Utilização intensiva de carro antigo, as minhas impressões

Eduardo Relvas

fiat124sport
Premium
(...) Nota 3: Relvas, não chores por AC.
Ponto 1 - os triangulares orientáveis dos 124 e semelhantes, fazem maravilhas.
Até uns 37 digamos (temperatura do corpo) fazem milagres e são um autêntico substituto do AC, desde que vás a 30-40. Vais fechando para aumentar a força do ar.
Ponto 2 - 124 sendo branco conta muito claro.

Pois... mas quantos dias de 37 graus apanhas tu aí na Imbicta? :lol: Eu aqui em baixo no Verão isso é mato... este ano cheguei a ver os 44 algumas vezes!

E o branco ajuda, sem dúvida... agora imagina ter uma estufa escura como a minha e quase o dobro da área de tejadilho a apanhar o solinho... eu bem fujo para todas as sombras que apanho, mas não é fácil.

Aqui em baixo o A/C é mesmo uma questão de sobrevivência, não é um luxo... e ainda um dia hei-de montar um num dos meus veículos para ter um que esteja à altura dessas situações.
 

pintodealmeida

GT Abarth
Já centrei a questão nos 37º para te incluir, pois tens vários dias acima disso (ar).

Claro que tens que parar à sombra! Senão nunca mais arrefece.
 

M Bento Amaral

Barão da Sopa da Pedra!!
O numero de KMs normal num comum dia de trabalho, são cerca de 20/25.
Metade em estrada nacional, e outra metade em urbano.
Acho que tanto o meu FIAT 850, como o Mini 1000, estão perfeitamente confortáveis para a minha realidade diária:

- Quando saio de Almeirim pela manha, nunca vou com muita pressa, porque ninguém me fez o meu trabalho durante a noite, e como sei que não azeda, se chegar 20 minutos antes da hora, ou 20 minutos depois, ele vai lá estar todo. Sendo que a velocidade media "suportavel" destes dois carros (80KM/H) pela nacional, é a ideal!

- Quando chego a Santarém, e passo em frente à estação, o transito obriga-me a esperar, a parar e andar de vagar, pelo que um BMW com 170HP de pouco ali me serve.
A estrada em calçada, tanto se houve no Bimmer electrónico, como no inglês mijão, e no italiano enrabiato!

- Já no circuito citadino a conversa é idêntica à estação. Não há espaço para ultrapassagens a menos que seja uma rotunda, tenho que parar nos semáforos quando os há e esperar pelos restantes veículos que me sigam à frente.

- À tarde, a conversa é a mesma, à da manhã, na diferença que as vezes, venho com um bocadinho mais de pressa, desde que não venha transito de frente, consigo chegar a uma infracção grave, e muito pontualmente a muito grave.

A única coisa que me deixa desconfortável no dia a dia, é a chuva! Mas isto, deve-se mais à minha paranóia de que vou viver mais cem anos, e de que os meus carros não podem ser restaurados mais que uma vez na vida, por mim!
Ando a tentar esquecer essa parte, e vou tentar utilizar o 850 este ano durante todo o inverno.
A ver vamos.

Resumindo: No meu dia a dia, utilizar o clássico, é possível, é fácil, é barato, e é muito fixe! :D
 
OP
OP
Rui Meireles

Rui Meireles

Veterano
O numero de KMs normal num comum dia de trabalho, são cerca de 20/25.
Metade em estrada nacional, e outra metade em urbano.
Acho que tanto o meu FIAT 850, como o Mini 1000, estão perfeitamente confortáveis para a minha realidade diária:

- Quando saio de Almeirim pela manha, nunca vou com muita pressa, porque ninguém me fez o meu trabalho durante a noite, e como sei que não azeda, se chegar 20 minutos antes da hora, ou 20 minutos depois, ele vai lá estar todo. Sendo que a velocidade media "suportavel" destes dois carros (80KM/H) pela nacional, é a ideal!

- Quando chego a Santarém, e passo em frente à estação, o transito obriga-me a esperar, a parar e andar de vagar, pelo que um BMW com 170HP de pouco ali me serve.
A estrada em calçada, tanto se houve no Bimmer electrónico, como no inglês mijão, e no italiano enrabiato!

