Para Os Amantes Alfa

A mim não. Todas as marcas têm de dar lucro, isto já não vai lá de paixões, vai de números. E sinceramente prefiro ver esses todos a gasóleo por aí para a marca conseguir equilíbrio financeiro e lançar versões de todo que sejam referências, a ver (mais uma) a ir por água abaixo, e logo a que uma das histórias mais apaixonantes.

acho que o que o andré quererá dizer é que uns servem para sustentar os outros.
veja-se o exemplo do cayenne que, quanto a mim é bom porque ajuda a "pagar as contas"
 

Pedro Pereira Marques

Pre-War
Autor
Eh eh eh eh! Vocês são demais....

A Alfa Romeo já acabou há muito tempo... agora é como o André diz: é mais uma empresa de automóveis a querer ter lucro. A Alfa Romeo nunca foi "mais uma"... era a referência.

O Brera? O que é isso? Para mim, o facto daquilo albergar o símbolo da Alfa Romeo até me dá vontade de chorar. Que falta de respeito!

Eu estou com o André: "todas as marcas têm que dar lucro", mas a Alfa não é(ra) uma marca qualquer, para mim deveriam acabar já com aqueles carros novos que ostentam o símbolo da ALFA ROMEO. Às vezes é melhor falir com orgulho do que aguentar-se vergonhosamente!
 

Andre.Silva

Trapatony
Preferias acabar com a marca ou ter carros desportivos de referência, tendo que vender charruas a diesel para manter a casa?

A Porsche vende 2 sapos mal cagados (Panamera e Cayenne) com motor de tractor, a BMW idém, e o caminho vai por aí... E não é por isso que um M deixa de ser um M, ou um 911 deixa de ser um 911. E a Fiat já mantêm a Ferrari e a Maserati, não dá para a Lancia e para a Alfa...

E não venhas dizer que a Alfa está acima da Porsche nesse aspecto...
 

Pedro Pereira Marques

Pre-War
Autor
Preferias acabar com a marca ou ter carros desportivos de referência, tendo que vender charruas a diesel para manter a casa?

A Porsche vende 2 sapos mal cagados (Panamera e Cayenne) com motor de tractor, a BMW idém, e o caminho vai por aí... E não é por isso que um M deixa de ser um M, ou um 911 deixa de ser um 911. E a Fiat já mantêm a Ferrari e a Maserati, não dá para a Lancia e para a Alfa...

E não venhas dizer que a Alfa está acima da Porsche nesse aspecto...

Primeiro que tudo: porsche? Essa não interessa, a Alfa está acima da porsche nesse aspecto! Não vamos misturar alhos com bugalhos. :cool: ;)

Na minha opinião a Alfa Romeo já não existe há muitos anos e não gosto de ver aquele símbolo colocado em carros novos, que se analisarmos bem são iguais aos outros. É uma falta de respeito para com as pessoas que lá trabalharam, para com a história da marca e para com os clientes (que eram) fiéis. Se quiserem fazer aqueles carros tudo bem, mas que lhe espetem o símbolo da citroen ou da renault, (da porsche :D ) ou doutra coisa qualquer parecida com os carros que a alfa faz hoje em dia, porque de facto é tudo igual. Antigamente nem era preciso abrir os olhos para sabermos que estávamos dentro de um Alfa. Mesmo dentro de casa quando passava um na rua adivinhámos logo que era de facto um Alfa Romeo. Hoje... enfim... até me dá vontade de chorar.

De facto hoje em dia a Alfa Romeo não tem nenhum desportivo de referência, nem posso pensar: "que se lixe o Brera a diesel, isto apenas serve para a marca ganhar dinheiro para poder produzir o tal", porque "o tal" não existe! Há uns anos atrás havia o 147 e o 156 "Gta", só de ter a palavra "Gta" com o mesmo grafismo deveriam levar umas chapadas bem dadas. É uma falta de cultura e uma falta de respeito que vem de dentro da própria marca... :wacko: fechem aquilo! É uma vergonha e uma humilhação! :mad:
 

Andre.Silva

Trapatony
Acreditas nisso que estás a dizer, ou é só para brincar? A AR acima da Porsche? Já foi tempo, à muitas décadas atras.

