Caro amigo,
o cheiro de gasolina é bem provável que entre no habitáculo pela chauffage, mas é originário das tubagens de gasolina ressequidas por velhice e falta de uso. Convém substituir todas essas tubagens quanto antes pois o risco de incêndio é bem real...
Aliás, o mal dos carros com pouco uso é mesmo a decadência geral de alguns componentes, como pinças e bombitos de travão (recomendo uma revisão geral, são componentes baratos e a segurança não é brincadeira), bem como todas as tubagens, e obviamente os óleos que deixam de ser eficazes. Mesmo o da caixa deve ser substituído.
Para teres uma ideia, no meu Spider (que esteve 5 anos numa garagem virtualmente sem uso antes de eu o comprar), do circuito de travagem, só sobrou o pedal e o servo-freio... tudo o resto foi refeito com peças novas. Foi chato, mas não foi particularmente caro (tirando as pinças, que mesmo assim consegui as 4 por uns muito razoáveis 220€), e os travões ainda hoje estão soberbos...
Ainda assim, há que dar os parabéns por gostares do Uno, por conheceres tão detalhadamente o modelo e te dedicares a salvar um. Foi de facto um modelo muito avançado para a sua época e foi um best-seller bem na linha dos 600, 127 e Panda.
Gostei também das outras máquinas, só tenho pena de o Stilo tar alimentado a ração de dieta... coitadinhos dos cavalos, isso não se faz!
Um abraço e muitas felicidades com o Uno!