F1 2009 - novo método de pontuação!

Vitor Dinis Reis

Pre-War
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Portalista
Mundial2009 pode ficar decidido em três meses e meio
Após o Campeonato do Mundo de Fórmula 1 de 2008 ter sido dos mais emocionantes de sempre, o de 2009 pode ficar sem interesse ao cabo de três meses e meio, devido ao novo modelo para definir o campeão.
A 12 dias do início do Mundial, que começa na Austrália, em 29 de Março, e termina no Abu Dhabi, em 01 de Novembro, a Federação Internacional do Automóvel (FIA) decidiu que o campeão do Mundo passa a ser o piloto que ganhar mais Grandes Prémios.
Só em caso de empate no número de vitórias é que são tidos em conta os pontos conquistados pelos pilotos durante a época, o que significa que, num calendário com 17 provas, é possível o campeonato ficar decidido após o nono Grande Prémio, o da Alemanha, marcado para 12 de Julho em Nürburgring.
Em 2008, Felipe Massa festejou a conquista do título durante breves segundos, após vencer o “seu” Grande Prémio do Brasil, em São Paulo, mas Lewis Hamilton desfez o sorriso do brasileiro da Ferrari ao ultrapassar Timo Glock na última curva.
O alemão da Toyota apostara tudo na opção de não trocar os pneus quando a chuva regressou e colocou-se à frente do britânico da McLaren-Mercedes, mas os seus dotes de equilibrismo não bastaram para resistir ao ataque final de Hamilton, que acabou por garantir o seu primeiro título por um ponto, ao subir ao quinto lugar a metros da meta.
Caso já estivesse em vigor a nova regra para decisão do campeão, de nada valeria a Hamilton a ultrapassagem tardia a Glock, porque, mesmo terminado com mais um ponto do que Massa, o título iria para o brasileiro por ficar com mais uma vitória: seis contra cinco.
Com a chegada da crise económica e financeira mundial, no defeso a FIA tomou medidas para diminuir os custos da Fórmula 1, mas também alterou radicalmente o regulamento técnico, com o objectivo de aumentar o espectáculo e a competitividade nos Grandes Prémios.
Neste âmbito, foi introduzido o KERS, um sistema de recuperação da energia cinética na travagem que depois permite ao piloto aumentar a potência do motor em cerca de 80 cv durante seis segundos, regressaram os pneus “slicks”, ausentes da Fórmula 1 há vários anos, e limitou-se dramaticamente a aerodinâmica.
O KERS, que este ano ainda não é obrigatório, está envolto em polémica, por ser muito caro e estar a ser desenvolvido individualmente por cada uma das equipas, quando em 2010 deverá haver um sistema único para todas as escuderias.
Sobre ele recaem ainda algumas dúvidas quanto à sua performance e segurança, temendo-se os perigos de electrocussão e de explosão, pelo que várias equipas admitem que só o utilizarão quanto estiverem absolutamente certas de que não apresenta riscos e aumenta realmente as prestações dos monolugares.
Um dos seus maiores críticos é o chefe de equipa Renault, o italiano Flávio Briatore, que, nos testes oficiais realizados no fim de Janeiro no Algarve, chegou a afirmar que o KERS já tinha custado “uma fortuna” às escuderias.
“Todos gastaram valores importantes no KERS. No total foram 200 milhões [de euros]. Isso é o que não devemos fazer na Fórmula 1: fazer coisas que não servem aos pilotos, às equipas, às performances. A única coisa certa é que já custou uma fortuna”, disse então o italiano.
Se o KERS é polémico, o regresso dos pneus “slicks” (lisos), que aumentam a aderência, é bem visto pela generalidade dos pilotos, tal como as novas restrições aerodinâmicas, que, segundo o espanhol da Renault Fernando Alonso, campeão do Mundo em 2005 e 2006, equilibram o plantel.
Segundo Alonso, “com a alteração massiva das regras” para 2009, todas as equipas tinham “muito a provar no Inverno”, pois as mudanças aerodinâmicas, o regresso dos “slicks” e a introdução do KERS irão “afectar a fiabilidade” dos monolugares.
O piloto de Oviedo recordou que, “sem os testes durante a época”, proibidos a partir desta temporada no âmbito do pacote para reduzir os custos na Fórmula 1, “vai ser mais difícil evoluir do que no ano passado”, mas admitiu poder beneficiar com a alteração aos regulamentos.
Todas estas alterações obrigaram a generalidade das equipas a partirem para a nova temporada a partir de uma folha em branco, retirando, assim, à Ferrari, campeã do Mundo de construtores, e à McLaren-Mercedes a vantagem que tinham devido à sua experiência acumulada.
Além das muitas alterações aos regulamentos, o Mundial de 2009 conta ainda com duas novidades importantes: o novo e opulento circuito do Abu Dhabi, desenhado junto à marina da Ilha Yas, e a equipa Brown GP-Mercedes, que sucede à Honda.
A Administração da marca japonesa decidiu abandonar a Fórmula 1 devido à crise internacional e a solução encontrada, apenas cerca de um mês antes do início do Mundial, foi a aquisição de toda a estrutura da escuderia por parte de Ross Brown, o seu antigo chefe de equipa.
In O Jogo Online
 
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