Músculo Americano

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HugoSilva

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"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
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Pois @José de Sá se calhar o problema é apenas a subjetividade. Esse exemplo que colocaste cai precisamente no que eu considero desperdício de skill, dinheiro e tempo.

Feio, feio, não está mas na minha opinião está um bocado "demais" e a partir do momento em que não consegues entrar para um estacionamento subterrâneo ou passar uma lomba anti-velocidade não está funcional para o mundo real, é o chamado show car, conceito com o qual nuca me identifiquei pois sempre olhei para os carros como coisas que foram feitas para ser utilizadas, exatamente o oposto desses projetos.

1969 Ford Mustang Boss 429
Ford-Mustang_Boss_429-1969-hd.jpg


1969 Camaro ZL1
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José de Sá

"Life's too short to drive boring cars"
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[QUOTE="e a partir do momento em que não consegues entrar para um estacionamento subterrâneo ou passar uma lomba anti-velocidade não está funcional para o mundo real
[/QUOTE]

Hugo, isto levanta, pá! Não sabes que eles metem demais suspensões pneumáticas em todos os carros :D
 
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[QUOTE="e a partir do momento em que não consegues entrar para um estacionamento subterrâneo ou passar uma lomba anti-velocidade não está funcional para o mundo real

Hugo, isto levanta, pá! Não sabes que eles metem demais suspensões pneumáticas em todos os carros :D
[/QUOTE]
Ok, assim fica um pouco menos (dis)funcional hehe

Percebo a cena, estão ali muitas horas de dedicação e mais guito do que aquele que eu alguma vez vou meter num carro, quiçá ter no banco, mas não me encaixa!!
Parece que esmagaram o carro!
 

José de Sá

"Life's too short to drive boring cars"
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Hugo, isto levanta, pá! Não sabes que eles metem demais suspensões pneumáticas em todos os carros :D
Ok, assim fica um pouco menos (dis)funcional hehe

Percebo a cena, estão ali muitas horas de dedicação e mais guito do que aquele que eu alguma vez vou meter num carro, quiçá ter no banco, mas não me encaixa!!
Parece que esmagaram o carro![/QUOTE]

Vi este projecto num programa do Discovery, o Kindit design (em português não sei como se chama). 2 episodio que resumiram 1 ano de restauro.
Nós vulgares mortais nem numa vida conseguiríamos nada parecido nem que viesse em modo puzzel com instruções de montagem.

Mencionei este carro porque de entre todos estes programas americanos que passam no cabo, este foi o que mais me chamou a atenção.

O facto de estar "esmagado" foi porque o dono quando o entregou já tinha feito esse trabalho. Foi uma visão que este teve para o carro a qual nunca foi para a frente até entregar o carro a estes tipos.



De forma nenhuma critico este tipo de transformações. Alias, é dai que vêm a cultura Hot Rod. Coisas bem feitas que retratam uma alternativa que poderia ter saído de fabrica.
 

Nelson Santos

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Eduardo Correia

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De tudo o que aqui li, a opinião que melhor consigo subscrever é a do Rui Meireles. Os carros americanos (como quaisquer outros) têm de ser perspectivados e interpretados para a época e as circunstâncias em que foram concebidos.

É preciso ver que os muscle cars tiveram a sua génese nos anos 50 do século passado, a era dourada do apogeu americano. A década do baby-boom, do financiamento ao consumo e do aumento do poder de compra, do início da corrida aeroespacial e do crescimento da hegemonia norte-americana sobre o resto do globo.

Foi uma época em que os EUA se assumiram como donos e senhores do Mundo enquanto uma velha Europa ainda digeria os resquícios da guerra. Enquanto por cá se restringia, racionalizava e importava, por lá investia-se, comprava-se e exportava-se.

Com matéria-prima em abundância, combustível ao preço da água e milhões de quilómetros de estradas, pensou-se:
- “Porquê fazer pequeno e simples se posso fazer grande e estrondoso”?
- “Qual o sentido de instalar um motor de 4 cilindros com 40cv se posso lá montar um V8 com 300”?
- “O que me faria preocupar com a distribuição do peso e o centro de gravidade se tenho por cá retas do tamanho do Alentejo”?
- “Para que fazer um hatchback se posso desenhar um sedan com uma capacidade de mala na qual caiba lá dentro a minha sogra”?

É preciso ver que os americanos nunca conceberam os seus carros para outro mercado que não fosse o seu.

A GM, a Ford e a Chrysler nunca desenharam os seus carros ponderando de que modo iriam os mesmos circular ou estacionar na baixa pombalina ou mesmo acelerar pela serras de Sintra ou Arrábida.

Não. Estes carros foram criados para percorrer grandes quilómetros, tendencialmente em estradas largas, quase planas, e em velocidade cruzeiro.

Não era em rallies que se pensava, mas sim em Nascar.

Em suma, EUA e Europa são neste aspecto (como em tantos outros) realidades muito diferentes. É por isso que não me espanta constatar alguma desconfiança ou desprezo que os europeus têm para com os carros americanos. E acho que isso é bastante patente em Portugal, mercado no qual (contrariamente a alguns outros países europeus) os americanos quase não tiveram presença.

