Tanques de guerra: O evento!

Mike Silva

O aprendiz
( A propósito do Tankfest, a decorrer em Junho.

www.tankmuseum.org )

Há dois anos, na feira de Beaulieu,próximo de Southampton, comprei um triciclo da altura da Segunda Guerra Mundial. Bastante ferrugento e frágil,como convêm, mas a transpirar História por todos os poros. De cada vez que olho para aquele triciclo,agora gentilmente colocado sobre uma prateleira na garagem junto de outros artefactos históricos, entre os quais uma AK47 desactivada, imagino imediatamente sirenes de bombardeamento e carros a circular de noite com os faróis tapados, guiados por nostálgicas senhoras de gabardine e bóina, ao jeito de Ingrid Bergman.

O "problema" dos clássicos, é quando se tornam vulgares: Por exemplo, o Morris Minor em Inglaterra, é uma visão comum, nos supermercados e nos jogos de bola, e de certa forma as pessoas não conseguem associar o Minor com Nostalgia, nem começarem a idolatrá-lo como clássico.porque este ainda faz grande parte do dia-a-dia.

Os clássicos, são também como a droga: Começamos com algo "leve" e acessível, como uns Minis e uns Carochas, e passamos depois para as "pesadas" , que nos fazem rebentar com o dinheirinho todo, e fazem as pessoas à nossa volta levarem as mãos à cabeça por nos julgarem infinitamente perdidos. Aqui entram,por exemplo, os camiões, autocarros...e tanques de guerra!

Não é das primeiras coisas que um entusiasta procura, quando começa " nisto" dos clássicos. Normalmente, e nos tempos que correm, uma YE-YE é o caminho mais fácil para obter as primeiras "alucinações" e " pedradas" . Convenhamos que não é fácil olhar sequer para uma " coisa" que pesa vinte toneladas no mínimo, desrói o alcatrão , é comandada por hidráulicos e tem como função destruir edifícios e outros tanques. E pisar Citroens AX por passatempo. O que só abona em seu favor.


( Continuação em

www.saladasmaquinas.blogspot.com , com fotos )
 
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