Um já muito antigo interesse por motos!

Carlos Vaz

Pre-War
Nunca aqui tinha falado nisso mas o meu interesse por motos é quase tão antigo quanto o meu interesse por carros. Na verdade muito do que sei hoje de mecânica devo-o ao facto do meu pai ter tido uma oficina de motorizadas e bicicletas e portanto, os meus fins de semana (no principio abríamos ao sábado todo o dia e ao domingo de manhã) e as férias da escola eram passadas a trabalhar por lá.
Nas motos como nos carros sempre gostei de coisas que se adequassem para "dar um calorzinho" embora da mesma forma que não consigo ficar muito entusiasmado com os chamados "supercarros" as motos RR também não me entusiasmam muito. Harleys e coisas do género também não fazem parte das minhas preferências.
Assim, aprecio a simplicidade e gosto particularmente de uma espécie hoje já desaparecida, os monocilindros de estrada! Gosto de bicilindricas e são poucas as motos multicilindricas que me entusiasmam a sério. De referir que não gosto de coisas muito antigas. É uma matéria em que talvez prefira os "plásticos"!
Comecemos por colocar algumas fotos de motos que realmente povoaram (e povoam) o meu imaginário.
Uma das primeiras motos com que sonhei ardentemente (por acaso uma multicilindrica) é uma turisticodesportiva que se tornou uma referencia nas suas várias gerações. Apresento-vos a Honda VFR 750 F (rc24), aqui na minha cor preferida e que ainda hoje povoa os meus sonhos:
1280px-Honda_VFR_750_F_1987.JPG


(continua)
 
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Carlos Vaz

Carlos Vaz

Pre-War
Ainda hoje a considero uma das motos mais bonitas e está entre as minhas preferidas de sempre entre as carenadas.A sue evolução de 1990 a Honda VFR 750 F (rc36) também em branco foi uma digna evolução. Ainda hoje gostaria bastante de ter uma para uso em viagens:
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Tenho pouca apetência para as "maxi trail" mas... a honda Africa Twin acaba por ser uma mota incontornável. Provavelmente a melhor mota que se pode ter para um uso multifacetado, uma espécie de canivete suíço das motos aqui uma XRV 750 de 1993 a minha versão preferida:
honda_unsorted_263.jpg


(continua)
 

Rafael Isento

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Tenho pouca apetência para as "maxi trail" mas... a honda Africa Twin acaba por ser uma mota incontornável. Provavelmente a melhor mota que se pode ter para um uso multifacetado, uma espécie de canivete suíço das motos aqui uma XRV 750 de 1993 a minha versão preferida:
honda_unsorted_263.jpg


(continua)
Hoje tive um daqueles almoços loooooongos com amigos de longa data.
Um deles tem precisamente uma XRV 750 (Africa Twin) igualzinha à da imagem.
A conversa sobre motas foi igualmente loooonga.

Eu tive algumas experiências com motos.
Desde uma Vespa 50 FL2 que tive, passando por algumas experiências em Yamaha's: TZR125, FZR600, XT125 e XT600, YZF750, FJ1200 e GTS1000.
Hondas apenas a CB500 e nas Suzuki uma das experiências mais loucas, RF900.

Sonho mesmo era a Kawasaki Ninja 900, muito por influência dum filme da juventude, o Top Gun.

Atualmente as minhas preferências são as Triumph Bonneville e derivadas (Thruxton e Scrambler).

Eis uma que adoro:
Triumph T100 "Jake Pine" by Hammarhead
triumph-t100.jpg

Aqui em vídeo:
 

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Carlos Vaz

Carlos Vaz

Pre-War
Ainda dentro da mesma marca e com a base mecânica da primeira Africa Twin (o bicilindro em V de 650cc) uma máquina que não existiu por cá a Honda NT 650 Hawk GT foi produzida entre 1988 e 1991 e é hoje uma moto de culto:
1989-honda-nt650-hawk-gt-86758-410.jpg


Excelentes para com pequenas alterações fazer uma dinâmica "café racer" prática, fiável e muito divertida. Por cá existiu a NTV revére em quase tudo semelhante mas usando um veio de transmissão em vez de corrente... menos desportiva mas contudo continua a ser muito interessante.

Ainda na mesma marca refiro uma das primeiras a explorar o filão do saudosismo e tal como já tinha falado noutro post a Honda GB 500 TT ou Clubman consoante os mercados acabou por não ser um grande sucesso fora do japão (onde teve versões 400cc) e em 92 1000 destas motos foram exportadas dos EUA para a Alemanha. Acho-a absolutamente linda:
Honda_GB500_Clubman_Rechts.jpg


Para mim sempre valeria a pena montar um 650 de uma NX Dominator... ficava lindo!

Com a mesma base técnica e menos emblemática a Honda XBR 500 é perfeita para fazer uma "café racer" caseira:

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(continua)
 

António José Costa

Regularidade=Navegação, condução e cálculo?
Portalista
Para já só digo isto,

A minha clássica favorita: Kawa Z1300, 6 cilindros :D

A minha moto favorita de sonho: Ducati Monster da primeira série.

Adoro despidas e como não sou rico, sempre sonhei com uma Bandit 400, aliás as 400 quando eram teenager eram tãããoooo fixes, ainda estive para comprar uma a pouco mas já não tem a mesma gama de rotações para trabalhar.
 
