Tinha ideia que uma discussão desta natureza já existia algures mas não a encontrei. Se for caso disso apago este tópico.
Aqui há uns tempos vi um artigo qualquer que chamava à atenção para que alguns carros após apenas 10 anos de terem sido lançados no mercado, à luz das métricas NCAP para 2017, teriam exatamente zero estrelas nos testes de segurança.
O carro em foco era apenas e só o Fiat Punto, série 3, um carro que apesar de pobre a nível de construção e materiais usados nunca me deixa indiferente devido à estética Giugiaro, adoro!
O busílis aqui está no que é que isto significa para nós entusiastas que tiramos prazer da utilização de carros com 20, 30, 40 e até 50 anos de existência, carros estes que mesmo após restauro total ainda representam apenas e só o que de melhor se fazia há muito, muito tempo atrás.
Complicando aqui um pouco mais a coisa, vamos esquecer que os ocupantes adultos e responsáveis pelas suas ações e pela decisão de conduzir ou se deixarem conduzir, ficam fora da equação. Restam os menores, as crianças.
Vemos aqui pelo fórum com alguma frequência fotos que revelam que muitos aficionados não se coíbem de transportar crianças de idade muito tenra em carros que muitas vezes são, comparativamente aos plásticos que tanto desprezamos, armadilhas letais.
Apesar da primeira versão existir pelo menos desde a década de 70, o hoje corriqueiro airbag apenas foi adoptado em massa pelas fabricantes a partir do inicio dos anos 90.
E não vamos ser demasiado dramáticos, recuemos aos anos 80/90 e ao mercado Japonês, o ênfase era claramente em economia e fiabilidade, a segurança era relegada para depois disso.
Quantos carros, ainda nos anos 70, não tinham sequer encostos de cabeça? O efeito "chicote" provoca sérias lesões e é tão fácil de acontecer num simples pára-arranca...
Vale a pena falar do "simples" ABS? Não só são carros pobres em mecanismos que nos permitam sobreviver ao acidente como em mecanismos que nos facilitem evitá-lo.
Vale o que vale e se calhar os clássicos americanos não serão sequer a melhor base de comparação, perdoem-me se estiver a ser injusto mas a ideia que tenho é que ao longo da história nem sempre primaram pela inovação.
Provavelmente os condutores de clássicos franceses terão melhores argumentos que os Italianos, ou vice-versa, foi uma investigação que não fiz, confesso. Em todo o caso há 20, 30 ou 50 anos atrás estávamos bem menos protegidos, nós e os nossos "(a)rrebentos".
Devia dar que pensar, especialmente aos mais teimosos e persistentes que usam os seus clássicos como viaturas de uso diário, seja para irem para o trabalho ou para levar os putos à escola porque se em 98% dos dias nada de mau se vai passar naqueles 30km de viagem, pode haver um dia em que algo que foge ao nosso controlo e do qual não temos qualquer culpa direta, nos vem bater à porta e nesse dia, como sempre, estávamos a conduzir o nosso clássico de direção não assistida e feeling direto, com pára-choques cromados lindos, hiper-funcional e despachado no trânsito, reciclado para evitar o consumismo do carro novo, com um motor de sonoridade ímpar e... extremamente despido de mecanismos de segurança para ocupantes, dos quais fazem parte o(s) nosso(s) filho(s).
Aqui há uns tempos vi um artigo qualquer que chamava à atenção para que alguns carros após apenas 10 anos de terem sido lançados no mercado, à luz das métricas NCAP para 2017, teriam exatamente zero estrelas nos testes de segurança.
O carro em foco era apenas e só o Fiat Punto, série 3, um carro que apesar de pobre a nível de construção e materiais usados nunca me deixa indiferente devido à estética Giugiaro, adoro!
O busílis aqui está no que é que isto significa para nós entusiastas que tiramos prazer da utilização de carros com 20, 30, 40 e até 50 anos de existência, carros estes que mesmo após restauro total ainda representam apenas e só o que de melhor se fazia há muito, muito tempo atrás.
Complicando aqui um pouco mais a coisa, vamos esquecer que os ocupantes adultos e responsáveis pelas suas ações e pela decisão de conduzir ou se deixarem conduzir, ficam fora da equação. Restam os menores, as crianças.
1959 Chevy Bel Air vs 2009 Chevy Malibu
Vemos aqui pelo fórum com alguma frequência fotos que revelam que muitos aficionados não se coíbem de transportar crianças de idade muito tenra em carros que muitas vezes são, comparativamente aos plásticos que tanto desprezamos, armadilhas letais.
Apesar da primeira versão existir pelo menos desde a década de 70, o hoje corriqueiro airbag apenas foi adoptado em massa pelas fabricantes a partir do inicio dos anos 90.
E não vamos ser demasiado dramáticos, recuemos aos anos 80/90 e ao mercado Japonês, o ênfase era claramente em economia e fiabilidade, a segurança era relegada para depois disso.
Quantos carros, ainda nos anos 70, não tinham sequer encostos de cabeça? O efeito "chicote" provoca sérias lesões e é tão fácil de acontecer num simples pára-arranca...
Vale a pena falar do "simples" ABS? Não só são carros pobres em mecanismos que nos permitam sobreviver ao acidente como em mecanismos que nos facilitem evitá-lo.
Vale o que vale e se calhar os clássicos americanos não serão sequer a melhor base de comparação, perdoem-me se estiver a ser injusto mas a ideia que tenho é que ao longo da história nem sempre primaram pela inovação.
Provavelmente os condutores de clássicos franceses terão melhores argumentos que os Italianos, ou vice-versa, foi uma investigação que não fiz, confesso. Em todo o caso há 20, 30 ou 50 anos atrás estávamos bem menos protegidos, nós e os nossos "(a)rrebentos".
Devia dar que pensar, especialmente aos mais teimosos e persistentes que usam os seus clássicos como viaturas de uso diário, seja para irem para o trabalho ou para levar os putos à escola porque se em 98% dos dias nada de mau se vai passar naqueles 30km de viagem, pode haver um dia em que algo que foge ao nosso controlo e do qual não temos qualquer culpa direta, nos vem bater à porta e nesse dia, como sempre, estávamos a conduzir o nosso clássico de direção não assistida e feeling direto, com pára-choques cromados lindos, hiper-funcional e despachado no trânsito, reciclado para evitar o consumismo do carro novo, com um motor de sonoridade ímpar e... extremamente despido de mecanismos de segurança para ocupantes, dos quais fazem parte o(s) nosso(s) filho(s).
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