Carros clássicos e históricos (com mais de 30 anos de fabrico), relacionados a rallye e a pista, contudo, alguns carros foram fantásticos após o seu nascimento e suas gerações geraram uma saga de carros de óptimo DNA. Esse é o caso do Toyota Celica, que formou em sua saga 7 gerações , dentro do mesmo modelo de 4 cilindros. A designação "Celica" dado ao modelo tem origem no latim: coelica, que quer dizer celestial. Começou com um carro com tração traseira, depois passou a tração dianteira, sendo mais tarde fabricado modelo 4x4 e turbo (esse último designado All-Trac nos EUA e GT-Four no Japão e Europa). O carro que deu origem foi o 2000 GT dos anos 60 (aquele modelo utilizado no filme do James Bond You Only Live Twice - foram fabricados 337 carros deste modelo).
O que eu quero dizer é que um modelo que nasceu de uma maneira despretensiosa, foi com o decorrer do tempo, crescendo dentro do mesmo modelo, até atingir um ponto de maturidade em competição - principalmente em rallye mundial.
1980 - Ove Andersson/Henry Lindon - Toyota Celica 2000 GT
Havia na primeira série várias versões, como a ET (somente para o mercado japonês), LT (com um carburador e 1.600cc), ST (twin downdraft-carburetor - 1.600cc OHV - tinha ST com 2.000cc OHC), GT (1.600cc OHC, com duplo comando e carburadores duplos Mikini-Solex - tinha GT 2.000 DOHC) e GTV (essa última, só disponível para o mercado japonês). Durante a formação dos tradicionais Celica, veio o Toyota Celica Supra, mas foi designado apenas como Toyota Supra (que teve participação, também, em rallye). O Celica foi apresentado em versões notchback, liftback = fastback hatch e a versão conversível. A primeira geração é a que eu mais gosto, foi feita como uma alternativa para o muito caro Toyota 2000 GT. Tal geração foi apresentada em 1970 no Tokyo Motor Show em outubro e posto a venda em dezembro. Toyota Celica tido como colecionável como carro clássico - é indicado pelos ingleses e japoneses como aqueles fabricados na primeira e segunda geração.
Mas o que importa é que foram carros fantásticos a partir da primeira geração - e carros altamente resistentes para provas de rallyes, principalmente, para provas de rallyes de longa duração, como os rallyes africanos e os endurance como os 1000 Lakes. A primeira grande vitória no WRC só veio a ocorrer em 1982, durante o Rally of New Zealand, com o 2000GT (RA63). De 1983 a 1986 - agora no famoso Grupo B, o Celica Twincam Turbo (TA64), ganha 6 provas do WRC da África. Entre 88 e 97 o Celica GT-Four compete no Grupo A - neste segmento o Gelica ganha para a Toyota os títulos de campeã de montadora e, ganha 4 títulos de piloto - o espanhol Carlos Sainz foi o piloto que mais ganhou com esse modelo, ganhando os títulos da WRC com um ST165 em 1990 e o ST185, em 1992. O modelo ST185, ganha também em 1993 3 1994 com Juha Kankkunen e Didier Auriol, respectivamente - o ST185 era o modelo mais festejado - ganhou 4 vitórias consecutivas no Safari Rally. Até 1995 o Toyota Celica coleciona 8 vitórias nos rallyes africanos, demonstrando ser o melhor carro e o mais durável para a prova de rallye, mais difícil do mundo (onde se estabelece a diferença entre meninos e homens).
O Toyota Celica competitivo no WRC fez sucesso entre 1988 a 1996, com o GT 4 pilotado pelo simpático piloto espanhol Carlos Sainz - ganha 38 provas dentro do WRC Rallies e obtem 2 WRC Championships (1993 3 1994). Foram produzidos para efeitos de homologação e mercado entre 2.500 e 5.000 unidades - vide ainda, quarta, quinta e sexta geração do Celica GT 4, porém, os títulos vieram com a quinta geração. Foi o que se apresetou melhor diante do Group A/RC. A Toyota tentou usar o Corolla para os Rallyes, but... nunca fez o sucesso da dinastia Celica e em 1998 sai do WRC para se dedicar à F1.
Continuação:
1990 - Carlos Sainz/Luis Moya - Toyota Celica GT-4
O Celica mais competitivo surgiu no WRC para combater a Lancia Integrale de 1989-1990. Durante o Rallye Catã de 1995 os comissários da FIA descobrem no Celica ST205 do Didier Auriol, um falso limitador de hp, ou melhor do turbo restritor. Com essa malandragem japonesa, a Toyota foi banida do WRC. Pior para os pilotos Juha Kankkunen, Didier Auriol e Armin Schwarz - esse último, não tinha no seu carro tal malandragem, mas mesmo assim, todo o time foi punido. Cabeças rolaram no Toyota Team Europe.
