Um Carro Feio

Alvaro Oliveira

Clássico
havia um wartburg cá em Setúbal propriedade de um senhor de idade, por acaso já há uns bons anos que não o vejo mas estava todo impecável de aspecto. Dizia-se quando estes carros saíram que eram autenticas armadilhas mortais para as pessoas que quando iam dentro dele pois quase sempre morriam devido á má construção dos carros.
 

HugoSilva

"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
Eventos Team
havia um wartburg cá em Setúbal propriedade de um senhor de idade, por acaso já há uns bons anos que não o vejo mas estava todo impecável de aspecto. Dizia-se quando estes carros saíram que eram autenticas armadilhas mortais para as pessoas que quando iam dentro dele pois quase sempre morriam devido á má construção dos carros.
O mesmo se podia dizer dos Mini, e se calhar em décadas de produção nunca melhoraram muito nesse aspeto, a verdade é que se tornaram muito provavelmente no carro mais conhecido da história :)
 

António Barbosa

Red Line
Portalista
O mesmo se podia dizer dos Mini, e se calhar em décadas de produção nunca melhoraram muito nesse aspeto, a verdade é que se tornaram muito provavelmente no carro mais conhecido da história :)
Tenho alguma dificuldade em concordar com esse conceito, o meu primeiro Mini foi para a sucata numa aparatoso acidente e protegeu bem os ocupantes. Nos anos 90 foram colocadas barras de proteção lateral nas portas e airbag para o passageiro.

ttps://www.minispares.com/product/Classic/Body/Doors/BDA360100.aspx?0304&ReturnUrl=/search/classic/door%20bars.aspx|Back%20to%20search
 

HugoSilva

"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
Eventos Team
F
Tenho alguma dificuldade em concordar com esse conceito, o meu primeiro Mini foi para a sucata numa aparatoso acidente e protegeu bem os ocupantes. Nos anos 90 foram colocadas barras de proteção lateral nas portas e airbag para o passageiro.

ttps://www.minispares.com/product/Classic/Body/Doors/BDA360100.aspx?0304&ReturnUrl=/search/classic/door%20bars.aspx|Back%20to%20search
Felizmente que nem todos os acidentes com Mini deram em fatalidades e além do mais também não sei precisar que modelos/anos é que eram armadilhas mortais, sei que provocavam graves danos, alguns susceptíveis de causar a morte, em colisões a 50km/h.
Pormenores como a altura do canhão que provocavam a penetração da chave na zona da rótula ou a reduzida altura do habitáculo que colocava o espelho retrovisor à altura da testa e que partia facilmente deixando exposto o espigão que o fixava ao vidro.

Claro que é um tema transversal e que todos os carros dos anos 60 não eram propriamente veículos munidos de segurança passiva/ativa avançada mas alguns detalhes ou erros de design se preferirmos chamar, em alguns modelos, de certeza que só pioravam :(
 

Alvaro Oliveira

Clássico
o problema nos carros actuais é que alem de serem maioritariamente feitos em plástico e terem montes de sistemas de segurança tanto activa como passiva continuamos a ter muitos acidentes graves tanto em perdas de vidas como de estropiados que ficam com mazelas para toda a vida , nos carros antigos alem de não existir tantos sistemas de segurança como nos carros actuais tinham um motor fraco para as carrocerias e eram muito mais pesados pois aquilo sim era chapa fazendo que qualquer acidente que tivessem tirando os problemas acima referidos eram coisas pequenas de se resolver e sem a gravidade que actualmente se testemunha nas nossas estradas.alem que segundo um estudo feito há uns anos e que saiu numa revista da especialidade alguns dos carros ditos antigos eram mais ecológicos que os novos ,não nos esqueçamos dos testes da vw,audi etc adulterados.
 

Rafael Isento

Portalista
Membro do staff
Portalista
o problema nos carros actuais é que alem de serem maioritariamente feitos em plástico e terem montes de sistemas de segurança tanto activa como passiva continuamos a ter muitos acidentes graves tanto em perdas de vidas como de estropiados que ficam com mazelas para toda a vida , nos carros antigos alem de não existir tantos sistemas de segurança como nos carros actuais tinham um motor fraco para as carrocerias e eram muito mais pesados pois aquilo sim era chapa fazendo que qualquer acidente que tivessem tirando os problemas acima referidos eram coisas pequenas de se resolver e sem a gravidade que actualmente se testemunha nas nossas estradas.alem que segundo um estudo feito há uns anos e que saiu numa revista da especialidade alguns dos carros ditos antigos eram mais ecológicos que os novos ,não nos esqueçamos dos testes da vw,audi etc adulterados.
Embora compreenda o sentido da publicação, que nos chama a atenção para os factos, não posso deixar de não concordar com os argumentos.
É certo que a sinistralidade continua com números preocupantes mas não vamos dizer que foi a indústria automóvel que evoluiu no sentido errado. No que à segurança diz respeito, não há clássico nenhum que nos valha. Também é válido dizer que no que toca a sensações puras e de tacto mecânico de condução não há "plástico" nenhum que nos valha.
Mantendo-me apenas na segurança...
Então os clássicos pesavam mais? Porra, é que não concordo mesmo. Quanto pesava um Renault Clio de 1990 e um actual? Se formos buscar o Renault 5 (que antecedeu o Clio e o Super 5) então ainda é maior a diferença.
E o Mini de 1959 e o actual? Que de "mini" não tem nada? Ui ui.
Ou um BMW E12 520 de 1972 e o actual?
É que no peso nem preciso dizer mais nada, basta ir ver as fichas técnicas dos carros e comparar.

