Situação Assustadora c/ Fiat 125

[Tó Jacinto]

Tens aí o ponto de quebra do vidro. Onde falta esse bocadinho, notas que faz um padrão de afastamento das estaladelas em todos os sentidos. Isso foi por impacto. Algo pontiagudo e muito pequeno foi projectado contra o vidro e nem deste por isso porque a reação da quebra do vidro causa "um tremendo cagaço a um gajo". E digo isto porque sou vidraceiro e trabalho em todo o tipo de vidro.

 

[Andre Jacinto]

Vieram a conduzi-la mesmo depois de lhe ter acontecido isso?

Sim.

A propria torção da carroçaria pode fazer isso. Isso é vidro temperado que é muito resistente ao choque por impacto, mas choques térmicos e a própria aresta do vidro temperado são os seus pontos fracos. Qualquer objecto metálico ou rochoso por mais pequenos que seja que fique em contacto com a aresta do vidro em pressão, por exemplo algo que fique dentro da borracha à volta do vidro pode originar a fragmentação do vidro temperado. Já poderia estar picado nalgum sítio e com alguma torção repentina, tanto por força do vento como passar num buraco ou a fazer uma curva, sendo temperado acontece uma quebra expontânea. Se fosse em vidro laminado aparecia uma seda (estaladela).

Foi numa recta... Obrigado pela explicação! :feliz:

 

[Andre Jacinto]

Tens aí o ponto de quebra do vidro. Onde falta esse bocadinho, notas que faz um padrão de afastamento das estaladelas em todos os sentidos. Isso foi por impacto. Algo pontiagudo e muito pequeno foi projectado contra o vidro e nem deste por isso porque a reação da quebra do vidro causa "um tremendo cagaço a um gajo". E digo isto porque sou vidraceiro e trabalho em todo o tipo de vidro.

Provavelmente, foi mesmo algo projectado pelo carro do meu pai. Foi exactamente quando ele nos ultrapassou, e ficou mesmo à nossa frente, que isso aconteceu.

 

[Miguel Pintado]

Tens aí o ponto de quebra do vidro. Onde falta esse bocadinho, notas que faz um padrão de afastamento das estaladelas em todos os sentidos. Isso foi por impacto. Algo pontiagudo e muito pequeno foi projectado contra o vidro e nem deste por isso porque a reação da quebra do vidro causa "um tremendo cagaço a um gajo". E digo isto porque sou vidraceiro e trabalho em todo o tipo de vidro.

Nesse caso tinha esse pequeno buraco no vidro. Mas no meu caso, e eu verifiquei o vidro duas e três vezes, não havia nenhum buraco. Só uma zona do lado do passageiro com 4/5 cm de diâmetro que não rachou.

 

[Tó Jacinto]

Uma pedrita projectada para trás va-lá que saí-se a 50Km/h mais os 110 a que voces iam, levas-te uma pedrada de 160km/h no vidro.

 

[Andre.Silva]

A propria torção da carroçaria pode fazer isso. Isso é vidro temperado que é muito resistente ao choque por impacto, mas choques térmicos e a própria aresta do vidro temperado são os seus pontos fracos. Qualquer objecto metálico ou rochoso por mais pequenos que seja que fique em contacto com a aresta do vidro em pressão, por exemplo algo que fique dentro da borracha à volta do vidro pode originar a fragmentação do vidro temperado. Já poderia estar picado nalgum sítio e com alguma torção repentina, tanto por força do vento como passar num buraco ou a fazer uma curva, sendo temperado acontece uma quebra expontânea. Se fosse em vidro laminado aparecia uma seda (estaladela).

Belos comentários, gostei de ler. Mostra perceber da arte.

 

[Miguel Pintado]

Sim.







Foi numa recta... Obrigado pela explicação! :feliz:

Bem admiro a coragem também o meu estava um bocado pior porque não se via mesmo nada de nada. Ainda me disseram para eu abrir um buraco no vidro e levá-lo assim mas tive receio de levar com o resto do vidro por cima e de ter algum problema com autoridade. Optei pelo reboque...

 

[Andre Jacinto]

Eu passei o caminho todo a pedir exaustivamente ao meu irmão que parasse e que partisse o vidro.

Ele ainda conduziu um pouco com a cabeça de fora. O que vale é que é um Mini! Eheh.

Andámos um pouco em AE a 60 km/h, e saímos assim que foi possível.

 

[Tó Jacinto]

Nesse caso tinha esse pequeno buraco no vidro. Mas no meu caso, e eu verifiquei o vidro duas e três vezes, não havia nenhum buraco. Só uma zona do lado do passageiro com 4/5 cm de diâmetro que não rachou.

