E está dito... e muito bem "dizido". Gostei IMENSO de ler o que escreveste e agora percebo, entendo, aceito a estou 100% de acordo contigo!!!
É de uma forma muito objectiva que concordo e aprecio o teu resumo à situação. Tocaste em pontos fundamentais. Grande post!ACosta disse:Bom já larguei os livros à algum tempo à mais de uma década e o meu trajecto profissional não necessitou do que aprendi pela Universidade no entanto do que me lembro...
...Dinamicamente e logo portanto pela física, o ideal será sempre motor central, com a direcção e "tracção" separadas, a partir de certos níveis por mais que se vá aperfeiçoando o limite de potencia para um tracção é sempre inferior a um propulsão, no entanto com o motor colocado naquela posição "fora de bordo" a tracção e a travagem a direito são das poucas coisas que saem beneficiadas, correcto?
Na minha modesta opinião, sim motor atrás do eixo traseiro não é a melhor opção dinâmica, era a que tinham, o mesmo se aplicando ao motores refrigerados a ar, dito isto tenho a admitir também o seguinte, a Porche nunca foi a minha marca de sonho, sempre preferi e prefiro a Ferrari, no entanto o patamar a que levaram o 911 é de louvar e admirar, sim também acho que se quisessem levar para esses patamares o Cayman seria superior dinamicamente, mas para isso tem os Carrera GT e 918, o carisma tambem é assim que se mantem e assim se ganha dinheiro para o R&D, e os Engenheiros da Porsche desenvolveram o 911 a algo que era impensável dinamicamente pela solução histórica associada ao inicio do 911 e convivem com isso muito bem no dia da dia
O único Prosche que já conduzi um Carrera 2 993, mas também foi à muito tempo, o que mais gostei e me marcou?
Travagem e o maravilhoso e característico som do boxter Fenomenal, verdade seja dito que a volta foi pequena
Abraços,
Sobre isto ainda vamos ter muito que conversar porque, posso não ser técnico mas culturalmente ainda me considero um ser Humano, com formação minimamente cívica para não aceitar esta ideia de forma nenhuma. Há aqui conceitos muito deturpados e insultuosos até Eduardo. Atenuaste no outro post seguinte mas nota-se muito recalcamento em relação a um estereotipo criado por ti ou por alguém próximo de ti sobre esta matéria.Eduardo Relvas disse:Eu nunca desconsiderei a Porsche na sua totalidade. Nem acho o 911 inferior aos carros em geral no que toca a qualidade, fiabilidade, etc. Mas acho-o um desenho completamente injustificável, e que a marca vem encobrindo por medo aos extremistas que dela são clientes. Se o Cayman tivesse a mesma hipótese que é dada ao 911, caía o carmo e a trindade! Um 911 batido por um modelo inferior? Sacrilégio! Era só o que faltava.
Não, os donos dos 911 gostam de se rir dos seus inferiores, e nada lhes deve dar mais satisfação do que parar ao lado deles nos semáforos com um ar de superioridade. E isso tem de ser salvaguardado, por isso certificam-se de que nenhum destes "queridos clientes preferenciais" possa ser envergonhado pelo pretendente inferior... Desculpem qualquer coisinha, isto obviamente não é específico a alguém em concreto, mas é o que se diz sempre quando se fala desta dualidade de critérios.
!
O NIKASIL pode ser lido aqui. http://en.wikipedia.org/wiki/NikasilEduardo Relvas disse:Há motores perfeitamente ordinários, feito de materiais do mais prosaico que há, em que o desgaste é virtualmente nulo, não precisam de Nikasil... tenho um colega que tem um motor que eu conheço bem, com mais de 800,000 km no activo, e que ainda nunca foi rectificado... no entanto, as camisas são de aço. Obviamente não será um aço muito ordinário, mas não é nenhuma liga exótica.