Quanto ao resto nem quero comentar mais, pareces o pessoal da minha faixa etária. Eles fazem o mesmo papel com os TDi's. E Se for Ibiza então, maravilha. É preciso é ter mente aberta e não achar que o que nós temos é melhor que os outros todos. E é essa atitude que detesto em alguns "entusiastas". Pelo menos acham-se, porque um verdadeiro entusiasta, acima de Alfas, gosta de carros. E não é cego e irrealista, isso é um Alfeiro. Portanto, sabe ver as qualidades e defeitos não só nos Alfas, como nos outros.
 

Pedro Pereira Marques

Pre-War
Autor
Acreditas nisso que estás a dizer, ou é só para brincar? A AR acima da Porsche? Já foi tempo, à muitas décadas atras.

Estás a ver como me estás a dar razão?! Já foi tempo, há muitas décadas atrás, como disseste, é dessa Alfa Romeo que eu gosto! Posso? O que estou a dizer é precisamente isso: A Alfa deixou de existir como construtora de carros a sério e assim eu não gosto. Sendo assim e na minha opinião, por mim mais vale fechar porque é vergonhoso.

Em relação aos Porsches, gostas? Parabéns, fazes bem! Eu não gosto. Posso não gostar?

Quanto ao resto nem quero comentar mais, pareces o pessoal da minha faixa etária. Eles fazem o mesmo papel com os TDi's. E Se for Ibiza então, maravilha. É preciso é ter mente aberta e não achar que o que nós temos é melhor que os outros todos. E é essa atitude que detesto em alguns "entusiastas". Pelo menos acham-se, porque um verdadeiro entusiasta, acima de Alfas, gosta de carros. E não é cego e irrealista, isso é um Alfeiro. Portanto, sabe ver as qualidades e defeitos não só nos Alfas, como nos outros.

Eu não consigo dizer o que pareces, porque não te conheço minimamente, mas obrigado na parte que me toca: sou como o pessoal dos Seats... porreiro pá, obrigado André! (Vou comprar um boné, uns ténis da "moda" e passo a ir ao McDonalds com a família) :)

E tens mais uma vez razão André: Eu não gosto de carros, gosto apenas de alguns e os Alfas antigos estão nesse pacote. Depois também gosto de algumas marcas como a Ferrari, a Lamborghini, a Citroen, a Saab, a Mercedes etc, etc... mas nem de todos os carros dessas marcas eu gosto, por ex: Da Mercedes gosto muito do 300 SL Gullwing, é um carro a sério para pessoas de bom gosto, mas já detesto o 190... esse é para outro tipo de pessoas, daquelas que gostam de tudo.

Vou repetir-me mais uma vez: este tópico é sobre Alfas e eu falo sobre Alfas. Queres que eu fale dos outros que ainda por cima não gosto, nem percebo?

Até te digo mais: quando escrevo sobre a Alfa Romeo faço uma vénia, rezo um pai nosso e uma avé maria. Não te esqueças que a Alfa Romeo deu origem à Ferrari, não te esqueças que a Alfa Romeo foi pilotada por pilotos como o Fangio, não te esqueças que a Alfa Romeo é uma construtora de automóveis que resiste desde 1910, não te esqueças que a Alfa Romeo fez muitas pessoas sonhar, chorar e sorrir, sabes o que é a Alfa Romeo? A Alfa Romeo sempre foi uma marca de referência que ganhava tudo e vendia do melhor André. Hoje a Alfa Romeo é uma miséria que faz carros, que não faz propriamente, porque a Fiat é quem manda, que são comprados por pessoas de gravata e de óculos, porque são mais baratos ou porque a retoma foi melhor, ou ainda porque a empresa lhes impingiu aquela merda! A Alfa Romeo não é isso... ou não era isso, André. O que eu quero é uma Alfa Romeo independente com produto italiano a sério (de design e feito à mão), com orgulho e com carros desportivos de referência. É preciso ter Breras a gasóleo para isso acontecer? Então não quero! Vou comprar um Elise que faz mais juz à Alfa do que a Fiat.

Para compreenderes a Alfa tens que passar 20 anos como eu a estudar e a MERECER entrar nesse mundo. Só para terminar: o museu da Alfa Romeo tem como condição um convite.... e a entrada é de borla, mas tens que a merecer. O resto das marcas têm museus, em que a entrada depende de 20 eur.... percebes? Mais uma coisa: todos os carros do Museu Alfa Romeo trabalham e participam em provas desportivas de clássicos...

