O desaparecimento da Rover representou uma perda significativa da história automóvel, Irreparável? deixe a sua opinião, a sua história num Rover ou simplesmente a foto do seu Rover.
A Rover foi de facto uma das marcas de referencia no mundo automóvel, com um prestígio inquestionável.
Eis o meu Rover, como o encontrei e como está agora. A última foto já num dos encontros de Belém, do portal.
O que gastei nele justifica-se, comercialmente falando? Claro que não, mas o prazer que tenho ao conduzi-lo, justifica plenamente
Rover, mais uma marca de prestígio que os ingleses infelizmente também não souberam preservar.
Entre Novembro de 1993 e Maio de 2002 - quando fiz a burrice de o trocar por isto:
ai se eu soubesse o que sei hoje – fui proprietário de um, infelizmente já "ajaponesado", 214 GSI que até me proporcionou muitos e bem mais agradáveis Kms do que o(a) substituto(a). Sei que hoje já não existe; da última vez que o vi parecia ter participado num “demolition derby drivers” de tão mal tratado estar, sacrilégio. Ficam-me na memória os bons momentos que passei a conduzi-lo e a tristeza que senti quando por acaso o encontrei alguns anos mais tarde, ainda pensei aguardar pelo proprietário e propor-lhe a compra para o salvar mas tive de descer à Terra, o mealheiro já não era o que foi, restando-me virar costas com um amargo de boca. Preferia nunca o ter encontrado!
Se não me limitarem o espaço de escrita, tenho mesmo muito para participar num tópico como este. Ainda tenho uma Rover Tourer (a primeira carrinha comercializada directamente pela Rover) que apesar de muito pouca gente gostar daquela mecânica, tem 330 000km e continua sem parar.
Se não me limitarem o espaço de escrita, tenho mesmo muito para participar num tópico como este. Ainda tenho uma Rover Tourer (a primeira carrinha comercializada directamente pela Rover) que apesar de muito pouca gente gostar daquela mecânica, tem 330 000km e continua sem parar. Ver anexo 1069262
O Rover P6 terá sido o Rover mais à frente do SEU tempo, nem vou discutir qual será o melhor Rover de sempre. Quando saiu, em 1964, a Executive Car Class tinha de ter 3 litros de cilindrada, o P6 provou (e ultrapassou) o conceito só com 2 litros!
Quanto à geração R8, a da minha Tourer, já li em foruns e até nem discordo, que devia ter sido a continuação da marca Triumph, deixando a marca Rover para o segmento do 800. Não esqueçamos que o Triumph Acclaim foi sucedido pelo Rover 213 e este pela geração R8!
Quando referi que a minha Tourer foi a primeira carrinha Rover a ser comercializada pela marca, o modelo P6 teve a sua carrinha, mas era transformada elsewere...
...com um nome que em bom português tem um significado bombástico!
Ui ui ui que eu não tinha visto este tópico ainda!!!
Como ninguém me identificou aqui?
Um excelente tópico e que poderá servir para os menos conhecedores da Rover.
A Rover foi uma marca que teve e contribuiu com bastante história para o mundo automóvel, não ao nível de carros super desportivos, rally e afins, mas sim pela forma como esta nasceu e pela própria história que a sua famosa fábrica tinha (antiga fábrica de Longbridge).
Aliás a Rover foi quem criou a primeira bicicleta com as duas rodas com o mesmo diâmetro. E esta han?
A maior fábrica automóvel do mundo e que chegou a servir de alojamento/proteção para muita gente durante a 2ªguerra mundial. Julgo que há por aí documentários sobre isso. Essas pessoas recolheram-se nos misteriosos túneis subterrâneos que existem debaixo da fábrica:
Pela Rover foram fabricados determinados modelos de muito bom gosto e construção como foi o caso do Rover P5 e P6, com destaque para este último que foi um sucesso de vendas. O famoso 3500 V8 era a cereja no topo do bolo
Passando os anos 50/60/70 veio a adorada década de 80 em que surgiu o Rover SD. Um carro também de muito bom gosto mas que já não se diferenciava tanto como os anteriores...ainda assim um automóvel que apaixona qualquer um por onde passa.
Chegando a década de 90 é que começaram a surgir algumas mudanças dentro da Rover, como a parceria feita com a Honda (iniciada já nos anos 80) e com a compra da BMW em 1995 (que para mim foi um dos principais erros cometidos e que ditou o início do fim). No fundo a BMW teve acesso a tudo o que eram projetos e sistemas dos Land e Range Rover (até aqui a BMW nunca tinha construído um jipe) e acabou também por se apoderar da Mini. Portanto muito resumido: Ingleses 0 - 1 Alemães
Nesta década foram construídos modelos igualmente de bom gosto, no entanto que de Rover já pouco tinham, a não ser as suas madeiras e a classe a bordo, com excepção do Rover 800 que foi um modelo de muito boa construção e que continuava a competir com marcas de prestígio.