Quantos muscle cars foram comercializados ou mesmo importados para Portugal nos últimos 50 anos? Provavelmente contam-se em poucas dezenas.

É claro que gostos são gostos e não podemos gostar todos do mesmo, mas quando ouço críticas (não-fundamentadas, leia-se) aos carros americanos e aos muscle cars em particular, pergunto-me “Mas já teve algum?”, “Já conduziu ou andou à pendura num?”… melhor… “Já experimentou mais do que um?”

Eu já conduzi cerca de 5 carros americanos/muscle cars diferentes e até hoje nunca nenhum deles me deixou desapontado.

Bem sei que um Mustang não é um Porsche, um Camaro não é um Jaguar, e um Corvette não é um Ferrari. Não me vou por ao volante de um Plymouth Superbird na Serra da Estrela e a imaginar-me que estou sentado num Lancia Stratos a fazer contra-relógio nos Alpes franceses.

Como disse ao início, as coisas tem de ser entendidas no seu contexto.

Para mim os carros americanos e os muscle-cars em geral são fabulosos. Design fantástico, espaço mais que suficiente, equipamento fora de série para a época, motores com um binário e um som impressionante, etc.. E são estradistas fantásticos, pois até hoje apenas reconheço à Citroen a capacidade de os bater em conforto.

Enfim, compreendo tudo o que aqui foi dito e entendo como natural o maior apego sentido pelos carros europeus (muitos deles obras-primas da indústria automóvel).

Mas para mim, poucas coisas conseguirão exceder o gozo da ignição de um V8 e o sorriso rasgado de subir a Avenida Duarte Pacheco com uma quarta metida a fundo.

PS – e aqui quem já me conhece sabe que sou daqueles que opta sempre pela originalidade (os meus carros nunca se aproximarão a menos de 5 metros do Chip Foose).
 
Gosto muito de carros americanos e normalmente vejo esses programas todos, vi o do Caddy aqui em cima, têm piada, são giros, explicam algumas coisas, mas se algum dia tiver um carro americano, nunca seria capaz de o alterar desta maneira, preferia manter o original.

Embirro particularmente com as jantes que lhes põem... as originais são sempre mais giras, mas eles têm a mania de mudar as jantes...
 
Para mim é mais isto.

V8, 5.0, 335 Hp com compressor em 1964 e traço do maior mestre do design industrial que já houve, Raymond Loewy.

E já agora a carroçaria é em fibra de vidro, foi o 1º automóvel americano a estar equipado com travões de disco e em 1963 era o carro de série mais rápido do mundo (até 290 Km/h).

Pena só terem fabricado 4643 exemplares. A Studebaker fechou as portas com chave de ouro.

maxresdefault.jpg

Desconhecia esse :thumbs up:

Quando se fala na Studebaker, só me vem um à cabeça, este lindissimo foguetão :D
studebaker.png



Cumps
 
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De tudo o que aqui li, a opinião que melhor consigo subscrever é a do Rui Meireles. Os carros americanos (como quaisquer outros) têm de ser perspectivados e interpretados para a época e as circunstâncias em que foram concebidos.

É preciso ver que os muscle cars tiveram a sua génese nos anos 50 do século passado, a era dourada do apogeu americano. A década do baby-boom, do financiamento ao consumo e do aumento do poder de compra, do início da corrida aeroespacial e do crescimento da hegemonia norte-americana sobre o resto do globo.

Foi uma época em que os EUA se assumiram como donos e senhores do Mundo enquanto uma velha Europa ainda digeria os resquícios da guerra. Enquanto por cá se restringia, racionalizava e importava, por lá investia-se, comprava-se e exportava-se.

Com matéria-prima em abundância, combustível ao preço da água e milhões de quilómetros de estradas, pensou-se:
- “Porquê fazer pequeno e simples se posso fazer grande e estrondoso”?
- “Qual o sentido de instalar um motor de 4 cilindros com 40cv se posso lá montar um V8 com 300”?
- “O que me faria preocupar com a distribuição do peso e o centro de gravidade se tenho por cá retas do tamanho do Alentejo”?
- “Para que fazer um hatchback se posso desenhar um sedan com uma capacidade de mala na qual caiba lá dentro a minha sogra”?

É preciso ver que os americanos nunca conceberam os seus carros para outro mercado que não fosse o seu.

A GM, a Ford e a Chrysler nunca desenharam os seus carros ponderando de que modo iriam os mesmos circular ou estacionar na baixa pombalina ou mesmo acelerar pela serras de Sintra ou Arrábida.

Não. Estes carros foram criados para percorrer grandes quilómetros, tendencialmente em estradas largas, quase planas, e em velocidade cruzeiro.

Não era em rallies que se pensava, mas sim em Nascar.