- Já no circuito citadino a conversa é idêntica à estação. Não há espaço para ultrapassagens a menos que seja uma rotunda, tenho que parar nos semáforos quando os há e esperar pelos restantes veículos que me sigam à frente.

- À tarde, a conversa é a mesma, à da manhã, na diferença que as vezes, venho com um bocadinho mais de pressa, desde que não venha transito de frente, consigo chegar a uma infracção grave, e muito pontualmente a muito grave.

A única coisa que me deixa desconfortável no dia a dia, é a chuva! Mas isto, deve-se mais à minha paranóia de que vou viver mais cem anos, e de que os meus carros não podem ser restaurados mais que uma vez na vida, por mim!
Ando a tentar esquecer essa parte, e vou tentar utilizar o 850 este ano durante todo o inverno.
A ver vamos.

Resumindo: No meu dia a dia, utilizar o clássico, é possível, é fácil, é barato, e é muito fixe! :D
Viagens curtas num meio pequeno e em estradas de baixa velocidade. Uma situação ideal para usar um carro antigo. Acho que faz bem em aproveitar!
 

Pedro Pereira Marques

Pre-War
Autor
Hoje o nosso amigo Mousinho de Figueiredo vai (mais uma vez) a Itália na sua Giulia. Todos sabem como está o tempo, chuva, nevoeiro... mesmo assim nada o impediu de ir de Giulia á feira de Pádova porque quer ir ver os 16 pavilhões. Pelas minhas contas esta Giulia vai fazer a sua sexta ida e volta a Itália!!! Já me telefonou de Espanha a dizer que está a correr tudo bem!!

;)
 
Última edição:

Pedro Pereira Marques

Pre-War
Autor
Hoje o nosso amigo Mousinho de Figueiredo vai (mais uma vez) a Itália na sua Giulia. Todos sabem como está o tempo, chuva, nevoeiro... mesmo assim nada o impediu de ir de Giulia á feira de Pádova porque quer ir ver os 16 pavilhões. Pelas minhas contas esta Giulia vai fazer a sua sexta ida e volta a Itália!!! Já me telefonou de Espanha a dizer que está a correr tudo bem!!

;)

Ontem ás 17:27 telefonou-me a dizer que estava a entrar em Espanha, hoje ás 12:00 já vai no sul de França. Pelo andamento deverá entrar em Itália daqui a pouco tempo.

Infelizmente o Mousinho não tem tempo para vir aqui ao tópico dar a sua opinião, prefere andar de carro antigo! Há melhor opinião que esta e melhor maneira de a dar? :D:D:D:thumbs up:

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Carlos Vaz

Pre-War
A questão @Pedro Pereira Marques não é se é possível fazer viagens grandes ou usar no dia a dia.
Isso já se sabe que sim... tudo o que eles faziam quando eram novos podem perfeitamente fazer se estiverem em bom estado. Ou até podem mesmo fazê-lo melhor pois existem pequenas adaptações (por exemplo lembro-me das ignições electronicas) que lhes melhoram a usabilidade.
Trata-se de perceber de para alguns não será mais prazeiroso (termo abrasileirado) o uso do clássico em passeios ocasionais e de forma puramente recreativa.

Na verdade a evolução foi sempre no sentido de tornar mais fácil, mais rápido, mais seguro, mais confortável, mais...mais...mais...

Caso contrário coloca-se a pergunta: porque não andarmos todos de Ford T? Estes também aguentam viagens grandes. Conheci (já não está neste mundo) quem há cerca de 20 anos trouxe um desates carros por estrada desde Inglaterra... o co piloto era a sua mãe. Foi suficientemente "maluco" para o fazer mas... não deixava de usar a sua Mercedes C recente para usar no dia a dia.
 

