Pedro E Silva
Elísio
O meu companheiro do dia-a-dia, que me transportou para todo o lado desde que tirei a carta (um Renault 5 GL de 1987), parou de vez no dia 31 de Dezembro de 2010.
Estava eu a caminho da festa de passagem de ano quando, na auto-estrada, lá se foi a junta da colassa. Foi a baixo, não pegou mais, a àgua estava a ferver e ao dar à chave passou a fazer bolhas no reservatório da àgua. Ficou a passar a compressão para o circuito da àgua. Ao que parece foi por causa do termostato (que já andava meio avariado). E o térmico que aciona a luz da temperatura também não funcionou, talvez até fosse o fio. Se tivesse acendido parava a tempo.
Este carro é aquele pelo qual tenho maior apego. O meu pai comprou-o há 12 anos para a minha irmã, passou dela para a minha mãe e, depois de comprarem um R11 este ficou parado alguns anos ao sol e à chuva. Pouco depois de tirar a carta, não havia dinheiro para melhor e lá se teve de ressuscitar a máquina. Foi uma ressureição fácil. Com pouco trabalho foi posto a andar e passou na IPO. Os plásticos interiores estavam todos podres por causa do sol e a pintura quimada mas desde o primeiro dia que o conduzi sempre se conportou como uma máquina de qualidade.
Infelizmente, fruto da estupidez da idade, nos primeiros tempos tratei exageradamente mal o pobre do carro. Experimentei tudo e mais alguma coisa, fiz coisas que se fazem com carros de corridas, com carrinhas de trabalho, com jipes TT(...) e coisas que não se fazem com nenhum carro. Deixei-o em muito mau estado de chaparia e pintura. Mas incrivelmente e após tantas vezes levado ao limite, o pequeno R5 continuou a trabalhar perfeitamente bem e sem dar mais problemas que qualquer carro de uso normal. Perfeito!
Eu que no início nem gostava do carro fui-me apaixonando. Vivi tantos momentos marcantes, bons e maus, da minha vida acompanhado deste carro... Como com tudo o que amamos, deixei de me preocupar com o facto de ser um carro velho e barato e até feinho (no estado em que estava) e tornámo-nos inseparáveis.
O meu pai até me quis comprar um carro a diesel e recusei porque, na altura não tinha onde guardar carros e teria de mandar o R5 para a sucata. Andei com ele até o pobre coitado não poder mais.
Andava já há algum tempo com ideia de o restaurar e, nesse caso, faze-lo "de A a Z". Só andava à procura de um substituto temporário.
O "Turbo(lento)" como muito é conhecido Não aguentou mais e exigiu ser cuidado.
Já está quase todo desmontado, tem vários podres, mas muito brevemente vai-se começar a tratar da chapa e depois a pintura.
Vou começar a postar fotos dos trabalhos e do estado do Turbolento.
É um carro barato, vale (em bom estado) pouco mais que uns 300€, não é nenhuma edição especial nem tem um motor potente, nem é luxuoso, nem é muito procurado. Aliás, não conheço ninguém que se tenha dado ao trabalho e À despesa de restaurar um.
No entanto, o mais importante quando restauramos um carro para nós mesmos é gostarmos o suficiente dele. Podia ser um grande carrão, mas se eu não o adorasse não tinha a mesma piada.
Espero que gostem.
P.S.: Procuro um R5 beije de 3 portas para servir de dador.
Estava eu a caminho da festa de passagem de ano quando, na auto-estrada, lá se foi a junta da colassa. Foi a baixo, não pegou mais, a àgua estava a ferver e ao dar à chave passou a fazer bolhas no reservatório da àgua. Ficou a passar a compressão para o circuito da àgua. Ao que parece foi por causa do termostato (que já andava meio avariado). E o térmico que aciona a luz da temperatura também não funcionou, talvez até fosse o fio. Se tivesse acendido parava a tempo.
Este carro é aquele pelo qual tenho maior apego. O meu pai comprou-o há 12 anos para a minha irmã, passou dela para a minha mãe e, depois de comprarem um R11 este ficou parado alguns anos ao sol e à chuva. Pouco depois de tirar a carta, não havia dinheiro para melhor e lá se teve de ressuscitar a máquina. Foi uma ressureição fácil. Com pouco trabalho foi posto a andar e passou na IPO. Os plásticos interiores estavam todos podres por causa do sol e a pintura quimada mas desde o primeiro dia que o conduzi sempre se conportou como uma máquina de qualidade.
Infelizmente, fruto da estupidez da idade, nos primeiros tempos tratei exageradamente mal o pobre do carro. Experimentei tudo e mais alguma coisa, fiz coisas que se fazem com carros de corridas, com carrinhas de trabalho, com jipes TT(...) e coisas que não se fazem com nenhum carro. Deixei-o em muito mau estado de chaparia e pintura. Mas incrivelmente e após tantas vezes levado ao limite, o pequeno R5 continuou a trabalhar perfeitamente bem e sem dar mais problemas que qualquer carro de uso normal. Perfeito!
Eu que no início nem gostava do carro fui-me apaixonando. Vivi tantos momentos marcantes, bons e maus, da minha vida acompanhado deste carro... Como com tudo o que amamos, deixei de me preocupar com o facto de ser um carro velho e barato e até feinho (no estado em que estava) e tornámo-nos inseparáveis.
O meu pai até me quis comprar um carro a diesel e recusei porque, na altura não tinha onde guardar carros e teria de mandar o R5 para a sucata. Andei com ele até o pobre coitado não poder mais.
Andava já há algum tempo com ideia de o restaurar e, nesse caso, faze-lo "de A a Z". Só andava à procura de um substituto temporário.
O "Turbo(lento)" como muito é conhecido Não aguentou mais e exigiu ser cuidado.
Já está quase todo desmontado, tem vários podres, mas muito brevemente vai-se começar a tratar da chapa e depois a pintura.
Vou começar a postar fotos dos trabalhos e do estado do Turbolento.
É um carro barato, vale (em bom estado) pouco mais que uns 300€, não é nenhuma edição especial nem tem um motor potente, nem é luxuoso, nem é muito procurado. Aliás, não conheço ninguém que se tenha dado ao trabalho e À despesa de restaurar um.
No entanto, o mais importante quando restauramos um carro para nós mesmos é gostarmos o suficiente dele. Podia ser um grande carrão, mas se eu não o adorasse não tinha a mesma piada.
Espero que gostem.
P.S.: Procuro um R5 beije de 3 portas para servir de dador.