VENHA A ALFA ROMEO À ANTIGA EM QUE UM MÍSERO GIULIETTA SPRINT VELOCE 1300 GANHAVA A TODOS OS PORSCHES 1600 QUE LÁ APARECIAM!!
 
Depois de ler estas palavras, admito que existe paixão, o fervor que anima a alma italiana da Alfa desde os primórdios...mas que neste momento a Alfa-romeo aparenta ser mais um "fiat apelativo".
Em relação a Porsche, essa nem precisa de apresentações pois o percurso e limpo, cheio de vitorias e continua... Com arte, com apelo, com negocio, com adeptos, com TUDO o que a Alfa sonha..

Os Porsche são eternos porque o método apresenta-se eficaz e preciso ao longo do tempo, a beleza da condução torna- se intrínseca em todos os modelos sem nenhuma excepção ( ok...os tractores...) mas, apesar disso consigo olhar para outras marcas com admiração tal como a Alfa que respeito, aprecio e dedico muita emoção já que na minha casa já morou uma berlina 1750...

Com respeito e com comparação JUSTA que a história da Porsche não pode ser comparada com falhanços e suicídios de outras marcas como a gloriosa e saudosista Alfa-Romeo.

Quem gosta de carros gosta de muita coisa... Eclécticos sempre bem-vindos! Cada qual com a sua qualidade e defeito.
 

Camacho Cêrcas

Pre-War
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Eduardo Relvas

fiat124sport
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Bem, já chego tarde, mas não posso deixar de dar a minha achega...

O Pedro Marques argumenta, e bem, que a Alfa já não é nem uma pálida sombra do que era. E eu concordo plenamente. Mas não só a Alfa. A Lancia de hoje é uma anedota de mau gosto... é maneira de se tratar a imagem de uma marca tão influente na história do automóvel? E mesmo a Fiat, em comparação com o que era dantes, já esteve bem melhor...

Mas vamos mesmo querer comparar alguma destas aldrabices modernas com aquilo que sabemos ser um genuíno Alfa, Lancia ou Fiat? Até os Ferrari... alguma vez se o Enzo fosse vivo deixava que a marca dele ganhasse o rótulo de carro de futebolista? Duvido.

Porque é que os carros hoje em dia são assim? Porque como tantas outras coisas, hoje em dia é proibido darem gozo puro e simples. Hoje em dia o cliente típico de carros já nem quer conduzir (e fazem-no mal), já sonham com o dia em que esteja no mercado o carro da Google que se conduz sozinho, e podem ir descansados a ler as notícias no seu iPad, ou outra iTretaQualquer. E os carros modernos são feitos para essa gente, todas as marcas têm grupos de sondagem a quem pedem opiniões, em vez de simplesmente projectarem um carro como deve ser. Já ninguém tem tomates pra fazer algo original e independente. Vivemos o píncaro da era das corporações, em que se formata o cérebro das pessoas para a produção em massa: comer isto, beber aquilo, comprar o último modelo de telemóvel ou outra mariquice electrónica qualquer, e nada de pensar, que isso dá trabalho e ninguém gosta de pensadores independentes. Deus nos livre...!

Por isso, meus amigos, esqueçam lá os Alfas modernos, que isto é o Portal dos Clássicos... e aqui ainda reina alguma tecnologia daquela que não foi vendida a compromissos de me%$#.

E agora vou ser mauzinho... sim, meus amigos, se formos comparar o palmarés de marcas... a Porsche tem quatro décadas de atraso em relação à Alfa, por isso esqueçam lá a conversa. :p e Hugo, alguns Porsche eu até admito que não sejam feios, mas o Cayenne e o Panamera são indefensáveis... mas pronto, eu acabei de votar os modernos ao esquecimento, por isso desculpem lá este desvio.

Um abraço a todos!
 

João Luís Soares

Pre-War
Membro do staff
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Delegado Regional
Portalista
Se o 4C é como tem sido revelado, se tiver um som característico, se tiver aquele efeito de "virar as cabeças" quando passa, se... Então aí volto a gostar de um Alfa Romeo. Desde o 75 que isso não acontece verdadeiramente. Mas mesmo assim, prefiro uma Giulietta Sprint como a do Pedro Vaz de Carvalho.