Alguns dos modelos produzidos foram: Rover série 100, Rover série 200 e 400XW, Rover série 200RF, Rover série 400RT, Rover série 600, Rover série 800, entre mais um modelo ou outro.
Entrando no novo milénio já a marca começava apresentar maus sintomas, estando as vendas longe do que eram antes e a sua qualidade a seguir o mesmo caminho.
Ainda assim nos seus últimos 5 anos de produção, a Rover (já no grupo MG-Rover) lançou um modelo de excelência. Era ele o Rover 75!
Um carro com um exterior lindíssimo, acompanhado de frisos cromados desde o pára-choque frontal ao traseiro, e que quando se entrava no seu interior...bem, então aí é que era de ficar tentado a comprar um. Um tablier repleto de madeira e uns bancos que proporcionavam um conforto como o sofá lá de casa. Todo ele com um ambiente e classe típico da Rover...british!
Os motores a Diesel eram BMW (2.0) e os a gasolina eram Rover, havendo algumas versões (1.8, V6, V8).
Como é sabido existem modelos muito idênticos aos da Rover, porém mais desportivos. Eram eles o MG ZR, ZS, ZT e ZT-T. A principal diferença eram as grelhas, frisos, inserções interiores (MG "alumínio", Rover em madeira, sendo que esta madeira em alguns modelos não era verdadeira, ao contrário do que acontecia nos modelos fabricados até aos princípios de 90).
Porém o grupo MG-Rover não passou além do dia 17 Abril de 2005, tendo declarado falência.
A fábrica ficou fechada então até 2008/2009.
Como em todo o lado há sempre gente curiosa e pronta a descobrir o que existe dentro de um local fechado e a fábrica de Longbridge não foi excepção.
Capturaram imagens chocantes e que mostravam o estado a que a fábrica da MG-Rover havia chegado. Estava tudo tal e qual como no último dia a que a fábrica tinha estado a funcionar:
Em 2009 a MG foi comprada pelo maior grupo chinês (SAIC) e a Rover mantém-se até hoje sem produzir, sendo o seu regresso muito improvável de vir acontecer.
Portanto resumindo, se tivesse que dizer as palavras-chave da razão para a falência da Rover seriam:
má gestão, junta de cabeça, BMW, preços de venda.
Quanto à minha experiência com a Rover, já todos sabem que é uma história longa.
Essa experiência com cada ano que passa vai sendo cada vez mais enriquecida, estando eu disposto a ter uma coleção deles, se a vida assim permitir.
Comecei pelo meu 214SLi de 1994 no qual enterrei umas boas coroas, das quais não me arrependo.
Adquiri-o a 30 Novembro de 2012 e vendi-o a 12 Junho de 2016. O motivo para o ter vendido foi somente por ter adquirido um Rover 416 GTi de 1991 no dia 10 Abril de 2016.
214:
416:
O 214 foi um carro que deixou e deixa imensa saudade. Aquele verde inglês, aqueles interiores, aquele barulho do K-Series acima das 3000rpm...enfim
O 416 embora ainda não tenha conquistado o meu coração como o 214 também gosto bastante dele. Não só por ser retro e ter ainda a ausência da grelha no capot como os típicos modelos da Rover nos anos 70/80, mas por ser um autêntico sleeper, o que para mim é um gozo dos diabos
Os 130cv quando os chamo aparecem
Ainda assim não sei se alguma vez irá ocupar o lugar do 214 no meu coração...afinal de contas o primeiro carro é sempre o primeiro carro.
Pronto, ficou o meu contributo e espero futuramente poder juntar ao meu 416 um SD, 800, 114GTi, 220Sportcoupé, P6, se possível um P5, ...
Só não concordo com a parte relativa ao período pós-SD1.
Na minha opinião a último Rover foi precisamente o SD1, que apesar de já ter sido concebido após a fusão de Rover com a British Leyland ainda tinha muito DNA Rover, quer na originalidade quer no posicionamento no mercado.
A partir dai os carros com o emblema do Drakar na frente chamavam-se Rover, porque segundo os parâmetro definidos pelos marketeers da estrutura que sobreviveu à implosão da British Leyland, era a marca do portfólio que herdaram, que melhor imagem tinha junto dos consumidores.
Toca a vender Hondas e um outro produto mais ao menos desenvolvido dentro de portas, outros com ajuda e supervisão da BMW e por ai fora, mas tudo com a Marca Rover a ver se o consumidor ia na conversa, parece que não foi.
A mesma lógica usou BMW para lançar o um citadino FWD no segmento "pop luxe", ai escolheram a marca "Mini" e nesse caso o consumidor foi na conversa.
Sobre o SD1 e 800, não creio que a qualidade de construção fosse assim tão boa, no caso do SD1 era francamente má e no 800 melhor, mas nada comparável aos rivais alemães.
