Tópico da comédia Auto

Tiago Baptista

Portalista
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:D :D :D

Li esta noticia no Sábado e cada vez mais tenho a plena convicção que isto das certificações é um negócio puro e duro onde o vale tudo é a lei que reina no seio das entidades certificadoras. Entidades essas que, perante situações como a descrita no artigo, também começam a ser alvo de pouca credibilidade, no que a este tipo de atividade diz respeito, perante os amantes de veículos de época.

Já não se distingue o clássico do antigo, o original do alterado e tudo o que aparece na rede leva com o carimbo de interesse histórico. Parece que não há um crivo que permita canalizar um clássico para a sua época e importância sempre que este se mostre o mais perto da originalidade possível. Pretende-se preservar, na minha óptica, com estas certificações, o património histórico rolante quer seja de duas ou quatro rodas e não dar uma benesse a qualquer um que, com a mudança de ano civil, atinja a maioridade imposta pela FIVA. As gerações futuras devem saber o que a história do automóvel deixou como legado e não que um qualquer Golf com coil overs, matricula de letras à direita com fundo preto e alterações estéticas discutíveis, conseguiu atingir o Olimpo no livro de História. Pelo andar da carruagem, não tarda, teremos modelos dos anos 90 e princípios do século a transportar o certificado. Haja paciência, competência e algum (muito) critério senhores reguladores. Façam o trabalho de casa antes de cada marcação e verão que não custa assim tanto saber o mínimo do que cada clássico transporta em cada parafuso. Não só melhoram o vosso conhecimento como não cometem estas barbaridades que somos "obrigados" a visualizar.

E, já agora, perante isto, estas entidades quererão mesmo saber do interesse histórico para alguma coisa?
 

António José Costa

Regularidade=Navegação, condução e cálculo?
Portalista

:D :D :D
Percebendo que este Golf terá muito que não é original, penso que foi certificado pela história e não tanto pelo estado de originalidade, aliás levou uma longa lista de correções a efectuar que estão indicadas na certificação.
Infelizmente a certificação é muito levada para a valorização, ou baixa de custos de utilização por vezes indevida, quando serve para mais do que isso.
Sem ver as correções colocadas não poderei afirmar nada mais.
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
Li esta noticia no Sábado e cada vez mais tenho a plena convicção que isto das certificações é um negócio puro e duro onde o vale tudo é a lei que reina no seio das entidades certificadoras. Entidades essas que, perante situações como a descrita no artigo, também começam a ser alvo de pouca credibilidade, no que a este tipo de atividade diz respeito, perante os amantes de veículos de época.

Já não se distingue o clássico do antigo, o original do alterado e tudo o que aparece na rede leva com o carimbo de interesse histórico. Parece que não há um crivo que permita canalizar um clássico para a sua época e importância sempre que este se mostre o mais perto da originalidade possível. Pretende-se preservar, na minha óptica, com estas certificações, o património histórico rolante quer seja de duas ou quatro rodas e não dar uma benesse a qualquer um que, com a mudança de ano civil, atinja a maioridade imposta pela FIVA. As gerações futuras devem saber o que a história do automóvel deixou como legado e não que um qualquer Golf com coil overs, matricula de letras à direita com fundo preto e alterações estéticas discutíveis, conseguiu atingir o Olimpo no livro de História. Pelo andar da carruagem, não tarda, teremos modelos dos anos 90 e princípios do século a transportar o certificado. Haja paciência, competência e algum (muito) critério senhores reguladores. Façam o trabalho de casa antes de cada marcação e verão que não custa assim tanto saber o mínimo do que cada clássico transporta em cada parafuso. Não só melhoram o vosso conhecimento como não cometem estas barbaridades que somos "obrigados" a visualizar.

E, já agora, perante isto, estas entidades quererão mesmo saber do interesse histórico para alguma coisa?