Quanto à comparação com a Porsche, estou como o Eduardo. Ou pior!
Em termos estéticos, estamos da falar do departamento de design mais preguiçoso do mundo, que pouco mudou em 50 anos de 911. Em termos técnicos, prefiro não falar.
Para terminar de vez com esta comparação, acho que basta dizer que, quando o 356 surgiu, já a Ferrari tinha nascido no seio da Alfa Romeo e já tinha ganho muitas corridas.
E quando o 550 Spyder surgiu, já o Tazio Nuvolari tinha morrido. E ganhou algumas corridas em Alfas...
 

Carlos Vaz

Pre-War
Ora aqui está uma discussão que me começa a interessar...

Sem entrar em considerações mais profundas, digo que entendo perfeitamente o Pedro, mas tenho que lhe "chamar a atenção" para um pequeno facto:

É preciso ter Breras a gasóleo para isso acontecer? Então não quero! Vou comprar um Elise que faz mais juz à Alfa do que a Fiat.

Pois faz... e... o que é que está a conseguir com isso? mais uma vêz está á beira de parar a produção.
Queira-se ou não, goste-se ou não os entusiastas que escrevem nos diversos foruns do mundo inteiro não chegam para sustentar uma marca.

De facto eu penso que nos dias de hoje a Porsche é efectivamente o fabricante de carros "desportivos" com a abordagem mais inteligente de todos. Pode-se (ou não) criticar o 911, mas o que é facto é que criou uma linha mais ou menos intemporal e tecnicamente, embora parta de um principio "errado" está sempre entre o lote dos melhores carros no seu segmento. E... mantém o estatudo de "desportivo" que pode ser usado no dia a dia como nenhum outro. O unico (grande) pecadilho da marca está no facto de ter desde sempre limitado outros modelos com potencial para serem melhores e que não podiam "tocar" no sacrosanto 911.

Quanto á comparação do palmarés de ambas as marcas é absolutamente descabida, pois quando uma delas surgiu a outra já tinha um palmarés gigante. A grande questão é se não será como o nosso país, que já dividiu o mundo ao meio e partilhou com os espanhois... hoje estamos onde estamos. O palmarés da Alfa estagnou (para não dizer que acabou) e o da Porsche continua.

Por outro lado (é certo que como disse o Eduardo, isto é o Portal dos CLASSICOS) não se pode defender uma coisa e o seu oposto... Os Alfas da época dourada eram carros tecnicamente evoluídos, ou seja, eram "modernos"! Entre outras coisas, eram bons por isso mesmo e os seus "amantes" ainda referem esses avanços. O que não podemos é recusar a "modernidade" dos carros de hoje, especialmente quando esta é bem conseguida. E a Porsche com os novos 911, Boxter e Cayman é prova disso, até a Lotus com o Exige V6 S introduziu electronica ao nivel do chassis e diz quem os conduziu que está simplesmente espectacular.

Por isso há que ter um olhar o mais isento possivel para estas coisas e eu ao contrario do Pedro, digo que se é necessário ter um Brera (ou outra coisa qualquer) a diesel, pois que seja, mas que ao menos sejam capazes de o vender... caso contrario de nada serve. E eu acho que é aqui que está o busilis da questão. A Porsche vende aquelas coisas "mal amanhadas" que dão pelo nome de Panamera e Cayene (eu digo muitas vezes que tenho vergonha de ser visto perto de um, quanto mais lá dentro), mas o que é certo é que vendem... e vendem porque dentro do género são só e simplesmente os MELHORES. Isto é que falta á Alfa... serem aquilo que foram, ou seja, estar entre os MELHORES.
 
Se o 4C é como tem sido revelado, se tiver um som característico, se tiver aquele efeito de "virar as cabeças" quando passa, se... Então aí volto a gostar de um Alfa Romeo. Desde o 75 que isso não acontece verdadeiramente. Mas mesmo assim, prefiro uma Giulietta Sprint como a do Pedro Vaz de Carvalho.

Quanto à comparação com a Porsche, estou como o Eduardo. Ou pior!
Em termos estéticos, estamos da falar do departamento de design mais preguiçoso do mundo, que pouco mudou em 50 anos de 911. Em termos técnicos, prefiro não falar.
Para terminar de vez com esta comparação, acho que basta dizer que, quando o 356 surgiu, já a Ferrari tinha nascido no seio da Alfa Romeo e já tinha ganho muitas corridas.
E quando o 550 Spyder surgiu, já o Tazio Nuvolari tinha morrido. E ganhou algumas corridas em Alfas...

