Mais uma da Motor Clássico - Lotus Elan (tipo 26R)

Ora Vivam

Sei que vão já começar a pensar que só vou dizer mal da revista e que apenas pretendo criticar o trabalho dos outros:p Eu que já nem compro esta revista :huh:

Mas a verdade é que desta vez foi um amigo que me mostrou o artigo que mais uma vez me deixou indignado...

Neste último número, vem um pequeno artigo sobre um dos Lotus Elan que corre actualmente no Troféu de Clássicos do nosso país.

Como é sem sombra de dúvidas um dos meus carros preferidos e porque até estou convencido que sei um pouco sobre os mesmos (até porque sou um orgulhoso dono de um :D) resolvi dar uma olhadela ao artigo que esse meu amigo referia.

Não é do meu espanto quando vejo um Lotus Elan (muito bonito até porque já o conheço de outras andanças;)) catalogado como Lotus Elan 26R Grupo 1/71...

Como se já não bastasse, não é que referem a motorização e transmissão desta viatura??? Que tal um conjunto de Webers 45 e um diferencial Quaife/Salisbury? :cool::rolleyes:

Devem com certeza ter uma ficha de homologação diferente da minha pois na minha os Weber 45 estão indicados como "equipamento opcional" o que quer dizer que não é "equipamento standard" e logo não é grupo 1!... Aliás até acho que deveria ser considerado Grupo 3, caso fizesse parte do "equipamento standard"... Estou a partir do pressuposto britânico que considero ser idêntico ao nosso...

E a referencia ao diferencial autoblocante??? :huh::D ESPECTACULAR!!!

De certeza que toda a gente sabe ;) que um Quaife é a mesmíssima coisa que um Salisbury e que a Quaife já fazia este equipamento em 1971 e que estava homologado! Só para explicar, e não querendo ser maçador, enquanto que um Quaife usa um conjunto de carretos para gerar atrito e desta forma bloquear um dos veios passando a potencia e binário para o outro, o Salisbury usa um par de embraiagens que aumentam o atrito de um dos lados e cujo objectivo é essencialmente, esse sim, similar ao Quaife.

Pensei para os meus botões que mais uma menos uma não faz diferença mas quando nos tocam no coração... e como o meu pai diz, do topo dos seus 74 anos... quem não sente não é filho de boa gente!

Porque será que haverá esta falta de investimento em conhecimento nestes artigos nesta revista? Não é propriamente o 1º caso que refiro! Será que um pouco de investimento em leitura de outros artigos e revistas não faz parte do vosso processo de aprendizagem?

Não me venham com a desculpa que são apenas jornalistas e que apenas disponibilizam a informação que lhes é transmitida... Eu pensava que a função de uma revista deste género era, entre outras coisas, dar a conhecer e ensinar... Devo estar velho :D

Pelo sim, pelo não anexo algumas das folhas da ficha de homologação do Lotus Elan que disponho e caso disponham de outras que façam referencia às aplicações referidas que contradigam as minhas... por favor enviem-nas.

Só mais uma coisa... Porquê continuamos a aceitar a nomeação de modelos das viaturas?

Sei que actualmente existem registo de mais de 250 Lotus Elan 26R quando foram fabricados cerca de 100 :rolleyes: mas neste caso nem se trata de um desses casos! Porque não fazemos como os outros países (pelo menos os que conheço) que apenas permitem a inscrição de viaturas com o respectivo registo de modelo correspondente em competições deste género? Faz sentido inscrever um Ford Escort RS1600 quando o livrete é de um Ford Escort 1100 de 4 portas?

Já agora anexei também o Anexo J de 1971 pois é o documento que deverá "fazer fé" para este tipo de homologação.

Abraços
 

Anexos

  • elanfia04.pdf
    247.5 KB · Vistos: 26
  • elanfia05.pdf
    275 KB · Vistos: 13
  • elanfiaammend02.pdf
    211.1 KB · Vistos: 11
  • elanfiaammend04.pdf
    251.4 KB · Vistos: 11
  • Anexo J 1971.pdf
    1.4 MB · Vistos: 18

Carlos Alberto Macedo

Gang dos Rojões
Fernando Baptista disse:
Ora Vivam

Sei que vão já começar a pensar que só vou dizer mal da revista e que apenas pretendo criticar o trabalho dos outros:p Eu que já nem compro esta revista :huh:

Mas a verdade é que desta vez foi um amigo que me mostrou o artigo que mais uma vez me deixou indignado...

Neste último número, vem um pequeno artigo sobre um dos Lotus Elan que corre actualmente no Troféu de Clássicos do nosso país.

