Em busca de um Citroën GS

OP
OP
afonsopatrao

afonsopatrao

Portalista
Portalista
Ora cá estou eu a pedir opiniões... Estou tentado a ficar com este último verde.
1. É um 1ª série, na versão Club e com o motor 1220cm3. 1973. Justamente o que eu queria. E com tecto de abrir, o que é mesmo muito raro.
2. Não tem ferrugem nas partes críticas habituais (pedi fotos pormenorizadas) e o vendedor, que me parece honesto, diz que não tem em mais lado nenhum, salvo na embaladeira esquerda. Só vendo, claro.
3. Tem duas amolgadelas no guarda lamas direito e na porta do passageiro.
4. Produzido em Portugal, com os típicos revestimentos da fábrica de Mangualde.

Agora... Esteve fechado num armazém durante 25 anos. Sem que nunca ninguém lhe tocasse. Segundo o vendedor, estava a funcionar perfeitamente à data em que foi parado, mas ninguém tem uma memória de 25 anos...
O motor roda e os travões não estão presos.

Posto isto, queria pedir opiniões e ajuda de quem sabe.
1- Sou um leigo que está a aprender a mexer nos carros. Mas dá-me imenso gozo fazer eu as coisas! Sendo assim, atendendo ao estado dele e aos meus parcos conhecimentos, seria uma loucura eu ficar com ele para tentar eu recuperá-lo? Sobretudo atendendo a que o GS é um carro mecanicamente complexo e que operações simples como trocar a embraiagem obrigam a tirar o motor?
Isto é: se eu ficar com ele, não me resta outra coisa se não enviá-lo para uma oficina ou há esperança para que eu o tente por a trabalhar?
É que nunca pensei lancar-me num restauro nem numa recuperação tão profunda. O que eu gosto é de pequenas recuperações, reparações e manutenções.

2- Se eu resolvesse ficar com ele, qual a maneira mais barata de o trazer para Coimbra? Os reboques custam quanto? Não faço mesmo ideia...

3- Independentemente de ser eu a fazer ou mandar fazer, as tarefas que se impõem como mínimas (independentemente do que se vier a descobrir) são muitas: limpar depósito de combustível, trocar óleo, filtros, correias, LHM, recarregar esferas, tubos do LHM, tampa do distribuidor, rotor, velas, pneus, discos e pastilhas.
Falta-me alguma coisa?
Isto é, estou a tentar fazer uma lista de coisas que sempre teria de fazer. E depois contar com avarias, problemas e dificuldades extra.
 

Nelson Santos

Powered by Taunus
Membro do staff
Premium
Portalista
Ora cá estou eu a pedir opiniões... Estou tentado a ficar com este último verde.
1. É um 1ª série, na versão Club e com o motor 1220cm3. 1973. Justamente o que eu queria. E com tecto de abrir, o que é mesmo muito raro.
2. Não tem ferrugem nas partes críticas habituais (pedi fotos pormenorizadas) e o vendedor, que me parece honesto, diz que não tem em mais lado nenhum, salvo na embaladeira esquerda. Só vendo, claro.
3. Tem duas amolgadelas no guarda lamas direito e na porta do passageiro.
4. Produzido em Portugal, com os típicos revestimentos da fábrica de Mangualde.

Agora... Esteve fechado num armazém durante 25 anos. Sem que nunca ninguém lhe tocasse. Segundo o vendedor, estava a funcionar perfeitamente à data em que foi parado, mas ninguém tem uma memória de 25 anos...
O motor roda e os travões não estão presos.

Posto isto, queria pedir opiniões e ajuda de quem sabe.
1- Sou um leigo que está a aprender a mexer nos carros. Mas dá-me imenso gozo fazer eu as coisas! Sendo assim, atendendo ao estado dele e aos meus parcos conhecimentos, seria uma loucura eu ficar com ele para tentar eu recuperá-lo? Sobretudo atendendo a que o GS é um carro mecanicamente complexo e que operações simples como trocar a embraiagem obrigam a tirar o motor?
Isto é: se eu ficar com ele, não me resta outra coisa se não enviá-lo para uma oficina ou há esperança para que eu o tente por a trabalhar?
É que nunca pensei lancar-me num restauro nem numa recuperação tão profunda. O que eu gosto é de pequenas recuperações, reparações e manutenções.

2- Se eu resolvesse ficar com ele, qual a maneira mais barata de o trazer para Coimbra? Os reboques custam quanto? Não faço mesmo ideia...

