Porque é que adoramos clássicos?

Dias Gonçalves

Abílio Gonçalves
João P Silva disse:
....
Claro que em termos de segurança nada bate os actuais.
Cumps

Isto é bem verdade:

No Rali 500 Milhas, disputado há 15 dias, houve várias descidas muito acentuadas e alguns clássicos tiveram problemas nos travões ... ia também um carro actual a dar apoio, uma VW Passat nova com 2000 Km que ficou mesmo sem travões
 
OP
OP
Ricardo M C Martins
Dias Gonçalves disse:
Quem disse que eu adoro os clássicos ??

- São mais barulhentos que os carros actuais
- Gastam muito mais combustível e, ainda por cima, não são a gasóleo e até temos de colocar aditivo
- São incómodos os bancos de napa que não deixam transpirar no verão
- Têm direcção assistida à custa dos braços
- Deixam entrar água pela capota de lona (o meu Spitfire quando chove mais)
- São mais lentos que os carros actuais equivalentes
- Não conseguem passar incógnitos (fica toda a gente a olhar, a apitar, ...)
- Fazem os passageiros (e condutor) andar com um sorriso parvo dentro do carro
- Não avariam os vidros eléctricos
- Obrigam a ser cavalheiro e a abrir a porta do passageiro (não têm fecho centralizado)
- Não avaria o limpa-vidros do vidro de trás
- É mais difícil ser apanhado em excesso de velocidade

Adorei;)
 
Dias Gonçalves disse:
Isto é bem verdade:

No Rali 500 Milhas, disputado há 15 dias, houve várias descidas muito acentuadas e alguns clássicos tiveram problemas nos travões ... ia também um carro actual a dar apoio, uma VW Passat nova com 2000 Km que ficou mesmo sem travões

Já estou a imaginar :rolleyes: uma novíssima ww com cx automática a fazer o que não devia pendurada nos travões. Estavam à espera de quê :D :D :D
Vão lá fazer o mesmo com um clássico, travões de origem a ver o que acontece. :rolleyes:
 

Ruben Frutuoso

Portalista
Portalista
Jorge Faustino disse:
Desajeitados?...

amigo, quando digo desajeitados refiro-me ao facto de terem alguns problemas, nem todos os clássicos são iguais, ou porque vamos ao mac drive e o tabuleiro das bebidas mal cabe na janela... ou quando os vidros estão meio perros e custam a abrir... hehehe, claro que nem todos os clássicos são iguais :D
 

Sergio Mandim

Clássico
Basicamente porque sempre gostei dos carros que o meu avô teve (e a maior parte ainda os tem) e cresci com eles.

Depois porque é meu

e por ultimo porque me dá um gozo enorme andar nele, quando saio nele já sei que é para passear sem stress de tempo ou trânsito, até quando vou trabalhar nele (e são +- 25Klm para cada lado) vou mais bem disposto.
 

Dias Gonçalves

Abílio Gonçalves
Jorge Faustino disse:
.......
Vão lá fazer o mesmo com um clássico, travões de origem a ver o que acontece. :rolleyes:

Eu fiz exactamente o mesmo com um clássico (Saab 99 L de 1973) com travões rigorosamente de origem, na prova.
A diferença é que fui sempre a travar com o motor a prevenir o sobreaquecimento dos travões e, mesmo assim, por 2 vezes não o consegui a 100 % (é o que faz estar em luta contra o relógio).

É mesmo esta a diferença nos clássicos: ao conduzirmos de maneira diferente, com maior respeito pela máquina, pela estrada e pelos outros, conduzimos com maior segurança; não sei se todos os dispositivos de segurança actuais, per si, conseguem ser tão eficazes - só o serão se nós também formos mais cuidadosos
 
OP
OP
Ricardo M C Martins
Alfredo Palhares disse:
Ora se uma imagem vale mais que mil palavras
Um vídeo vale mais que um milhão
YouTube - 1974 Opel Kadett C

Nada me dá este prazer!

Na faculdade onde estudo anda um rapaz que tem um Kadett C Coupe beje que costuma chegar mais ao menos a mesma hora que eu e quando ouço aquele ronco a entrar no parque de estacionamento até arrepia... já vi que é uma característica dos opel's dessa geração:D
 
O mundo automovel sempre me fascinou mas a palavra Classico só começou a constar no meu vocabulario a partir do dia que decidi meter o Mazda 818 que o meu Pai me tinha dado na estrada.
Quando comecei a procurar peças, as dificuldades que tive em encontra-las e no dia em que o meu tio mecanico do carro me disse olha que isso é para ir a missa ao domingo:D

É claro que desde que entrei neste mundo fiquei "agarrado" passei a ter uma doença gravissima que se chama "ferrungite aguda", comecei a dar-me conta dos sintomas quando as pessoas que me acompanham olham para os carros novos e eu para os "velhotes" aqueles cromados, aquele roncar e quando estão um bocadito envenenados aqueles arranques que deixam toda gente de boca aberta passaram a sêr uma doença e mesmo uma paixão.

Infelizmente só posso conduzir o meu 818 quando vou ao nosso país mas posso vos garantir que apesar de ter dois carros modernos com todas as pandeleirices quando pego no meu "Latinhas" que é assim que chamo o meu 818 fico com um sorriso de orelha a orelha é mesmo fantastico.

Por isso e por outras razões sou um "agarrado" saudavel dos classicos. Em que nunca se olha para qual é o mais caro mas sim para a beleza de cada um.:D
 
É injusta a comparação com os modelos actuais.
A electrónica veio para ficar a partir sobretudo dos finais de 80, inícios de 90.

