Ricardo Duarte Kadypress
Clássico
mais zoom...
Inauguração do Autódromo Internacional de Benguela
foto do arquivo de R duarte/kadypress
Inauguração do Autódromo Internacional de Benguela
foto do arquivo de R duarte/kadypress
Ricardo Duarte Kadypress disse:mais zoom...
Inauguração do Autódromo Internacional de Benguela
foto do arquivo de R duarte/kadypress
Francisco Lemos Ferreira disse:Muito bom Ricardo...que bela carrada...
Reparem no início da página - diz lá Misses...e eram mesmoManuel Ferreira Dinis disse:Elas eram aos magotes…boas curvas e sem pneus.
Ricardo Duarte Kadypress disse:Lemos tens que colocar o teu assim...venham as rodonas
foto do arquivo Tuku-Tuku
Inauguração do Autódromo Internacional de Benguela
fotos do arquivo R Duarte/kadypress
Garagem da empresa de transportes colectivos de Emílio Marta/Benguela
Manuel Ferreira Dinis disse:O Moke está preparado para algum acontecimento importante e não para andar na areia, como as que equipavam os Buggy nos anos 70.
Ricardo Duarte Kadypress disse:in Pilotos de Outrora / Nicha Cabral / Mazungue
(foto partic. de kadypress)
Bruno ricardo silva disse:Eu fico passado com estas fotos de BMW, Alfas, todos alargadões!!!
Que espectáculo!!!!
Sr. Ricardo, tem mais fotos de mantas A na competição???
Obrigado mais uma vez por me fazer sorrir tantas vezes a olhar para o monitor!
Este?Manuel Ferreira Dinis disse:O que restou do carro de Andrade Vilar deu origem ao Aurora Porsche Spider com que correu Robert Giannone em meados dos anos 70.
Ricardo Duarte Kadypress disse:sem comentários...
arquivo R Duarte/kadypress
Ricardo Duarte Kadypress disse:
Manuel Ferreira Dinis disse:pedro vaz de carvalho disse:Pedro, o Alfa que se despistou perto de tua casa foi o de Teddy Pilette, enquanto o de Taf Gosselin abandonou poeteriormente.
O Alfa 33 que correu em Angola é o de Teddy Pilette.
Perto da Curva da Timpeira não.Um bateu logo a seguir a passagem de nível de Abambres do lado esquerdo, o outro na curva do cruzamento para Palácio de Mateus( penso que Piletty) mesmo contra o ainda actual muro da vinha do Conde.
Ricardo Duarte Kadypress disse:
Francisco Lemos Ferreira disse:Armando de Lacerda conta como foi:
CORRIDA MAIS TRISTE DAS MINHAS RECORDAÇÕES
"Estória" do último CIRCUITO DA PALANCA NEGRA, em Angola, em que perdeu a vida o piloto Janita Andrade Vilar
Foi há 38 anos que eu, o Franchi Henriques e o Mira Godinho, numa bela manhã de sábado, nos metemos no avião em Nova Lisboa a caminho de Luanda, na perspectiva de um bom fim de semana no mundo dos automóveis, para assistir a uma boa corrida e desfrutar do convívio de bons amigos.
Na tarde de sábado, estivemos na sede da Palanca Negra onde se vivia a euforia e o frenesim que rodeia sempre as vésperas de uma corrida de automóveis.
No domingo, antes da corrida, o meu amigo Carlos Blanco levou-me a conhecer o percurso e pediu-me para assumir a direcção das “boxes.
Preocupava-me a partida, dada a formação da grelha e a maneira como aquela ia ser feita.
Como a Câmara Municipal não havia autorizado o encerramento do percurso na véspera da corrida, não se realizaram treinos e, por isso, a formação da grelha foi feita por sorteio o que originou que à frente ficassem carros de menor potência que outros que alinharam no fim da grelha.
Por outro lado, a partida ia ser dada no tipo Indianapolis, mas com uma variante desaconselhável pois em, vez de duas filas, era numa grelha de três - dois o que, na prática, originaria cinco carros em linha.
Antes da partida tentei, com dificuldade, que na zona das “boxes” não existisse ninguém na pista.
Tive mesmo uma discussão acesa com o fotógrafo Chaves (não me recorda já o seu primeiro nome) que, irritadíssimo, me pediu o meu nome para denunciar no jornal que eu o havia impedido de fazer o seu trabalho.
