1_4_b500cr_Image%20credits%20-%20Borile.jpg

BORILEB500CR-658_7.jpg
 
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Continuando o periplo pelas motos de que gosto realmente a grande conclusão que se pode tirar é que tal como em relação aos carros tenho mesmo muito "amor" para dar... são tantas as de que gosto que isto quase não tem fim.
Continuando no tema das monocilindricas de pequeno volume vou agora falar de uma marca muito conhecida no nosso país, normalmente associada a máquinas de menor cilindrada.
Produzida entre 2001 e 2004 esta máquina usa um monocilindro de 650cc da Suzuki e pessando menos de 160 kg a seco faz juz á simplicidade que aprecio. Trata-se da Sachs 650 Roadster:
20582_0_1_4_roadster%20650_Image%20credits%20-%20The%20respective%20copyright%20holder%20or%20manufacturer.jpg


SACHS-Roadster-650-1781_5.jpg


SACHS-Roadster-650-1781_2.jpg
 
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Ainda dentro do mesmo tema, as monocilindricas de estrada, apresento-vos agora uma moto de uma marca muito conhecida embora de há bastantes anos claramente de baixo volume. Usou a mesma estratégia das Sashs na moto anterior e sendo alemã, socorreu-se de designers ingleses e recorreu a um motor da Yamaha, o monocilindro de 5 valvulas, 660cc que tão boa conta deu nas XT da marca.
Assim, produzida emtre 1994 e 2003, inicilmente em 2 versões, a Tour (naked) e a Sport, em 2001 introduziram a Traveller (uma turistica).
Apresento-vos as MuZ Skorpion 660. Note-se que quando foram lançadas a MZ foi decidido mudar a marca para MuZ coisa que voltou a mudar em 2001 (aquando do lançamento da Traveller) quando se passaram a chamar MZ.
A Sport foi descontinuada em 2002 e as outras entre o final de 2003 e o principio de 2004.
De aspecto simples, revelaram-se máquinas surpreendentemente bem acabadas e fiáveis (o motor dispensa apresentações) e bastante aclamadas pela imprensa da especialidade, competentes, económicas e bastante divertidas.

A Sport:
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02MZ_SKORPIANX1-01.jpg


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A traveller:

MZ_SKORPIANX2.-01.jpg


A Tour:

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Os instrumentos que eram comuns aos 3 modelos:

MZ_SKORPIANX5-01.jpg
 
Aqui está um tópico que dá gosto acompanhar, mas infelizmente faz-me pensar mais uma vez que as motas actualmente estão a perder carácter e individualidade, tal como aconteceu com a maioria dos automóveis nos últimos anos.

A minha Yamaha R1 de 2003 continua hoje a ser mais bonita que a maioria das actuais superbikes, que cada vez mais se parecem com produtos desenhados pelos designers da Hotwheels...

Outra coisa que me entristece é o quase total desaparecimento das saudosas "big thumpers", as famosas Honda XR, Yamaha XT e TTR, Suzuki DR, etc...
 
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Carlos Vaz

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Aqui está um tópico que dá gosto acompanhar, mas infelizmente faz-me pensar mais uma vez que as motas actualmente estão a perder carácter e individualidade, tal como aconteceu com a maioria dos automóveis nos últimos anos.

A minha Yamaha R1 de 2003 continua hoje a ser mais bonita que a maioria das actuais superbikes, que cada vez mais se parecem com produtos desenhados pelos designers da Hotwheels...

Outra coisa que me entristece é o quase total desaparecimento das saudosas "big thumpers", as famosas Honda XR, Yamaha XT e TTR, Suzuki DR, etc...

Como certamente já deu para perceber, também sou adepto das "big thumpers"!
Apenas sempre as preferi com uma ciclistica de estrada. O fora de estrada seja em 2 ou em 4 rodas não me diz muito... o tópico vai continuar. E vai continuar até aos nossos dias. Ainda há produtos muito interessantes mas compreendo o comentário sobre o design actual.
 
