Um dos mais espectaculares carros de sempre...

Carlos Vaz

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Poucos terão noção do impacto que a "noite das facas longas" teve na industria automóvel italiana. No já longinquo ano de 1961 um "desentendimento" Entre o "Comendador" Enzo Ferrari e alguns dos seus engenheiros deu origem á saída, entre outros, de Carlo Chiti e Giotto Bizzarrini.
Antes que alguns destes engenheiros formassem a Autodelta, desenhassem e concebessem o V12 Lamborghini e começassem a construir carros com o seu próprio nome, estes 2 engenheiros deram corpo a uma aventura que se destinou a criar um F1 e um carro de estrada que lhes permitisse desafiar o seu anterior empregador. Assim, pouco depois de saíres da Ferrari, formaram a Automobili Turismo e Sport (ATS) com o apoio de 3 ricos industriais italianos onde se incluia o Conde Volpi. (continua)
 
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(continuação) Para reduzir custos, foi decidido que tanto o carro de F1 como o carro de estrada, partilhariam a mesma base mecânica e... foi precisamente este ponto que veio a determinar a 1ª grande baixa. Chiti e Bizzarrini entraram em desacordo pois o 1º pretendia um V8 enquanto que o 2º sentia que as suas ideias de utilizar um V12 estavam a ser postas em 2º plano. Naturalmente Bizzarrini acabou por abandonar o progecto levando consigo o apoio (vital) do Conde Volpi. Mais tarde Bizzarrini acabaria por vender os seus planos do V12 á Lamborghini evitando assim que este se perdesse.
Chiti continuou a desenvolver o V8 numa versão 1.5 (F1) e 2.5 (estrada). Este motor extremamente compacto era construido inteiramente em aluminio e 2 arvores de cames por bancada de cilindros. Originalmente foram usados 4 Weber duplos, mas mais tarde chegou a usar-se uma injecção da Lucas.
Apesar da sua relativamente modesta cilindrada (2467cc) este motor valia 220 cv (GT) e numa versão aligeirada (GTS) chegou-se mesmo aos 250cv (outras fontes referem 260cv). Este rotativo V8 estava casado com uma cx de 5 velocidades, originalmente feita por Colotti segundo o desenho do próprio Chiti. Mais tarde chegou a ser montada uma cx ZF. (continua)
 
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(continuação) Com um chassis tubolar feito em liga leve e uma montagem em posição central traseira do motor, a suspensão era independente e de triangulos sobrepostos em todas as rodas sendo a travagem assegurada por 4 discos Dunlop com montagem "inboard" no eixo traseiro.
Chiti contratou Franco Scaglione (ao serviço de Bertone) para desenhar o carro e... como quase sempre do lápis deste homem saiu um desenho de cortar a respiração. A responsabilidade de passar isto a metal (aço no GT e aluminio no GTS) era do carroçador Allemano.
Demorou pouco mais de 1 ano a ter o 1º ATS 2500 GT pronto para exibir no salão de Genebra de 1963. Um dos 1ºs carros de produção de motor central com umas linhas de cortar a respiração acabou por ser uma das estrelas do salão e enquanto este tentava atrair compradores o carro de F1 tentava atrair a atenção nas pistas, drenando muito rápidamente os parcos recursos da companhia. (continua)
 
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Carlos Vaz

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(continuação) Em 1964 o programa de F1 foi posto de lado em detrimento do desenvolvimento da versão GTS para competição. Dois deles chegaram a entrar na "Targa Florio", mas desitiram com problemas de ignição e esta foi a ultima aparição oficial do carro. Após pelo menos 8 (algumas fontes referem que podem ter sido 19 no total) carros construidos a fábrica fechou. Chiti criou a Autodelta que acabou por se tornar no departamento de competição da Alfa Romeo e na prática podemos vêr que alguns dos conceitos do ATS 2500 GT foram transferidos para os 33 de competição, assim como alguns conceitos esteticos para o 33 "Stradale", aliás desenhado por Scaglione!

Com tão poucos construidos, a visão de um destes carros é uma coisa muitissimo rara e... está provávelmente no meu "TOP THREE"!
 

Moises Trovisqueira

MTrovisqueiraF
Portalista
Nos longinquos anos 60's, tecnologicamente falando, deveria ser quase como um OVNI, agora considerar este 'desenho de cortar a respiração'??? acho que não.
A linha não é omogénea e a frente não tem originalidade.
De qualquer das formas parabéns pela narração desta Historia deste pequeno construtor.
Cumprimentos.
 

Paulo Sergio Carvalho

Portalista
Portalista
Moises Trovisqueira disse:
Nos longinquos anos 60's, tecnologicamente falando, deveria ser quase como um OVNI, agora considerar este 'desenho de cortar a respiração'??? acho que não.
A linha não é omogénea e a frente não tem originalidade.
De qualquer das formas parabéns pela narração desta Historia deste pequeno construtor.
Cumprimentos.
Sim concordo a frente é parecida com JAGUAR mas não deixa de ser um carro fabuloso principalmente pelo motor que o equipa embora na altura ja existissem bem mais potentes mas não de um pequeno construtor que se tivesse continuado possivelmente faria frente aos grandes.
Parabens e obrigado pela descriçao desta maquina que sinceramente desconhecia;)
 

Conta apagada 31475

Antes Francisco Lemos Ferreira
Carlos

Obrigado por este post delicioso. Bravo. quabto ao carro é sem duvido dos mais belos, para a época era uma alucinação e o motor é mítico.

um Abraço

Francisco
 
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Carlos Vaz

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principalmente pelo motor que o equipa embora na altura ja existissem bem mais potentes

Se tivermos em conta a cilindrada, provavelmente não, pelo menos que eu tenha conecimento!