Quanto ao plástico e à chapa dura também não há comparação. Os actuais não é só plástico, as estruturas base são muito mais resistentes e elaboradas com capacidades de absorção de energia com que um clássico só pode sonhar. Os carros actuais são feitos para "perder" a estética mas manterem as estruturas vitais intactas.

Quanto aos sistemas electrónicos... Será que o ABS é uma coisa má? Um ESP é mau? Muita atenção que estamos a discutir SEGURANÇA, não vamos misturar alhos com bugalhos.

Também podemos falar na ecologia mas aqui é um tema muito complexo.
Por km um clássico polui mais, é inquestionável. Mas poderá ser mais ecológico mantermos um carro por 20 anos do que trocar de carro com frequência. Os carros que "descartamos" nas trocas, se forem para abate são um problema ambiental. No que à ecologia diz respeito, talvez ainda ninguém tenha feito uma análise, de carácter científico, que nos permita saber até que ponto um clássico ou moderno é mais ecológico.

Agora alguns factos:
- cada vez há mais carros nas estradas e estas estão, em muitos casos, a ser usadas para lá do ponto de saturação.
- a manutenção dos carros é cada vez mais complexa e dispendiosa e isso reflecte-se no estado em que muita viatura circula.
- a indústria automóvel evoluiu de forma exponencial e o ensino da condução está completamente inadequado.
- inadequados estão também alguns limites nas vias dedicadas, que na minha opinião são prejudiciais à segurança, mas admito que este tema é polémico e controverso pois continuamos a ter uma frota automóvel com uma idade considerável e a lei tem que se aplicar a todos de igual forma.


Acabo a minha resposta saindo do tema segurança e falando da EMOÇÃO ao volante:
- cada vez são menos os carros actuais que nos permitem sentir emoções fortes numa qualquer estrada secundária, pelo menos dentro dos limites do razoável (não é dos legais).
- menos ainda que os do ponto anterior são aqueles que nos permitem ter um tacto mecânico dos diversos órgãos do carro, que nos permitem "ler" tudo o que acontece a qualquer instante.


Resumindo:
Em segurança 1000x um carro recente.
Em emoção 999x um clássico - deixo aqui uma pequeníssima margem pois o que eu gosto é de carros, se as despesas com luxos não fossem um problema havia alguns modernos que eu colocaria na minha garagem!
 

Carlos Vaz

Pre-War
Embora compreenda o sentido da publicação, que nos chama a atenção para os factos, não posso deixar de não concordar com os argumentos.
É certo que a sinistralidade continua com números preocupantes mas não vamos dizer que foi a indústria automóvel que evoluiu no sentido errado. No que à segurança diz respeito, não há clássico nenhum que nos valha. Também é válido dizer que no que toca a sensações puras e de tacto mecânico de condução não há "plástico" nenhum que nos valha.
Mantendo-me apenas na segurança...
Então os clássicos pesavam mais? Porra, é que não concordo mesmo. Quanto pesava um Renault Clio de 1990 e um actual? Se formos buscar o Renault 5 (que antecedeu o Clio e o Super 5) então ainda é maior a diferença.
E o Mini de 1959 e o actual? Que de "mini" não tem nada? Ui ui.
Ou um BMW E12 520 de 1972 e o actual?
É que no peso nem preciso dizer mais nada, basta ir ver as fichas técnicas dos carros e comparar.

Quanto ao plástico e à chapa dura também não há comparação. Os actuais não é só plástico, as estruturas base são muito mais resistentes e elaboradas com capacidades de absorção de energia com que um clássico só pode sonhar. Os carros actuais são feitos para "perder" a estética mas manterem as estruturas vitais intactas.

Quanto aos sistemas electrónicos... Será que o ABS é uma coisa má? Um ESP é mau? Muita atenção que estamos a discutir SEGURANÇA, não vamos misturar alhos com bugalhos.

Também podemos falar na ecologia mas aqui é um tema muito complexo.
Por km um clássico polui mais, é inquestionável. Mas poderá ser mais ecológico mantermos um carro por 20 anos do que trocar de carro com frequência. Os carros que "descartamos" nas trocas, se forem para abate são um problema ambiental. No que à ecologia diz respeito, talvez ainda ninguém tenha feito uma análise, de carácter científico, que nos permita saber até que ponto um clássico ou moderno é mais ecológico.