No rallye do Kenia foi um dos grandes vitoriosos:
32 Marlboro Safari Rally (1984) - Toyota Celica TCT WRC
33 Marlboro Safari Rally (1985) - Toyota Celica TCT WRC
34 Marlboro Safari Rally (1986) - Toyota Celica TCT WRC
38 Marlboro Safari Rally (1990) - Toyota Celica GT4 ST165
40 Martini Safari Rally (1992) - Toyota Celica Turbo WRC
41 Trustbank Safari Rally (1993) - Toyota Celica Turbo WRC
42 Trustbank Safari Rally (1994) - Toyota Celica Turbo WRC
43 Safari Rally (1995) - Toyota Celica Turbo WRC
1989 - Bjorn Waldegaard/Fred Gallagher - Toyota Celica GT-4 No Rallye Mundial o Celica ficou assim:
3 no Rideau Lakes (Canadá) - 1974 - com Boyce/Gray
2 no Rallye de Portugal - 1976 - com Andersson/Hertz
3 no Rallye de Portugal - 1977 - com Andersson/Liddon
4 no 1000 Lakes Rally - 1977 - com Saaristo/Alanen
2 no RAC Rally - 1977 - com Mikkola/Hertz
4 no Rallye de Portugal - 1978 - com Andersson/Liddon
4 no Rallye Critérium du Québec - 1978 - Heinonen/Bellefleur
3 no Rallye de Portugal - 1979 - Andersson/Liddon
5 no Rallye Critérium du Québec - 1979 - Heinonen/Nyman
5 no Bandama Rally - 1979 - com Andersson/Liddon (Toyota Celica Liftback)
4 no Ivory Coast Rally - 1980 - com Assef/Fourcade
3 no Rallye de Portugal - 1981 - com Waldegärd/Thorszelius
2 no Ivory Coast Rally - 1981 - com Eklund/Spjuth
3 no Rallye de Portugal - 1982 - com Eklund/Spjuth
1 e 2 no Motogard Rally - 1982 - com Waldegärd/Thorszelius e Eklund/Spjuth
2 e 3 no Ivory Coast Rally - 1982 - com Eklund/Spjuth e Waldegärd/Thorszelius
1, 3 e 4 no Ivory Coast Rally - 1983 - com Waldegärd/Thorszelius, Eklund/Spjuth e Assef/Barault
1 no Safari Rally - 1984 - com Waldegärd/Thorszelius (Toyota Turbo)
5 no Rally of New Zeland - 1984 - com Waldegärd/Thorszelius (Toyota Turbo)
5 no 1000 Lakes Rally - 1984 - com Kankkunen/Gallagher (Toyota Turbo)
3 no RAC Rally - 1984 - com Eklund/Whittock (Toyota Turbo)
1 e2 no Safari Rally - 1985 - com Kankkunen/Gallagher e Waldegärd/Thorszelius (Toyota Turbo)
1 e 2 no Ivory Coast Rally - 1985 - com Kankkunen/Gallagher e Waldegärd/Thorszelius (Toyota Turbo)
5 no RAC Rally - 1985 - com Kankkunen/Gallagher (Toyota Turbo)
1 e2 no Safari Rally - 1986 - com Waldegärd/Gallagher e Torph/Thorszelius (Toyota Turbo)
1, 2, 3 e 4 no Ivory Coast Rally - com Waldegärd/Gallagher, Torph/Thorszelius, Weber/Wagner e Ulyate/Street (Toytota Turbo)
4 e 5 no Olympus Rally (USA) - com Torph/Thorszelius e Waldegärd/Gallagher (Toyota Turbo)
3 no RAC Rally - 1988 - com Waldegärd/Gallagher (Toyota GT4)
3 no Swedish Rally - 1989 - com Eriksson/Parmander (Toyota GT4)
5 no Monte Carlo Rallye - 1989 - com Kankkunen/Pironen (Toyota GT4)
3 e 4 no 1000 Lakes Rally - 1989 - com Sainz/Moya e Eriksson/Parmander (Toyota GT4)
1 e 2 no Rally Australia - 1989 - com Kankkunen/Piironen e Eriksson/Parmander (Toyota GT4)
3 e 5 no Sanremo Rally - 1989 - com Sainz/Moya e Kankkynen/Piironen (Toyota GT4)
2, 3 e 4 no RAC Rally - 1989 - com Sainz/Moya, Kankkunen/Piironen e Eriksson/Parmander (Toyota GT4)
2 e 5 no Monte Carlo Rallye - 1990 - com Sainz/Moya e Schwarz/Wicha (Toyota GT4)
1, 3 e 4 no Safari Rally - 1990 - com Waldegärd/Gallagher, Eriksson/Billstam e Sainz/Moya (Toyota GT4)
2 no Tour de Corse - 1990 - com Sainz/Moya (Toyota GT4)
1 no Rally of New Zeland - 1990 - com Sainz/Moya (Toyota GT4)
2 no Rallye da Argentina - 1990 - com Sainz/Moya (Toyota GT4)
2 no Rally Australia - 1990 - com Sainz/Moya (Toyota GT4)
3 no Sanremo Rally - 1990 - com Sainz/Moya (Toyota GT4)
1 no RAC Rally - 1990 - com Sainz/Moya (Toyota GT4) - Em 1990 Carlos Sainz foi o piloto campeão (Driver's World Rally Championship) e a Toyota ficou em segundo, atrás da Lancia.
