Rogério Machado disse:
bem que o carro esta mesmo muito mal ja todos disseram e ja todos vimos.
agora falta explicar o porque se estar a restaurar ESTE carro em concreto.
Era de algum familiar ou algo do genero que tenha ligaçao afectiva?
Nuno Andrade disse:
Gosto da dedicação deste Homem, acho MUITO BEM, meteu na cabeça que era aquele, e vai ser aquele, de por onde der, custe o que custar, tens o meu apoio pá, quando quiseres, como quiseres!!!
Torno a dizer, anda a Laúndos, um dia que venhas depois, pode ser tarde demais, e depois a carteira vai-te morder nos bolsos por causa disso...
Vamos lá ao trabalho!!!
Abraço.
O Nuno explicou muito bem, meti na cabeça e agora não há nada a fazer.. Não tinha coragem para o deixar morrer.. Já pa arranjar dador andei atrás de um sem docs que era para não ter o prob de consciencia de mandar pa sucata :feliz:
De resto, este carro não tem nada de especial, comprei-o e ofereci-o à minha menina (ofereci-lhe as matriculas novas que vieram com o carro + 1manual que arranjei no ebay pelo Natal). Gastei dias a fios, quando já vinha estourado do trabalho, à volta e por baixo dele.. tive deitado no chão da garagem da minha avó em pleno janeiro com um frio de rachar
conheci-lhe cada cantinho e cada aranhinha (não gosto de aranhas).. Enfim, fora isso não é nada de especial.. mas suponho que posso contar um bocadinho do que consegui apurar da história dele
Ora bem, o inicio do carro como muitos "italianos",
começa na Somave em 1971.. depois disso até 20 de Agosto de 1980 (data do título de propriedade) não sei mais nada
Nessa data foi adquirida (se bem que suspeito que ele o comprou novo) por um senhor que trabalhava nos caminhos-de-ferro, não sei se da Nazaré, se de Vila Franca de Xira. Foi tornado carro de família e eu sei de uma história muito fixe em que o dono pegava no 600 e ia até à Nazaré aos Domingos, àquele sitio onde tem uma ferradura cravada na pedra, e lá estacionava e ficava a ouvir rádio
Entretanto, o dono adoeceu e o carro foi encostado, dando por vezes algumas voltas pela mão do filho, uma vez que não queria ver o carro estragado
Entretanto faleceu o dono e o filho, aquando da reforma, mudou-se para o Norte para junto da família da mãe. O coitadinho do 600 teve que permanecer em Lisboa, com a garantia que iria ser bem tratado por um amigo mecânico do dono(filho), pois antes disso tinha sido rebocado da rua pela Polícia (que não teve delicadeza nenhuma e deixou marcas), nessa altura também, foi partido um vidro o que fez avançar o abandono do 600
De qualquer maneira esse tal amigo mecânico ficou com o 600, mas deixou-o a "descansar" debaixo de uma àrvore e numa posição inclinada para o lado do condutor (aqui se explica os estragos profundos no pilar e tejadilho desse lado..). Foi nesse estado de verdade que um entusiasta dos 600 o encontrou e adquiriu.
E é ai que eu entro, estava um dia à procura de jantes cromadora para o meu 127 e numa conversa eu disse a esse entusiasta que lhe comprava o 600... Fui vê-lo a Sintra e trouxe no mesmo dia
D Eu sei que me vão chamar tolo, e confesso que já fui ver carros melhores e em melhor estado e nunca trouxe.. mas este..
Bem, chamei o ACP e pimba, foi pa Póvoa direitinho para a minha avó
Mas a história não fica por aqui, pois quando o trouxe só paguei um terço do valor, pois na altura esse entusiasta não tinha uma declaração de venda assinada pelo dono, só os docs. Eu disse que lhe dava o resto quando tivesse tudo direitinho. Têm que entender que este entusiasta foi muito simpático e absolutamente impecàvel, conduzi o 600 dele e tudo (e continuo a acha-lo simpático, se bem que agora com um pé atrás). Entretanto os meses foram passando e eu fui chateando para ver se ele arranjava os docs, mas ele estava sempre cheio de problemas e nunca mais.. La para julho (com o 600 já a começar a chaparia) falei novamente com esse entusiasta e diz-me ele que lhe roubaram o carro e que ele tinha os docs do 600 la dentro
Na altura não fiquei muito lixado e já vos exlico porque... POIS AGORA vou jantar
D
Já conto o resto.