Já agora mais umas fotos:

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Agora com o carro de F1

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Paulo Sergio Carvalho

Portalista
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Carlos Vaz disse:
Se tivermos em conta a cilindrada, provavelmente não, pelo menos que eu tenha conecimento!

Já agora mais umas fotos:

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Agora com o carro de F1

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Visto por trás é muito mais bonito e diferente de qualquer outro carro na decada de 60 alguns carros nomeadamente americanos já possuiam motores com cc acima dos 2500 e 300cv por ex PONTIAC GTO 1964 360CV CHEVROLET CORVETE e CAMARO MUSTANG etc digamos os grandes como frizei atras o que não quer dizer que essa maravilha naõ lhes roe-se os calcanhares:D
 

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Carlos Vaz

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Pre-War
Pois... mas a potencia especifica em cv/L é muito mais baixa nesses carros!
O que é fantástico para a época não são os 220cv mas sim os 220cv com 2500cc o que corresponde a 88cv/L, valor ainda muitissimo respeitável hoje em dia num motor atmosférico.
 

Pedro Pereira Marques

Pre-War
Autor
Grande carro, lindíssimo! É engraçado o pormenor dos bancos que ainda são os originais, com rachas e tudo. O mundo dos clássicos está agora a virar-se para aqui. Dantes restaurava-se tudo, era tudo novo a brilhar. Hoje chegou-se à conclusão que se queremos respeitar o modelo e exibi-lo na sua mais pojante glória, temos que o deixar contar histórias com os sinais do tempo. É como digo no outro tópico: o bom-gosto aprende-se e quanto mais sabemos e mais vivemos, mais o nosso gosto sai apurado. Muito bom tópico e obrigado pela partilha.
 

Camacho Cêrcas

Pre-War
Autor
Dantes restaurava-se tudo, era tudo novo a brilhar. Hoje chegou-se à conclusão que se queremos respeitar o modelo e exibi-lo na sua mais pojante glória, temos que o deixar contar histórias com os sinais do tempo.

Também reparei nesse aspecto. Já friso esta questão há muitos anos e fui criticado por diversas vezes por manter alguns interiores e até pinturas em alguns veículos antigos que eram as originais. Em carros de interesse histórico (e não só), a única forma de preservar a originalidade é manter todos os materiais e peças com que o veículo saiu de fábrica. A patine sempre foi valorizada em veículos mais antigos e em alguns mercados.

Em relação ao ATS, o que realmente se sobressai é mesmo a potência específica para um motor atmosférico nos anos 60, brutal para a época. Um excelente projeto de engenharia automóvel.
Em relação ao design, apesar de ser distinto e exótico, e mesmo sendo dos anos 60, consigo pensar em alguns modelos mais espetaculares que este ATS.
Bom tópico, Vaz.
 

António M. Vieira e Sousa

Gentleman Driver
Premium
Sem dúvida um belo tópico sobre um carro espectacular nascido de uma desavença onde também entrou Phil Hill, piloto da Ferrari à época.

Quanto ao programa da F1 (com os pilotos Phil Hill e Giancarlo Baghetti), não teve sucesso, terminou cedo e um dos carros foi comprado por Alf Francis (conhecido mecânico de Stirling Moss) que ajudado por Vic Derrington e Valerio Colotti (da Maserati) o transformaram no “Derrington-Francis ATS 100-02” alterando-lhe o chassis. A estreia deste ATS fez-se no GP de Monza em 1964 conduzido pelo português “Nicha” Cabral (qualificando o carro em 19º lugar à frente de Jean-Claude Rudaz e o veterano Maurice Trintignant e desistindo da corrida ao fim de 24 voltas com problemas de ignição) e que coincidiu com o aparecimento da “Good-Year” na F1 tendo sido este mesmo ATS o primeiro F1 a ser equipado com esta marca de pneus. Reza a lenda que “Nicha” conseguiria ser mais rápido em pista do que Hill ou Baghetti com este carro.

Na opinião do piloto português o carro era uma “boa merda”, se calhar por isto também não teve sucesso.

Fotos da sua participação no circuito de Monza em 1964:

Ver anexo 298537 Ver anexo 298538
 

António Barbosa

Red Line
Portalista
Carro bonito, mas com angulos mais felizes que outros. Mecânica muito, muito à frente do seu tempo, quantos motores atmosféricos têm hoje 88CV/litro, os VTEC e mais quem?
 
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Carlos Vaz

Carlos Vaz

Pre-War
E houve uma versão que terá chegado aos 100cv/litro!

A reter que eram outros tempos, em que uma "zanga" dava origem a uma nova marca que depois lançava uma coisa destas...
 
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