Percebendo que este Golf terá muito que não é original, penso que foi certificado pela história e não tanto pelo estado de originalidade, aliás levou uma longa lista de correções a efectuar que estão indicadas na certificação.
Infelizmente a certificação é muito levada para a valorização, ou baixa de custos de utilização por vezes indevida, quando serve para mais do que isso.
Sem ver as correções colocadas não poderei afirmar nada mais.

Eu acho que devemos ter algum cuidado nas criticas a estas certificações .... não vão as "autoridades"/senhores do governo mandar isto tudo para as malvas; como se fez em 2007 com uma lei da "antiga senhora". Depois todos lamentaremos ...
Já temos com que nos coçar com o que se prevê para 2035 .... :(:(:(:(
Por mim, provavelmente já não andarei por cá, não vai aquecer nem arrefecer.... porque já devo estar mais que frio ........ :xD::xD::xD:

Mas sinceramente estou espantado, não esperava isto do ACP nem da Fundação Lacerda/ Museu do Caramulo; mas como a concorrência certifica tudo e mais alguma coisa não é de admirar que isto suceda ... e como a FIVA mais o seu regulamento deixa muito a desejar ... "Lá vamos, cantando e rindo. Levados, levados sim." ... :xD::xD::xD:
Oh saudade ...

Tecnicamente o carro tem (pelos vistos) 35 anos, logo é considerado clássico pela FIVA .... o que já me parece discutível é o uso diário do dito contraproducente com os padrões da dita. Como não há numero minimo de anotações, não chego a perceber como se considera que o carro esteja em "boas condições".

Na realidade, para ser certificado, o carro apenas necessita ter a idade para ser clássico; depois, por muito ferrugento que esteja basta argumentar que está original e tem a pintura com que saiu de fábrica; e outras justificações avulsas ....... :wub::wub::wub: :oops::oops:

Mas como o carrito está certificado lá vai pedir mais 3 mil aereos por ele (no mínimo ...). Sim porque para ir aos states não sei se o para-choques e com demais restrições ele consegue entrar ... :xD::xD::xD:

Já gastei demasiado tempo a escrever ....
 

João Pereira Bento

128coupe
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Portalista
As certificações mais dia menos dia acabam. Podem escrever num post-it e colar no frigorífico. :D

Ri tanto, mas tanto... especialmente dos comentários no facebook. :) A maioria contra, obviamente.

Pelo menos não mudou as peças para fazer a certificação, e repôs ao chegar a casa. :)
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
As certificações mais dia menos dia acabam. Podem escrever num post-it e colar no frigorífico. :D

Ri tanto, mas tanto... especialmente dos comentários no facebook. :) A maioria contra, obviamente.

Pelo menos não mudou as peças para fazer a certificação, e repôs ao chegar a casa. :)
Nem me admira nada que as certificações acabem ... a pergunta é:
- Vão ser substituídas por que medidas ???
- Ou os "clássicos" vão ficar fechados numa sala ??
- Será que os clássicos vão ter prazo de validade ??
Isto nem na "antiga senhora" ... cada vez mais sinto que não faço parte desta sociedade ... :(:(:(
E eu que alinhei no 16 de Março e depois no 25/4 (nem tanto ..) para passados quase 48 anos, tantos como os de dita ditadura ... assistir a estas palhaçadas "democratas" ...
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
@Guilherme Bugalho dois post muito bons, importantes e bastante preocupantes, muito para além dos clássicos.
Obrigado ... mas exprimi o que sinto.
É complicado, isto do choque de gerações, todos conhecem "os seus direitos", mas estão a maribar-se para os seus deveres ...

É tão preocupante que há pessoal no VOC1903/1957 que tem alertado para esta problemática, chegando a exigir que os clássicos sejam sujeitos a uma IPO adaptada ao ano do veiculo ... Mas que tenha de fazer IPO, para não puderem argumentar que os veículos não fazem essa inspecção e como tal não devem circular na via pública ...