Como é sem sombra de dúvidas um dos meus carros preferidos e porque até estou convencido que sei um pouco sobre os mesmos (até porque sou um orgulhoso dono de um :D) resolvi dar uma olhadela ao artigo que esse meu amigo referia.

Não é do meu espanto quando vejo um Lotus Elan (muito bonito até porque já o conheço de outras andanças;)) catalogado como Lotus Elan 26R Grupo 1/71...

Como se já não bastasse, não é que referem a motorização e transmissão desta viatura??? Que tal um conjunto de Webers 45 e um diferencial Quaife/Salisbury? :cool::rolleyes:

Devem com certeza ter uma ficha de homologação diferente da minha pois na minha os Weber 45 estão indicados como "equipamento opcional" o que quer dizer que não é "equipamento standard" e logo não é grupo 1!... Aliás até acho que deveria ser considerado Grupo 3, caso fizesse parte do "equipamento standard"... Estou a partir do pressuposto britânico que considero ser idêntico ao nosso...

E a referencia ao diferencial autoblocante??? :huh::D ESPECTACULAR!!!

De certeza que toda a gente sabe ;) que um Quaife é a mesmíssima coisa que um Salisbury e que a Quaife já fazia este equipamento em 1971 e que estava homologado! Só para explicar, e não querendo ser maçador, enquanto que um Quaife usa um conjunto de carretos para gerar atrito e desta forma bloquear um dos veios passando a potencia e binário para o outro, o Salisbury usa um par de embraiagens que aumentam o atrito de um dos lados e cujo objectivo é essencialmente, esse sim, similar ao Quaife.

Pensei para os meus botões que mais uma menos uma não faz diferença mas quando nos tocam no coração... e como o meu pai diz, do topo dos seus 74 anos... quem não sente não é filho de boa gente!

Porque será que haverá esta falta de investimento em conhecimento nestes artigos nesta revista? Não é propriamente o 1º caso que refiro! Será que um pouco de investimento em leitura de outros artigos e revistas não faz parte do vosso processo de aprendizagem?

Não me venham com a desculpa que são apenas jornalistas e que apenas disponibilizam a informação que lhes é transmitida... Eu pensava que a função de uma revista deste género era, entre outras coisas, dar a conhecer e ensinar... Devo estar velho :D

Pelo sim, pelo não anexo algumas das folhas da ficha de homologação do Lotus Elan que disponho e caso disponham de outras que façam referencia às aplicações referidas que contradigam as minhas... por favor enviem-nas.

Só mais uma coisa... Porquê continuamos a aceitar a nomeação de modelos das viaturas?

Sei que actualmente existem registo de mais de 250 Lotus Elan 26R quando foram fabricados cerca de 100 :rolleyes: mas neste caso nem se trata de um desses casos! Porque não fazemos como os outros países (pelo menos os que conheço) que apenas permitem a inscrição de viaturas com o respectivo registo de modelo correspondente em competições deste género? Faz sentido inscrever um Ford Escort RS1600 quando o livrete é de um Ford Escort 1100 de 4 portas?

Já agora anexei também o Anexo J de 1971 pois é o documento que deverá "fazer fé" para este tipo de homologação.

Abraços

há partes que não opino por desconhecimento, quando à veracidade da informação da revista, na minha modesta opinião, é um grande erro e tendo em conta o sector de que é a revista é, e quantas pessoas não compram gato por lebre, muito já pagaram couro e cabelo por algo que supostamente devia ser único e que na realidade não é, apenas mais um maneira de fazer uns trocos ou em alguns casos já que não podem comprar o que sempre sonharam alteraram, mas compreendo de certa parte a sua revolta e estamos numa democracia onde podemos expressar as nossas opiniões e onde somos livre (desde que a nossa liberdade não interfira com a dos outros)
 

António Barbosa

Red Line
Portalista
Sempre atento, de facto a partir do momento em que a revista está à venda e se anuncia como sendo especializada nesta área, uma referência destas é pelo menos uma grande "gaffe"!!!
Quanto a haver 250 Lotus Elan 26R (não será apenas Lotus 26R?) conhecidos e só cerca de 100 terem sido construidos, só prova que de facto a Liza Minelli é quem tinha razão "Money makes the world go around"!!!
 