Pedro Pereira Marques

Pre-War
Autor
A questão @Pedro Pereira Marques não é se é possível fazer viagens grandes ou usar no dia a dia.
Isso já se sabe que sim... tudo o que eles faziam quando eram novos podem perfeitamente fazer se estiverem em bom estado. Ou até podem mesmo fazê-lo melhor pois existem pequenas adaptações (por exemplo lembro-me das ignições electronicas) que lhes melhoram a usabilidade.
Trata-se de perceber de para alguns não será mais prazeiroso (termo abrasileirado) o uso do clássico em passeios ocasionais e de forma puramente recreativa.

Na verdade a evolução foi sempre no sentido de tornar mais fácil, mais rápido, mais seguro, mais confortável, mais...mais...mais...

Caso contrário coloca-se a pergunta: porque não andarmos todos de Ford T? Estes também aguentam viagens grandes. Conheci (já não está neste mundo) quem há cerca de 20 anos trouxe um desates carros por estrada desde Inglaterra... o co piloto era a sua mãe. Foi suficientemente "maluco" para o fazer mas... não deixava de usar a sua Mercedes C recente para usar no dia a dia.

Entendo perfeitamente, mas esta conversa faz-me lembrar aqueles putos ricos que nunca trabalharam e têm tudo. No final acabam sempre por se suicidar, ou viverem uma lenta agonia, pois a tristeza é rainha porque nunca souberam o que é a felicidade ou, por outras palavras, nunca lhes deram a chance de sonhar...

Na vida tudo aquilo que é "bom" só o é porque já experimentámos o que é "mau", ou seja: só é bom em comparação.

Quando apenas temos o "mais, mais, mais, mais..." é uma tristeza do catano. Andar de clássico no dia-a-dia, como muitos de nós o fazemos, ou como aqui o nosso amigo Mousinho o faz (não só nesta viagem, este é mesmo o carro dele do dia-a-dia) é um exemplo disso mesmo. É uma filosofia de vida que nos dá prazer porque o sonho prevalece, é um momento da nossa vida em que damos mais de nós, os nossos sentidos estão a 100%, fazemos mais com pouco, toleramos a "falta de conforto", o "ruído", a "pouca ergonomia", a "falta de fiabilidade" e até os olhares que nos questionam. No final de tudo damos conta, realizámos, concluímos, que afinal aquilo que é "mau" até pode ser "bom" e vice-versa. O prazer está em descobrirmos por nós próprios que aquilo que a sociedade chama de "evolução" está para nós como uma verdade que não é absoluta, podemos duvidar, podemos argumentar, experimentámos... nós, como seres humanos é que evoluímos. Muitas vezes a evolução está em nós e não no carro! ;)

Quando se compra um carro novo estamos felizes durante 6 meses, depois sai outro modelo mais "evoluído" e rapidamente passamos a infelizes porque agora queremos o outro que é "mais, mais, mais...". Ás vezes é bom resignarmo-nos e estarmos felizes com o mesmo e é o que se passa com os verdadeiros clássicos, nunca queremos "mais, mais, mais..." já temos tudo! ;)
 
Última edição:

Pedro Pereira Marques

Pre-War
Autor
@Pedro Pereira Marques... isso já é uma outra reflexão.
Com a qual, de resto, concordo na sua essencia...

Sim, é uma outra reflexão, mas que no meu entender tem tudo a ver com o tópico e com a discussão geral.

No que respeita á "evolução" dos carros e ao tal "mais, mais, mais..." acho que todos temos a ganhar no que respeita á segurança, como já o tinha dito, neste ponto é de facto inquestionável.

Agora nos outros pontos, a conversa no meu entender é outra. Será que preciso, será que me sinto realizado, será que é uma necessidade básica termos muitas das "evoluções" automóveis? Como:

- piscas automáticos (eu consigo desfazer o pisca manualmente)
- Ajuda no estacionamento (já não bastasse os agarrados e agora até o carro diz o que hei-de fazer)
- Estacionamento automático (não vai á primeira, vai á segunda ou á terceira)
- Instrumentos em LCD (não é uma necessidade)
- Luzes automáticas (eu consigo ligar e desligar as luzes)
- Limpa pára-brisas automático (Também sei ligar quando chove e desligar quando não chove)
- Start-Stop (Se quiser também o faço manualmente, mas não preciso nem quero)
- Arranque por botão (consigo arrancar por chave)
- Pneus "run-flat" sem necessidade de pneu sobresselente (Eu QUERO ter um 5º pneu, dá jeito)
- Tomadas Usb (não preciso, mas se precisasse também poderia colocar num clássico)
- Bluetooth (não preciso)
- Televisão (quando conduzo não me apetece ver o Gouxa)
- Gps (Não preciso, mas se tivesse que usar o telemóvel acho que dá)
- o carro abre quando estou a 5 metros (Prefiro usar a chave ou nem trancar o carro)
- Faróis Xenon (não gosto de incomodar os outros)
- chassis desportivo (o que é isso?)
- Kit fumador (o clássico tem isso de origem sem pagar o extra)
- câmara de recuo (basta olhar para trás)
- O espelho retrovisor tem um aviso de ângulo morto (basta olhar para o lado)
- travões automáticos (basta olhar para a frente e enviar sms apenas quando não estamos a conduzir)
- a porta da mala fecha automaticamente (também o consigo fazer e não me importo de colocar as compras no chão)
- porta copos (não sou cliente mcdonalds)
- internet (tenho em casa)
- Modo eco (no clássico é manual e esse modo está na minha cabeça)
- insonorização excelente (gosto de ouvir o que se passa lá fora)
- Conforto de rolamento extremo (gosto de feedback por parte do carro)
- Conforto interior do melhor que há (o carro não serve para dormir)
- alarme e posição Gps (os meus carros "velhos" do dia-a-dia não são cobiçados pelos amigos do alheio)
- O carro fala (já não bastasse a minha mulher)
- indicação da temperatura exterior e interior (tenho o maior orgão do corpo humano que me dá essa indicação também)
- Chauffage bi-zona (falo com o passageiro ao lado e chagamos a um meio termo)
- Ar condicionado (os meus também têm)
- direcção assistida (os meus também têm e outros não precisam, a direcção é bem leve)
- tablets interactivos incorporados para os miudos (eu sou interactivo como pai)
- cruise control (faço com o pé)
- botões do rádio no volante (botões do rádio no rádio, que dificuldade!!!)
- computador de bordo com autonomias e afins (faço as contas de cabeça)
- bancos com memória (só eu é que conduzo os meus carros, mas se qualquer coisa não estiver do meu agrado.... mudo)
 

Bruno Carmona

YoungTimer
O tópico começou finalmente a ficar interessante nos últimos posts... essa é uma grande questão... onde está o ponto de viragem a evolução dos carros em que elas passaram a ser irrelevantes? Ou perguntando de outra forma, em que altura é que a capacidade dos carros começou a ultrapassar a dos condutores? Em que a sua durabilidade é maior do que o tempo médio de posse do carro?

É que temos de ser apaixonados para conduzir um Giulia 105 pois é um carro "limitado" nas suas capacidades, conforto ou fiabilidade. Mas e um... por exemplo... Lexus LS400. Alguém pode dizer honestamente que precisa mais do que o primeiro carro da marca de luxo da Toyota? O que esse carro condiciona uma utilização comum? Não me parece.

Confesso não ter andado na quantidade/variedade de carros para ter certezas mas creio que a charneira está precisamente no final dos 80/começo dos 90 como o Lexus.

A maior parte destes carros já tem discos/ABS, direcção assitida ou ar condicionado que considero essenciais num automóvel. Motores que conseguem fazer arranques de 8s/100km ou atingir os 160km/h. Fazem 200.000km sem chatear. Não têm é todas aquelas mariquices dos carros modernos nem roadholding de 1g que ninguém atinge em estrada. "Evoluções" irrelevantes para um carro de uso comum.

Dou um exemplo, os meus MX-5 são um projecto dos anos 80. São menos rígidos do que o MX-5 ND 2016 que conduzi há pouco tempo, gastam mais e andam um pouco menos. Mas pegam à primeira, têm conforto equivalente e acompanhariam o ND numa estrada de serra. Eu não faço compromissos para os usar diariamente.