Por cá o "chico espertismo" de alguns dirigentes de clubes de clássicos, chega ao desplante (talvez ignorância) de chamar "homologação" à certificação como clássico. Tenho experiência desta discussão, fiquei tão "lixado" que o disse ao jovem em questão (filho de um amigo ... de longa data).

Os alertas servem para nos precavermos antecipadamente e não depois quando for tarde ...
:thumbs up::thumbs up::thumbs up::thumbs up::thumbs up:
 

Eduardo Correia

Portalista
Portalista
Não antecipo que as certificações acabem (felizmente), mas os procedimentos e os critérios seguramente terão de ser revistos sob pena desta operação deixar de ser considerada e valorizada para a finalidade que foi concebida.

Ainda este sábado levei um dos meus a fazer nova "certificação" (ao final dos 4 anos).

Confesso que demorou mais tempo tirá-lo da garagem do que o trabalho do certificador. Esteve 5m à volta do motor (com o mesmo desligado), após o que fechou o capô e deu o serviço por concluído. Não foi verificado o interior, a bagageira, a quilometragem, os pneus...

O que é certo é que, mediante uma módica quantia, dispensa-se o IPO durante 4 anos, evitando os inconvenientes de uma análise mais exaustiva, de um inspetor mais rigoroso e de, em simultâneo, ter o carro a chocalhar naquelas maquinetas.

Para "nós" é certamente confortável, prático e facilitador, mas o problema é que o facilitismo rapidamente degenera em perda de credibilidade.
 
Isto é tudo muito bonito mas, regra geral, quem gosta de clássicos faz questão de os manter em boas condições e em bom estado de funcionamento. As IPO´s normais é que são mesmo um autêntico negócio e tudo o resto que toda a gente sabe... Ir sujeitar um clássico ao chocalhar daquelas máquinas é "castigo" para quem tem estima pelo carro antigo.
 
Aquele Golf está em excelente estado ,e é de louvar a atitude deste rapaz , que sendo jovem e o carro claramente não ser do seu tempo nem ser um carro com motorização mais apetecível , investir no carro tempo e dinheiro para o melhorar. Não vejo nenhuma modificação chocante no carro , os pára-choques serão de um GTD ou de um GTI , asa jantes parcem ser as de origem estão e pintadas noutra cor . Os interiores parecem em estar em excelente estado do que pude ver. E parece estar um bocado rebaixado . Mas quem nunca fez melhorias num carro mais antigo que atire a primeira pedra . Eu no meu Golf 1 tive de mudar a suspensão e então coloquei uma da KW reguláveis em dureza e altura , será que é fugir á originalidade , para mim não , e tornar o carro mais seguro .

De resto não percebo o porqut da indignação da certificação , será por ser este carro em particular ou o Golf 2 em geral . Assim que me salta à vista neste carro na reportagem são as ópticas after-market mais uma ou outra coisa , mas é um carro com história , e o golf 2 em geral é um carro que já não tem nada a provar . Fiável e robusto , um marco na história automóvel e da VW .

Sera Que é só para gastar tinta e fazer correr papel ? Eu dou um exemplo , sei de um Porsche certificado com jantes todas pipi de um modelo mais recente ou after market , pois não conheço as jantes , um escape completo de uma outra marca conhecida feito para aquele modelo bancos recaro que não vinha de origem e barras estabilizadoras adicionais , será que as pessoas deveriam então também se indignar com isto ?
 

António_Vidal

Veterano
Premium
Portalista
Retirado do "livro das fronhas" do ACP Clássicos

Ver anexo 1268422

Acho que depois desta bizarra justificação, com base na juventude e espirito aventureiro do proprietário, vamos começar a assistir a uma banalização do processo de certificação de um veiculo onde não irá existir espaço para o rigor e seriedade.
"sabemos o que é um VW no seu estado de originalidade."
Eis o que disseram neste contexto basicamente: "sabemos que de origem não valem um chavelho" (que me perdoem os aficionados da marca, mas sei que há quem partilhe da minha interpretação)

Esta tentativa de justificação foi mais um tiro no pé. Há imensas pessoas a fazerem viagens com clássicos originais, basta ver meia dúzia de tópicos nesta casa...
 