M Bento Amaral

Barão da Sopa da Pedra!!
Eu nao estou nada dentro do assunto, mas ninguem é perfeito! Ninguem sabe tudo!
Com os fiats, ha manuais que dizem uma coisa, e manuais que dizem outra. E sao carros que sairam aos pontapes e onde ha muita info.
Ja dos lotus, sao mais raros, e creio nao haver tanta info(creio eu, nunca procurei nao é?!)
Sao lapsos de informação.
Podias escrever a revista a tentar corrigir o erro! :)
 

Nuno Andrade

Pre-War
M Bento Amaral disse:
Eu nao estou nada dentro do assunto, mas ninguem é perfeito! Ninguem sabe tudo!
Com os fiats, ha manuais que dizem uma coisa, e manuais que dizem outra. E sao carros que sairam aos pontapes e onde ha muita info.
Ja dos lotus, sao mais raros, e creio nao haver tanta info(creio eu, nunca procurei nao é?!)
Sao lapsos de informação.
Podias escrever a revista a tentar corrigir o erro! :)

A "revista" tem acesso a estas criticas assim como a outras que sao feitas cá, cabe-lhes a eles aceitarem ou nao essas mesmas...

cumprimentos.
 
Já se tem verificado estas situações. Verifiquei uma série de "gaffes" aquando de uma reportagem da Porsche, nomeadamente um teste a um Carrera 2.7 que apareceu na capa. Nem sei onde foram buscar tais informações.

Às vezes parece-me que há determinadas pessoas que não fazem ideia do que têm ou, por outro lado, pessoas que devido à sua ignorância descrevem dados técnicos de qualquer maneira porque fica (às vezes) patente a promoção de determinados veículos nessas Publicações. Posteriormente verifica-se uma venda dessa viatura ou uma promoção efectiva da mesma para aliciar possíveis compradores. Enfim, negócios que desconheço e daí não me alongar nos meus pressupostos..

Bem, que "atrasadinhos" estamos em relação às congéneres Inglesas e Alemãs...por exemplo!

Sobre Lotus pouco ou nada sei mas acredito nessas "gaffes"...
É sempre bom detectar esses pormenores e descrevê-los como são na realidade. Quanto mais informação útil melhor, para despitar as "farsas" e a "má" informação.

Abraços
 

Hugo L Neto

YoungTimer
Boas,
em relação ao erro da revista, é mais um para juntar a tantos outros.

Estou é plenamente de acordo com o Sr. Fernado Baptista em relação a que não se deviam inscrever carros em provas ou seja lá em que for quando os mesmos não são originais. (Refiro-me apenas aos documentos, porque para mim, cada um é livre de por exemplo montar as jantes que quer no seu carro ou aplicar um par de faróis extra que não vejo isso como que o carro perca a sua originalidade.)
Pegando no exemplo dado pelo Sr. Fernando Baptista, é extremamente fácil hoje dia pegar num Escort 1100, montar-lhe um motor 1600, colocar-lhe umas abas nos guarda lamas e inscrever o carro como um RS1600 em qualquer prova, passeio ou algo do género.
Para mim, o grande problema desta situação é que possivelmente esse carro será vendido a uma pessoa que não terá o conhecimento necessário para detectar uma situação destas e leva o "barrete" da sua vida.

Mas, é assim que alguns se vão safando.

Cumprimentos
 

M Bento Amaral

Barão da Sopa da Pedra!!
Hugo L Neto disse:
Boas,
em relação ao erro da revista, é mais um para juntar a tantos outros.

Estou é plenamente de acordo com o Sr. Fernado Baptista em relação a que não se deviam inscrever carros em provas ou seja lá em que for quando os mesmos não são originais. (Refiro-me apenas aos documentos, porque para mim, cada um é livre de por exemplo montar as jantes que quer no seu carro ou aplicar um par de faróis extra que não vejo isso como que o carro perca a sua originalidade.)
Pegando no exemplo dado pelo Sr. Fernando Baptista, é extremamente fácil hoje dia pegar num Escort 1100, montar-lhe um motor 1600, colocar-lhe umas abas nos guarda lamas e inscrever o carro como um RS1600 em qualquer prova, passeio ou algo do género.
Para mim, o grande problema desta situação é que possivelmente esse carro será vendido a uma pessoa que não terá o conhecimento necessário para detectar uma situação destas e leva o "barrete" da sua vida.

Mas, é assim que alguns se vão safando.

Cumprimentos

Bolas, eu cá nao compro carros sem verificar os documentos. Os documentos nao se alteram(pelo menos creio eu) ninguem me vai vender um abarth com os documentos de um fiat 850 normal de 34 cavalos! LOL
:D
 

Nuno Andrade

Pre-War
Hugo L Neto disse:
Para mim, o grande problema desta situação é que possivelmente esse carro será vendido a uma pessoa que não terá o conhecimento necessário para detectar uma situação destas e leva o "barrete" da sua vida.

Mas, é assim que alguns se vão safando.