Falta o cheiro...falta aquela mistura...inexplicável. Só te consigo explicar isto num encontro com mais de 200 carros que tive...aí vias o que é o cheiro da coisa...o som... E logo tu..que não gostas de coisas modernas!Eduardo Relvas disse:E o melhor de tudo é que podes continuar a usar um motor boxer, com os tais seis cilindros, com aquela sonoridade bestial.
Tens um conceito, originado nos anos 30, que foi "emprestado sem consentimento", e que nunca mais ninguém mexeu. Que diabos, seria assim tão complicado aceitar que é mau? Que é que dói assim tanto que não o possam admitir?Eduardo Relvas disse:É por isto que estamos sempre a mandar bocas de que o gabinete de design da Porsche é o mais preguiçoso do mundo.
Disseste isso dos donos dos Porsche e disseste muito mal. Tão mal que ias borrando a pintura...não fosse o acalmar dos ânimos posteriormente. Ms por mim, tudo ok. Estou aqui para rebater e dar o peito, não para entrar em guerra.Eduardo Relvas disse:Eu sei o que disse dos donos de Porsches lá em cima, e não foi simpático. Mas não deixa de ter o seu quê de verdade. Se o snobismo desmesurado não tivesse morto o 914, podia ter sido o fim do 911, poucos anos depois de ter aparecido. Mas ter um Porsche com genes VW ao barulho, 20 anos depois, já era considerado um insulto. Esqueceram-se de onde vinham... estás a ver porque os critico? Há provas amplas que a marca nunca quis chegar a isto, mas por uma lealdade tão cega que chega à parvoíce, perpetua este erro porque os clientes não querem ver para lá do tal esboço que qualquer miúdo sabe que é um Porsche.
Eduardo Relvas disse:(...)
tenho um BMW parado à porta de casa?
(...)
Já em 64 tinha sido um Mini. Até 1967 a Porsche não tinha ganho nenhuma vez.António Barbosa disse:Depois de ter lido este tópico todo, aqui vai a minha (sucinta) contribuição:
1 - Acho fundamental ter formação universitária ao nível da Física, para os efeitos pendulares, e da Química, para a termodinâmica de fluidos, para poder pôr de parte o marketing e a paixão por este modelo. De outra forma será discutir o sexo dos anjos...
2 - Acerca da curva de Nurburing, é muito simples Swing Axle.
3 - (Uma pequena acha para a fogueira) O João Duque refere no artigo a participação do 911 no Monte-Carlo de 1965, será curioso saber quem ganhou Monte-Carlo em 65, que cilindrada tinha, e onde o motor e o eixo de tracção estavam.
4 - Leva-me a pensar noutra questão, a da potencia por cilindrada, os italianos são mestres (o nome Testarossa vem de onde?). A Porsche só esteve bem neste aspecto na era turbo.
Bingo!Carlos Vaz disse:Ui!
O que práqui vai!
Isto acaba por ser relativamente simples... os 2 principais intervenientes desta "contenda" representam mais ou menos o 8 e o 80.
Do que me é dado perceber de tudo o que tenho lido de ambos (não só neste tópico) eu diria que o Hugo (admito estar errado e ter o meu "julgamento" condicionado pelo facto de conhecer o Eduardo pessoalmente e o Hugo não) será o que tem mais dificuldade em perceber o outro lado.
Percebe-se que a paixão pela marca e sobretudo pelo modelo (por mim completamente justificada) é tão grande que de forma nenhuma pode ser beliscada. Eu próprio teria alguns carros da marca (assim pudesse) e... seria uma das poucas em que eu compraria um carro novo, mas... o Eduardo tem razão na maior parte daquilo que diz.
O 911 é efectivamente um carro que nasceu de um conceito errado. Aliás, basta ver quantos carros existiam nas décadas de 60 e 70 com motor traseiro (até berlinas familiares) e quantos restaram nos dias de hoje. Há razões objectivas para isso e prendem-se essencialmente por ser um conceito errado.