3- Independentemente de ser eu a fazer ou mandar fazer, as tarefas que se impõem como mínimas (independentemente do que se vier a descobrir) são muitas: limpar depósito de combustível, trocar óleo, filtros, correias, LHM, recarregar esferas, tubos do LHM, tampa do distribuidor, rotor, velas, pneus, discos e pastilhas.
Falta-me alguma coisa?
Isto é, estou a tentar fazer uma lista de coisas que sempre teria de fazer. E depois contar com avarias, problemas e dificuldades extra.
Viva, de certeza que te vão responder às tuas dúvidas, mas acho que "o" encontraste! :D Prepara uns bons 2.000€ para o colocares a rolar na estrada. Não digo restaurado, mas sim com isso que mencionaste. (isto colocando-o numa oficina) (mas também estou a falar de valores de Lisboa...) disse alguma coisa de mal?:ph34r:
 

João Pereira Bento

128coupe
Premium
Portalista
Quando se tenta ser racional nestes assuntos não se chega a grandes conclusões! :p

Eu a semana passada trouxe dois carros para casa, aluguei uma Toyota Dyna com contentor, 104€ por dia, abertas são bem mais baratas. :)
 

Francisco Anadia

Pre-War
Premium
Ora cá estou eu a pedir opiniões... Estou tentado a ficar com este último verde.
1. É um 1ª série, na versão Club e com o motor 1220cm3. 1973. Justamente o que eu queria. E com tecto de abrir, o que é mesmo muito raro.
2. Não tem ferrugem nas partes críticas habituais (pedi fotos pormenorizadas) e o vendedor, que me parece honesto, diz que não tem em mais lado nenhum, salvo na embaladeira esquerda. Só vendo, claro.
3. Tem duas amolgadelas no guarda lamas direito e na porta do passageiro.
4. Produzido em Portugal, com os típicos revestimentos da fábrica de Mangualde.

Agora... Esteve fechado num armazém durante 25 anos. Sem que nunca ninguém lhe tocasse. Segundo o vendedor, estava a funcionar perfeitamente à data em que foi parado, mas ninguém tem uma memória de 25 anos...
O motor roda e os travões não estão presos.

Posto isto, queria pedir opiniões e ajuda de quem sabe.
1- Sou um leigo que está a aprender a mexer nos carros. Mas dá-me imenso gozo fazer eu as coisas! Sendo assim, atendendo ao estado dele e aos meus parcos conhecimentos, seria uma loucura eu ficar com ele para tentar eu recuperá-lo? Sobretudo atendendo a que o GS é um carro mecanicamente complexo e que operações simples como trocar a embraiagem obrigam a tirar o motor?
Isto é: se eu ficar com ele, não me resta outra coisa se não enviá-lo para uma oficina ou há esperança para que eu o tente por a trabalhar?
É que nunca pensei lancar-me num restauro nem numa recuperação tão profunda. O que eu gosto é de pequenas recuperações, reparações e manutenções.

2- Se eu resolvesse ficar com ele, qual a maneira mais barata de o trazer para Coimbra? Os reboques custam quanto? Não faço mesmo ideia...

3- Independentemente de ser eu a fazer ou mandar fazer, as tarefas que se impõem como mínimas (independentemente do que se vier a descobrir) são muitas: limpar depósito de combustível, trocar óleo, filtros, correias, LHM, recarregar esferas, tubos do LHM, tampa do distribuidor, rotor, velas, pneus, discos e pastilhas.
Falta-me alguma coisa?
Isto é, estou a tentar fazer uma lista de coisas que sempre teria de fazer. E depois contar com avarias, problemas e dificuldades extra.


Afonso já tinha visto esta GS, e até só pelas fotos do anuncio parecia estar em estado de ser salva!
Quanto a reboque conheço um particular que faz esses serviços a preço em conta.
Se for preciso e só dizer.
Cumprimentos
 

José de Sá

"Life's too short to drive boring cars"
Portalista
Hugo...é impressão minha ou o carro tem uma porrada na porta do pendura?
E na frente do mesmo lado tambem me parece ter um toque.

Na minha opinião acho que se comprar uma a andar por 2000 ou 2500€ se calhar faz melhor negócio.

Ainda hoje disse no tópico dos bons negocios que para mim um carro nesse estado nunca vale mais de 400€.
Tente-o sacar barato e se por acaso tiver muito trabalho e desistir do restauro fica sempre com um dador.

Eu tambem andava com a pancada de uma carrinha classica e esta semana comprei uma 124 Familiare sem sequer a ir ver. No entanto está de longe em bastante melhor estado que está.

Sobre o reboque consulte a PORTILAVAUTO.
 