Cumprimentos

Não diria isso na competição, mas que em carros de estrada acontece isso, lá isso acontece...

cumprimentos.
 

Hugo L Neto

YoungTimer
M Bento Amaral disse:
Bolas, eu cá nao compro carros sem verificar os documentos. Os documentos nao se alteram(pelo menos creio eu) ninguem me vai vender um abarth com os documentos de um fiat 850 normal de 34 cavalos! LOL
:D

A mim e também é dificil enganarem-me porque quando vou ver um carro, a primeira coisa que faço é pedir para ver os documentos e comparar o nº de chassis para ver se bate tudo certo. E já encontrei pessoas que se ofenderam por isso.
Mas acredite, há por aí muito boa gente que já comprou gato por lebre sem saber e há outros, como já me disseram a mim cara a cara num passeio em que participei, "os documentos não são importantes, o que importa é o carro e inspecções da treta arranjam-se sempre".
E é assim que depois acabam com um carro que ao anterior proprietário custou meia dúzia de Euros e que a eles custou uma pipa de massa que nunca irão reaver caso queiram vender o carro, mas estão convencidos a 100% de que fizeram um bom negócio.

Os exemplos mais comuns são os Cooper S, os GT/E's e os RS's.
 
Quanto aos "coitadinhos dos Barretes" não tenho pena deles, acho que quem realmente compra um clássico deve saber o mínimo sobre o que vai comprar. É como comprar um terreno ou uma casa, tem de se ter uma noção do valor das coisas.
Pessoalmente ao contrario de muitos acho que tem muito mais valor um Escort 1100 vestido de RS e não vejo o problema de se fazer isso.
Em qualquer negocio ambas as partes envolvidas têm de ter os olhos abertos porque infelizmente os esperalhaços abundam...
Concretamente só me preocupa alguém, que com pouco conhecimento tenta saber alguma coisa mais sobre uma viatura, e recorre à... "imprensa da especialidade" :rolleyes:
 

nuno granja

petrolhead
Portalista
Autor
M Bento Amaral disse:
Bolas, eu cá nao compro carros sem verificar os documentos. Os documentos nao se alteram(pelo menos creio eu) ninguem me vai vender um abarth com os documentos de um fiat 850 normal de 34 cavalos! LOL
:D

M. bento...

Como dizem os espanhois sobre as bruxas... "Que las hai hai".

O meu Coupé Gt 5E foi importado de França e no livrete diz "Audi Quattro". Vinha com pneus 205-15 de livrete e para repor os 185/14 de origem tive de pedir uma carta à SIVA mais um processo na DVG que me custou umas massas..


nuno g
 

Eduardo Relvas

fiat124sport
Premium
Jorge Faustino disse:
(...)Concretamente só me preocupa alguém, que com pouco conhecimento tenta saber alguma coisa mais sobre uma viatura, e recorre à... "imprensa da especialidade" :rolleyes:

... e que de especialidade só sabem ensinar... como se vende revistas! :D

Já assisto a discussões destas há muito... e tenho pena, mas de facto tenho de assumir que há muito que não compro imprensa nacional, porque tirando os classificados, não lhes reconheço valor acrescentado. Talvez seja defeito meu, que estou habituado às inglesas e italianas... mas como dizia um velho amigo expert dos VW, o melhor que as revistas nos ensinam é mesmo como vender revistas!

Digam o que disserem, as fotos podem ser giras e vemos carros que de outro modo estavam encafuados na garagem de alguém, mas de conteúdo, são sempre duvidosas. Não digo que as inglesas sejam perfeitas, mas normalmente têm muito menos erros e quando os têm, são corrigidos rapidamente, quer por cartas dos leitores nos números seguintes, quer por referência dos próprios.

Um abraço a todos!
 
Eduardo Relvas disse:
... e que de especialidade só sabem ensinar... como se vende revistas! :D

Já assisto a discussões destas há muito... e tenho pena, mas de facto tenho de assumir que há muito que não compro imprensa nacional, porque tirando os classificados, não lhes reconheço valor acrescentado. Talvez seja defeito meu, que estou habituado às inglesas e italianas... mas como dizia um velho amigo expert dos VW, o melhor que as revistas nos ensinam é mesmo como vender revistas!

Digam o que disserem, as fotos podem ser giras e vemos carros que de outro modo estavam encafuados na garagem de alguém, mas de conteúdo, são sempre duvidosas. Não digo que as inglesas sejam perfeitas, mas normalmente têm muito menos erros e quando os têm, são corrigidos rapidamente, quer por cartas dos leitores nos números seguintes, quer por referência dos próprios.

Um abraço a todos!

