Eduardo Relvas disse:
Bem, amigo, devo dizer que o teu conhecimento destes meninos me impressiona... fazes-me lembrar de mim com os 124!
Parabéns pelo trabalho que estás a fazer, o brinquedo está a ficar um mimo!
Nunca me tinha apercebido da raridade desta versão, e aliás, só com muito esforço me recordo de haver outra versão que não o Turbo i.e. com motor Lampredi SOHC.
Curiosamente, de facto a maioria dos motores Lampredi atingem a sua melhor "voz" às 4,000 rpm... porque será? O homem lá teria as suas especificações preferenciais de cames ou afins que dão nisto... já com os twin-cam sucede exactamente o mesmo!
Um grande abraço e boas continuações!
Eu se calhar sou um pouco eloquente a escrever sobre o carro, mas a minha intenção não será refazer um carro em estado de concurso quase como saído da fábrica que vemos a algumas pessoas; até porque os €€€€€ estão complicados e a situação de Portugal é preocupante.
A minha principal intenção era de poder ter um "clássico"... pelo menos para algumas Seguradoras é ao ter 25 anos.
Dizia que a minha intenção é ter um clássico para poder pertencer de pleno direito a linda comunidade do amantes das máquinas clássicas, das máquinas mais mecânicas do que electrónicas, que seja capaz de permitir andar umas dezenas de Kms com um bom grau de fiabilidade.
Uma vez que não tenho disponibilidade de €€€€€ para fazer grandes deslocações a GASOLINA. E se forem mesmo grandes só a GPL e a dividir.
Até agora o trabalho que tens visto é mais de limpar (lavar) uns plásticos, sem entrar em detalhe com grandes produtos e líquidos; é mesmo mais água e sabão.
A verdade é que cerca de 10 dias "ao ar" acho que já fez desaparecer o cheiro a mofo e gasolina.
Depois é andar uns Kms valentes para então dedicar atenção a alguns pontos:
- Sistema eléctrico
- Sistema de travagem
- Velas, Filtros, Juntas, fluídos, tubages e limpeza / afinação do carburador
- Lavar as tripas ao menino (águas e finalmente anti congelante)
Quanto a Lampredi, de facto o Homem fez história e os seus motores são muito interessantes.
Este é das 4000 ás 6000 que é o Diabo, mas depois ainda entra em fase metafísica das 6000 ás 7000.
Não sei é se esta unidade estará em condições de andar assim mesmo após uma boa revisão.
Nos primeiros tempos vou tentar não passar das 4000, como se de um Diesel se tratasse.
Julgo que Lampredi configurou os seus motores para despertarem o Diabo ás 4000 por uma questão de até ai ás 4000 estar na área / faixa das pessoas que utilizam os veículos de forma suave e despreocupada, permitindo até bons consumos. Apesar que Lampredi NUNCA teve bons resultados, nunca foi brilhante na área dos consumos, LOL... nem podia, para andarem têm que beber.
Ás 4000 entramos no reino dos apaixonados e até porque é onde a rotação cai ao puxar a relação de caixa anterior.
Mas se existe coisa que dá prazer num Lampredi é a sua resposta decidida e particularmente uma redução seguida de aceleração imediata, chamada por muitos de "tirar dupla".
Nos Italianos é pura adrenalina, mesmo em carros de 50 ou 60cv... mas sempre nervosos e histéricos.
Ao contrário do que possa parecer eu não tenho conhecimento prático de mecânica quase nenhum, tenho é conhecimento lógico e raciocínio para entender os mecanismos, até porque a minha formação de Engenharia é na área da Química e não da Mecânica.
Electrónica é que óbviamente é um mundo nanométrico e não tem a mesma acessibilidade.
Mas como sei juntar 2+2=4 e me interesso muito por carros, consigo construir raciocínios válidos sobre pormenores mecânicos.
Abraço para ti Eduardo