1 e 4 no Monte Carlo Rallye - 1991 - com Sainz/Moya e Schwarz/Hertz (Toyota GT4)
2 no Swedish Rally - 1991 - com Jonsson/Bückman (Toyota GT4)
1 no Rallye de Portugal - 1991 - com Sainz/Moya (Toyota GT4)
2 e 4 no Safari Rally - 1991 - com Eriksson/Billstam e Waldegärd/Gallagher (Toyota GT4)
1 e 4 no Tour de Corse - 1991 - com Sainz/Moya e Duez/Wicha (Toyota GT4)
2 e 5 no Acropolis Rally - 1991 - com Sainz/Moya e Schwarz/Hertz (Toyota GT4)
1 no Rally of New Zealand - 1991 - com Sainz/Moya (Toyota GT4)
1 no Rallye da Argentina - 1991 - com Sainz/Moya (Toyota GT4)
4 no 1000 Lakes Rally - 1991 - com Sainz/Moya (Toyota GT4)
3 no Rally Australia - 1991 - com Schwarz/Hertz (Toyota GT4)
3 no RAC Rally - 1991 - com Sainz/Moya (Toyota GT4)
2 no Monte Carlo Rallye - 1992 - com Sainz/Moya (Toyota Turbo 4WD)
1, 4 e 5 no Swedish Rally - 1992 - com Jonsson/Bäckman, Alén/Kivimäki e Asterhag/Silander (Toyota Turbo 4WD)
3 e 4 no Rallye de Portugal - 1992 - com Sainz/Moya e Alén/Kivimäki (Toyota Turbo 4WD)
1, 3 e 5 no Safari Rally - 1992 - com Sainz/Moya, Eriksson/Grist e Alën/Kivimäki (Toyota Turbo 4WD)
4 e 5 no Tour de Corse - 1992 - com Sainz/Moya e Schwarz/Hertz (Toyota Turbo 4WD)
1 no Rally of New Zealand - 1992 - com Sainz/Moya (Toyota Turbo 4WD)
2 no Rallye da Argentina - 1992 - com Sainz/Moya (Toyota Turbo 4WD)
3 no 1000 Lakes Rally - 1992 - com Alën/Kivimäki (Toyota Turbo 4WD)
3 no Rallye Australiano - 1992 - com Sainz/Moya (Toyota Turbo 4WD)
5 no Ivory Coast Rally - 1992 - com Assef/Konan (Toyota Turbo 4WD)
1 e 5 no Rallye Catalão - 1992 - com Sainz/Moya e Shwarz/Hertz (Toyota Turbo 4WD)
1 e 4 no RAC - 1992 - com Sainz/Moya e Alën/Kivimäki (Toyota Turbo 4WD) - Neste ano o time da Toyota fica em 1, 2 e 3 no munidal de pilotos: Carlos Sainz, Juha Kankkunem e Didier Auriol. Carlos Sainz a partir de 94 pilota para a Subaru.
1 e 5 no Monte Carlo Rallye - 1993 - com Auriol/Occelli e Kankkunen/Piironen (Toyota Turbo 4WD)
1 e 2 no Rallye Sueco - 1993 - com Jonsson/Backman e Kankkunen/Piironen (Toyota Turbo 4WD)
1, 2, 3 e 4 no Safari Rallye - 1993 - com Kankkunen/Piironen, Alën/Kivimäki, Duncan/Munro e Iwase/Vinayak (Toyota Turbo 4WD)
2 e 3 no Tour de Corse - 1993 - com Auriol/Occelli e Chatriot/Giraudet (Toyota Turbo 4WD)
1 no Rallye da Argentina - 1993 - com Auriol/Occelli (Toyota Turbo 4WD)
3 no Acropolis Rallye - 1993 - com Kankkunen/Grist (Toyota Turbo 4WD)
2 e 5 no Rallye da Nova Zelândia - 1993 - com Kankkunen/Grist e Auriol/Occelli (Toyota Turbo 4WD)
2 e 5 no 1000 Lakes Rally - 1993 - com Auriol/Occelli e o fabuloso M. Grönholm/Silander (Toyota Turbo 4WD)
1 no Sanremo Rallye - 1993 - com Auriol/Occelli (Toyota Turbo 4WD)
2 no RAC Rally - 1993 - com Kankkunen/Grist com o novo GT-Four (neste ano a Toyota fica em primeiro no WRC for Manufacturers e Didier Auriol fica em primeiro no campeonato de pilotos (Sainz fica em segundo com a Subaru)
Em 1995 apesar do esforço da Toyota (3 em Monte Carlo; 3, 4 e 5 na Suécia; 2, 4 e 5 em Portugal; 1 no Tour de Corse; 2, 3 e 4 na Nova Zelândia; e, 3 e 5 na Austrália), por uma malandragem dos japoneses, Kankkunen, Auriol, Schwarz, Rädström e Fujimoto perderam todos os pontos.