Com evidencia se verifica que a história não pode ser mudada e a Porsche surgiu muito mais tarde, logo, a comparação das épocas terá que ser sempre posterior. Alias, a Alfa-Romeo e uma das minhas marcas favoritas porque aprecio o que fizeram (há muito tempo.....ufff) e admiro a paixão intrínseca nos seus carros, na alma dos motores, nas linhas de sonho, as corridas, nas soluções vanguardistas que os carros nas épocas de 50, 60 e 70 apresentavam , sem falar na época de 30 onde os super carros eram da Alfa, na formula 1, nos seus brilhantes engenheiros, etc.
Já tive um, já andei em dezenas...e sei que tecnicamente e comparando técnicas, os alemães conseguiram ultrapassar e manter a técnica sem muitas idas para a oficina, (e chapeiro...) tal e qual um italiano dos anos 80, período pelo qual nos baseamos para limitar o que ainda e classico. A partir dos anos 80, o mercado e a discussão não será propriamente clássica..pois a capacidade das marcas vê- se pelos tostões que investem. Se tem tostões, e porque ganham para investir. Se ganham para investir e porque VENDEM e a formula resulta.
Não me agrada particularmente os cayennes e panameras...esteticamente muito próximos do ícone...que, por sua vez, podem desprestigiar esse mesmo porta-estandarte. Mas como os chineses e árabes mandam nisto tudo e quem já lá foi ver o que circula naqueles países, até acho adequado.
Para nos, latinos fervorosos de classicos...isso e uma heresia!

Mas há duvidas quanto a técnica de uma marca como a Porsche? Primeiro esta situada num segmento de mercado nao generalista, e esse merito devia ter sido elogiado ja que a tradicao da tecnica e a estetica que faz comichao a muitos mas idolatrada incondicionalmente por outros, funcionou! Já pensaram se a Porsche venderia algum cayenne ou panamera se o 356 e o 911 não tivessem existido?
Sinceramente a confiança que a Porsche deu ao mercado da TÉCNICA e da TECNOLOGIA e da noção de marca intocável chegou para esse resultado. Ou serao os melhores vendedores do mundo e ninguem tinha reparado que as pessoas compraram gato por lebre? Os mercados onde os carneiros querem ir todos para o mesmo sítio (concordo contigo Eduardo) esta aqui, nesta era, neste século e a adaptação das marcas ao Mercado terá sempre que ser considerada para lhes "impingir" o que acham que vai colmatar as suas necessidades. A era do exabyte...esta aqui e mesmo eu, um razoável aluno a Português que escrevia razoavelmente (passe a modéstia) já nem consigo entender-me muito bem nesta mensagem pois, não sei adaptar-me ao IPad para escrever. Se notarem vêem os erros ortográficos , sem acentos...etc...mas juro que isto e difícil.
Pois os gostos não se discutem, assim como a experiência de vivência e de, neste caso, contacto intimo com os carros em vez de ler e opinar sobre eles ou simplesmente falar sem conhecimento de causa, sem nunca ter feito mais de x km ao volante deles ou "mexido" neles. Temos que ter senso ao criticar a técnica de um carro.
Tecnicamente a formula da Porsche funcionou para tristeza daqueles que nunca apreciaram a marca. Eu também não gosto particularmente de FiAts mas reconheço valor de muitos FIAT, tal como os produtos Abarth (131...que maquina), o spider que gosto muito, entre outros.. e não consigo ser fundamentalista e redutor das marcas com comentários que não poderão fazer jus ao que de brilhante se fez. Existiram na família 2 unos, 1 Fiat 600 D de 1963 e tenho particular orgulho nesses carritos que fizeram parte da minha vida. Mas posso dizer que não me apaixonei por eles pois consegui experimentar outras "coisas" que me desviaram a atenção e me fizeram preencher o que precisava para satisfazer os ímpetos automobilísticos.
Tenho que aceitar que há Alfas, Fiats, Porsche, etc brilhantes mas tenho que aceitar que nem todas as marcas são tão consensuais e nem tão inteligentes como uma Porsche que mesmo com o nuvolari da esquina consegue fazer milagres para não deixar o trono. Qualquer burro que deixe o PSM ligado pode guiar um Porsche mas...para quem quiser alma...sempre pode desligar e ver o que acontece..
A Alfa, infelizmente de rainha passa para serva da Fiat e entra em espectáculos mal amanhados que fizeram com que entrasse em miséria prolongada. Espero que ressuscite pois recorrendo a estéticas REVIVALISTAS, com melhor ...técnica...pode ser que consiga ganhar novamente a confiança dos consumidores e até dos próprios alfistas incondicionais. Mesmo esses andam tristes mas nunca deixarão de ser alfistas e nunca deverão esquecer a história dos produtos..O cuore sportivo...Se possível fazer com que os alicerces do passado façam o futuro.
Além de mais a Porsche na competição (acho..) que nunca se deu muito mal ( ironia) depois dos anos 50.. E quanto a estética, basta ver a inteligência ( sem ironia) que a Fiat teve ao lançar o seu novo 500... Se isso se chama preguiça então serei sempre o eterno amante de carros com estética preguiçosa...adorei e acho uma formula ganhadora e era o único caminho para a Fiat objectivar para aquilo que melhor sabe fazer. Sinceramente.
Gostava que o Lancia Stratos andasse nas estradas que ando...gostava de o experimentar e admirar mas há senhores que não querem que isso aconteça.. E uma estética REVIVALISTA porque não? Tal e qual um 911... Goste-se ou não.
Gostava de ver um RDW da Alfa ser lançado com técnica e revivalismo na estética... Se gostava! Um novo GTV...um spider REVIVALISTA..lindo e tecnicamente ao nível do que era..um verdadeiro Alfa-Romeo.