Como fã das monocilíndricas com ciclistica de estrada então deve recordar esta preciosidade:

supermono.jpg

Ducati Supermono, fabricada de 1992 a 1995, apenas para uso em circuito.
Tinha um motor monocilíndrico com distribuição desmodrómica, 4 válvulas, 550cc e 65bhp no formato original, tendo sido mais tarde aumentado para 572cc e 76bhp.
A nível de ciclistica tinha um quadro em treliça como todas as Ducati devem ter e componentes de alta qualidade, tais como suspensão e amortecedor Öhlins, escape Termignoni e rodas Marchesini... contas feitas tinha pouco mais de 120 kg e devia ser diabólica em estradas de montanha!
 

Anexos

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Como fã das monocilíndricas com ciclistica de estrada então deve recordar esta preciosidade:

Ver anexo 1133055

Ducati Supermono, fabricada de 1992 a 1995, apenas para uso em circuito.
Tinha um motor monocilíndrico com distribuição desmodrómica, 4 válvulas, 550cc e 65bhp no formato original, tendo sido mais tarde aumentado para 572cc e 76bhp.
A nível de ciclistica tinha um quadro em treliça como todas as Ducati devem ter e componentes de alta qualidade, tais como suspensão e amortecedor Öhlins, escape Termignoni e rodas Marchesini... contas feitas tinha pouco mais de 120 kg e devia ser diabólica em estradas de montanha!

A Ducati Supermono é um marco para os apreciadores de monocilindricas como eu.
Não a tinha referido unica e simplesmente pelo facto de não ser uma moto de estrada... e como tal não poder ser utilizada no seu meio natural.
Mas seria seguramente uma máquina temivel numa estrada de montanha.
Obrigado pela participação.
 
A mim também... sonhei umas quantas noites com a Kelly McGillis.
Esta é a uma das imagens que anda a correr o mundo digital dos amantes das 2 rodas.
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O Tom continua a andar de moto e a mensagem é que ser motard faz bem à saúde.:)

Quanto ao tópico, sempre fugi a sete pés desta paixão.
Antes dos 18, foram vários os amigos e conhecidos a perderem a vida neste tipo de veículo.

Antes dos 18 fui durante muitos kms pendura em RR's. Adorava a adrenalina. Adorava demais. Por isso quando fiz 18 decidi não tirar a carta de moto. Se nas scooters já andava deitado nas curvas, o passar a fasquia para coisas mais sérias com a minha insanidade não traria bons frutos. :blush:

Sim, a VFR750 branquinha também marcou a minha adolescência :thumbs up:
A propósito de motos brancas, lembro-me que nos anos 80/70 houve um filme de classe B, acho que de origem japonesa, dum herói de seu nome cavaleiro da lua (nada haver com o da marvel) que andava montado numa moto branca...não me lembro do modelo...alguém chegou a ver isto? Deve mesmo ser coisa super nerd. Não estou a conseguir encontrar nada online.
 
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HugoSilva

"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
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A Ducati Supermono é um marco para os apreciadores de monocilindricas como eu.
Não a tinha referido unica e simplesmente pelo facto de não ser uma moto de estrada... e como tal não poder ser utilizada no seu meio natural.
Mas seria seguramente uma máquina temivel numa estrada de montanha.
Obrigado pela participação.
Sou um grande ignorante no que toca a isto das motos, qual é a diferença além de técnica, do número de cilindros? Uma "mono" não deveria ser bem menos interessante que uma twin ou uma monstruosa Rocket 3? :wacko:
 
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Carlos Vaz

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Sou um grande ignorante no que toca a isto das motos, qual é a diferença além de técnica, do número de cilindros? Uma "mono" não deveria ser bem menos interessante que uma twin ou uma monstruosa Rocket 3? :wacko:

Pode ser, e na maioria das vezes é.
Mas tem as suas vantágens, é mais leve, é mais simples e reresenta as origens do motociclismo.
Depois cada tipo de motor tem uma forma diferente de "entregar" a potencia. Chegas a ter motores de 4 cilindros com desfazamento de cambota de 270 graus para replicar o caracter de um twin em v de 90 graus.
 
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