Corvette C4 Convertible (1994) - Ex-Eddie Murphy?

Clássicos Modernos

Corvette C4 Convertible (1994) - Ex-Eddie Murphy?

José A. Carvalho

Portalista
Portalista
Que belo projecto! Deve ter sido dificil fazer o antigo dono abri mau desse carro, durou um ano mas valeu a pena.

Espero em breve ler um post dessa máquina a rolar :D
 

António José Costa

Regularidade=Navegação, condução e cálculo?
Portalista
Aguardamos pos mais desenvolvimentos, fotos, e videos se possível para só ficar a faltar o cheirinho a gasolina:) .

Belíssimo trabalho!
 

Andre.Silva

Trapatony
Parabéns pela nova máquina Ricardo, espero que brevemente possas disfrutar disso aí com a família.

De resto é a qualidade deliciosa de projectos que estamos habituados da tua parte e do teu pai.

Quando voltas ao velho continente?

Um abraço.
 

Jose Lemos

YoungTimer
Acho que todos por aqui, pelo menos os mais antigos, já são conhecedores da minha predileção pelos Corvette.

A resistência inata à corrosão, a simplicidade do motor e extremamente reduzida necessidade de manutenções, o baixo custo de peças e o resultado final a transbordar o "sex appeal" dos "muscle cars" americanos são de facto os principais motivos.

Em quase 11 anos que estou em Angola, muito poucas coisas vi que me despertaram a atenção (infelizmente).... O conceito de antigo não existe, apenas o "novo" e o "velho". Quase nada chega a ver a luz do dia em que conquista o status de clássico ou antigo...

Neste caso em particular, já tinha ouvido falar na viatura. Supostamente estava imobilizada à vários anos, com a instalação elétrica toda mexida e com a bomba de gasolina fora em experiencias.... Ninguém o conseguia colocar a trabalhar: nem o dono, nem o sobrinho, nem os mecânicos e eletricistas, nem a Bosch nem o concessionário Chevrolet local. Como o envelhecimento aqui é exponencialmente mais agressivo do que na Europa, nunca mostrei interesse em sequer ver o carro...

Um dia, estávamos a passar junto do local do ultimo avistamento e decidimos parar para me mostrarem a máquina. Já lá não estava, mas combinou-se um dia para lá a ir ver. Numa cidade com 5 milhões de pessoas, foi coincidência o carro estar no final da rua onde trabalho...

O estado era exatamente o que eu imaginava. Um envelhecimento brutalmente implacável do estado geral da viatura.

O dono, contactado telefonicamente, obviamente que foi perentório em deixar bem claro que não lhe interessava a venda, mas que o apoio em resolver o problema ou o restauro seriam bem vindos, e para isso passou semanas mais tarde no meu local de trabalho.

Em conversa informal, e após o desabafo da última década em que o carro esteve imobilizado sem uma solução encontrada, ele acabou por contar a razão do apego à viatura:

"Quando era mais novo e fui em 1996 aos USA em trabalho, comprei este carro num stand em Washington. Os documentos de transferência de propriedade e primeiro registo que vi com os meus próprios olhos tinham o nome do "Eddie Murphy". É algo que para mim tem muito valor e nunca considerarei vender o carro. Ficará para o meu filho ou uma das minhas filhas".

Obviamente que fica sempre a dúvida da veracidade dos factos, mas aqui ficam os pontos a favor desta historia que descobri:

- Eddie Murphy passou um mau bocado entre 1992 e 1996, com muitos flops a serem lançados. Poderia ser a razão pela qual venderia um carro com apenas 2 anos? Nessa altura ainda não tinha os milhões que posteriormente veio a arrecadar.

- Ao navegar pela net, todos os carros que vi do Eddie Murphy (actualmente) são pretos. Mercedes SLS, Aston Martin Vanquish, os dois Rolls Royce Phantom (Drophead Coupe e o clássico) e Ferrari GTB599 Fiorano. Coincidência?

- A montagem de som deste carro é uma coisa de outro mundo. Se considerarmos que foi em 1994, então estamos perante um trabalho que deve ter custado quase tanto como o carro em si. Não só os amplificadores e crossovers era todos "Classe A", como as cablagens e terminais eram todos de altíssima qualidade. As marcas destes equipamentos eram também todos topo. Quem gastaria tanto dinheiro numa montagem destas, num carro com sistema de som original da "Bose Gold Series"? Provavelmente algum com (muito) dinheiro para gastar....

- As jantes de origem deste modelos têm acabamento brilhante (Diamond cut), mas estas em particular foram polidas até fiarem espelhadas e depois incluíram detalhes de baixo relevo em preto. Um detalhe caro e para alguém que de facto se queria destacar na personalização da viatura.

Fica agora o desafio para todos vós - mestres cibernéticos da informação on-line, para tentar encontrar mais indícios que possam ou não comprovar esta versão da história....
Ver anexo 324301 Ver anexo 324302 Ver anexo 324303

Cumprimentos,
R


Boas Ricardo

Sou Amante de Corvettes e no geral dos carros Americanos, tenho um corvette c6 Grand Sport Descapotável, por acaso recebi uma newsletter q já não recebia a muito, e despertou o interesse deste fórum, penso que a melhor solução para ti seria fazer o que eu já fiz uma vez numa situação idêntica, é comprar um carro inteiro, sei de um aquiperto de mim, vi aqui no fórum que tens um amigo aqui de Penafiel, pertenço a Amarante mas moro mais perto de Penafiel, e o carro também esta aqui perto,o carro e igual ao teu, mas coupe, o que lhe falta e a caixa e peças de carroceria, frente e lateral do resto toda a mecânica e parte elétrica esta com ele, tem documentos penso Alemães, foi comprado para tirar as peças para um c4 aqui de um vizinho que lhe bateram, e a posterior vendeu a caixa para uma pontiac Firebird,(justiceiro), a pessoa vende o carro inteiro, sei porque eu pensei em compralo para tirar o motor para meter num escort MK1 q estou a restaurar, mas já desisti da ideia.