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Carlos Vaz

Carlos Vaz

Pre-War
(continuação)

Mudando de marca e de certa forma de tema, em 1988 a Yamaha (que sempre foi uma das marcas mais inovadoras introduziu um conceito altamente interessante e "explosivo", aliando o motor de 2 cilindros a 2 tempos da TZR a uma ciclistica trail adaptada á estrada e criou a TDM 250 que me encantou precisamente na cor da foto... 50 cv completamente explosivos:
YAMAHA-TDR-250-2469_4.jpg


Ainda na mesma linha dos monocilindros de estrada que já tinha aflorado com a Honda, temos a Yamaha SRX 600 uma pequena moto prática, simples, leve e muito divertida, uma das minhas "all time favourites" :
12421.jpg

12420.jpg


Ainda com este tema dos monocilindrocos, uma curiosidade, em 1985 a Yamaha Itália, usou uma ciclistica completa de TZR 125RR com um motor 660 da XTZ e criou a SXR660 que esteve no mercado apenas por 2 anos... já é desportiva demais para o meu gosto mas, por ser um produto "contra a corrente" conquistou a minha simpatia:
YamahaSZR.jpg


@Rafael Isento, era desta que te falava.
 
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Carlos Vaz

Carlos Vaz

Pre-War
(continuação)
Em 1996 a Yamaha lançou uma desportiva que merecia ter tido outro sucesso. Muitos a classificam como sendo a Ducati SS do Japão e na verdade talvez isso não seja exagerado. Usa um bicilindro paralelo mas com uma cambota a 270 graus por forma a replicar o comportamento de um V twin. Por outro lado a Yamaha usou um quadro em treliça de aço em vez do habitual "deltabox" traduzindo-se isso em mais uma semelhança com as Ducati, além de que as primeiras unidades (não sei se alguma destas chegou á Europa) usavam travões da Brembo normalmente usadas nas máquinas transalpinas. Apresento-vos a Yamaha TRX 850:
TRX850-in-Gauloises-Blue-was-naturally-popular-in-France.jpg

Neste azul "Yamaha" é bem bonita mas... as primeiras unidades no Japão eram brancas com o quadro em vermelho e travagem Brembo. Lindas!

(continua)
 

António José Costa

Regularidade=Navegação, condução e cálculo?
Portalista
GPZ900R, a primeira moto de estrada a ultrapassar as 150mp/h.

Z1300, era a moto de um casal amigos dos meus Pais, pelas conversas velocímetro acima dos 240km/h (obviamente mentirosos) era normal, bom, mas uma curiosidade dois motores desta hexacilíndrica, fizeram parte disto Sbarro Super Twelve
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Os dois motores estavam conectados por correia, cada motor tinha a sua caixa de velocidades e transmitia força a uma roda traseira. Com 800kg, era um Hot Hatch produzido em 1981, complicado e estupidamente furioso de conduzir, tanto que numa nova versão produzida mais tarde (1984) com uma carroçaria semelhante usaram o motor do Ferrari 308, chamaram-lhe Super Eigth tinha mais 400cc, mas era mais suave.
Só foi produzida uma unidade do Super Twelve, se tivesse tido sucesso coitadinho do Golf GTI :).

Mais informação aqui: Sbarro Super Twelve, 1981

Dr. Vaz desculpa o offtopic, mas isto tem um motor de moto :)
 

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António José Costa

Regularidade=Navegação, condução e cálculo?
Portalista
Eheheheheh @António José Costa... do que tu te foste lembrar!
Eu tinha a L'áutomobile em que falavam desse carro e de Frank Sbarro, incrivelmente não me lembrava que essa foi a forma para chegar a um doze cilindros!
Aqui tens um maluco que fez um V12 montado na cozinha:


Se não fossem estes doidos que era feito de nós? Não tinhamos metade para ver :).
Grande obra, imagino o binário daquele monstro naquela estrutura dos anos 70/80.
 

António José Costa

Regularidade=Navegação, condução e cálculo?
Portalista
Inicialmente a Z1300 era assim, lembro-me de a ver nova do 12º andar onde moravam os meus Pais e vir a descer a correr para a ver ao vivo (naquela altura o elevador parecia lento), no entanto rapidamente foi transformada numa cruiser com um painel frontal grande para viagens longas sem terem o vento sempre a incomodar, a cruzar o continente europeu a velocidades a que hoje só se pode andar nas auto estradas alemãs sem limite de velocidade ;).

Quanto à preferência, diria que eu também, mas esta moto marcou-me para toda a vida!
 
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Carlos Vaz

Carlos Vaz

Pre-War
(continuação)

Ainda na marca Yamaha e apesar de serem 2 mastodontes de 4 cilindros há 2 máquinas que tenho que referir. uma delas porque tinha na época um equilíbrio de linhas que a tornavam efectivamente muito bonita e pela sua longevidade. Lançada em 1984 a FJ1100 mais tarde declinada em FJ1200 durou até 1996. Uma turistico/desportiva de respeito:
YAMAHAFJ1100-751_2.jpg


A outra Yamaha deste género que não posso deixar de referir trata-se da demonstração da coragem comercial desta marca, lançada em 1993 a GTS 1000 exibia uma frente completamente inovadora sobretudo em relação a grandes fabricantes, exibia também injecção electrónica e ABS, há-de ser sempre sinónimo de inovação:
Yamaha_GTS1000_01.jpg
 

Rui Durão

Veterano
Premium
Eu também sou um grande fã de motos. Nos últimos anos tive várias diferentes, desde uma FZR 400 de 1990 que me matou a ideia de ter motas antigas (sem ter alternativa recente), até duas Hayabusas (uma de 2003 e outra de 2007). Há aqui várias motas neste tópico que me interessam bastante: a VFR RC36, que acho uma mota brilhante em termos de engenharia, que estão agora ao preço da uva ----, e que só vão valorizar; e a FJ1200, um expoente do que a Yamaha fazia de melhor na altura, e que ainda hoje vai cumpre muito bem.
 
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