Conta apagada 31475
Antes Francisco Lemos Ferreira
Hoje só posso ter uma noticia que me assola desde manhã, morreu Diogo Vasconcelos, director internacional da Cisco, aos 43 anos, vítima de uma septicemia seguida de complicações cardíacas um amigo que conheci quando trabalhei na area, sem palavras faço minhas a do Miguel Braga
Até já Diogo!
Diogo Vasconcelos deixou-nos.
Foi um pioneiro e um visionário.
Foi Presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Direito da Universidade Católica – Porto e fundador da Federação Académica do Porto que viria a ser a maior do país.
Oriundo de uma Universidade pública não estatal conseguiu ganhar seguidores e apoiantes e ser Presidente durante os 3 primeiros mandatos, num universo eleitoral em que a maioria dos votos pertencia às Faculdades da Universidade do Porto.
Foi o primeiro dirigente associativo em Portugal a defender a introdução de propinas no ensino superior público. Na altura foi muito criticado entre os seus pares, mas teve razão e hoje, mais do que nunca, sabemos que sim.
Juntamente com Rui Marques, ajudou a organizar a Missão Paz em Timor e o Lusitânia Expresso, o barco que os navios de guerra indonésios não deixaram levar flores aos timorenses, mas que pôs Timor nos media internacionais e que deu um contributo para a libertação e autodeterminação dos nossos irmãos timorenses.
Encontrei-me na Expo de Sevilha de 1992 com o Diogo que liderava uma delegação da Federação Académica do Porto e fizemos uma manifestação pacífica à porta do pavilhão da Indonésia. Os seguranças indonésias identificaram-nos como os organizadores e a polícia espanhola acompanhou-nos à porta do recinto. Senti um orgulho muito grande em estar com o Diogo naquele momento por aquela causa. Passados 10 minutos entrámos na Expo por outra porta e com a minha credencial de jornalista fomos ao centro de imprensa de onde o Diogo enviou uma crónica por telefone para o Jornal Público com que colaborava.
Diogo foi das primeiras pessoas a pronunciar a palavra Empreendedorismo em Portugal e como uma pessoa de acção que é fundou e dirigiu a Revista Ideias & Negócios, uma revista que deu a conhecer as empresas mais empreendedoras e inovadoras do país, várias delas que viriam a tornar-se casos de grande sucesso.
Foi fundador da UMIC Unidade de Missão Inovação e Conhecimento, tendo tido um papel importante na evolução digital e tecnológica da sociedade portuguesa.
Foi Vice Presidente da Comissão Política Nacional do PSD no tempo de Durão Barroso e mandatário digital das duas campanhas vitoriosas de Cavaco Silva. Na primeira campanha eu estava em Londres e o Diogo convidou-me para Mandatário da Geração Global, tendo que recolher depoimentos de portugueses de mérito pelo Mundo. Foi uma campanha alucinante, o Diogo actualizava o site cada 5 minutos quase 24 horas por dia.
Foi Presidente da Associação Portuguesa de Telecomunicações.
Organizou e ajudou a organizar muitas dezenas de conferência, seminários em toda a Europa. Estive com ele na Alemanha, em França, Inglaterra em alguns deles e foi um privilégio.
O Diogo de política, mas não tinha muito tempo para as “percas de tempo” e “politiquices”. Era um homem de acção e isso às vezes não joga com a inércia da política.
Era desde 2007 Director da Cisco baseado no Reino Unido e viajou por todo o Mundo.
Quando acreditava numa causa o Diogo era persistente e racional e ia sempre até ao fim. Vencia quase sempre sem fugir às regras do jogo.
Tinha muito amigos e mantinha contacto constante com um networking de cerca de 2000 pessoas. É fantástico como era sempre tão rápido a responder a qualquer e-mail ou solicitação.
Diogo não viveu os 43 anos do bilhete de identidade. Viveu muito mais. Por cada viagem que uma pessoa normal faz o Diogo terá feito 10, por cada livro lido o Diogo terá lido 10 e que bem ele partilhava o conhecimento com os amigos. O Diogo era o verdadeiro networker, um campeão a facilitar, partilhar, delegar informação e conhecimento com os outros.
Numa festa de anos em minha casa com cerca de 15 pessoas o Diogo chegou a falar mais de uma hora seguida sem interrupções. E todos beberam as palavras dele.