As preocupações com a segurança são por demais..o que torna os carros muito mais dependentes das tecnologias, mecanismos XPTO...

O que é certo, é que com a quantidade de automóveis nas estradas, a melhoria (relativa) das mesmas e com determinadas necessidades (por exemplo fazer + de 1500KM por semana como eu...) só é possível conduzir com conforto e segurança num veículo novo e mesmo esse seria de um patamar médio para cima (de meganes ou 307 para cima...).
O risco de se conduzir de clássico era por demais...por razões de seguro, fiabilidade, segurança, disponibilidade de peças, conforto dos ocupantes, economia de combustível, etc.

Quanto ao tema...

Um Clássico é um automóvel que se admira, de forma intemporal, com provas dadas, com História para contar, que à partida não é dependente de créditos e de luxúria e novo.riquismo, que faz com que seja o motivo de uma boa conversa entre entusiastas, amigos conhecidos ou desconhecidos...é um conjunto de sensações do passado que nos transmitem através dos nossos sentidos algo que um carro actual nunca poderá transmitir.
O cheiro, os materiais, a linha, o ruído, o tacto, a sensação que se vive ao conduzir...e mil e uma coisas!

O facto de termos algo exclusivo (que poderá ter sido banal, desactualizado e agora retomado) faz com que as nossas hormonas de prazer disparem!
A mesma coisa quando aceleramos ou ouvimos um ronco que quebra com a generalidade dos outros carros...é a adrenalina a disparar no corpo!

O cheiro dos couros, napas...ahhh....isso é como um perfume raro que já não se arranja!

A mecânica visível, simplória e com recurso a muito cromado, ferro, chapa e mecanismos mecânicos...isso é um deleite para todos nós... os clássico-dependentes, um defeito para quem nada percebe de automóveis e nem tão pouco sabe o que faz uma embraiagem ou o que é uma cambota...quanto mais um diferencial LSD...

As linhas...nada como uma linha intemporal que não deixa ninguém indiferente, que não se corre o risco de se desgastar com o olhar (porque isso já aconteceu num qualquer momento da vida útil do modelo clássico) e temos a certeza que cada dia que passa nunca nos cansamos de olhar para eles (ao contrário de um carro novo que se actualiza de 4 em 4 anos)

O facto de valorizarem com os anos é sempre um ponto a favor ao contrários dos CARÍSSIMOS automóveis novos...Há ainda clássicos que destronam qualquer tipo de bem móvel em termos de valorização e investimento.

O facto de ainda se praticar a mecânica à moda antiga e a especialização, protecção de Clubes, Certificações, Fóruns, ect, são pontos que favorecem a manutenção do clássico, a sua sobrevivência e valorização no tempo!

Por último....ou se nasce com isto ou então não vale a pena...pois ter e gostar de clássicos não é seguramente para todos. Mantê-los e mimá-los é uma condição prioritária para que o enriquecimento da história automóvel perdure...sem modernices electrónicas pelo menos!

Abraços
 
OP
OP
Ricardo M C Martins
Ora aí está uma verdade incontornável... não importa se na altura em que saiu era ou não topo de gama, o nosso clássico é o nosso clássico, com a sua beleza própria.
 

Helder Manuel Oliveira

Pre-War
Premium
Ricardo M C Martins disse:
Ora aí está uma verdade incontornável... não importa se na altura em que saiu era ou não topo de gama, o nosso clássico é o nosso clássico, com a sua beleza própria.

Eu então gosto dos clássicos "populares".
 
OP
OP
Ricardo M C Martins
Eu não diria que goste dos chamados "clássicos populares" até porque ainda não entendi bem a essência desse termo, gosto sim das marcas que são mais acessíveis (Ford, Toyota, Opel... alguns BMW's e Mercedes)... dou mais valor do que a um Ferrari ou Porsche.
 
Para mim os clássicos dão o prazer de os recuperarmos e vermos a obra a nascer , a ficar cada vez mais bonita , o pormenor deste ou daquele detalhe que nos deu mais trabalho a arranjar tem um valor diferente de chegar ao stand , quem pode , desembolsar uns milhares de euros e sair montado num carro igual a milhares de outros .
Os carros actuais estão muito parecidos uns com os outros , quando não é a frente é a linha lateral ou a traseira , antigamente á distancia já sabíamos qual era a marca do carro que aí vinha até pelo trabalhar do motor se sabia a marca .
O prazer que nos dá dar uma volta numa máquina antiga algumas delas grandes máquinas com performances que já admiravam , fazer uma viagem com um carro com 15,20, 30 anos e passar por carros novos encostados na borda da estrada por deficiências electrónicas e outras .
Para quem mora no campo e sabe o tratamento que algumas pessoas davam aos carros antigos que faziam de camionete durante a semana e ao fim de semana eram lavados para levar a família á igreja , eles aguentavam tudo eram feitos para durar uma vida eram feitos para servir o dono não como agora que o dono tem de servir o carro senão não dura até ao fim do empréstimo .:D
 

Helder Manuel Oliveira

Pre-War
Premium
Ricardo M C Martins disse:
Eu não diria que goste dos chamados "clássicos populares" até porque ainda não entendi bem a essência desse termo, gosto sim das marcas que são mais acessíveis (Ford, Toyota, Opel... alguns BMW's e Mercedes)... dou mais valor do que a um Ferrari ou Porsche.

Clássico popular = Carro do povo
 
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