Tou farto de SUVS e plásticos e queira Deus que a Alfa não tente fazer um cayenne...ou então, esta composto o ramalhete!
 

João Luís Soares

Pre-War
Membro do staff
Premium
Delegado Regional
Portalista
Hugo, concordo com muita coisa do que escreveste.

Quando disse que prefiro não falar da técnica dos 911, é mesmo isso. Prefiro não falar. É que estar a "botar faladura" sobre o que não conheço é perigoso... Por isso prefiro ficar calado.
É certo que na essência, considero o conceito do motor atrás do eixo traseiro um erro. Num Fiat 850 Coupé aguenta-se porque são 47cv e pouco peso. Num 911, também se aguenta, pelos vistos. E aí a Porsche tem todo o mérito pelo brilhante trabalho técnico. Mas como não conheço, limito-me a constatar o facto.
Quando falei do design, obviamente que era para "atirar a pedra". Eu não gosto e acho que evoluiu pouco. Tu gostas e eu acho isso muito bem. Eu deixo-te os Porsche e tu deixas-me os Fiat. Ficamos ambos contentes e realizados! :lol:
E para começar a acabar o assunto Porsche (já incorremos em muito off-topic) apenas deixo uma pergunta: Porque raio é que o brilhante chassis do Cayman ou do Boxster nunca teve a potência do 911?
Não me respondas aqui. Abra-se um tópico idêntico sobre a Porsche. Apesar de não gostar muito do 911, terei todo o gosto em ler para ficar a conhecer mais.

Em relação à Fiat e às idas a oficina e chapeiro, a diferença era mesmo assim tão grande? Eu acho que não era quase nenhuma. Infelizmente os Fiat, por exemplo, eram carros pouco estimados pelos donos e em que qualquer palerma mexia. O problema foi que houve muitos palermas... E a má manutenção ajudou muitas vezes a dar-lhes uma fama injusta.
É apenas um exemplo, mas conheço um Fiat 1500 aqui perto que ainda é carro de dia-a-dia. Veio de Moçambique, anda à chuva e ao sol, serve para tudo, nunca foi restaurado e está bem jeitoso. A diferença é que o dono não o entrega a um palerma qualquer...

E, apesar de eu ser um adepto incondicional dos Fiat, não sou de todos. Referes o 500 como um golpe de inteligência. Em termos de marketing concordo. O carro vende e vende bem. Mas acho o Panda actual mais ao estilo da Fiat nos tempos de glória - um carro simples, pequeno, fiável e com todas as capacidades para ser líder de segmento. Não o é porque o marketing hoje é que manda. E é exactamente isso que faz com que eu não goste dos carros de hoje. É que já não são carros. São produtos para vender.


