História e Fotos
- História deste veículo
- No final dos anos 50, faziam sucesso em França o Citroën 2CV, lançado em 1948, e o Renault 4CV de 1947. Apercebendo-se do rápido sucesso do automóvel da marca do duplo Chevron em detrimento da carismática "Joaninha", a Renault tinha que ripostar com algo semelhante! Um automóvel simples, moderno, barato e funcional, capaz de atender a tudo e todos, eficaz em estradas e, sobretudo, no campo.
O novo Renault herdaria boa parte da mecânica do 4CV, mas a tração seria dianteira, o primeiro Renault com esta configuração. Em 1961 era apresentado o Renault 3, o Renault 4 e o R4L. No R3 o motor tinha 603 cm3, quatro cilindros em linha e caixa de três velocidades. A potência, cerca de 20 cv às 4.700 rpm, permitia velocidade máxima de 95 km/h e um consumo médio de 6.6L/100Km. No R4 e R4L o motor era um 747cm3 de 26 cv... A Suspensão inovadora era independente nas quatro rodas, com barras de torção em ambos os eixos. Uma peculiaridade do novo Renault 4L era a distância entre eixos maior no lado direito, 2,45 contra 2,40 metros, uma imposição do tipo de suspensão traseira.
Por dentro a 4L era extremamente simples. Acomodava bem quatro passageiros em bancos muito simples, que só tinham forro, sendo que a estrutura era visível por trás e de lado (Á semelhança do 2CV). O espaço para bagagem também era razoável, podendo chegar a 950 litros sem assentos traseiros. À frente do volante de três raios ficavam apenas velocímetro e marcador de combustível, e o retrovisor no centro do painel do habitáculo.
Em 1962 era lançada a versão Super e passava a existir uma motorização de 845 cm3 de 30cv. aparecia uma nova caixa de quatro velocidades e a velocidade máxima rompia agora os 100 km/h. Outra novidade, já em 1965, era a versão Fourgonette (furgão em francês) que tinha a capacidade de carga aumentada, mais vocacionada para o trabalho e transporte de mercadorias, também equipada com o seu exclusivo "Girafon", uma tampa acima da porta traseira que permitia colocar objetos de maiores dimensões no compartimento de carga.
Ainda em 1964 eram atingidas as primeiras 500000 unidades matriculadas. Neste ano chegava também a versão Parisiénne, criada em parceria com a revista feminina Elle. Também aqui a Renault a tentar alcançar o público feminino. O motor crescia, passava a 845 cm3 e 34 cv. A velocidade máxima era agora de 115 km/h. Um ano depois o R4 ganhava uma nova frente, com grelha maior em alumínio, que ocupava toda a largura da frente.
No início de 1966 o primeiro milhão de unidades matriculadas era atingido.
Em Setembro de 1970 o modelo Rodeo era apresentado, com mecânica do R4, tinha carroçaria em plástico reforçado com fibra-de-vidro. Tinha duas portas e capota de lona. Era um concorrente direto do Mehari, derivado do 2CV.
Em 1975 o R4 ganhava novos para-choques e a grelha passava a ser em plástico. A 4L recebia também um novo tablier e painel de instrumentos. Os bancos também são atualizados, eram agora mais anatómicos, confortáveis e com encostos para a cabeça.
Em 1977 são celebradas cinco milhões de unidades produzidas. Número que confirmava o sucesso alcançado pelo pequeno Renault.
Uma grande mudança chega em 1978! Travões dianteiros de disco são introduzidos, bem como um motor de maior cilindrada e uma nova caixa de 4 velocidades, que equipava uma nova versão denominada GTL, com o motor "Sierra" de 1.108 cm3, 34 cv às 4.000 rpm e velocidade final de 122 km/h. Mas o carro só entrou na década de 1980 a partir do modelo de 1983, quando o novo tablier acomodou um painel de instrumentos maior e muito mais legível.
Na década de 1980, tal como o seu concorrente histórico, o 2 CV – também ainda em produção – as vendas do R4 perderam força. O automóvel, já envelhecido, só permanece muito graças ao seu preço baixo, mas talvez, também, devido à sua imensa presença no inconsciente coletivo, que continua a torná-lo uma escolha padrão para aqueles que procuram um veículo prático e económico. As vendas foram mantidas por algumas séries especiais: “Jogging” em 1981, “Sixties” em 1985, e mais tarde “Carte Jeune” em 1991. Da mesma forma, em 1986, as duas versões TL e GTL foram renomeadas para Savane e Clan.
No início da década de 1990, o modelo estava obsoleto e as vendas eram modestas. Além disso, devido ao antiquado processo de fabrico, a produção do R4 tornava-se cara. O anúncio das primeiras normas europeias antipoluição e segurança, que imporiam modificações técnicas, soa como o sinal de morte para o R4. Em março de 1992, a produção em França cessa quando a fábrica de Billancourt fechou e se muda em definitvo para a Eslovénia. As vendas continuaram por mais alguns meses em França, antes de pararem definitivamente no final de Dezembro de 1992. Os últimos 1000 Clãs GTL produzidos na Eslovénia foram numerados e vendidos em França sob a série especial “Bye-Bye”.
O R4 a nível global parou definitivamente com o fim da produção em Marrocos, em Janeiro de 1994.
Foram construídos cerca de 8.135.424 exemplares, o que o tornou na altura o carro francês mais produzido da História (hoje em segundo, atrás do Peugeot 206) . O modelo ficaria para sempre imortalizado no coração e na memoria do comum. Durante as mais de 3 décadas de produção manteve-se sempre fiel a si mesmo e praticamente inalterado!
Em Portugal, a 4L foi montado nas industrias Lusitanas Renault na Guarda, desde da segunda metade dos anos 60 até ao inicio da década de 80.
Comprada por impulso em Gondomar em Abril de 2024. Um dono desde 1985 até 2022, num estado original, esta 4L tinha tudo o que eu pretendia e procurava! Beige on Beige with beige!
Passo a explicar: Há uns anos atrás por brincadeira, dizia a um amigo dos clássicos que, se alguma vez tivesse uma 4L teria de estar toda de origem e, Obrigatoriamente tinha de ser Beige, com o interior em Tecido Beige e com o Tablier Beige! AH! ... e tinha de ser "J" de matricula!
Não podia ser mais...
Passo a explicar: Há uns anos atrás por brincadeira, dizia a um amigo dos clássicos que, se alguma vez tivesse uma 4L teria de estar toda de origem e, Obrigatoriamente tinha de ser Beige, com o interior em Tecido Beige e com o Tablier Beige! AH! ... e tinha de ser "J" de matricula!
Não podia ser mais...
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