quando for para comprar um clássico verifique se...

carlos fradinho

Clássico
Veja o carro sempre à luz do dia; Evite garagens ou locais escuros; Procure por bolhas de ferrugem ou o pulverizar de tinta na carroçaria; Localize ferrugem ou massa plástica passando um imãn na chapa.
Verifique as folgas e os encaixes de capot, portas e porta-bagagens; Meça a distância das rodas em relação às abas dos pára - lamas; Veja se os eixos estão exactamente perpendiculares à carroçaria; Confira se o número do chassi bate com os documentos; Procure por sinais de raspagem ou regravação no número do chassi; Ouça o motor com atenção, batidas metálicas indicam necessidade de rectificações; Fumos e óleo no escape apontam má vedação ou motor cansado; Ferrugem no radiador é sinal de corrosão no sistema de refrigeração

Antes de comprar, faça um levantamento do modelo de sua preferência nas revistas e jornais para ter uma ideia do preço de mercado.
Informe-se sobre a marca, modelo, cor, ano de fabrico, quilometragem, placa e os equipamentos opcionais ( ar -condicionado etc.) para ver se o valor pedido pelo vendedor está de acordo com o valor de mercado.
Anote todos os dados desses automóveis em fichas, para depois fazer uma comparação sobre o que oferece cada modelo.
Importante: a compra de um veículo usado seja a particular ou comerciante, e de acordo com a Lei o comprador pode contar sempre com uma garantia legal para eventuais defeitos que vierem a ocorrer no veículo no prazo de um ano.
Com alguns anúncios e anotações à mão, vá ver todos os carros de seu interesse. O melhor é começar cedo, geralmente, quem se levanta tarde acaba por perder os melhores negócios. Ao chegar ao local onde o veículo está, verifique se as informações contidas no anúncio conferem com as do carro.
Verifique a autenticidade dos documentos. Confira os números do chassi, o nome do proprietário, o tipo de combustível, etc. Desconfie de cópias de documentos, mesmo que sejam autenticadas.
Veja no documento se existe alguma advertência, como Reservas de propriedade... Quando um carro é financiado, ele pertence a financeira e só passa ao nome do comprador após a quitação de todas as prestações. Sem Reserva a transferência definitiva da propriedade do veículo é muito mais segura e rápida.
Atenção: modificações na potência do motor, no combustível, cor da pintura, carroçaria ou equipamentos precisam estar devidamente homologados no documento do veículo. O novo Código de Estrada vai remodelar uma série de restrições e punições nesse sentido. Fique atento!
Chame um mecânico ao local ou leve o carro ao mecânico de sua confiança para fazer um teste e uma inspecção final do veículo antes de fechar o negócio.
Examine o carro sempre à luz do dia (evite vê-lo à noite ou em dias de chuva). Locais fechados (como garagem) ou escuros escondem os defeitos na carroçaria ou eventuais colisões.
Fique atento para ondulações e pequenos amassados na chaparia: existindo diferenças nas quinas de capot, folgas irregulares entre capot, portas e tampa de porta-bagagens é bem provável que o carro tenha sido batido.
Olhe o perfil lateral da carroçaria à procura de depressões e deformações. Verifique o alinhamento dos eixos: veja se todas as quatro rodas mantêm distâncias semelhantes em relação às abas e parte superior dos pára - lamas.
Veja se os eixos estão perpendiculares à carroçaria. Um desalinhamento pode significar que o veículo já sofreu um acidente mais grave. Essa verificação é mais fácil de ser feita com o carro em movimento, pedindo para alguém segui-lo com outro veículo.
Bolha na pintura é sinal de ferrugem. Procure por sinais de ferrugem nas grelhas de ar junto ao capôt, debaixo das borrachas de vedação de capôt, portas e do porta - malas, nas calhas, e também na parte inferior de pára - lamas, batentes, portas e tampas.
Bata na chapa, observando a diferença de som, para descobrir pontos com massa plástica. Ou passe um imãn encoberto com um pano sobre os locais suspeitos. Na lata, o imã vai aderir firmemente. Se houver massa plástica em alguns pontos, o imã se desprenderá.
Pintura muito brilhante indica que o carro foi polido ou pintado para disfarçar possíveis mazelas. Procure por manchas de tinta nova. Fique atento às diferenças de tons, brilho excessivo ou pulverizar de tinta em frisos, borrachas ou partes da carroçaria.
Confira se as portas, porta-bagagens e capôt estão a fechar correctamente e se encaixam perfeitamente nos batentes quando trancados. Se estiverem fora de nível ou de esquadro, encostando demasiadamente nas laterais, podem indicar que o carro já foi batido.
Teste os amortecedores balançando o carro pelos pára - lamas. Com o peso do corpo sobre as mãos, pressione para baixo e solte rapidamente. Se a carroçaria balançar duas ou três vezes, em sequência, é porque os amortecedores já estão gastos.
Carroçaria inclinada na frente ou atrás, ou mesmo desnivelada em um dos lados, indica que as molas da suspensão estão gastas, comprometendo a segurança do veículo.
Desgaste irregular nos pneus pode indicar desalinhamento de direcção ou da suspensão ou ainda falta de balanceamento das rodas (aros excessivamente amassados ou fora de centro).
Com o carro suspenso, balance simultaneamente as rodas dianteiras para dentro e para fora. Se houver folga, pode indicar rolamento gasto ou ainda folga excessiva nas rotulas ou terminais de direcção.
Vire a direcção totalmente e, em primeira faça várias curvas de 360 graus. Depois vire o volante para o lado oposto e repita o procedimento. Se ouvir uma sequência de estalos é sinal que a junta homocinética está com defeito e precisa ser trocada.
Ligue o motor e deixe-o aquecer. Dê algumas aceleradas bruscas e observe os ruídos. Batidas metálicas fortes podem indicar folgas ou desgaste excessivo de componentes móveis internos e que o motor tem algum sério problema interno.
Enquanto estiver a acelerar, verifique se sai fumaça do escape. Depois olhe para a ponteira de escape, se sujo de óleo ou a soltar muita fumaça é sinal de que há consumo interno em excedente de óleo ou que o motor está no fim de sua vida útil.
Teste a compressão do motor, descendo com o veículo em primeira marcha, sem acelerar. Se a vedação dos anéis dos cilindros estiver boa, o carro vai manter uma velocidade uniforme, sempre reduzida
Teste a caixa de velocidades trocando cada uma das suas marchas para ver se não ocorrem arranhões ou dificuldades nos engates. Marchas que saltam com o carro em movimento é sinal de que as engrenagens e/ou o anel sincronizado estão avariados ou desgastados.
Faça algumas travagens para verificar o estado dos travões. Se a direcção puxar para um dos lados, o volante trepidar ou surgir ruído metálico durante a travagem é sinal de que há deficiências nos travões. Pedal de travão muito duro é sinal de problema no sistema.
Andando em linha recta e em asfalto plano, solte rapidamente o volante com o carro em movimento. Se a direcção puxar para um dos lados pode ser que o sistema esteja desalinhado. Volante a trepidar em velocidade elevada indica falta de calibragem.
Com o carro parado ou em movimento e as rodas em linha recta, movimente o volante suavemente de um lado para outro. Folga excessiva compromete a dirigibilidade e estabilidade direccional do veículo.
Fique atento a manchas de água ou óleo no chão. Com o capôt aberto, olhe o motor por cima à procura de sinais de óleo. Procure nas juntas do bloco do motor, juntas do cabeçote, da transmissão (todas graves), do cárter, tampa de válvulas e do diferencial.
Com o motor frio, verifique a coloração da água do radiador ou do reservatório de expansão. Sinal de ferrugem indica descuido com a manutenção do carro e sinal de óleo pode revelar que o lubrificante contaminou o sistema de refrigeração.
Procure também por sinais de vazamento de água no chão, no bloco do motor, bomba de água, braçadeiras e mangueiras. Perda repentina de água pode fazer o motor aquecer em demasia ou queimar junta da cabeça muito rapidamente.
O sobreaquecimento pode ser provocado por perda de água, entupimento das mangueiras ou do sistema de refrigeração, travamento da válvula termostática do bloco do motor, pane na ventoinha etc., causas nem sempre fáceis de identificar a tempo.
Confira se o velocímetro bate com a quilometragem declarada, olhando o manual do proprietário e a etiqueta da troca do óleo. Também dá para se ter uma ideia melhor sobre a idade real do carro pelo estado dos bancos, desgaste de tapetes, pedais e pneus..
Ao sentar-se, veja se os bancos estão rasgados, afundados ou soltos -sinais de veículo já está muito rodado -, o que pode comprometer a segurança e causar acidentes.
Verifique se todos os comandos estão funcionando correctamente: faróis, limpa pára-brisas, desembaçiador, pisca-pisca, luzes de travão, buzina, velocímetro, pisca, marcador de temperatura e outros equipamentos.
Veja também o funcionamento e/ou o estado de espelhos retrovisores, pára-choques, iluminação da chapa de matricula e travão de mão.
Levante os tapetes para ver o piso. Marcas de ferrugem, água ou humidade no piso podem indicar problemas de má vedação nas borrachas de vidros e portas ou buracos no piso. Piso enferrujado ou esburacado pode colocar em risco a segurança do veículo.