Voltando ao assunto do tópico. (Finalmente, dirão alguns.) Concordo que seria doloroso ver a Alfa fazer uma coisa tipo Cayenne, mas não me ia afectar muito. Para mim o entusiasmo morreu com o 75 e a Alfa morreu no dia em que vi pela primeira vez um Brera. E quando o ligaram, tinha um tractor debaixo do capot...
Não creio que um Alfa Romeo revivalista e com muito potencial, como por exemplo o 4C, seja suficiente para retomar a aura dos velhos tempos. Oxalá me engane, mas não me cheira que o treta do marketing o permita. Quem me dera estar enganado...

Por causa desta palavra horrível que já escrevi em itálico 3 vezes, os modernos escolhem-se por melhor financiamento, por ter um anúncio fixe, porque tem cavalos como tudo, porque tem montes de gadgets, porque é premium ou porque a gaja do salão era boa. Ou pelas 3 coisas juntas.


Por causa disto tudo é que gostamos tanto de Clássicos. Um Clássico escolhe-se ou mantém-se porque nos diz algo, porque nos desperta uma paixão, porque nos mexe com os pirolitos.

E fazem com que gajos como eu escrevam testamentos deste tamanho sem ganharem nada com isso.

Siga a dança e a conversa sobre os Alfa Romeo. E abra-se um tópico sobre a Porsche!

Eu ia acabar com "Um abraço a todos", mas prefiro doutra maneira.

Um brinde a todos e boas curvas. Mas curvem antes do brinde...
 

Carlos Vaz

Pre-War
Por causa desta palavra horrível que já escrevi em itálico 3 vezes, os modernos escolhem-se por melhor financiamento, por ter um anúncio fixe, porque tem cavalos como tudo, porque tem montes de gadgets, porque é premium ou porque a gaja do salão era boa. Ou pelas 3 coisas juntas.


Por causa disto tudo é que gostamos tanto de Clássicos. Um Clássico escolhe-se ou mantém-se porque nos diz algo, porque nos desperta uma paixão, porque nos mexe com os pirolitos.

Oh João... eu gosto disto dos classicos, gosto mesmo muito... mas a unica razão para andar de "préclassico" é ter falido há uns 10 anos e nunca mais ter recuperado financeiramente.

Quantos de nós andamos diariamente em todos os "actos automobilisticos" com carros com mais de 25 ou 30 anos?

A verdade é que por qualquer parametro de analise (por muito que isso nos custe) um carro recente é infinitamente melhor que os nossos classicos (pronto... rebentou a bomba :p ). Experimentem fazer um troço de 2 ou 3 horas a fundo em AE com um dos nossos adorados carrinhos... quantos aguentam? Há uns 6 ou 7 anos era o que eu fazia e via fazer, e só não vejo com a mesma frequencia porque quer os "homens da boina" quer as gasolineiras não gostam...

Há 30/40 anos, fazer 150 kms de enfiada era uma viagem, que exigia verificar os niveis antes. Hoje fazem-se os 600 e tal kms entre Lisboa e Madrid a fundo e verificam-se os niveis de 20 em 20mil kms (ou mesmo 30) que é quando vai á revisão. Qualquer treta de utilitário com combustivel de tractor dá 10 a 0 a um icone como um Alfa Gt junior em qualquer estrada (sei que isto é muito pouco popular, mas é verdade).

Por isso vamos lá a sistematizar as coisas e a tentar ser isentos nas coisas.
E... nem me lixem, os carros de hoje (pelo menos alguns) também dão gozo, simplesmente dão-no a velocidades que efectivamente são completamente irreais e em que as coisas são simplesmente demasiado perigosas... a verdade é que gostamos de ter a "segurança" dos airbags, dos abs e mais quejandos... e todos os sistemas estão a ser verdadeiramente aperfeiçoados. Compare-se um ABS actual com um dos que começaram a aparecer nos anos 80! Compare-se uma cx automatica de hoje com uma dos anos 80... and soi on and soi on.
 
Certo será que a Alfa nos moldes considerados pelos presentes, ou seja, pos Alfa 75, coincidiu com a chegada da FIAT a casa de Arese.. Porque será que os Alfas deixaram de ser "Alfas" a serio? E porque razão a FIAT tentou fazer dos modelos Alfa um certo pedigree baseado em Fiat TiPO e afins..bases GM, etc...?
Será que a relativa falta de fiabilidade dos FIAT e os problemas conhecidos dos seus modelos (sobretudo os de maior envergadura e complexidade...tipo croma..) não ajudaram a acabar com o fervor de possuir um Alfa-Romeo?