Também tem razão na questão da refrigeração do motor e na quase absurda quantidade de óleo que necessita.
E sim... o 911 foi sempre "protegido"!
Se na época tivessem sido comercializados os 914 com o 2.4 de 190cv (creio que se fizeram 5... também não estou agora para ir verificar) estou certissimo que seria um carro para deixar o 911 a pastar naquela estrada de montanha...
E sim... ainda hoje são "protegidos" dos Cayman/Boxter que nesta ultima geração são reconhecidamente tão bons que já não são o Porsche dos pobres mas sim um carro que se pode escolher porque reune todo o que se pretende de um desportivo. Tudo, menos um motor que incomode o 911!
O Cayman S tem o mesmo bloco do 911 (991) base, mas por qualquer razão insuspeita com menos 25cv... e diz quem já conduziu os dois que a "ponta final" do que está montado no 911 é notóriamente mais forte que no Cayman.
É também verdade que ao nivel da competição muitos dos supostos 911 já não o eram.
Outra coisa que se estão a esquecer, é que efectivamente quando a marca quer ir um bocado mais além, muda de diapasão, Carrera GT e 918 Spyder!
A minha diferença para o Hugo é que gostando do carro, percebo os seus "defeitos", assim como a minha diferença para o Eduardo é que percebendo os seus "defeitos" gosto dele e quero um! Um!!!!!??????? Vários!
[SIZE=12pt]Neste vídeo vê-se nitidamente que o defeito está do lado do piloto e não na posição em que o carro tem o motor (trocou de velocidade quando não devia e depois assustou-se e colou os travões sofrendo as consequências) sendo assim qualquer carro se torna “polivalente”. [/SIZE][SIZE=12pt] [/SIZE]Camacho Cêrcas disse:Os Porsche são carros polivalentes, é mesmo isso que eu aprecio, senão, é ver o próximo video:
http://youtu.be/hStcyDj830Q
Isso são mais uns tostões...Diogo L. D. Santos disse:Já em 64 tinha sido um Mini. Até 1967 a Porsche não tinha ganho nenhuma vez.
Cumpts,
Hugo,Hugo Norton disse:
Não me referi ao Mini, nem tão pouco quero comparar minis com 911.António Barbosa disse:Uns tostões de cilindrada que valeram um palmarés muito significativo!
Diogo L. D. Santos disse:Hugo,
claro, se virmos o palmarés da porsche nos restantes anos. num curto espaço de tempo passou a ser uma marca constantemente vitoriosa nas mais variadas provas.
Relativamente á matéria, não tenho (era bom) os vossos conhecimentos de física e/ou mecânica, sou da área dos números. Por isso, para mim, o nine eleven ´e um icone da industria automóvel. No fundo nenhum museu está completo sem este número mítico, goste-se muito, pouco ou mais ou menos.
Cumprimentos,
Isto pode ser evitado...Hugo Norton disse:pois, além disso (que causa distúrbio nas mensagens) pelos vistos há um sítio próprio para as risadas, lançado por um moderador conhecido, na secção OFF-ROAD. Da infelicidade dos proprietários de Porsche. Riso da desgraça alheia.
Rafael S Marques disse:Outro, será que algum dia te vou ver com um carro (Ford) sério!!???
Sucintamente, lamento que não gostes da minha prosa" porque não sendo tão culto em Engenharia ainda sei identificar os problemas e virtudes dos seus componentes. Como acho que o fiz. Até acho que exagerei contra o meu próprio carro que não merece aue lhe diga tanta obscenidade, sobretudo se eu olhar para o ano dele em redor e tentar procurar um exemplar da concorrência que lhe faça frente ou até mesmo o supere em todos os domínios.Eduardo Relvas disse:Hugo, acho que já fui claro naquilo que disse, e argumentei com demonstração clara e objectiva do que queria dizer. Não vejo os argumentos rebatidos da mesma forma, só vejo adjectivação e prosa.