João Carvalho

Veterano
Gosto da cor. O facto de estar tão em baixo de forma deixaria-me apreensivo, mas talvez baste uma boa lavagem para a impressão ser logo outra, mais positiva.
 

Rafael Isento

Portalista
Membro do staff
Portalista
Caro Afonso, é avançar com o vendedor e discutir todos os pormenores.
Eu posso dar uma ajuda indo ver o dito e tirar algumas fotos, pois sou de perto.
Seria algo a acordar com o vendedor...

Quanto ao negócio, estando o carro parado à 20 anos, eu não ariscava sequer a tentar rodar o motor.
Está aí uma bela empreitada.
Se eu estivesse comprador desse modelo contactava os especialistas em restauro Citroën mais próximos de Coimbra, a CitroGarage, Lda. em Leiria.
 
OP
OP
afonsopatrao

afonsopatrao

Portalista
Portalista
Viva, de certeza que te vão responder às tuas dúvidas, mas acho que "o" encontraste! :D Prepara uns bons 2.000€ para o colocares a rolar na estrada. Não digo restaurado, mas sim com isso que mencionaste. (isto colocando-o numa oficina) (mas também estou a falar de valores de Lisboa...) disse alguma coisa de mal?:ph34r:

Não sei se é este "o" meu GS. Gosto muito dele, confesso, mas não sei se tenho unhas para uma recuperação tão profunda. E fazê-lo em oficina caí-me matar metade do gozo...

Afonso já tinha visto esta GS, e até só pelas fotos do anuncio parecia estar em estado de ser salva!
Quanto a reboque conheço um particular que faz esses serviços a preço em conta.
Se for preciso e só dizer.
Cumprimentos
Muito obrigado!! Se embarcar nesta aventura, aborrecê-lo-ei com esse dado!
O estado parece ser bastante melhor do que se antevia. É o primeiro GS que vejo sem ponta de ferrugem debaixo da bateria ou nos fundos. Aquele pó todo sempre deve ter protegido o carro.

Afonso,

Se é o que queres e podes avança.

Se andares a escolher muito corres o risco de ficar sem nada.

Atenção ao que disse o Nelson que só pode pecar por defeito.


nuno granja

Tens toda a razão. Pode acontecer. Tenho é de perceber se me arrisco a meter as mãos na massa ou se este bicho carece necessariamente de uma estadia na CitroGarage. Isso é, no fundo, determinante para eu saber se é isto que quero ou não.


Hugo...é impressão minha ou o carro tem uma porrada na porta do pendura?
E na frente do mesmo lado tambem me parece ter um toque.

Na minha opinião acho que se comprar uma a andar por 2000 ou 2500€ se calhar faz melhor negócio.

Ainda hoje disse no tópico dos bons negocios que para mim um carro nesse estado nunca vale mais de 400€.
Tente-o sacar barato e se por acaso tiver muito trabalho e desistir do restauro fica sempre com um dador.

Eu tambem andava com a pancada de uma carrinha classica e esta semana comprei uma 124 Familiare sem sequer a ir ver. No entanto está de longe em bastante melhor estado que está.

Sobre o reboque consulte a PORTILAVAUTO.
Obrigado! Tem sim, duas amolgadelas nesses locais. E o interior tem o banco do condutor descosido.
A parte boa é... Ausência de ferrugem.


Caro Afonso, é avançar com o vendedor e discutir todos os pormenores.
Eu posso dar uma ajuda indo ver o dito e tirar algumas fotos, pois sou de perto.
Seria algo a acordar com o vendedor...

Quanto ao negócio, estando o carro parado à 20 anos, eu não ariscava sequer a tentar rodar o motor.
Está aí uma bela empreitada.
Se eu estivesse comprador desse modelo contactava os especialistas em restauro Citroën mais próximos de Coimbra, a CitroGarage, Lda. em Leiria.

Pois, já tinha pensado que se não tivesse unhas para ele e me viesse a decidir por comprar o bicho, o ia mandar de férias à CitroGarage. Se bem que aqui em Coimbra ha também uma oficina mais pequena que é especializada em citroens hidropneumáticos — a AtenasAuto. Passar lá é um regalo: só se vêem CXs, BXs e XMs nas redondezas!

Pensa bem.. mas convém que seja rápido! ;)

O uno parece mais fácil arranjar. :ph34r:

Sem dúvida. E mesmo esse dá-me tanto trabalho! ;)
 
Boas Afonso,

Antes de poder contribuir para poderes tomar uma decisão, gostaria só que respondesses a uma questão: quais as condições que tens, em termos de espaços (garagem privada/comum, armazém,...) e ferramentas, para levares a cabo esta recuperação?.