Confira se o carro tem todos os equipamentos obrigatórios exigidos por lei ( macaco, triângulo de sinalização, chave de rodas, cintos de segurança e o seu estado de conservação.
Verifique também o estado e o funcionamento dos equipamentos opcionais, tais como ar condicionado, direcção assistida, vidros, espelhos, desembaciadores eléctricos, aparelho de som etc..

bem pessoal o texto nao é da minha autoria, mas achei o interessante ;)
e sei que também é um grande testamento:DD
 

Camacho Cêrcas

Pre-War
Autor
No fim de verificarmos isso tudo, dizemos ao vendedor: "Então, quanto é que me paga para levar-lhe o carro???"

Se formos tão metódicos e rigorosos na avaliação de um clássico para restauro, e sublinho "para restauro", dificilmente compramos um carro. Se o sonho for comprar "aquele" clássico que á tanto tempo andamos a namorar e mesmo sabendo que é inviável o restauro, porque é que não havemos de o comprar? Com empenho e vontade, tudo se restaura.
Mas que este texto tem essencialmente tudo o que precisamos de saber quando formos ver um clássico, lá isso tem.

Bom tópico!!!!

Cumprimentos
 
OP
OP
carlos fradinho

carlos fradinho

Clássico
pois :huh::D mas muitas pessoas hoje em dia em vez de restauros querem já 1 carro em bom estado para nao pegarem nele durante alguns tempos! pois o restauro significa muitas horas de volta do carrinho e muita gente não tem paciência nem disponibilidade para tal!o_O e obvio se formos levar este tópico á regra, levavamos no minimo 2 meses a verificar tudo!! só andar de volta do carro todo com um iman a ver onde haveria massa ou podres eram 15 dias ahahhah :=P cumprimentos
 

Nelson Lopes

Clássico
Bom tópico.

Depois o critério fica á escolha de cada um.

"Ignorante, não é o que não sabe, mas sim o que não quer aprender". ( mais ou menos isto :) )
 

Carlos Oscar

YoungTimer
Boas dicas, no final de fazermos isso, vamos achar tantos defeitos que o vendedor vai nos pagar para se ver livre do carro !!!
 
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