Proibido circular em Lisboa - ZER

pintodealmeida

GT Abarth
Vitor Patricio disse:
Ridiculo; completamente Ridiculo, decisão Incompetente que só pode ter sido tomada por pessoas que não entendem nada de Automoveis nem da legislação Portuguesa.

Esta decisão não tem enquadramento juridico, é incompetente, porque quem tomou a decisão politica basea-se em nada. Ora vejamos Portugal tem à varias decadas a obrigatoriedade de Inspecções Periodicas de Segurança, logo se os veiculos estão certificados pelo IMTT, por intermedio dos Centros de Inspecção para circular por um ano, não pode ser os incompetentes da C.M.L a substituirem-se em materia de segurança Automovel ao IMTT.

Como é possível?

E pergunto eu como é possível estar à frente da Cidade um "qué Frô"? :D
 

David Silva

scuderi
João amigo, como director do ACP que és, gostaria que nos clarificasses qual será a posição oficial do clube nesta questão, uma vez que a opinião do seu Presidente não acolheu grandes apoiantes por aqui... Acho que seria importante unirmo-nos nesta questão...
 
Eduardo Relvas disse:
Estas leis são estúpidas, e são apenas mais uma maneira de se gastar dinheiro dos contribuintes a resolver um problema que não existe, como é típico do nosso bem-gerido país.

Eu concordo plenamente com aquilo que foi dito, e sinceramente acho que é mais que altura de se protestar em grande massa quer junto da Câmara Municipal, quer junto do ACP, que tenho de dizer me desilude imenso quer ao apoiar esta idiotice, quer por o seu presidente proferir tamanhas baboseiras, demonstrando uma ignorância completa sobre o real cenário automobilístico. É pena que assim seja, mas teremos de reeducar esta gente, senão somos pisados, porque a esta medida certamente se juntarão outras, isto é só um preâmbulo.

Na Alemanha tentou-se, noutros países houve a mesma ideia, e só não foi em frente porque os donos de clássicos se mexeram. Vamos ser os primeiros a deixar isto passar?

Escrevam, e façam petições se assim o entenderem, mas eu cá pensaria em ver uma manifestação à frente da CML com a zona cheia de clássicos e a TV a reportar. O meu Spider iria com certeza!

Um abraço a todos!

P.S.: Como membro do ACP, vou desde já escrever sobre este assunto à direcção.

Venha de lá a manifestação que da minha parte farei os possíveis para estar lá a lutar para que os clássicos possam continuar a circular normalmente,como qualquer outra viatura nova no centro de Lisboa.
 

David Silva

scuderi
Carros poluentes podem não entrar no centro de Lisboa

20 de Janeiro, 2011

A Câmara de Lisboa prevê investir este ano 7,5 milhões de euros em repavimentação, pretendendo também, a partir de Julho, transformar a Baixa e a Avenida da Liberdade em zonas de emissões reduzidas interditas aos veículos mais poluentes.
Numa conferência de imprensa realizada hoje, o vereador da Mobilidade e das Obras Públicas adiantou que a autarquia está a estudar com a Universidade Nova e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional a possibilidade de impedir ali a circulação de veículos pré-Euro I, isto é, carros antigos que não cumprem sequer os requisitos mínimos estabelecidos numa norma europeia que disciplina as emissões poluentes dos veículos novos comercializados.

Segundo Fernando Nunes da Silva, ainda circulam em Lisboa muitos veículos abaixo do Euro I, calculando-se que metade das emissões no eixo Avenida da Liberdade - Baixa seja produzida por esses automóveis antigos, entre eles muitos táxis.

As excepções à proibição só serão aplicadas, no entanto, a viaturas de emergência ou pertencentes a residentes e serviços.

Nunes da Silva afirmou que os autocarros não serão um problema, já que a Carris tem uma frota maioritariamente recente.

Na conferência de imprensa, foi apresentado o plano municipal de repavimentações deste ano, um programa de 7,5 milhões de euros que deverá abranger 200 ruas (cada uma corresponde a uma ação), num total de 275 mil metros quadrados.

Desde 2009 que o executivo liderado por António Costa (PS) tem definido uma estratégia de pavimentação - nesse ano gastaram-se 6,3 milhões em 210 intervenções, equivalentes a 95 mil metros quadrados, e em 2010 aplicaram-se 6,7 milhões em 180 acções, relativas a quase o triplo da área (270 mil metros quadrados).

Segundo a câmara, essa quase triplicação deveu-se a um maior planeamento, inclusive o lançamento de mais concursos públicos, o que terá permitido fazer baixar os preços.

Inicialmente estava previsto realizar 204 acções de repavimentação em 2010, mas cerca de duas dezenas não foi concluída e passou para este ano.