E um Alfa Spider coda tronca? Não é a mesma coisa. A fiabilidade é fraca em comparação, a rigidez muito inferior e o comportamento dinâmico "desafiante". Um Spider provavelmente só acompanhava um ND nas primeira duas curvas. À terceira ia fazer parte da paisagem.
 

Carlos Vaz

Pre-War
Sim, é uma outra reflexão, mas que no meu entender tem tudo a ver com o tópico e com a discussão geral.

No que respeita á "evolução" dos carros e ao tal "mais, mais, mais..." acho que todos temos a ganhar no que respeita á segurança, como já o tinha dito, neste ponto é de facto inquestionável.

Agora nos outros pontos, a conversa no meu entender é outra. Será que preciso, será que me sinto realizado, será que é uma necessidade básica termos muitas das "evoluções" automóveis? Como:

- piscas automáticos (eu consigo desfazer o pisca manualmente)
- Ajuda no estacionamento (já não bastasse os agarrados e agora até o carro diz o que hei-de fazer)
- Estacionamento automático (não vai á primeira, vai á segunda ou á terceira)
- Instrumentos em LCD (não é uma necessidade)
- Luzes automáticas (eu consigo ligar e desligar as luzes)
- Limpa pára-brisas automático (Também sei ligar quando chove e desligar quando não chove)
- Start-Stop (Se quiser também o faço manualmente, mas não preciso nem quero)
- Arranque por botão (consigo arrancar por chave)
- Pneus "run-flat" sem necessidade de pneu sobresselente (Eu QUERO ter um 5º pneu, dá jeito)
- Tomadas Usb (não preciso, mas se precisasse também poderia colocar num clássico)
- Bluetooth (não preciso)
- Televisão (quando conduzo não me apetece ver o Gouxa)
- Gps (Não preciso, mas se tivesse que usar o telemóvel acho que dá)
- o carro abre quando estou a 5 metros (Prefiro usar a chave ou nem trancar o carro)
- Faróis Xenon (não gosto de incomodar os outros)
- chassis desportivo (o que é isso?)
- Kit fumador (o clássico tem isso de origem sem pagar o extra)
- câmara de recuo (basta olhar para trás)
- O espelho retrovisor tem um aviso de ângulo morto (basta olhar para o lado)
- travões automáticos (basta olhar para a frente e enviar sms apenas quando não estamos a conduzir)
- a porta da mala fecha automaticamente (também o consigo fazer e não me importo de colocar as compras no chão)
- porta copos (não sou cliente mcdonalds)
- internet (tenho em casa)
- Modo eco (no clássico é manual e esse modo está na minha cabeça)
- insonorização excelente (gosto de ouvir o que se passa lá fora)
- Conforto de rolamento extremo (gosto de feedback por parte do carro)
- Conforto interior do melhor que há (o carro não serve para dormir)
- alarme e posição Gps (os meus carros "velhos" do dia-a-dia não são cobiçados pelos amigos do alheio)
- O carro fala (já não bastasse a minha mulher)
- indicação da temperatura exterior e interior (tenho o maior orgão do corpo humano que me dá essa indicação também)
- Chauffage bi-zona (falo com o passageiro ao lado e chagamos a um meio termo)
- Ar condicionado (os meus também têm)
- direcção assistida (os meus também têm e outros não precisam, a direcção é bem leve)
- tablets interactivos incorporados para os miudos (eu sou interactivo como pai)
- cruise control (faço com o pé)
- botões do rádio no volante (botões do rádio no rádio, que dificuldade!!!)
- computador de bordo com autonomias e afins (faço as contas de cabeça)
- bancos com memória (só eu é que conduzo os meus carros, mas se qualquer coisa não estiver do meu agrado.... mudo)

Já todos percebemos que não precisas destas coisas todas... de facto eu também não.

Mas... dá para admitir que haverão pessoas que necessitam de parte (ou todas) estas coisas? Ou que pelo menos lhes dá jeito tê-las?
 

Rafael Isento

Portalista
Membro do staff
Portalista
Sim, é uma outra reflexão, mas que no meu entender tem tudo a ver com o tópico e com a discussão geral.

No que respeita á "evolução" dos carros e ao tal "mais, mais, mais..." acho que todos temos a ganhar no que respeita á segurança, como já o tinha dito, neste ponto é de facto inquestionável.