4 no Rallye Sueco - 1996 - com Kankkunen/Grist (GT-Four)
3 no Safari Rallye - 1996 - com Duncan/Williamson (GT-Four)
3, 4 e 5 no Rallye da Indonésia - 1996 - com Kankkunen/Grist, Fujimoto/Hertz e Pribadi/Giraudet (GT-Four)
2 e 4 no 1000 Lakes Rally - 1996 - com Kankkunen/Grist e M. Grönholm/Kapanen (GT-Four)
4 no Sanremo Rallye - 1996 - com Loix/Smeets (GT-Four)
4 no Rallye Catalão - 1996 - com Loix/Smeets (GT-Four)
5 no Rallye Suéco - 1997 - com Rädström/Bäckman (GT-Four)
3 e 5 no Safari Rallye - 1997 - com Duncan/Williamson (GT-Four) e Toroitich/Choge (Turbo 4WD)
2 no Rallye de Portugal - 1997 - com Loix/Smeets (GT-Four)
4 e 5 no Rallye da Argentina - 1997 - com Grönholm/Routianen e Auriol/Giraudet (GT-Four)
5 no Acropolis Rallye - 1997 - com Rädström/Giraudet (GT-Four)
5 no Rallye da Finlandia - 1997 - com Jansson/Svensson (GT-Four)
5 no Rallye da Indonésia - 1997 - com Fujimoto/Hertz (GT-Four)
(a partir do rallye de Sanremo a Toyota utiliza o Corolla WRC. Fim da saga do Celica.
Tirando o Celica da primeira geração, que é bem colecionável, mas o que tem maior apelo para coleção e para as provas de rallye de carros clássicos, é o modelo que participou do Group A, o chamado GT-Four (foram fabricados para efeitos de homologação FIA, 5.000 unidades - hoje, disputadas a tapa). Trata-se do ST185, chamada de Carlos Sainz (CS) ou RC no Japão.
1994 - Juha Kankkunen/Juha Piironen - Toyota Celica GT-4
Em pista o Celica fez muito sucesso. Nos EUA o Dan Gurney all American Racers Team, na classe GTO ganhou tudo de 1993 a 1988 - Em 1987 ganha o GTO Championship - na categoria Stock foi utilizado pela Toyota Pro - Celebrity Race (Long Beach) de 1976 a 1983. No Japanese Grand Touring Championship o Celica fez sucesso com o GT300. A primeira geração liftback conhecida como Celica LB Turbo, fez sucesso nas pistas entre 1977 a 1978, com 560BHP com preparação da Schnitzer tendo com piloto Harald Ertl e Rolf Stommelen. Fez sucesso, também, na NHRA (coisa de compact drag racing - sem comentários). Aliás, na Stock norte-americana os Celica das primeira até a terceira geração, com motor do tipo R, esram utilizados com um razoável sucesso.
Baseado na sexta geração do Celica, foi preparado um modelo para subir o Pikes Peak - era um 4 cilindros Toyota/TRD Racing e foi construído sobe uma carroceria de carbono, com uma transmissão X-Trac (4wd) - andava mais rápido que o GT-4 - pois, tinha 800hp empurrando o bichinho. Isso não é nada, pois, precisa ser macho para fazer aquelas curvas (macho não, porque a Michele Muton subiu e fez a melhor marca). Rod Millen foi o macho de plantão da Toyota nessa Hill Climb.
Belo tópico.
Gosto muito dos Celicas, do 1º ao actual acho que todos são muito bonitos. Sem duvida um carro com palmares de competição.
A foto do Safari está 5 estrelas.
Num videoclip português aparece com Celica dos primeiros, preto com flames que durante algum tempo esteve parado (abandonado?) em Lisbo perto da Rua Filipe Folque.
sou proprietário de um toyota celica de 1982, importado do canada em 1984, e pretendo vende-lo.
se alguem estiver interessado, por favor entre em contacto
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aguarda restauro..