Retirado do "livro das fronhas" do ACP Clássicos

Ver anexo 1268422

Acho que depois desta bizarra justificação, com base na juventude e espirito aventureiro do proprietário, vamos começar a assistir a uma banalização do processo de certificação de um veiculo onde não irá existir espaço para o rigor e seriedade.
Acho que esse comentário não invalida em nada o meu comentário e não vou entra na discussão de que modelos são merecedores ou nao da certificação mas, se o Golf MK2 nao é merecedor por causa da história associada , e nao falo deste modelo em particular então muito carro certificado também nao o merece e neste lote incluo os meus carochas . De resto como disse em cima nao há nada de extraordinário com o que foi feito ao carro mas, se sabes ou tens outra maneira de saber coloca o link se faz favor porque no FB nao consegui ver também .

Não concordo em absoluto contigo @Tiago Baptista , porque pelo que tenho visto e lido mais , as discussões que tenho com alguns amigos , essa banalização já se faz , não estou de acordo com ela mas porque tenho visto muita coisa que não deveria ser certificado pois ou estão em mau estado ou esta certificação é mais num intuito comercial de vender e fazer mais dinheiro , mas tudo isto já foi mais que dito por aqui .

De resto @António_Vidal não concordo em absoluto com a tua analisa , porque não consigo interpretar essa mensagem no comentário mas que os há elitistas por lá há , que para eles só Ferraris e Porsches deveriam ser clássicos .
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
Acho que esse comentário não invalida em nada o meu comentário e não vou entra na discussão de que modelos são merecedores ou nao da certificação mas, se o Golf MK2 nao é merecedor por causa da história associada , e nao falo deste modelo em particular então muito carro certificado também nao o merece e neste lote incluo os meus carochas . De resto como disse em cima nao há nada de extraordinário com o que foi feito ao carro mas, se sabes ou tens outra maneira de saber coloca o link se faz favor porque no FB nao consegui ver também .

Não concordo em absoluto contigo @Tiago Baptista , porque pelo que tenho visto e lido mais , as discussões que tenho com alguns amigos , essa banalização já se faz , não estou de acordo com ela mas porque tenho visto muita coisa que não deveria ser certificado pois ou estão em mau estado ou esta certificação é mais num intuito comercial de vender e fazer mais dinheiro , mas tudo isto já foi mais que dito por aqui .

De resto @António_Vidal não concordo em absoluto com a tua analisa , porque não consigo interpretar essa mensagem no comentário mas que os há elitistas por lá há , que para eles só Ferraris e Porsches deveriam ser clássicos .
Se formos ler o regulamento da FIVA sobre clássicos, só o serão os veículos com propulsão, logo rodas motrizes na rectaguarda ...

O que me aborrece é a "leviandade" com que se certificam os veículos. Já vi uma certificação de um vauxhall em que o certificador nem sabia o modelo do carro (era um hiy ... e isso eu sei bem :xD::xD:).
Também já vi um certificador do ACP "encazinar" com uma curva de 360º no tubo de cobre de admissão de combustível ao carburador. E o dono do carro apresentou uma razão bastante válida para essa curva; problema existente nos H, I, HIY L type ... mas enfim

Por outro lado os regulamentos também referem que os clássicos não podem ser "carros do dia a dia".

Para que conste ... basta que o carro tenha actualmente 30 anos para ser clássico, anteriormente era de 25 anos. Provavelmente no futuro será de 35 anos, e muito importante, que uma entidade de três (ACP, Museu do Caramulo/Fundação Lacerda, CPAA) certifique/declare que o carro tem interesse histórico. Uma das "obrigações" para esses clubes ... tem de ser feito um dossier, com as caracteristicas, etc ... etc....; que ficará à guarda do dito clube.

