Um monte de ferrugem especial... Fiat 125 de 1969

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Eduardo Relvas

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Francisco Dias disse:
mais um fiat para a garagem :cool:

olha Eduardo, eu salvava claro esse carrinho, seria uma pena desmontar para peças.

se fosse meu, mas isso era se fosse meu, fazia uma boa revisão, bem como, uma boa limpeza, rebaixado um pouco e voilá :cool: e talvez cromar o para-choques.

Caro amigo,

A minha intenção era essa, mas não contava com ter o tejadilho quase totalmente separado das portas... está completamente podre ao longo de todas as goteiras, já deve chover lá dentro! É isso que me preocupa... a maioria dos podres são em zonas algo importantes em termos estruturais, por isso vai ter de levar alguns remendos.

A vontade de o salvar é muita, como podem imaginar, mas vai ser uma empreitada nada fácil... não sei mesmo.

Um abraço!
 
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Eduardo Relvas

Eduardo Relvas

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Paulo Sergio Carvalho disse:
Em ultimo caso mas mesmo em ultimo faça um RAT ROAD :(:rolleyes:

Amigo... é Rat Rod, não Road... Rod significa originalmente bastão ou haste, mas julgo que o termo derivou dos primeiros Hot Rods serem denominados simplesmente por "hot iron", ou seja, "ferro quente"...

A ideia de facto é um pouco essa, pelo menos enquanto o restauro, porque se o decidir recuperar quero pô-lo em circulação rapidamente, em vez de ficar num espeto durante anos.

Um abraço!
 

Jorge Viegas

Veterano
Eduardo eu arriscava a máquina de soldar, já que tens acesso a ela e tens o 125 para praticar, pior não fica de certeza...;)
 

M Bento Amaral

Barão da Sopa da Pedra!!
elahhh... temos máquina! :) Muito bem Eduardo! Quando precisares de ajuda(pa queimar pneu e gasolina) chama-me! :D :D :D eheheheh
 
Eduardo, eu vou ser sincero contigo....

Fazer um transplante de tejadilho não é coisa que se faça com tanta facilidade. Em causa estão milimetros... e fazer experiências pode não dar certo.

Não quero desmotivar-te de modo algum, em mecânica ninguém te bate. Isso tem de ser feito por um chapeiro profissional e não um qualquer chapeiro...

Considera melhor, pois recuperar a carroçaria deste carro implica milhares de euros e com menos dinheiro compras um em melhor condição e aproveitas o que estiver bom deste.

Um abraço
 
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Eduardo Relvas

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Amigo Ricardo,

Obrigado pela sinceridade, compreendo o teu ponto de vista na perfeição, mas apesar disso o trabalho não me assusta. Eu tenho uma formação teórica grande em metalurgia (a minha licenciatura é de Engenharia de Materiais), e a precisão de trabalhos ao milímetro para mim é mais que suficiente, em mecânica as tolerâncias são bem mais pequenas... e dessa parte aprendi tudo sozinho!

De qualquer forma, quando digo transplante de tejadilho provavelmente não seria na totalidade, a minha ideia seria substituir um pilar A de cada vez, e ou trocar a parte cima toda de uma assentada ou apenas a lateral das goteiras... os pilares B e C estão razoáveis (logo à noite ponho fotos).

Como digo, neste momento só quero é ver se me ajeito bem com a semi-automática, se vir que a coisa vai, arrisco. Obviamente, caso o faça, começarei pelas partes mais fáceis, mas se conseguir tomar-lhe o jeito levo tudo na frente... de qualquer maneira o carro é um caso perdido em termos financeiros logo à partida, por isso não prejudico nada, é por isso que não me preocupa muito.