O Diogo partiu como viveu: depressa. Deixa a mulher, Paula, os irmãos Paulo e João, o Pai, a Mãe (a Tia Licas) e os amigos. Todos ficamos mais pobres e quem perde mais é Portugal.
Até já Diogo!
Miguel Braga
in Sapo
Até já Diogo!
Diogo Vasconcelos deixou-nos.
Foi um pioneiro e um visionário.
Foi Presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Direito da Universidade Católica – Porto e fundador da Federação Académica do Porto que viria a ser a maior do país.
Oriundo de uma Universidade pública não estatal conseguiu ganhar seguidores e apoiantes e ser Presidente durante os 3 primeiros mandatos, num universo eleitoral em que a maioria dos votos pertencia às Faculdades da Universidade do Porto.
Foi o primeiro dirigente associativo em Portugal a defender a introdução de propinas no ensino superior público. Na altura foi muito criticado entre os seus pares, mas teve razão e hoje, mais do que nunca, sabemos que sim.
Juntamente com Rui Marques, ajudou a organizar a Missão Paz em Timor e o Lusitânia Expresso, o barco que os navios de guerra indonésios não deixaram levar flores aos timorenses, mas que pôs Timor nos media internacionais e que deu um contributo para a libertação e autodeterminação dos nossos irmãos timorenses.
Encontrei-me na Expo de Sevilha de 1992 com o Diogo que liderava uma delegação da Federação Académica do Porto e fizemos uma manifestação pacífica à porta do pavilhão da Indonésia. Os seguranças indonésias identificaram-nos como os organizadores e a polícia espanhola acompanhou-nos à porta do recinto. Senti um orgulho muito grande em estar com o Diogo naquele momento por aquela causa. Passados 10 minutos entrámos na Expo por outra porta e com a minha credencial de jornalista fomos ao centro de imprensa de onde o Diogo enviou uma crónica por telefone para o Jornal Público com que colaborava.
Diogo foi das primeiras pessoas a pronunciar a palavra Empreendedorismo em Portugal e como uma pessoa de acção que é fundou e dirigiu a Revista Ideias & Negócios, uma revista que deu a conhecer as empresas mais empreendedoras e inovadoras do país, várias delas que viriam a tornar-se casos de grande sucesso.
Foi fundador da UMIC Unidade de Missão Inovação e Conhecimento, tendo tido um papel importante na evolução digital e tecnológica da sociedade portuguesa.
Foi Vice Presidente da Comissão Política Nacional do PSD no tempo de Durão Barroso e mandatário digital das duas campanhas vitoriosas de Cavaco Silva. Na primeira campanha eu estava em Londres e o Diogo convidou-me para Mandatário da Geração Global, tendo que recolher depoimentos de portugueses de mérito pelo Mundo. Foi uma campanha alucinante, o Diogo actualizava o site cada 5 minutos quase 24 horas por dia.
Foi Presidente da Associação Portuguesa de Telecomunicações.
Organizou e ajudou a organizar muitas dezenas de conferência, seminários em toda a Europa. Estive com ele na Alemanha, em França, Inglaterra em alguns deles e foi um privilégio.
O Diogo de política, mas não tinha muito tempo para as “percas de tempo” e “politiquices”. Era um homem de acção e isso às vezes não joga com a inércia da política.
Era desde 2007 Director da Cisco baseado no Reino Unido e viajou por todo o Mundo.
Quando acreditava numa causa o Diogo era persistente e racional e ia sempre até ao fim. Vencia quase sempre sem fugir às regras do jogo.
Tinha muito amigos e mantinha contacto constante com um networking de cerca de 2000 pessoas. É fantástico como era sempre tão rápido a responder a qualquer e-mail ou solicitação.
Diogo não viveu os 43 anos do bilhete de identidade. Viveu muito mais. Por cada viagem que uma pessoa normal faz o Diogo terá feito 10, por cada livro lido o Diogo terá lido 10 e que bem ele partilhava o conhecimento com os amigos. O Diogo era o verdadeiro networker, um campeão a facilitar, partilhar, delegar informação e conhecimento com os outros.
Numa festa de anos em minha casa com cerca de 15 pessoas o Diogo chegou a falar mais de uma hora seguida sem interrupções. E todos beberam as palavras dele.
O Diogo partiu como viveu: depressa. Deixa a mulher, Paula, os irmãos Paulo e João, o Pai, a Mãe (a Tia Licas) e os amigos. Todos ficamos mais pobres e quem perde mais é Portugal.
Até já Diogo!
Miguel Braga
in Sapo