Os responsáveis de MARKETING da Fiat esses sim deviam ser mais palermas do que os mecânicos da esquina que reparavam os FIAT..e iludiram o pessoal colocando a sua técnica e tecnologia nos Alfas...só deu raia!

Para falar de ALFA tem que se falar se FIAT..obrigatoriamente.
Por isso falei do FIAT 500 que serve o Mercado, e giro, REVIVALISTA , acompanha aquilo que a FIAT sabe bem fazer...utilitários acessíveis e económicos com algum fervor nos Abarths.. Que felizmente voltaram mesmo que de forma tímida. Penso que o Panda partilha a mecânica e chassis do 500 logo, são semelhantes sem a carcaça. Não vejo porque o Panda tem que ser mais FIAT..neste momento e mais um no mercado. O 500 tem personalidade que o Panda deixou de ter no 4x4, único e apreciável para a época. O verdadeiro utilitário barato e simples de motores fire...de baixa manutenção e de fraca chaparia...mas pronto, barato.
Neste momento, nem um Panda será simples de mecânica, electrónica etc...já que os carros novos estão apretrechados de tecnologia e gadgets por todo o lado. Panda simples...humm..so se for de nome. Incomparáveis com os classicos na verdadeira mecanização do automóvel que qualquer dia guia, e faz-nos o jantar ao mesmo tempo por nos a 400km/hora num utilitário com 800 computadores instalados..todos prontinhos para avariar no ano de 2058..

Falando de técnica...
Os motores FIAT que conheço que deram algum fervor ao mercado dos anos posteriores a aquisição da Alfa são praticamente evoluções do know-how da Lancia, Ferrari e Alfa...veja-se o caso do FIAT Coupe 20V turbo com bloco integrale, croma, thema, etc salvo- erro. Pujança sim mas de resto..desgraça de comportamento..e avarias eléctricas..ou seja. pouco rigor de construção. Uma dor de cabeça no nosso mundo dos pre-classicos que não e de cavalos(hp) que se fazem os carros...

A Alfa lembra-me aquelas velhotas manhosas que iam ao casino todos os fins-de-semana gastar fortunas e que agora estão na fila do rendimento mínimo a tentar que alguém lhes chegue a mão...a fazerem-se de coitadas que trabalharam muito e que tem muito azar por estarem assim na miseria ..sem sexo há mais de 50 anos...claro! Verdadeiras senhoras com cristal e porcelana dentro de casa mas...falidas como tudo e sem dizer coisa com coisa!
 

Carlos Vaz

Pre-War
Já agora, que tanto se fala do 75 como ultimo icone da Grande Alfa Romeo... dou aqui 2 achegas: 1º para dizer que tive um TS numa altura em que ainda (literalmente) ninguém ligava "ponta de corno" ao carro.
Quando fundei (com mais 12 macacos) o ARCP, fui criticado por ter um carro daqueles e que o clube só devia ter antigos e coisa e tal... para os que se lembram disso, fiz muito (é como quem diz) pela imagem do 75, quer dentro do clube quer nos diversos foruns em que participava. Foi este o carro responsável pelo "virus" (embora necessáriamente já gostasse da marca), mas... é preciso que se entendam algumas coisas... e uma delas é que o carro já nasceu "velho e desctualizado"! As dificuldades da marca não apareceram com a Fiat.
O 75 que foi lançado em 1985 mais não é do que um Alfetta de 72 com uma carroçaria diferente... a mesma coisa com outro embrulho que foi pomposamente apresentado 13 anos depois como se fosse NOVO!
E... simplesmente aconteceu assim porque já não havia capitais proprios (e o estado porventura já não estava pelos ajustes, pois á época era uma empresa do estado italiano) para desenvolver um carro novo "decente"!
Assim, desenha-se um "embrulho" diferente e apresenta-se como novo!
A sorte é que o Alfetta, esse sim tinha sido algo de verdadeiramente inovador e "moderno", fazendo com que o 75, 13 anos depois ainda parecesse actual...

Gosto do carro, tive um que só me deu alegrias, voltaria a ter outro assim pudesse, mas já me parece a repetição da cena dos ae86... muito interessantes, mas sabe-se lá porquê (nesses até se sabe) de repente as pessoas deram-lhe para os endeusar até fazer com que pareçam aquilo que na realidade nunca foram!

Uffffff... isto hoje cai o "carmo e a trindade"... é a loucura, o fim do mundo em cuecas! :p :D
 
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