Penso que há aqui algumas coisas que não estão a ser entendidas. Não é por se dizer que um carro não é clássico que estejamos a dizer para deitar para o lixo e não estimar. Acho muito bem que carros como a express se mantenham de forma a que daqui a 20 anos ainda tenhamos alguns exemplares de recordação. Mas daí a ser clássico vai um grande passo, e não se pode considerar clássico pela idade apenas. Aliás, nem é aceitável que assim se considere, embora cá em Portugal assim é considerado. Mas agora pensem, todos os carros com mais são clássicos?? Não devem ser, até porque todos os carros que não estejam de origem tal como saíram de fábrica devem ser excluídos, porque de uma forma ou de outra estão descaracterizados do original. Depois passa pelo modelo. Os clássicos propriamente ditos não são todos os que têm mais de 25 anos, nem são todos os que estão de origem, mas são sim aqueles que de uma forma ou de outra marcaram a indústria automóvel, quer pela sua inovação, quer pela sua estética, quer por ser um desportivo da época ou pelo seu conceito de utilização, mas todos os que tenham um simbolismo especial. Agora há muitos carros que são antigos e podem ser simbólicos como já foi dito por alguém para uma determinada família mas não na industria automóvel, nem na sua história. Não podemos começar a banalizar o conceito de clássico porque não faz sentido. E não confundam, com isto não se pretende que tudo o resto vá para o abate, apenas distinguir a tratar de uma forma razoável o conceito de clássico.
E para terminar só de referir, quando se fala de clássicos por serem raros, a raridade não é referente há época actual, mas sim há época em que eram produzidos, porque obviamente todos os carros vão desaparecendo com o tempo tornando-se raros. Embora hajam muitos modelos que tenham sido produzidos em massa e sejam carismáticos, mas mesmo dentro desses modelos por vezes se encontram certas versões raras e mais apetecíveis.
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