Cpts,
 
OP
OP
afonsopatrao

afonsopatrao

Portalista
Portalista
Boas Afonso,

Antes de poder contribuir para poderes tomar uma decisão, gostaria só que respondesses a uma questão: quais as condições que tens, em termos de espaços (garagem privada/comum, armazém,...) e ferramentas, para levares a cabo esta recuperação?.

Cpts,
São parcas. Tenho uma garagem privada de um lugar (onde pernoita, para já, o Uno). Quanto a ferramentas, faltam muitas. Tenho ido comprando à medida que preciso. Mas sao ferramentas de um amador.
Basta lembrar que há 2 anos nem nunca eu tinha mudado o óleo a qualquer carro.
Em compensação, tenho muita força de vontade, ânimo e dedicação! ;)
 
Já é um excelente começo. Teres uma garagem, desde que tenha espaço para guardar tudo o que seja necessário desmontar do GS, vontade de aprender e algum espírito de sacrifício e dedicação, estamos no bom caminho.

Já deves ter ouvido dizer que esta doença dos clássicos é uma forma rápida de empobrecer. Esta será tão ou mais evidente em função estado do "paciente".

No caso presente, o "paciente" necessita de uma intervenção total. Só para tentar orçamentar o que está visível, deverás contar no mínimo com um milhar e meio de euros só para a parte de pintura e bate-chapas, desde que sejas tu a desmontar a viatura (frizos, pára-choques, ópticas e faróis, vidros e respectivas molduras,...).

Depois tens a parte mecânica. Um motor parado à 20 anos nunca se deverá tentar por a trabalhar sem algumas verificações prévias. Estas ditarão o orçamento de mecânica.

Depois terás intervenções a efectuar nos sistemas de suspensão, travagem, escape e direcção. Prevê também gastos para recondicionar os interiores.

Tudo somado, e feitas as coisas como devem ser e com muita mão-de-obra própria, nunca contes com menos de 3.000€ para uma recuperação do "paciente". Se a isto somares o custo de aquisição, parece-me que pontualmente vão aparecendo no mercado algumas soluções mais racionais.

A vantagem é o conhecimento que se adquire e o prazer que se tem em partilhar.

Sei que não ajudei muito mas deixo aqui a minha contribuição.

Cpts,
 
OP
OP
afonsopatrao

afonsopatrao

Portalista
Portalista
Já é um excelente começo. Teres uma garagem, desde que tenha espaço para guardar tudo o que seja necessário desmontar do GS, vontade de aprender e algum espírito de sacrifício e dedicação, estamos no bom caminho.

Já deves ter ouvido dizer que esta doença dos clássicos é uma forma rápida de empobrecer. Esta será tão ou mais evidente em função estado do "paciente".

No caso presente, o "paciente" necessita de uma intervenção total. Só para tentar orçamentar o que está visível, deverás contar no mínimo com um milhar e meio de euros só para a parte de pintura e bate-chapas, desde que sejas tu a desmontar a viatura (frizos, pára-choques, ópticas e faróis, vidros e respectivas molduras,...).

Depois tens a parte mecânica. Um motor parado à 20 anos nunca se deverá tentar por a trabalhar sem algumas verificações prévias. Estas ditarão o orçamento de mecânica.

Depois terás intervenções a efectuar nos sistemas de suspensão, travagem, escape e direcção. Prevê também gastos para recondicionar os interiores.

Tudo somado, e feitas as coisas como devem ser e com muita mão-de-obra própria, nunca contes com menos de 3.000€ para uma recuperação do "paciente". Se a isto somares o custo de aquisição, parece-me que pontualmente vão aparecendo no mercado algumas soluções mais racionais.

A vantagem é o conhecimento que se adquire e o prazer que se tem em partilhar.

Sei que não ajudei muito mas deixo aqui a minha contribuição.

Cpts,
Caro Joaquim: muito, muito obrigado!
Vou formando a minha opinião, pouco a pouco.

Mas, no fundo, não me fiz entender correctamente. De facto, se a utilização deste GS reclamar um restauro com todos os "ss" e "rr"s, eu não o quero. O que eu queria era uma recuperação, que não implicasse reconstruir o carro de novo.
Por isso, o que eu neste momento não sei (e para isso peço a vossa ajuda) é se, à primeira vista, este carro é recuperável sem o restaurar, sem desmontar peça por peça. Isto é, se fazendo uma revisão ao motor (porventura até abrindo-o), à suspensão e aos travões, vos parece recuperável. Sobretudo atendendo à ausência de ferrugem nas partes típicas.
Só nesse caso é que eu o consideraria.
E, chegados aí, abre-se uma segunda questão: deveria eu meter-me no assunto, correndo o risco de asneirar, ou iria uma temporada para a CitroGarage, até voltar a andar (assumindo eu a recuperação a partir desse ponto)?