Conheço quem tenha comprado um SD1 3500 Vanden Plas novo, mas o carro não era dele, pertencia à oficina, de vez em quando deixavam-no sair e ele depois devolvia. O dono, actualmente com 80 anos ainda tem o Rover, mas entretanto comprou um Porsche 993 novo e uma sucessão de Range Rovers e Civics Type R para o dia-a-dia. O 993 anda regularmente ao fim de semana e o Rover não anda há anos.
Não acompanhei tão de perto um 800 (4 portas) mas ficou famoso pela percentagem de viagens que conseguiu completar até ao Algarve, rondava os 50%.
Quanto aos Rovers pré-SD1, fabulosos.
Até ao P5 eram carros de notário da província (inglesa...), de outros notáveis locais ou de um ou outro conservador londrino, modelos deliciosos e bem construídos para os padrões da época.
A partir dai a Rover com os P5 P5B, P5 Coupé e P6 e a Triumph com os Dolomite e 2000/ 2500, tanto uns como outros carros fabulosos, criaram um novo segmento de mercado que por uma série de erros e falhas entregaram de mão beijada à BMW e Audi.
Só não concordo com a parte relativa ao período pós-SD1.
Na minha opinião a último Rover foi precisamente o SD1, que apesar de já ter sido concebido após a fusão de Rover com a British Leyland ainda tinha muito DNA Rover, quer na originalidade quer no posicionamento no mercado.
A partir dai os carros com o emblema do Drakar na frente chamavam-se Rover, porque segundo os parâmetro definidos pelos marketeers da estrutura que sobreviveu à implosão da British Leyland, era a marca do portfólio que herdaram, que melhor imagem tinha junto dos consumidores.
Toca a vender Hondas e um outro produto mais ao menos desenvolvido dentro de portas, outros com ajuda e supervisão da BMW e por ai fora, mas tudo com a Marca Rover a ver se o consumidor ia na conversa, parece que não foi.
A mesma lógica usou BMW para lançar o um citadino FWD no segmento "pop luxe", ai escolheram a marca "Mini" e nesse caso o consumidor foi na conversa.
Sobre o SD1 e 800, não creio que a qualidade de construção fosse assim tão boa, no caso do SD1 era francamente má e no 800 melhor, mas nada comparável aos rivais alemães.
Conheço quem tenha comprado um SD1 3500 Vanden Plas novo, mas o carro não era dele, pertencia à oficina, de vez em quando deixavam-no sair e ele depois devolvia. O dono, actualmente com 80 anos ainda tem o Rover, mas entretanto comprou um Porsche 993 novo e uma sucessão de Range Rovers e Civics Type R para o dia-a-dia. O 993 anda regularmente ao fim de semana e o Rover não anda há anos.
Não acompanhei tão de perto um 800 (4 portas) mas ficou famoso pela percentagem de viagens que conseguiu completar até ao Algarve, rondava os 50%.
Quanto aos Rovers pré-SD1, fabulosos.
Até ao P5 eram carros de notário da província (inglesa...), de outros notáveis locais ou de um ou outro conservador londrino, modelos deliciosos e bem construídos para os padrões da época.
A partir dai a Rover com os P5 P5B, P5 Coupé e P6 e a Triumph com os Dolomite e 2000/ 2500, tanto uns como outros carros fabulosos, criaram um novo segmento de mercado que por uma série de erros e falhas entregaram de mão beijada à BMW e Audi.
Sim Nuno e é precisamente isso que tentei transmitir. A rover deixou de ser a verdadeira Rover da década de 70 em diante.
Embora o Rover SD ainda tenha sido um automóvel encantador e que qualquer um dá pela sua presença, peca ao nível da sua construção ser francamente fraca.
Já os 800 a sua construção e acabamentos eram claramente melhores.
A entrada dos anos 80/90 é que gerou imensa perturbação na marca tendo esta perdido de todo o seu antigo rumo de prestígio e classe.
Uma pena!
Sorry, mas não estou de acordo! Quem diz que a Rover acabou nos anos 70, por acaso já experimentou um 75?
Não serve dizer que o 75 já não era um Rover mas sim um BMW, que não chega. Porque assim sendo, também já não há Jaguar, Rolls Royce, Bentley e Range Rover.
Sim Nuno e é precisamente isso que tentei transmitir. A rover deixou de ser a verdadeira Rover da década de 70 em diante.
Embora o Rover SD ainda tenha sido um automóvel encantador e que qualquer um dá pela sua presença, peca ao nível da sua construção ser francamente fraca.
Já os 800 a sua construção e acabamentos eram claramente melhores.
A entrada dos anos 80/90 é que gerou imensa perturbação na marca tendo esta perdido de todo o seu antigo rumo de prestígio e classe.
Uma pena!
Acho que comparaste de forma errada. O 75 não foi o reeditar de um outro Rover, como as 500 e os Carochas o tentam ser. E os Mini . O 75 é um Rover novo, com as novas tecnologias então desenvolvidas. Que digam que o Série 100 não é um Rover, até posso aceitar, mas que digam que o 75 não é um Rover, não posso estar de acordo. Para mim, o 75 é um Rover!
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