Entretanto, acabaram por ser feitas outras obras não previstas, algumas das quais devido ao mau estado de coletores subterrâneos.

No ano passado, as obras no subsolo custaram cerca de 1,5 milhões de euros, valor que está também previsto para 2011. Nunes da Silva estimou que o município está prestes a conseguir cobrir entre 30 a 40 por cento da área da rede viária principal que precisa de ser repavimentada.

Lusa / SOL

Acho que temos de agir antes que efectivem alguma coisa...
 

Eduardo Relvas

fiat124sport
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Carlos Jorge Sol Teixeira disse:
Amigos Portalistas, tentemos não meter politica cá ;) segundo as regras do Portal não falemos de politicas cá !! Sei que é difiçil , e é claro que está por detras de tudo isto !! Vamos a ver onde irá bater esta medida, talvez ate dê em nada !!

Amigo Carlos,

O problema é esse, não estamos a discutir uma política qualquer, mas sim algo que pode bem ser o prenúncio de uma condição castradora do nosso hobby, e sobre a qual temos mesmo de agir, não podemos de forma alguma ser passivos em relação a isto, de passividade já nos chegámos onde estamos por causa dela! Mas isso levar-nos-ia a outras políticas, que agora não interessam.

Não nos podemos deixar ficar... somos uma força ou não? Vão deixar que nos fechem as estradas? Hoje é a baixa ou o centro histórico de qualquer lado, qualquer dia não podemos rodar livremente em nenhum centro urbano, por uma medida sem sentido para mais uma vez servir a alguém para ganhar uns cobres e fazer figura de grande herói completamente falso.

Nos outros países isto não avançou... vamos ser os primeiros a deixar?

Contem com o meu Spider!

Um abraço a todos!
 

francisco mata

Clássico
Isto para mim já é discriminação....então quem não tem dinheiro ou não quer andar com um carro recente não pode circular na baixa, temos que comprar um carro novo? E para que servem as inspecções? Se passo a inspecção com os meus dois charutos e estão tecnicamente aptos a circular porque vem uns imbeceis, sim porque não tem outro nome,de uma camara de lx a proibir-me de circular? tenho as minhas duvidas que o meu escort polua mais que um topo de gama a gasoleo, ou o meu Renault 21 que por acaso até tem catalizador, mas que vai ficar de fora devido á idade.....sigam com essas e de aqui a uns anos a baixa será só para os residentes, que já são poucos, e para os turistas.......depois admiram-se.
 

Eduardo Relvas

fiat124sport
Premium
Eu já fiz a minha parte... aqui segue o texto do e-mail enviado ao Sr. Vereador:

Exmo. Sr. Vereador,

Venho por este meio manifestar junto de si a minha indignação ao tomar conhecimento de que se está a planear medidas de restrição do centro histórico da cidade de Lisboa a veículos de fabrico mais antigo por causa das emissões poluentes.

Quer-me parecer que esta medida não foi pensada de forma correcta, se me permite a insinuação, pois poderá vir a prejudicar pessoas que, tal como eu, usam regularmente viaturas antigas no seu trajecto diário. Estas viaturas estão devidamente mantidas, e são inspeccionadas regularmente, pelo que cumprem com as normativas Europeias a este respeito. Será justo impedir um veículo de circular nestas condições só porque tem um ano de fabrico anterior a 1985 ou não dispõe de um catalisador?

Se V. Exa. tomar o devido cuidado de analisar o balanço real da poluição, verá que é mais prejudicial ao ambiente a produção de um veículo novo, especialmente um híbrido ou eléctrico, do que toda a poluição que um veículo antigo pode produzir na sua utilização corrente. Isto é a genuína verdade inconveniente que ninguém menciona porque não dá jeito nem ao governo nem às grandes indústrias do mercado automóvel, a quem só interessa vender mais, e ao governo dá jeito forçar os contribuintes a livrarem-se de veículos já isentos de impostos.

Esta medida é profundamente discriminatória, e por isso espero que seja profundamente revista antes que seja proposta a sua aplicação. Se quer produzir um real impacto nas emissões poluentes da cidade, estabeleça normas para as emissões dos transportes públicos como autocarros e táxis. Esses sim frequentam muito estas zonas e serão os maiores responsáveis pela poluição, não o esporádico utilizador particular que se esmera por preservar o seu veículo em boas condições, controladas anualmente por profissionais qualificados.

Com os melhores cumprimentos, (...)

O endereço do Sr. Vereador em questão podem encontrá-lo aqui.

Façam a vossa parte! Vamos mostrar a nossa força!

Um abraço a todos!

P.S.: Seguir-se-ão também mensagens de conteúdo semelhante para o presidente do ACP e ACP Clássicos.
 