Apoiado na íntegra...
Abraço
 
OP
OP
Fernando Baptista

Fernando Baptista

Clássico
Vivam

Acredito que seja difícil de aceitar mas as críticas que faço são em boa fé e pretendem contribuir para a qualidade da revista em causa.

Não defendo nenhum tipo de ataque infundado e sou totalmente anti-ortodoxo.

Continuo a acreditar que apenas com o contributo de todos poderemos ter a REVISTA QUE NÓS (amantes de automóveis clássicos) GOSTARÍAMOS.

De principio, subscrevia então a revista, ainda enviei uma carta para a revista com a minha contribuição mas deverá ter sido perdida pelos correios...:rolleyes: uma vez que nunca foi publicada.

Subscrevi o forum MotorClassico com o intuito de lá colocar a minha crítica que considero construtiva, mas... nada. Só vitimas atrás de vítimas... :cool::rolleyes:

Sinceramente acho que nos preocupamos mais nós com estes assunto que eles. O que é deveras estranho... Só se preocuparão quando já ninguém comprar a revista... Nessa altura aparecerá a mesma resposta: "É da crise!"

Acredito que é fundamental para o mercado português existir um revista de qualidade sobre o assunto. Desta forma poderemos não só ver as "fotos bonitas" mas também evitar situações como as relatadas aqui em relação à compra de "gato por lebre" cujos casos todos nós conhecemos.

Temos de nos lembrar que embora a situação esteja a melhorar gradualmente, há muitos amantes de clássicos que não tiveram oportunidade de aprender outra língua e que não devem ser privados desta fonte de conhecimento.

Cresci e aprendi muito (no final dos anos 80 e inicio dos anos 90) com a CCC, os livros do David Vizard, Clive Trickey e Peter Wallage e a grandessíssima e de boa memória RTA pelo que proponho que demos também o nosso contributo e aproveitemos este forum para isso.

Contrariamente ao que tenho visto neste forum, acredito que, para ensinar e aprender, não deveremos apresentar formulas ganhadoras de como modificar um determinado motor (carburador X + escape Y + pistões Z = SUPER) mas sim começar pelo principio, não por explicar um ciclo Otto pois é maçador :rolleyes:, mas apresentar argumentos que permitam mostrar a evolução de determinado motor assim como vantagens e desvantagens de aplicação de determinados elementos.

O mesmo se aplica a outros elementos da viatura, tais como a suspensão, travões e pneumáticos, mas que são sempre sub-valorizados.

Como impulsionador proponho-me falar, digo escrever:D, de um assunto que tenho visto ser bastante discutido neste forum, até porque há muitos Fords ainda por aí!

Infelizmente digo já que não pretendo comparar-me a nenhuma das ilustres personalidades literárias que referi anteriormente mas vou tentar, de memória, porque a documentação há muito que foi perdida :rolleyes: falar da evolução do motor 105E/125E da Ford desde o Anglia até ao seu aproveitamento pela Cosworth para a Lotus e para os restantes motores de competição, assim como dar a minha contribuição, baseada na minha experiência (infelizmente não tanta como gostaria:D), para os vários estados de evolução.

Decidi-me por este motor porque é sem dúvida dos mais usados ao longo da história e do qual (para além do A-Series) ser dos que tenho mais experiência pessoal, em termos de viaturas clássicas.

Lanço também aqui um desafio para os conhecedores de motores e outros assuntos "divagarem".

Agradeço, acima de tudo que me corrijam caso faça alguma referencia "menos exacta" e que contribuam.

Logo que tenha oportunidade abrirei uma nova thread sobre o assunto.

Obrigado
 

Andre.Silva

Trapatony
Hugo L Neto disse:
A mim e também é dificil enganarem-me porque quando vou ver um carro, a primeira coisa que faço é pedir para ver os documentos e comparar o nº de chassis para ver se bate tudo certo. E já encontrei pessoas que se ofenderam por isso.
Mas acredite, há por aí muito boa gente que já comprou gato por lebre sem saber e há outros, como já me disseram a mim cara a cara num passeio em que participei, "os documentos não são importantes, o que importa é o carro e inspecções da treta arranjam-se sempre".
E é assim que depois acabam com um carro que ao anterior proprietário custou meia dúzia de Euros e que a eles custou uma pipa de massa que nunca irão reaver caso queiram vender o carro, mas estão convencidos a 100% de que fizeram um bom negócio.

Os exemplos mais comuns são os Cooper S, os GT/E's e os RS's.

Eu não critico que faz essas coisas, pois pode ser por gosto, agora afirmar que é original e é... Eu também já vi um GTT de 5 portas, e desconfio que seja de origem, mas... :huh:
 
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