Agora alguns factos:
- cada vez há mais carros nas estradas e estas estão, em muitos casos, a ser usadas para lá do ponto de saturação.
- a manutenção dos carros é cada vez mais complexa e dispendiosa e isso reflecte-se no estado em que muita viatura circula.
- a indústria automóvel evoluiu de forma exponencial e o ensino da condução está completamente inadequado.
- inadequados estão também alguns limites nas vias dedicadas, que na minha opinião são prejudiciais à segurança, mas admito que este tema é polémico e controverso pois continuamos a ter uma frota automóvel com uma idade considerável e a lei tem que se aplicar a todos de igual forma.


Acabo a minha resposta saindo do tema segurança e falando da EMOÇÃO ao volante:
- cada vez são menos os carros actuais que nos permitem sentir emoções fortes numa qualquer estrada secundária, pelo menos dentro dos limites do razoável (não é dos legais).
- menos ainda que os do ponto anterior são aqueles que nos permitem ter um tacto mecânico dos diversos órgãos do carro, que nos permitem "ler" tudo o que acontece a qualquer instante.


Resumindo:
Em segurança 1000x um carro recente.
Em emoção 999x um clássico - deixo aqui uma pequeníssima margem pois o que eu gosto é de carros, se as despesas com luxos não fossem um problema havia alguns modernos que eu colocaria na minha garagem!

Só para dizer que nem quer por preguiça de escrever quer por concordar não vou acrescentar nada. ;):D
 

HugoSilva

"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
Eventos Team
O @Rafael Isento disse tudo. Só acrescento ali um ponto àquela situação do peso dos carros antigos e da chapa "melhor".
As leis da física não mentem nem são adulteráveis, ou se deforma a chapa do carro ou se deformam os corpos dos ocupantes e mesmo assim basta ver fotos vintage de acidentes, vocês queriam estar dentro daquele destroço? Hoje em dia os carros até são pensados para facilitarem o desencarceramento das vítimas!

Quem achar que os carros modernos não são mais seguros só anda a mentir a ele mesmo para ir justificando o seu transporte em carros que lhe dão mais pica, eu acho que deviam era assumir que sempre que o fizerem estão a correr um risco de vida superior em prol do prazer, se souberem viver com isso (regra geral sabemos todos até ao dia em que apanhamos um susto) ficarão melhor com a vossa consciência =)

Recentemente fiquei a saber porque é que a 3.ª geração do Punto (2005–2018), foi de 5 estrelas NCAP para zero, ao que parece em 13 anos o carro foi muito pouco atualizado em termos de sistemas de segurança pelo que levou uma "pancada enorme" na avaliação dado que à data de hoje já muitos carros começam a trazer aviso de invasão de faixa contrária, alerta para sonolência, travagem automática de emergência, aviso de ângulo morto, etc.
 

Rafael Isento

Portalista
Membro do staff
Portalista
Para mim um carro com a estrutura actual, um motor moderno mas com a tecnologia de há 30 anos atrás era um bom daily drive.
Ficava-me por um bom ABS, uma direção assistida hidráulica, vidros eléctricos, fecho centralizado com comando e ar condicionado. Tudo o resto dispenso.
Tinha que ser leve, ter pneus "normais", jante 14" ou 15" e não mais que 195 em perfil 60 e dimensões "normais", não era como estes insuflados recentes.
Era um "plástico" perfeito para o dia a dia capaz de me fazer poupar uma pequena fortuna para comprar um brinquedo a sério, em vez de comprar carros "velhos". Elevava a fasquia e comprava a minha "pickup rebaixada" :D
 

HugoSilva

"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
Eventos Team
Para mim um carro com a estrutura actual, um motor moderno mas com a tecnologia de há 30 anos atrás era um bom daily drive.
Ficava-me por um bom ABS, uma direção assistida hidráulica, vidros eléctricos, fecho centralizado com comando e ar condicionado. Tudo o resto dispenso.
Tinha que ser leve, ter pneus "normais", jante 14" ou 15" e não mais que 195 em perfil 60 e dimensões "normais", não era como estes insuflados recentes.
Era um "plástico" perfeito para o dia a dia capaz de me fazer poupar uma pequena fortuna para comprar um brinquedo a sério, em vez de comprar carros "velhos". Elevava a fasquia e comprava a minha "pickup rebaixada" :D
Bem isso já é outra discussão que é... o que é que realmente importa ou é mariquice?

Uma direção assistida poupa-te em manobras a baixa velocidade e facilita muito o estacionamento. Um alerta para sonolência salva-te a vida... prioridades! Ao menos vais pra cova sem os braços doridos :xD:
 

Carlos Vaz

Pre-War
Para mim um carro com a estrutura actual, um motor moderno mas com a tecnologia de há 30 anos atrás era um bom daily drive.
Ficava-me por um bom ABS, uma direção assistida hidráulica, vidros eléctricos, fecho centralizado com comando e ar condicionado. Tudo o resto dispenso.
Tinha que ser leve, ter pneus "normais", jante 14" ou 15" e não mais que 195 em perfil 60 e dimensões "normais", não era como estes insuflados recentes.
Era um "plástico" perfeito para o dia a dia capaz de me fazer poupar uma pequena fortuna para comprar um brinquedo a sério, em vez de comprar carros "velhos". Elevava a fasquia e comprava a minha "pickup rebaixada" :D

De um modo geral acabaste de descrever o meu Primera.
 
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