Agora nos outros pontos, a conversa no meu entender é outra. Será que preciso, será que me sinto realizado, será que é uma necessidade básica termos muitas das "evoluções" automóveis? Como:

- piscas automáticos (eu consigo desfazer o pisca manualmente)
- Ajuda no estacionamento (já não bastasse os agarrados e agora até o carro diz o que hei-de fazer)
- Estacionamento automático (não vai á primeira, vai á segunda ou á terceira)
- Instrumentos em LCD (não é uma necessidade)
- Luzes automáticas (eu consigo ligar e desligar as luzes)
- Limpa pára-brisas automático (Também sei ligar quando chove e desligar quando não chove)
- Start-Stop (Se quiser também o faço manualmente, mas não preciso nem quero)
- Arranque por botão (consigo arrancar por chave)
- Pneus "run-flat" sem necessidade de pneu sobresselente (Eu QUERO ter um 5º pneu, dá jeito)
- Tomadas Usb (não preciso, mas se precisasse também poderia colocar num clássico)
- Bluetooth (não preciso)
- Televisão (quando conduzo não me apetece ver o Gouxa)
- Gps (Não preciso, mas se tivesse que usar o telemóvel acho que dá)
- o carro abre quando estou a 5 metros (Prefiro usar a chave ou nem trancar o carro)
- Faróis Xenon (não gosto de incomodar os outros)
- chassis desportivo (o que é isso?)
- Kit fumador (o clássico tem isso de origem sem pagar o extra)
- câmara de recuo (basta olhar para trás)
- O espelho retrovisor tem um aviso de ângulo morto (basta olhar para o lado)
- travões automáticos (basta olhar para a frente e enviar sms apenas quando não estamos a conduzir)
- a porta da mala fecha automaticamente (também o consigo fazer e não me importo de colocar as compras no chão)
- porta copos (não sou cliente mcdonalds)
- internet (tenho em casa)
- Modo eco (no clássico é manual e esse modo está na minha cabeça)
- insonorização excelente (gosto de ouvir o que se passa lá fora)
- Conforto de rolamento extremo (gosto de feedback por parte do carro)
- Conforto interior do melhor que há (o carro não serve para dormir)
- alarme e posição Gps (os meus carros "velhos" do dia-a-dia não são cobiçados pelos amigos do alheio)
- O carro fala (já não bastasse a minha mulher)
- indicação da temperatura exterior e interior (tenho o maior orgão do corpo humano que me dá essa indicação também)
- Chauffage bi-zona (falo com o passageiro ao lado e chagamos a um meio termo)
- Ar condicionado (os meus também têm)
- direcção assistida (os meus também têm e outros não precisam, a direcção é bem leve)
- tablets interactivos incorporados para os miudos (eu sou interactivo como pai)
- cruise control (faço com o pé)
- botões do rádio no volante (botões do rádio no rádio, que dificuldade!!!)
- computador de bordo com autonomias e afins (faço as contas de cabeça)
- bancos com memória (só eu é que conduzo os meus carros, mas se qualquer coisa não estiver do meu agrado.... mudo)
Já me estava a rir que nem um perdido, mas depois voltei atrás e pensei:
@Pedro Pereira Marques "...os meus carros "velhos" do dia-a-dia não são cobiçados pelos amigos do alheio" - será?...
 

Carlos Vaz

Pre-War
Será que é isto que necessitamos e estamos dispostos a dar 30.000 euros ou mais? Será que precisamos mesmo disto? Será que é assim que somos felizes no dia-a-dia? Dêem a resposta a vocês próprios...



Provavelmente não!

Mas... os carros sempre custaram 30.000 euros ou mais, mesmo sem estas coisas!
Todos os carros classicos já foram novos e os que eram mais do que simples utilitários sempre foram caros... se o preço não era esse, andava por lá pelo menos em termos relativos.
Quanto custou em 89 ou 90 (não sei de que ano é) o teu 75 TS?

O argumento do preço é falacioso para não dizer, intelectualmente "desonesto"!
 
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