OP
OP
Luis fernando Silva

Luis fernando Silva

O Mestre...
Tambem já enviei o meu mail a demonstrar o desagrado.

"Exmo sr. Vereador

Não sendo um assíduo frequentador da Cidade de Lisboa, não podia deixar de ficar completamente abismado com as notícias de outro dia na televisão acerca da restrição de circulação de veículos mais antigos em certos pontos da cidade.
Acho tremendamente discriminatória e injusta esta medida.
O carro clássico não sendo um veículo de uso diário não pode ser acusado pelos males da poluição provocada pelos restantes veículos do dia a dia.
Custa-me a acreditar que se um dia eu não tiver mais nenhum veiculo disponível e tiver que me deslocar á cidade não poderei usar o meu citroen 2cv da mesma maneira que utilizo o peugeout 107 ou o 308.
Agradecia que reconsidera-se esta situação e deixa-se de medidas populistas que em nada o vão dignificar, pelo menos perante a comunidade dos Clássicos e Antigos…
Atenciosamente"

Luís Silva
 

Dias Gonçalves

Abílio Gonçalves
Eu acabei de enviar este email:

"Boa tarde Sr Vereador

Tenho lido diversos comentários à notícia de que o Senhor Vereador da Mobilidade e das Obras Públicas da Câmara Municipal de Lisboa está a estudar com a Universidade Nova e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional a possibilidade de impedir a circulação de veículos pré-Euro I na Avenida da Liberdade e Baixa de Lisboa. Espero que esse estudo não venha realmente a impedir que as viaturas clássicas, indiscutivelmente património histórico e cultural da população portuguesa e mundial, de circularem na zonas referenciadas.

Impedir a circulação de todos os veículos é que seria uma medida antipoluição com algum impacto, podendo até ser considerado que as viaturas clássicas seriam as únicas viaturas particulares a poderem circular nestas áreas. Há, inclusivé, cidades em que se estuda a hipótese das viaturas clássicas poderem estacionar graciosamente em local de parquímetros, de forma a melhor preservar este património, incentivando a sua circulação.

A tomada de medidas restritivas à circulação de carros antigos (devidamente preservados, de forma diferente dos carros velhos) seria inédita na Comunidade Europeia. Mesmo em Londres, em que há restrições e custos para se circular com carros particulares no centro da cidade, os carros antigos e clássicos podem circular, sendo muitas vezes uma mais-valia em termos de Turismo. As implicações duma eventual restrição ao uso de carros históricos penso que não honrariam a Câmara Municipal de Lisboa. Os custos de tal decisão também não me parecem deverem ser omitidos: as concentrações e outros eventos de clássicos deixariam de se poderem efectuar em Lisboa, tendo como exemplo mais marcante o centenário Raid Figueira da Foz Lisboa.

Como Presidente do CAAFF (Clube de Automóveis Antigos da Figueira da Foz) não podia deixar de lhe enviar este email, esperando que o estudo conclua o que me parece inevitável: não é por se impedir a circulação de viaturas antigas e/ou clássicas que o ambiente ficará melhor.

Agradecendo desde já a atenção dispensada

Abílio Gonçalves"
 

nuno granja

petrolhead
Portalista
Autor
Ao forum,


Tenho andado extremamente ocupado profissionalmente (felizmente) e não tenho tido um minuto para estes assuntos, no entanto na próxima semana conto enviar uma carta registada ou memso contactar directamente o veredaor em Lisboa. Sobre esta mantéria falamos para a semana.


nuno g
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
Dias Gonçalves disse:
Eu acabei de enviar este email:

"Boa tarde Sr Vereador

Tenho lido diversos comentários à notícia de que o Senhor Vereador da Mobilidade e das Obras Públicas da Câmara Municipal de Lisboa está a estudar com a Universidade Nova e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional a possibilidade de impedir a circulação de veículos pré-Euro I na Avenida da Liberdade e Baixa de Lisboa. Espero que esse estudo não venha realmente a impedir que as viaturas clássicas, indiscutivelmente património histórico e cultural da população portuguesa e mundial, de circularem na zonas referenciadas.

Impedir a circulação de todos os veículos é que seria uma medida antipoluição com algum impacto, podendo até ser considerado que as viaturas clássicas seriam as únicas viaturas particulares a poderem circular nestas áreas. Há, inclusivé, cidades em que se estuda a hipótese das viaturas clássicas poderem estacionar graciosamente em local de parquímetros, de forma a melhor preservar este património, incentivando a sua circulação.