Assim que se deu a partida, o Porsche 906 de Janita Andrade Vilar, numa tentativa de ultrapassar o maior número possível de carros, encostou à berma do lado esquerdo, passou a rasar a zona das “boxes” em grande velocidade e, dali para a frente até parar, foi ceifando corpos de espectadores que se encontravam na pista e que eram atirados pelos ares.
Foi um autêntico e terrível pandemónio, no meio do qual o meu amigo Eduardo Baião, como grande profissional que era, com as lágrimas a correrem-lhe pela cara, não deixava de premir o botão da sua máquina.
Uma das suas fotografias daquele momento trágico, em que se vê todo o horror dos corpos pelos ares, correu mundo e ganhou vários prémios.
Do acidente resultou a morte de treze espectadores e, entre estes corpos sem vida, estava uma jovem linda, esposa do piloto sul-africano Ian Greig.
Ainda uns meses atrás, quando da realização das “6 Horas” esta jovem tinha ficado zangadíssima comigo porque eu não havia permitido que estivesse na pista, filmando a corrida.
Em Nova Lisboa, apesar da sua irritação, impedia-a de pôr a vida em perigo, mas em Luanda não estava ao pé dela para evitar que, com a sua inconsciência ao perigo, pusesse a sua vida e a dos outros em jogo e que terminasse, assim, o seu entusiasmo pela fotografia e pelos automóveis.
Um pouco à frente das “boxes” encontrava-se o Porsche de Andrade Vilar com a carroçaria totalmente destruída pelo embate nos vários corpos e, dentro dela, inanimado o piloto.
Com vários traumatismos e derrame da massa encefálica, foi transportado para o hospital de Luanda onde foi operado e ali permaneceu, cerca de um mês, em coma.
Transferido para Lisboa, ainda chegou a recuperar do estado comatoso, readquirindo a fala, mas acabou por falecer passados três meses do acidente.
A corrida estava interrompida, a comoção pairava no ar e a tristeza a todos nós abalava.
Comovidamente, o Chaves, há pouco tempo tão irritado comigo, agradecia-me o ter-lhe salvo a vida e pedia-me desculpa de tudo que havia dito.
Salvou-se e pôde continuar a ser um excelente profissional da fotografia, produzindo mais tarde um lindíssimo diaporama musicado em que mostrava toda a beleza de Angola.
Certamente deve ter ficado lembrado desse dia e não mais deve ter querido estar no meio das pistas.
Em todos nós pairava o desejo de acabar tudo imediatamdente pois o momento era de muita dor, mas a corrida tinha de continuar.
O director da prova, em estado de choque, não estava em condições de continuar a dirigi-la.
Foi o Franchi Henriques que tomou a direcção da corrida. Eu continuei na direcção das “boxes” e o Mira Godinho colaborou para que tudo continuasse e a corrida lá prosseguiu até à bandeirada final.
Hoje, passados estes anos, não consigo recordar um único pormenor do que se passou dali para a frente e nem sei quem venceu a prova.
Luanda não mais viu corridas na Marginal e só, passados anos, se voltaram a realizar mas no Autódromo
E o Franchi, o Mira e eu que nos deslocámos de Nova Lisboa para um fim de semana bem passado de alegria, emoção e convívio com os amigos, acabámos por assistir a um horroroso espectáculo que, ainda hoje, passados tantos anos recordo com muita comoção.
É assim este belo espectáculo cheio de emoção e alegria mas que, por vezes, nos faz pagar um preço elevadíssimo.
Apesar do estado de espírito com que regressámos a Nova Lisboa, o nosso entusiasmo e amor pelo desporto automóvel não esmoreceu e ainda hoje se mantém.
Da mesma forma que o trágico acidente que vitimou o pai, não impediu que os seus filhos Pedro, João e Bernardo viessem, mais tarde, a dedicar-se a este desporto.
Este é o sortilégio inexplicável das corridas que levou Gérard Larrousse, em conversa comigo, a defini-las assim: “C’est la course! La course… c’est la course
Francisco Lemos Ferreira disse:Aqui está um espaço para os clássicos do Portugal Ultramarino até 1974 Quem não tem alguém na família ou próximo que lá esteve e há sempre uma história de um clássico? Se tiver algum clássico oriundo do ultramar post aqui bem como qualquer foto de clássico da época ou uma história para contar...
Começo por Luanda, Angola por volta de finais de 1972