(PS: O vendedor retirou este carro do armazém onde estava abandonado, porque vendeu o espaço. Junto ao GS , há ainda um Peugeot 305, com 30.000kms, igualmente parado há 25 anos, que ele vai também vender. Pode interessar a alguém...)
 

Carlos Vaz

Pre-War
Se o carro não tem ferrugem e por conseguinte também não tem podres é evidentemente recuperavel!
Se essa recuperação é coisa fácil para um leigo, tratando-se de um hidrosuspenso que esteve muitos anos parado? Evidente que não... mas que a base é muito tentadora, é!
 

Eduardo Relvas

fiat124sport
Premium
Tens aí uma empreitada interessante... e não é pequena.

No entanto, como o Carlos disse, não tendo podres é um excelente começo, e com um bocado de sorte a maioria da pintura safa-se sem grandes cuidados. Estes carros, estando sólidos, acabam muitas vezes por ser as melhores bases para uma recuperação (não restauro), porque não tens de estar a devassar o carro até ao último parafuso.

Dito isto, não é um trabalho simples. Um Citroen desta era vai-te fazer puxar pelas habilidades, e algumas coisas vão testar a tua paciência, pois os tipos sempre tiveram a mania de ser diferentes só porque sim, e há certas coisas que só se fazem com as ferramentas da marca, por isso convém ter um especialista da marca que seja abordável por perto. Felizmente, parece que poderá ser o teu caso, e isso é uma boa ajuda.

Em termos de trabalhos, assim de repente estou a pensar em todo o sistema hidráulico, pneus, suspensão, e o motor, não falando de tudo o que são perecíveis.

O motor talvez seja melhor ser tirado fora para rever, mas nestes acho que nem sequer é muito complicado de tirar. Mas mesmo com ele no sítio podes experimentar com calma a ver o que ele diz. Se o carro estava num espaço relativamente seco, podes ter sorte e não estar agarrado.
 
OP
OP
afonsopatrao

afonsopatrao

Portalista
Portalista
Tens aí uma empreitada interessante... e não é pequena.

No entanto, como o Carlos disse, não tendo podres é um excelente começo, e com um bocado de sorte a maioria da pintura safa-se sem grandes cuidados. Estes carros, estando sólidos, acabam muitas vezes por ser as melhores bases para uma recuperação (não restauro), porque não tens de estar a devassar o carro até ao último parafuso.

Dito isto, não é um trabalho simples. Um Citroen desta era vai-te fazer puxar pelas habilidades, e algumas coisas vão testar a tua paciência, pois os tipos sempre tiveram a mania de ser diferentes só porque sim, e há certas coisas que só se fazem com as ferramentas da marca, por isso convém ter um especialista da marca que seja abordável por perto. Felizmente, parece que poderá ser o teu caso, e isso é uma boa ajuda.

Em termos de trabalhos, assim de repente estou a pensar em todo o sistema hidráulico, pneus, suspensão, e o motor, não falando de tudo o que são perecíveis.

O motor talvez seja melhor ser tirado fora para rever, mas nestes acho que nem sequer é muito complicado de tirar. Mas mesmo com ele no sítio podes experimentar com calma a ver o que ele diz. Se o carro estava num espaço relativamente seco, podes ter sorte e não estar agarrado.
Obrigado, Eduardo!
Agarrado não está: o GS traz manivela para servir de "motor de arranque". Tem um encaixe na grelha, que se vê junto ao símbolo. Por isso, eu pedi ao vendedor que o tentasse rodar à manivela. Ele diz que roda perfeitamente. Porventura, o facto de estes motores não terem cárter (a cambota está permanentemente mergulhada no óleo) pode ter evitado que ficasse colado. E o facto de não ter água nenhuma por lá a passar, também pode ter dado uma ajuda na conservação dos metais (lá estou eu com desconfiança quanto aos water-cooled...).

Quanto a tirar o motor: parece que não é estupidamente complicado... para quem sabe. Não será o meu caso, como é evidente. ;)
 

Manuel Pimentel

Clássico
Viva
Se ficar com o carro avise. Há um especialista, perto de Leiria, que restaurou o meu DS. Pode demorar um tempinho, mas também é capaz de gastar menos e o trabalho é 5 estrelas.
Um abraço
Manuel Pimentel
 
Topo