Rallye Verde Pino 2012

Só tinha feito talvez uns 10 quilometros para aferir um instrumento com o André antes do Rali da Bairrada, e como alguns de vós sabem só costumo andar (bem) acompanhado pelo José Carvalhosa, pelo que este convite me deixou um pouco ansioso, a acrescer a isto vai chover todos os dias e eu desconheço totalmente as rampas, o que não me permitia ajudar em nada o piloto, felizmente foi mesmo em cima do rali e todo se resolveu.

O ritmo foi agradável com paragens de 10 a 15 minutos depois de efectuadas as ligações, só se esqueceram do tempo para dormir, sabádo às 7h38m já estavamos a dar gás No Caramulo.

O primeiro dia com o Kartodromo dos Milagres percorrido sem grandes excessos no sentido inverso ao que estou habituado. A anciedade vai-se embora e combinamos que não há lugar ao risco, que só se faz o que se sabe.
Segue-se a ligação para Porto de Mós onde pode disfrutar do belo Prego antes mesmo de disputar a Rampa. Eu não conhecia a rampa e a segunda subida só seria disputada na noite de sábado, pelo que a ordem era andar sem atacar para não termos que arriscar a tentar cumprir à noite. 1m50s revelou-se demasido concervador pois à noite no sabado tinhamos feito 1h45m sem esforço.

Vamos para mais um kartodromo, Fátima. Arrancamos para a pista, passamos a recta da meta e duas curvas apanhamos um 911 Turdo em ritmo lento pois preparava-se para sair da pista depois de fazer a sua excelente prova com um terceiro lugar, aparece uma brecha e lá vamos nós, estes 2 a 3 segundos parecem uma eternidade volta em 1m02s aque levantar o pé a cada passagem na meta para fazer o mesmo tempo.

Saimos para Figueiró dos Vinhos e o André já me tinha mostrado que era consistente e concentrado, sabia que ele já tinha feito a rampa pelo que o deixo andar livre, vê-se quer ainda não conhece o carro mas trata de estabelecer a relações possiveis com os 911 avaliando bem as diferenças. 3m24s é o tempo a igualar no sabado, fazemos 3m22s a tentar acertar, tempo comprovável pelas cartas de controlo mas é-nos imputado 3m32s nas pautas para a segunda subida, penalização de 8 pontos.

Aparece a primeira prova secreta, a rampa de Montalto em Arganil. Porreiro esta conheço eu do Rali de Portugal Historico, confia em mim que tu consegues, liberdade para andar que amanha mesmo que chouva a rampa esta mais limpa e podes utilizar as “bermas”, 1m10s.

Tondela reserva-nos um slaloon muito rápido, tão rápido que so no caramulo nos alertam para o facto de termos feito menos uma rotunda eram três em vez de duas, assumimos o facto perante elementos da organização pois não sabemos o tempo que devemos fazer no dia seguinte. Assumimos uma penalização de 600 pontos e que no dia seguinte temos de fazer o melhor possivel assim como no resto da prova.

É com este espirito que entramos na rampa do Caramulo, fazer bem sem correr risco é o que se impõe ainda mais, arrancamos com a noção que de manhã anda por aqui Dom Sebastião, fazemos 1m42s e so penalízamos 3 pontos na manhã de sabado.

Sever do Vouga é anulado e seguimos directamente para Viseu para um slaloon em tudo igual ao do Rali de Portugal Histórico, o sindroma de Tondela apodera-se da malta e lá vamos a procura da terceira rotunda, ops são so duas volta para trás antes do controle e dá-lhe o que souberes, 1m 11s na primeira volta. Decisão rápida estamos carregados de pontos fazemos o tempo ou vemos o que conseguias fazer, resultado 48s e 49s, 45 pontos.

Tondela novamente, vamos lá três rotudas e carta com mais 5s do que o tempo que medi não vale a pena reclamar e perder tempo até porque aqui so temos de estar calados 25 pontos de penalização e uma rotunda a menos.
Seguimos para Oliveira do Hospital onde está montado um troço de excelente piso, muito molhado, curto e sinouso disputado debaixo de chuva como até aqui a proxima volta a daqui a umas horas nada vai mudar, niguém treinou este “ai que dar-lhe” 2m53s na primeira subida.