A minha curiosidade natural por aprender mais levou-me ao nível de mecânica que tenho agora, e está na hora de tentar adquirir uma nova competência... e já fugi disso tempo que chegue, agora a motivação está cá e vamos tentar... como vítima, este 125 é ideal, por isso não se perde nada, e se a coisa correr bem salva-se um carro que de outra forma servia apenas para encher mais as prateleiras lá de casa, que já rebentam pelas costuras sem a ajuda dele... A minha única relutância é que nunca pensei ser um curso de soldadura tão exaustivo... agora que ainda deve provar da MIG, prova... :D

A minha ideia é quando chegar a velho ser bom em tudo... :D

Um abraço! ;)
 

Rafael S Marques

Pre-War
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Delegado Regional
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Mas que raridade, eu sem dúvida que pensava bem se o iria desfazer, é uma pena não salvar esse carro pois a mim até nem me parece assim tão mau, e as vezes depois de começarmos as coisa simplificam (sempre pensamento positivo). Por favor não desistas deste projecto, mais tarde quando olhares para as peças dele arrumadas num canto vais-te arrepender.
Eduardo, quanto ao 124 talvez possa ajudar.
Um abraço e boa sorte.
 

João Pereira Bento

128coupe
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Só hoje vi este tópico!

O carro está realmente muito podre, aposto nessa ideia de ser reparado em casa! Mesmo assim precisa de muito material e os interiores não devem ser fáceis!:huh:

O meu Pai também está convencido que tem capacidades de bate-chapas, devo brevemente adquirir uma máquina de soldar.:D


Boa sorte
 

Paulo Sergio Carvalho

Portalista
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Eduardo Relvas disse:
Amigo... é Rat Rod, não Road... Rod significa originalmente bastão ou haste, mas julgo que o termo derivou dos primeiros Hot Rods serem denominados simplesmente por "hot iron", ou seja, "ferro quente"...

A ideia de facto é um pouco essa, pelo menos enquanto o restauro, porque se o decidir recuperar quero pô-lo em circulação rapidamente, em vez de ficar num espeto durante anos.

Um abraço!

Obrigado pela correcção,mas deu para entender,mas não sou adepto dos hot/rat rod foi apenas uma ideia,mas estou convencido que o amigo Eduardo com os seus conhecimentos vai arranjar um chapas jeitoso já reformado ou amigo e vai compôr o 125 á maneira,o tejadilho é de facto um bico dobra,mas vamos aguardar ;)
Abraço
 

António Barbosa

Red Line
Portalista
"O coração tem razões que a razão desconhece", com este ditado provavelmente se define a indecisão que qualquer amante de automóveis antigos teria com uma interessantissima 'machina' como esta.
Tendo tempo e uma soldadura a MIG à mão, eu ia à luta sem hesitação, pior de certeza é que não fica!!!

Se o amigo Eduardo Relvas tiver tempo e paciencia para me explicar uma confusão de um dos primeiros post deste tópico, pelo que percebi:
1 - O 125 tem partes de carroçaria do 124, do 1500 e próprias?
2 - A zona do habitáculo é do 124 e a plataforma é do 1500? Que grande coincidência encaixarem?
3 - Dimensões exteriores (CxLxH) é maior ou menor que os dadores? (124 e 1500)
4 - Que peças de carrossaria são comuns ao 124? Vidros? Portas? Tampa da mala? Capot?

Sempre achei da minha infância e adolescência (final dos anos 60 inicio dos 70) que o 125 era um 124 de luxo ou de 'Lujo' como alguns SEAT da época...
 
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Eduardo Relvas

Eduardo Relvas

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Caros amigos,

passei hoje mais de duas horas de volta dele, e tenho pena de o afirmar mas de facto acho que está condenado a desaparecer. Embora houvesse muitas zonas atacadas apenas superficialmente, e outras que não eram importantes do ponto de vista estrutural, toda a coque central está comprometida de forma severa. Havia muita coisa que não se via porque levou com muito trabalho de um daqueles... (censurado) que se acham bate-chapas mas que na realidade são apenas escultores de massa.