Em suma, EUA e Europa são neste aspecto (como em tantos outros) realidades muito diferentes. É por isso que não me espanta constatar alguma desconfiança ou desprezo que os europeus têm para com os carros americanos. E acho que isso é bastante patente em Portugal, mercado no qual (contrariamente a alguns outros países europeus) os americanos quase não tiveram presença.

Quantos muscle cars foram comercializados ou mesmo importados para Portugal nos últimos 50 anos? Provavelmente contam-se em poucas dezenas.

É claro que gostos são gostos e não podemos gostar todos do mesmo, mas quando ouço críticas (não-fundamentadas, leia-se) aos carros americanos e aos muscle cars em particular, pergunto-me “Mas já teve algum?”, “Já conduziu ou andou à pendura num?”… melhor… “Já experimentou mais do que um?”

Eu já conduzi cerca de 5 carros americanos/muscle cars diferentes e até hoje nunca nenhum deles me deixou desapontado.

Bem sei que um Mustang não é um Porsche, um Camaro não é um Jaguar, e um Corvette não é um Ferrari. Não me vou por ao volante de um Plymouth Superbird na Serra da Estrela e a imaginar-me que estou sentado num Lancia Stratos a fazer contra-relógio nos Alpes franceses.

Como disse ao início, as coisas tem de ser entendidas no seu contexto.

Para mim os carros americanos e os muscle-cars em geral são fabulosos. Design fantástico, espaço mais que suficiente, equipamento fora de série para a época, motores com um binário e um som impressionante, etc.. E são estradistas fantásticos, pois até hoje apenas reconheço à Citroen a capacidade de os bater em conforto.

Enfim, compreendo tudo o que aqui foi dito e entendo como natural o maior apego sentido pelos carros europeus (muitos deles obras-primas da indústria automóvel).

Mas para mim, poucas coisas conseguirão exceder o gozo da ignição de um V8 e o sorriso rasgado de subir a Avenida Duarte Pacheco com uma quarta metida a fundo.

PS – e aqui quem já me conhece sabe que sou daqueles que opta sempre pela originalidade (os meus carros nunca se aproximarão a menos de 5 metros do Chip Foose).

Não gostaria nada que se confundissem as minhas palavras com desdém, os carros americanos sempre me tiraram o fôlego e infelizmente nunca tiver oportunidade de conduzir ou ser conduzido, mas um dia!...
 

Eduardo Correia

Portalista
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Não gostaria nada que se confundissem as minhas palavras com desdém, os carros americanos sempre me tiraram o fôlego e infelizmente nunca tiver oportunidade de conduzir ou ser conduzido, mas um dia!...

Hugo, de modo algum as confundi com desdém.
Aliás, no primeiro post deixas bem claro a relação de amor-ódio que tens com estes carros.
Sem prejuízo de cada um ter direito à sua opinião, apenas quis fazer notar que a apreciação crítica (seja positiva ou negativa) a um carro americano é geralmente feita com um menor conhecimento pessoal quando comparada com a de outros carros mais comuns nas nossas estradas ou memórias.
E foi esse menor conhecimento que levou à criação do estereotipo "banheira espampanante com fraco comportamento dinâmico e consumos disparatados".
O que eu procuro é - com base no meu conhecimento pessoal - tentar desmistificar esse conceito (sem com isso querer insinuar que os carros americanos são livres de defeitos).
Pelo que li nunca andaste num e por isso caso nos cruzemos de futuro nalgum encontro de clássicos - não sou frequentador assíduo dos Encontros Mensais de Lisboa, mas uma vez ou outra apareço - fica aqui feito o convite.
 
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HugoSilva

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(...) mas uma vez ou outra apareço - fica aqui feito o convite.

Vou cobrar! Tenho extrema curiosidade em "sentir" um V8 mal disposto hehe

E sim, sem dúvida que os carros do outro lado do Atlântico são muitas vezes incompreendidos, mas ao menos com a tal justificação do desconhecimento em virtude do facto de muitos rabos nunca terem assente em estofos daqueles hehe

50341-Chevrolet_Corvette-C3-car.jpg
 

Nelson Santos

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Hugo, de modo algum as confundi com desdém.
Aliás, no primeiro post deixas bem claro a relação de amor-ódio que tens com estes carros.
Sem prejuízo de cada um ter direito à sua opinião, apenas quis fazer notar que a apreciação crítica (seja positiva ou negativa) a um carro americano é geralmente feita com um menor conhecimento pessoal quando comparada com a de outros carros mais comuns nas nossas estradas ou memórias.
E foi esse menor conhecimento que levou à criação do estereotipo "banheira espampanante com fraco comportamento dinâmico e consumos disparatados".
O que eu procuro é - com base no meu conhecimento pessoal - tentar desmistificar esse conceito (sem com isso querer insinuar que os carros americanos são livres de defeitos).
Pelo que li nunca andaste num e por isso caso nos cruzemos de futuro nalgum encontro de clássicos - não sou frequentador assíduo dos Encontros Mensais de Lisboa, mas uma vez ou outra apareço - fica aqui feito o convite.
Por acaso, já faz tempo que o Mach1 não aparece por lá...
 
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