A segunda subida é já depois do almoço, quando saímos do restaurante a escova do limpa-vidros prende-se e ficamos sem o poder usar, fazemos a ligação e antes do troço pedimos uma chave para apertar o braço na posição,obrigado. Com a pressa a chuva e o mau jeito o arranjo dura ai uns 200m de troço. Vai de voar sem escovas e a chover 2m52s.

Antes do almoço disputou-se ainda a prova secreta de Vide com chuva e muito nevoeiro aqui o nível de risco subiu, pôs-se os oculos amarelos de nevoeiro e encorajo o André a soltar mais o carro utilizando não trancando tanto o carro de segunda, coisa que já vinhamos exprimentando nas ligações. A coisa dá-se e tudo corre bem com a ajuda dos sinais de ultrapassagem a primitirem esticar mais um pouco a aceleração. 6m21s.

Ao almoço conversavamos sobre o tempo de Oliveira do Hospital e Vide e alguém dizia que em vide não se podia cortar a meio pelo que nos deviamos estar a enganar no tempo tanto que isto era uma diferença de mais de 10s para o tempo do Grosso no BMW.

A moral instalou-se na equipa ao chegarmos ao carro e confirmarmos o tempo, e agora vamos levar uma aviada na segunda passagem. Felizmente o nevoeiro melhorou ligeiramente e assitência estava a entrada de Vide com uma chave de caixa para apertar o braço do limpa-vidros. Arrancamos e a meio da rampa temos dez segundos a frente, continuamos o ritmo pois o nevoeiro era só lá em cima, há que travar forte e fazer desde a placa amarela sem pé para fazer 6m20, 3º da Geral 1º dos classicos, atrás de um GT3 e de um Turbo.

Seguimos para Montalto com muito transito mas tempo para tudo, escolhemos não por combustivel e seguimos directo, arrancamos para a rampa com 1m10 para tentar igualar, lá fomos rampa a cima a voar baixinho numa rampa muito escorregadia mas que fez as delicias de muita gente, o puxar pelo André e a utilização da ajuda valetas resoltou mais uma vez no travar e levantar pé nas bandeiras amarelas mas mesmo assim 1m08s foi o tempo, 2 pontos de penalização.

A ligação torna-se apertada pois temos de por combustivel e ainda damos uma mãozinha a um colega com um pneu furado consequência de uma saida de estrada.
Chegamos a figueiro e fazemos o esperado cansados e um pouco desiludidos com o tempo efectuado na primeira passagem, seguimos para porto de mós através de fatima onde deveria estar montado um controlo de passagem, não estava nem a placa muito tempo perdido a confirmar as notas anteriores.

Seguimos depois de informação de outros concorrentes de que o controlo não havia sido montado. Era hora de procurar jantar, lembrei-me do prego do primeiro dia mas não havia. Encontramos outro pouso mesmo em frente onde tinhamos parado o 944, vimos o empate do barcelona e o desempate do Real e seguimos jogo.

No topo da rampa de porto de mós recebemos a notícia da desistência do nosso colega de equipa a somar a desitência no início da rampa do Grosso e do Sismeiro no Bmw.

Vamos para os milagres, aqui um desentendimento com o cronómetro resulta em voltas de 50, 51 e 52 segundos no kartodromo com o sentido certo. Acabou o dia vamos dormir.

No Domingo o circuito no Estadio de leiria era do melhor, rápido e trabalhoso um ligeiro abuso e meio pião, aí que desligou o motor, ligar e voltar a andar perdemos 10s na última passagem com voltas de 1m02s.
No final a surpressa da não penalização em Tondela e com isso o 11º lugar entre os classicos com vitória na classe C12 e direito a trofeu e tudo.

Como conclusão acho que foi uma boa prova na estrada estragada por um mau desempenho nos kartodromos e Slaloons de cidade.
Parabéns ao André pela boa escolha de pneus, pelo que evoluiu no conhecimento do 944 e no aproveitamento do seu extraordinário chassis, pena não ter mais alma. Se novas oportunidades houver e a vida deixar é uma experiência que repito sem reservas.
 
Não sei quem filmou, mas obrigado.

Só tenho pena é que nos comentários do público à minha passagem (6.01) tenham dito que era o Cardeira que ia a conduzir e não o "velhote"!!! :( :unsure: :blink:

por acaso era mesmo o "velhote"!! :p :D

será que sou assim tão velhote?? :( só tenho 60 anos!! ;)
abração

Já se apurou a identidade do "jovem", João?? eh eh eh :lol:
 
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