A tomada de medidas restritivas à circulação de carros antigos (devidamente preservados, de forma diferente dos carros velhos) seria inédita na Comunidade Europeia. Mesmo em Londres, em que há restrições e custos para se circular com carros particulares no centro da cidade, os carros antigos e clássicos podem circular, sendo muitas vezes uma mais-valia em termos de Turismo. As implicações duma eventual restrição ao uso de carros históricos penso que não honrariam a Câmara Municipal de Lisboa. Os custos de tal decisão também não me parecem deverem ser omitidos: as concentrações e outros eventos de clássicos deixariam de se poderem efectuar em Lisboa, tendo como exemplo mais marcante o centenário Raid Figueira da Foz Lisboa.

Como Presidente do CAAFF (Clube de Automóveis Antigos da Figueira da Foz) não podia deixar de lhe enviar este email, esperando que o estudo conclua o que me parece inevitável: não é por se impedir a circulação de viaturas antigas e/ou clássicas que o ambiente ficará melhor.

Agradecendo desde já a atenção dispensada

Abílio Gonçalves"

Excelente.
É assim que se escreve :))
 

António Jesus

Veterano
Alguém sabe se existe alguma reacção dos vários clubes de clássicos?
Penso que seria ideal haver uma acção conjunta, perante tal barbaridade, para não haver outras entidades camarárias com ideias destas.
 

Dias Gonçalves

Abílio Gonçalves
Caros amigos

Recebi agora esta resposta do Sr Vereador da CM de Lisboa:

"Ex.º Senhor Abílio Gonçalves

A introdução de Zonas de Emissões Reduzidas em Lisboa resulta da transposição de uma Directiva Comunitária sobre a qualidade do ar, que, embora datando de 1999, não tem vindo a ser cumprida, pelo que a CML arrisca-se a ser penalizada pecuniariamente pela Comissão Europeia.

Nesse contexto, está a CML a estudar a implementação de uma ZER na Av. da Liberdade e na Baixa, zonas da cidade onde os valores das emissões poluentes associadas ao tráfego automóvel, são mais elevados e excedem os limites fixados na Lei.

De qualquer modo, a sua implementação será sempre precedida da avaliação das suas consequências para a cidade e será discutida com os principais interessados, nomeadamente associações representativas dos operadores de transporte público de passageiros e mercadorias e com o ACP.

Como é habitual nestas situações haverá sempre lugar a excepções, na qual se incluem os veículos dos residentes na zona e os afectos aos serviços urbanos e de segurança ou emergência, bem como em relação aos veículos históricos, pelo que a sua preocupação será respeitada.

Com os melhores cumprimentos

Fernando Nunes da Silva"

Afinal vai haver a excepção dos veículos históricos
O que aparentemente se pretende é criar uma zona de ZER, englobando todos os veículos com as excepções referidas, pelo que consegui entender

Só esperemos que não considerem "veículos históricos" apenas os homologados pelo CPAA ou pelo ACP Clássicos
 

Rafael S Marques

Pre-War
Membro do staff
Premium
Delegado Regional
Portalista
Dias Gonçalves disse:
(...)
De qualquer modo, a sua implementação será sempre precedida da avaliação das suas consequências para a cidade e será discutida com os principais interessados, nomeadamente associações representativas dos operadores de transporte público de passageiros e mercadorias e com o ACP.
(...)


Só esperemos que não considerem "veículos históricos" apenas os homologados pelo CPAA ou pelo ACP Clássicos

Bem, pelo que leio tenho a certeza que a lei é para aplicar, se houver excepções será apenas fundamentado no interesse destas duas entidades, uma verá apenas o lado dos seus associados, as empresas de transportes e a outra, o ACP que se exigir algo será apenas para os clássicos homologados, se conseguir pois ultimamente não vejo esta entidade fazer rigorosamente nada em prol dos clássicos...
 
Dias Gonçalves disse:
...Só esperemos que não considerem "veículos históricos" apenas os homologados pelo CPAA ou pelo ACP Clássicos

Provavelmente serão apenas estes no que toca à excepção:D
Mas também não faço caso disso pois durante a semana ando sempre de transportes públicos na cidade de Lisboa:huh::D
Oxalá esta moda não pegue em várias cidades de Portugal, caso contrário haverá mais falatório ou não:huh::D

Quero agradecer ao Dias Gonçalves por ter enviado uma carta ao vereador em prol dos Lisboetas neste caso alfacinhas;)
 

Eduardo Flôr

Clássico
São noticias menos mas, no entanto, e se fosse do interesse da autarquia, existe algo chamado o principio de subsidiariedade, altamente reforçado pelo Tratado de Lisboa.
"O princípio da subsidiariedade visa assegurar que as decisões se tomem o mais próximo possível dos cidadãos. A União só deve actuar - excepto quando se trate de domínios da sua competência exclusiva - quando a sua acção seja mais eficaz que uma acção desenvolvida a nível nacional, regional ou local"
 
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