Isso já é má tempra do vidro. Um vidro temperado quebra por ele todo igual. À outro tipo de tratamento que é vidro termo-endurecido, que faz fragmentos maiores que uma mão aberta, mas nessa altura não existiam fornos para isso.

Olhando bem para o padrão da quebra consegue-se ver o ponto de ruptura.

No caso da foto onde falta o bocadinho, mesmo que não tive-se saído ficas com aquele padrão que parece uma teia de aranha, onde quebra vai expandindo para os lados, mas a uma velocidade que um gajo nem se apercebe. Ouve-se o estouro e já tá...

 

[Miguel Pintado]

A propria torção da carroçaria pode fazer isso. Isso é vidro temperado que é muito resistente ao choque por impacto, mas choques térmicos e a própria aresta do vidro temperado são os seus pontos fracos. Qualquer objecto metálico ou rochoso por mais pequenos que seja que fique em contacto com a aresta do vidro em pressão, por exemplo algo que fique dentro da borracha à volta do vidro pode originar a fragmentação do vidro temperado. Já poderia estar picado nalgum sítio e com alguma torção repentina, tanto por força do vento como passar num buraco ou a fazer uma curva, sendo temperado acontece uma quebra expontânea. Se fosse em vidro laminado aparecia uma seda (estaladela).

Obrigado pela explicação sr. Tó Jacinto. Li isto várias vezes para ficar a perceber bem. Realmente nota-se que percebe da arte

 

[Tó Jacinto]

Belos comentários, gostei de ler. Mostra perceber da arte.

Do que sei tou sempre disposto a ajudar. Tal como sou um zero em mecânica mas espero algumas dicas a restaurar o "Possante".

 

[Miguel Pintado]

Eu passei o caminho todo a pedir exaustivamente ao meu irmão que parasse e que partisse o vidro.

Ele ainda conduziu um pouco com a cabeça de fora. O que vale é que é um Mini! Eheh.

Andámos um pouco em AE a 60 km/h, e saímos assim que foi possível.

Eu saí 15 metros à frente. Isto aconteceu na A44 em frente à Makro de Gaia e tive que atravessar duas faixas para sair ali. Por acaso os dois condutores que iam a meu lado facilitaram em muito a minha saída porque quando liguei o pisca da direita reduziram, o da frente deu sinal de luzes, e o que ia atrás ligou os 4 piscas... Ainda há boa gente :feliz:

 

[Andre Jacinto]

Eu saí 15 metros à frente. Isto aconteceu na A44 em frente à Makro de Gaia e tive que atravessar duas faixas para sair ali. Por acaso os dois condutores que iam a meu lado facilitaram em muito a minha saída porque quando liguei o pisca da direita reduziram, o da frente deu sinal de luzes, e o que ia atrás ligou os 4 piscas... Ainda há boa gente :feliz:

Sem dúvida!

Bem, no meu caso foi mesmo na entrada de Bombarral, na A8. Saí em Óbidos, atravessei assim toda a cidade das Caldas da Rainha, até chegar a casa. Que odisseia!

 

[Miguel Pintado]

Sem dúvida!

Bem, no meu caso foi mesmo na entrada de Bombarral, na A8. Saí em Óbidos, atravessei assim toda a cidade das Caldas da Rainha, até chegar a casa. Que odisseia!

Odisseia mesmo Ainda me lembrei de fazer à bom filme de acção dos anos 80... Pontapé no vidro mantendo a aceleração, arrumar o vidro preso em cima com o braço e seguir o caminho

 

[António Jesus]

Tenho um colega com um SAXO, que ao passar por debaixo de uma ponte o vidro traseiro partiu, não houve embate nenhum, e segundo o sujeito que lhe mudou o vidro, aquilo deveu-se a choque térmico.
Mas ele foi o vidro traseiro, agora o da frente assusta mesmo...

 

[Tó Jacinto]

Txi! Que grande M** !

Pode acontecer. O vidro não é laminado pois não?

Não. O vidro laminado são dois vidros simples (podem ser mais consuante a utilização, por exemplo os anti-bala são 4) ligados entre si por um pelicula de PVB. Partem como um vidro simples mas mesmo partindo os dois ficam sempre ligados pelo PVB. O temperado é um vidro simples mas entra para dentro de um forno a cerca de 670 graus, sofre o tratamento térmico e fica com uma tensão 5 vezes superior ao vidro simples, daí maior resistência ao impacto, mas em caso de quebra "explode".

 

[Miguel Pintado]

Hoje já fui buscar outro pára-brisas da frente que estava guardado em casa do meu avô. Também é de um 125 de '71.

Espero que não me aconteça outra vez num futuro próximo senão o próximo já é a pagar e não é tão rápido de arranjar