As certificações valem o que valem, a cabeça das pessoas depois faz todos os tipos de raciocínios.

Para dizer a verdade não concordo com a certificação substituir a IPO. Acho que se deveria ir a uma IPO "adaptada" ao carro em questão e depois a certificação, até porque, também, segundo os regulamentos o sistema eléctrico tem de ser o original do carro ...

Pessoalmente não sei qual a formação para os "engenheiros" que fazem a certificação pelos clubes; mas no inicio, qualquer entusiasta dono de um clássico sabia mais sobre o carro que o certificador ... :xD::xD:

É um tema em que vai existir sempre discordância ...
 

Tiago Baptista

Portalista
Portalista
Acho que esse comentário não invalida em nada o meu comentário e não vou entra na discussão de que modelos são merecedores ou nao da certificação mas, se o Golf MK2 nao é merecedor por causa da história associada , e nao falo deste modelo em particular então muito carro certificado também nao o merece e neste lote incluo os meus carochas . De resto como disse em cima nao há nada de extraordinário com o que foi feito ao carro mas, se sabes ou tens outra maneira de saber coloca o link se faz favor porque no FB nao consegui ver também .

Não concordo em absoluto contigo @Tiago Baptista , porque pelo que tenho visto e lido mais , as discussões que tenho com alguns amigos , essa banalização já se faz , não estou de acordo com ela mas porque tenho visto muita coisa que não deveria ser certificado pois ou estão em mau estado ou esta certificação é mais num intuito comercial de vender e fazer mais dinheiro , mas tudo isto já foi mais que dito por aqui .

De resto @António_Vidal não concordo em absoluto com a tua analisa , porque não consigo interpretar essa mensagem no comentário mas que os há elitistas por lá há , que para eles só Ferraris e Porsches deveriam ser clássicos .

1 - Não sou apreciador do elitismo ou do snobismo. Sou mais terra-a-terra, dos costumes e das tradições com que nasci e cresci e que me ensinam todos os dias. Já tiveste a oportunidade de conviver comigo, ainda que por um período curto, e certamente, espero eu, terás notado o que acabei de referir. Esse estrato social só vive das aparências e só surge nos momentos festivos. Espremidinho não dá uma para a caixa. Se fosse um Ferrari ou um Porsche a sofrer do mesmo mal que este Golf garanto-te que estaria a escrever a mesma opinião. Não me influencio por opiniões dadas nas redes socias nem vivo dependentes delas apesar de, algumas vezes, existirem pontos de vista semelhantes;

2 - Não sou contra o grupo VAG, e por consequência do VW Golf II. Muita gente pensa que sim mas a realidade é bem diferente (também me sinto acossado por falarem de italianos mas já começo a relativizar a coisa);

3 - Aquilo que me incomoda, e onde pretendo chegar com a minha opinião, que vale o que vale, é que a certificação deve ter critérios rigorosos para se realizar. Seja da parte de quem tem o clássico, do próprio clássico ou do inspetor, e por inerência da entidade, que devem conhecer minimente aquilo que têm à sua frente. Por isso são lançados com a devida antecedência calendários, como este,


onde todos os envolvidos podem e devem fazer o trabalho de casa para, no momento da dita, a margem de falha ser mínima. Por isso existem marcações e, corrijam-me se tiver errado, um número máximo de participantes. Se é possível saber até ao mais pequeno parafuso tudo sobre, por exemplo, 20 modelos no dia do evento? Não. Mas deve-se saber aquilo que for crucial, o indispensável. Saber que modelo X não saiu assim ou que modelo Y já não tem determinado pormenor original, de acordo com a época. E há apontamentos que saltam à vista de uma maneira que até o mais leigo conseguiria apontar sem qualquer hesitação.