Entre o comprometimento do tejadilho, do pavimento, das longarinas, etc... é demais. Tenho neste momento o chão da garagem coberto de flocos de ferrugem, terra e massa a um ponto absurdo.

Ridículamente, as melhores partes são a frente e a traseira, que são as que são exclusivas do 125... Só dá vontade de as cortar e soldar a uma parte central de um 124!

Amigo António, o 125 tem a plataforma do 1500, toda a zona central da carroçaria (incluindo portas, vidros, etc.) é do 124 berlina (com embaladeiras adequadas para os ligar), e apenas a frente e a traseira são de facto dedicadas a este modelo. A largura é idêntica ao 124, mas a distância entre eixos é maior, bem como o comprimento. Quando tiver um bocadinho digitalizo um diagrama que mostra bem esta partilha de chapas para criar este puzzle.

Daqui a pouco já ponho as fotos... não são bonitas.

Um abraço a todos!
 
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Eduardo Relvas

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Cá vai a galeria dos horrores...

Hoje passei cerca de duas horas armado com uma chave de fendas e um martelo a explorar a carroçaria deste menino... não foi uma boa experiência.

Começo a achar que os documentos dizerem que o carro é de cor castanha tem todo o sentido...

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Olhem bem para esta linha... começa na base do pilar A e continua quase sem interrupções até ao pilar C...

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Como dizia há pouco, é ridículo como a frente e a traseira estão tão melhores que o resto... a chapa devia sem dúvida ser diferente.

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Um canto de embaladeira, mais a pilha de terra e ferrugem que saiu após algumas marteladas...

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Este lado também está bonito... o arco da roda está todo desfeito, e a porta para lá caminha...

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Outro pilar A arruinado... muito disto estava esculpido em massa.

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Pormenor do topo... não sobra quase nada para contar a história.

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Alguns pedacinhos da escultura que dali saiu...

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E por fim, uma pequena amostra do que está por baixo...

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Além disso, a cablagem tem uma zona que ainda não percebi se ardeu/sobreaqueceu ou se simplesmente apodreceu... o facto é que nada funciona, ainda tentei ligar-lhe uma bateria mas sem qualquer resultado.

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O facto é que nem posso tentar dar vida ao venerável 1608... mas pelo menos está cá todo.

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Enfim... é deprimente, mas acho que de facto já está demasiado morto para se poder reanimar...

Um abraço a todos!
 

Anexos

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Eduardo Flôr

Clássico
Amigo Relvas, visto que esta nesse estado nada melhor que o usar como cobaia e começar a aprender, já que tens ai material disponível. Vai brincando ate aparecer um em melhor estado, pode ser que nessa altura o teu trabalho tenha ficado porreiro e de para fazer mais qq coisa dele.
Abraço
 

António Barbosa

Red Line
Portalista
Não era só o tejadilho, de facto se o fio de soldadura for mais pesado que a chapa do carro, com tanto serviço de chapeiro, o carro iria pesar bem mais.
Aproveite motor para um Go-Kart...
 

Luis Ángel

O Nuestro Hermano
Eduardo Relvas disse:
passei hoje mais de duas horas de volta dele, e tenho pena de o afirmar mas de facto acho que está condenado a desaparecer

Pelo vista nas fotos, acho que é a solução mais inteligente. É triste, mas o carro tem jeito de ter ultrapassado o 'ponto de não regresso' no deterioração
 

Mário Macedo

Datsunbat
Boas Eduardo!

Não podemos ficar desmotivados...acho que esse carro ainda tem muito para dar...

Partilho a opinião de outros membros, e que tal iniciar uma aprendizagem ao nível de chapa?

É que até lá pode aparecer o "tal" e aí já se podem aproveitar ambos...

Mas até escondia uns grandes horrores...

Só uma pergunta, há um número exacto de 125 fabricados? Qual o grau de raridade?
Na minha opinião deveriam ser essas perguntas a equacionar um restauro no carro atendendo ao seu estado actual.

Cumps.
Mário
 
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