Já dei há algum tempo (talvez muito) atrás, reconheço que na teoria as coisas são algo desconceituadas, pelos princípios e lógicas físicas e quimicas mas na prática, e essa é muito forte, a realidade não me tem demonstrado tanto esses defeitos. A mim, e a outros.Eduardo Relvas disse:Eu percebo que tu gostes e queiras dar a cara e o peito por aquilo que gostas, mas temos de saber dar a mão à palmatória quando há que dar. Eu concedi em tudo aquilo que considero que a marca tem de meritório, e ataquei o que vejo estar mal.
Sei que o tens, e é um carrão! Mas ainda bem que não és fundamentalista porque, algumas vezes até pareces... Mas pronto..dou desconto! Sabes bem que na minha garagem moram várias marcas, moraram mais até...e gosto acima de tudo de clássicos. Fiats também... Muitos deles! E mesmo esses que não os teria são de uma apreciável beleza quando os vejo, porque me dá gozo olhar para eles e para os seus orgulhosos donos a passearem o seu belo clássico! Mesmo um Morris Marina...que pessoalmente acho um charuto...mas admito a sua piada e admito o seu espaço e admito de quem gosta deles.... Assim de repente...KRAMER!Eduardo Relvas disse:Quanto aos teus comentários sobre recalcamentos e estereótipos, posso assegurar-te que não têm origem em mim. Nem tão pouco sou o fundamentalista que me queres pintar. Aliás, se fosse tão proto-antinazi, porque raios tenho um BMW parado à porta de casa? Eu consigo aceitar muita coisa, e sei porque escolho este ou aquele carro para gostar, e este ou aquele para o oposto.
Mas continuo a afirmar, e tu és bastante teimoso(somos 2), e reges-te sempre pela engenharia teórica (que 99,9% das vezes está certa) que tens que dar uma volta comigo algum dia! Porra,!!Eduardo Relvas disse:Não terei obviamente a tua perspectiva de insider dos círculos da marca, mas já tive experiências q.b. com carros destes para poder formar a minha opinião. E como já viste, percebo um bocadinho mais daquilo que faz um carro do que a maioria, logo a minha perspectiva é necessariamente diferente.
Sim, dás uns exemplos algo esquisitos porque até esses gajos porreiros do Top Gear têm, tiveram e concerteza 911 nas suas próprias garagens. Logo... É a antítese da coisa. Há gente para tudo!Eduardo Relvas disse:As conversas de "status do semáforo", podes encontrá-las em muito sítio diferente. Os apresentadores do Top Gear já tiveram esta conversa várias vezes no programa, é um tema recorrente. E muitas revistas da especialidade argumentam o mesmo. E muita gente pensa o mesmo. Se não o dizem ou não o argumentam construtivamente, com eles fica a razão porquê. É um estereótipo que se tornou bastante aceite, e terá o seu quê de fundamento, senão o curso da história não era aquele que todos vemos. Não sou eu que o faço ou imponho ao mundo, não tenho poderes para isso. Sou um simples engenheiro, com formação em materiais (incluindo a parte metalúrgica), e antes disso tudo, sou petrolhead e engenhocas dedicado ao DIY.
Admiro que me louves a dedicação, é deveras gratificante. Por isso discutimos e isso acho que é bom.Eduardo Relvas disse:Louvo a tua dedicação à causa, mas continuo a ter a minha opinião, que está mais que clara e expressa de forma concisa... não tenho mais latim (ou outra língua qualquer) para gastar com este assunto.
Sim mas não fales nisso senão ainda alguém tenta colar nove-onze com o corvair... E aí vai ser a desgraça!Diogo L. D. Santos disse:Essa dissertação sobre o 911 (link que colocas-te) é qualquer coisa. O homem dá-lhe muito.
Só não gostei da parte que fala do Corvair ... é pa isso era o chamado "fazedor de viuvas" e não era propriamente pela potência
Cumprimentos,