Uma certificação não toma o lugar de uma IPO e vice-versa mas deve existir uma malha para separar o que é considerado relevante para o património histórico rodoviário, e com isso ficar certificado, e o que, como no caso deste Golf teria de se sujeitar a inspeções periódicas. Se ambas são duas formas de negócio? Claro. Uma para quem vai todos os anos e não se importa com a agitação das máquinas nas articulações dos carros (há estradas por este país que são bem piores e provocam um tremendo desgaste aos veículos durante um intervalo de tempo mais longo do que dura uma IPO) e outra para quem prefere ir de 4 em 4 anos e dessa forma usar o tempo de uma IPO a fazer outra qualquer tarefa (sem falar nos custos, claro);

4 - A juntar ao facto de não existir a tal peneira para separar o que interessa do que não é tão relevante, está a absurda justificação (e o ACP só a a deu porque sabe que meteu o pé na argola) dada com o histórico de quilómetros percorridos por essa Europa. Então mas estamos a falar de algum símbolo nacional de quatro rodas que leva o nome de Portugal por esse mundo fora? No mínimo deixa muito a desejar tal explicação;

5 - A dualidade de critérios existente entre a FIVA e as entidades nacionais responsáveis por este acto de gestão. Parece que para uns casos prevalece a lei da FIVA; para outros o que importa é o código interno que cada entidade usa para as certificações. Dois pesos e duas medidas?

6 - Aqui fica o link

 
Última edição:

João Pereira Bento

128coupe
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Eu fiz certificação do Fiat 128 Rally sem ninguém ver o carro. Enviei umas fotografias, foi em pleno Covid. :) Estou de consciência tranquila. Se não tivesse nem tentava. :)
 
Última edição:
1 - Não sou apreciador do elitismo ou do snobismo. Sou mais terra-a-terra, dos costumes e das tradições com que nasci e cresci e que me ensinam todos os dias. Já tiveste a oportunidade de conviver comigo, ainda que por um período curto, e certamente, espero eu, terás notado o que acabei de referir. Esse estrato social só vive das aparências e só surge nos momentos festivos. Espremidinho não dá uma para a caixa. Se fosse um Ferrari ou um Porsche a sofrer do mesmo mal que este Golf garanto-te que estaria a escrever a mesma opinião. Não me influencio por opiniões dadas nas redes socias nem vivo dependentes delas apesar de, algumas vezes, existirem pontos de vista semelhantes;

2 - Não sou contra o grupo VAG, e por consequência do VW Golf II. Muita gente pensa que sim mas a realidade é bem diferente (também me sinto acossado por falarem de italianos mas já começo a relativizar a coisa);

3 - Aquilo que me incomoda, e onde pretendo chegar com a minha opinião, que vale o que vale, é que a certificação deve ter critérios rigorosos para se realizar. Seja da parte de quem tem o clássico, do próprio clássico ou do inspetor, e por inerência da entidade, que devem conhecer minimente aquilo que têm à sua frente. Por isso são lançados com a devida antecedência calendários, como este,


onde todos os envolvidos podem e devem fazer o trabalho de casa para, no momento da dita, a margem de falha ser mínima. Por isso existem marcações e, corrijam-me se tiver errado, um número máximo de participantes. Se é possível saber até ao mais pequeno parafuso tudo sobre, por exemplo, 20 modelos no dia do evento? Não. Mas deve-se saber aquilo que for crucial, o indispensável. Saber que modelo X não saiu assim ou que modelo Y já não tem determinado pormenor original, de acordo com a época. E há apontamentos que saltam à vista de uma maneira que até o mais leigo conseguiria apontar sem qualquer hesitação.

