Olá, boa noite.
Pessoalmente tenho um grande interesse nos hot rods americanos. Respeito muito a cultura e entendo perfeitamente a sua génese e contexto de surgimento. Tenho a certeza absoluta de que se tivesse tido a oportunidade e vivesse na época e no país teria participado. Quem me dera...
Dentro deste movimento cultural, interesso-me ainda mais pelos rat rods, verdadeiros hinos ao DIY (do it yourself) com o mínimo de recursos.
Estamos a falar de miúdos acabados de regressar da 2ª Grande Guerra e que puderam empregar os conhecimentos mecânicos entretanto adquiridos na reconstrução dos modelos disponíveis a preços baixos, alterando os carros para correr. Há alguma coisa melhor do que isto?
Conduzo diariamente o meu Opel Rekord 1.9S de 1968 e não me vejo a ter o carro de outra maneira. Se gasta gasolina? Gasta, como todos. Se fico chateado se me derem um toque com a porta no estacionamento? Claro que sim, mas isso acontece todos os dias. Se está todo sujo? Agora não porque não chove faz tempo..
O que quero dizer é que os carros foram feitos para o nosso prazer e cada um faz deles o que entender.
Apoio totalmente a cultura americana dos hot rods e o lema "Built, not bought!"
Quem tem muito dinheiro, tem o que quiser. Agora, quem sabe fazer é sempre rico.
Um abraço a todos e por favor, não confundam hot rods com tunings e afins. Não tenho nada contra os últimos. Afinal, como disse, cada um faz o que quiser, desde que não interfira com os direitos dos demais.
São é duas realidades distintas.
(Editado hoje 12 de Janeiro)
Gostava ainda de acrescentar que a modificação de carros em termos de potência e estabilidade tem ainda a sua origem na necessidade de contrabandear alcool produzido na região dos Apalaches, durante a Lei Seca, para conseguir fugir à polícia. Isto dá origem a corridas informais ao fim de semana em pistas de terra, que vieram a tornar-se nas corridas de "stock cars" - carros de produção normal mas modificados - que hoje conhecemos como as da NASCAR.
Abraço