Uma certificação não toma o lugar de uma IPO e vice-versa mas deve existir uma malha para separar o que é considerado relevante para o património histórico rodoviário, e com isso ficar certificado, e o que, como no caso deste Golf teria de se sujeitar a inspeções periódicas. Se ambas são duas formas de negócio? Claro. Uma para quem vai todos os anos e não se importa com a agitação das máquinas nas articulações dos carros (há estradas por este país que são bem piores e provocam um tremendo desgaste aos veículos durante um intervalo de tempo mais longo do que dura uma IPO) e outra para quem prefere ir de 4 em 4 anos e dessa forma usar o tempo de uma IPO a fazer outra qualquer tarefa (sem falar nos custos, claro);

4 - A juntar ao facto de não existir a tal peneira para separar o que interessa do que não é tão relevante, está a absurda justificação (e o ACP só a a deu porque sabe que meteu o pé na argola) dada com o histórico de quilómetros percorridos por essa Europa. Então mas estamos a falar de algum símbolo nacional de quatro rodas que leva o nome de Portugal por esse mundo fora? No mínimo deixa muito a desejar tal explicação;

5 - A dualidade de critérios existente entre a FIVA e as entidades nacionais responsáveis por este acto de gestão. Parece que para uns casos prevalece a lei da FIVA; para outros o que importa é o código interno que cada entidade usa para as certificações. Dois pesos e duas medidas?

6 - Aqui fica o link


Tiago obrigado pela tua resposta bem mais que completa , mas nem sequer estou contra ti, ou contra o que escreves-te não era uma crítica mas uma reflexão que fiz acerca do que eu vejo e leio nos grupos do FB. E sei muito bem que tipo de pessoa és, e nem sequer questiono isso , és uma pessoa que me deu um Imenso prazer conhecer e privar contigo, tens um bom coração e és amigo do teu amigo, És um tipo impecável. E acima de tudo um apaixonado por rally.

O que eu te pergunto, e com a sabedoria que tens, será que aquele golf está assim tão adulterado que não mereça ser certificado, eu pelo aspecto que vejo , eu na minha humilde opinião digo que sim merece, primeiro porque as alterações não mudam o que o carro é , por exemplo a grelha e o pequeno friso por cima dela são coisas que se vendia na altura e maior parte das pessoas colocava-o . Depois porque Tem uma história interessante .

O Que tu disses-te , e não só tu ,é que , e face à indignação de muita gente , que o remendo ficou pior que o buraco , em relação a desculpa do ACP, eu não comento porque não interpretei aquelas palavras assim tão mas .

Por exemplo, Aqui as coisas funcionam de uma maneira um bocado diferente e mais homogênea , só um lugar está apto a emitir uma certidão de veículo histórico porque há partida todos os vehiculos aqui com mais de 30 anos são old-timers , ficam isentos de impostos (circulação ) e seguros são cerca de metade ver um bocado menos de metade .

As vantagens que tens com fazer essa certificação ?:
Primeiro o carro passa a fazer a inspeção todos os dois anos , e, Segundo se tiveres um acidente o carro passa a ter outro sistema de cotação, ou melhor , é o Que o @João Pereira Bento fez por causa do Fiat 128 Sport coupé .

Como se processa o mecanismo , o carro tem de estar original , em bom estado ou restaurado, pode ter acessórios de época . Para facilitar o processo podes e deves saber a história do carro ou modelo em específico para explicares . Mas , o carro para ver certificado tem de fazer a inspeção que é igual a de um carro
Moderno e depois vai ao Automóvel clube de Luxemburgo fazer a certtificação que ainda é mais rigorosa . O carro fica numa base de dados etc etc .

Não sei as vantagens todas mas a certificação de um veículo aqui é mais um prêmio para o proprietário , que atesta o bom estado e qualidade do carro , como um sentimento do dever cumprido que ele pode se gabar . Não digo que aqui daqui a uns anos não se caminha para o mesmo caminho que em Portugal ,

A VW é um pedaço da história recente de um país e o VW Golf ajudou a escrever uma boa parte dessa história . Sabemos que o Golf MK1 tem uma costela de Fiat

Concordo em pleno com o que disses-te e com vocês todos , só acho que por exemplo este carro em particular não está assim tão adulterado que não possa ser certificado .
 
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