Qualquer coisa tens aqui o meus contatos,969005275 ou [email protected], por favor contata me para estes dois contatos, pois não vejo estes fóruns com muita frequência.

Abraço e boa sorte
 

Rui ms Gomes

Clássico
Boa noite,

Parabens pela máquina.Adoro corvettes.
Agora só resta saber quando é que a máquina virá aqui para a Póvoa de Varzim!?

Gostava de a ver ao vivo.;)

Parabens mais uma vez.
 
OP
OP
Ricardo Teixeira

Ricardo Teixeira

Gasolina nas veias
Repetidamente e consecutivamente o carro pegava e ia abaixo pouco depois. A luz do imobilizador mantinha-se acesa apesar de os procedimentos de dar o arranque estarem a ser cumpridos.

1994 foi o primeiro ano do Corvette em várias coisas:

- Primeiro ano em que a centralina do motor passou a ser também da transmissão
- Inicio de utilização do gás de A/C R-134A
- Vidro da capota em vidro e com desembaciador
- Injecção sequencial combustível

Os sistemas de segurança - Imobilizador, cintos, alarme, comando à distância, sensores de portas abertas - também passaram a funcionar em conjunto. A ficha de diagnostico também passou a ser totalmente OBD2.

No entanto, o Corvette não necessita de maquina de diagnostico, pois o mesmo já poder ser totalmente efectuado no painel de instrumentos, recorrendo às teclas do computador de bordo. Assim sendo, todos os códigos foram sendo apagados, tais como um sensor de ABS, a luz da revisão, etc.

Objectivamente analisando o imobilizador, verificou-se que alguém teria a determinada altura feito um "by-pass", impedindo assim a leitura do código da chave, que não é mais que uma resistência encastrada na chave. Felizmente a instalação estava pouco mexida....

A luz do imobilizador passou a apagar, mas a luz de "Segurança" mantinha-se acesa e o motor teimava em desligar-se ao fim de alguns segundos.

Como disse acima, o sistema de segurança inclui vários sistemas, incluindo a entrada "sem mãos" que abre o carro com a proximidade do comando remoto que não tenho...

Retirou-se o fusível do sistema da entrada "sem mãos", fez-se a abertura pelos canhões das portas com a chave original, simulando assim o procedimento básico, mas tudo se mantinha, com a luz se "Segurança" acesa e o carro sem se manter a trabalhar.

Comecei a desconfiar do bom estado das centralinas.....
 

João Pedras

Fiat 124 Familiare ❤
Premium
Portalista
E umas fotos.....é que na minha imaginação já vejo tudo desmanchado, com esparguete de fiarada à mistura :D :D :D
 
OP
OP
Ricardo Teixeira

Ricardo Teixeira

Gasolina nas veias
Alguns dos diagramas a estudar, mas não desmontamos muito pois o autodiagnostico não acusava erros....

Pessoalmente eu estava a dar também muita relevância à quantidade e qualidade dos pontos de massa, pois com os anos que esteve ao relento e sendo a carroçaria em fibra, poderiam ser uma das causas mais comuns... bcm_1996.jpg 1994-wiring.jpg 881_4c504911163a1.jpg 881_4c504911163a1.jpg 1994-wiring.jpg bcm_1996.jpg
 

Anexos

  • 1992-1995 5.7L MFI VIN P ENGINE SCHEMATIC.pdf
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  • 881_4c504911163a1.jpg
    881_4c504911163a1.jpg
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  • bcm_1996.jpg
    bcm_1996.jpg
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OP
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Ricardo Teixeira

Ricardo Teixeira

Gasolina nas veias
Com o carro praticamente todo montado, sem apresentar códigos de erro, e aparentemente tudo a funcionar correctamente, começamos a ficar intrigados com o comportamento....

É que quando as possibilidades são muitas, existe um caminho a ser percorridos também ele extenso.... quando as hipóteses começam a ser poucas.... começa a faltar a imaginação..


Resumindo, já pegava, já trabalhava, o alarme não tocava, a chave era reconhecida, e o imobilizador apagava.... mas algo estava a activar o corte de combustível passados alguns segundos e a luz de "Segurança" nunca se apagava....

O que seria?

De repente lembrei-me de experimentar algo contra a lógica... desactivar o sistema que detecta a presença do comando remoto de abertura "sem mãos", pois ele de facto não estava presente, e abrimos as portas com as chaves....

A lógica seria a oposta, ou seja, se o alarme não estava a tocar é porque tudo estava OK, e não necessitava de reconhecer mais nada...

Assim, num sábado de manhã, quase à hora de almoço e ao sol... retirei o fusível do sistema "sem mãos", liguei a chave para a posição de ignição e quando vi a luz do imobilizador apagada, mas também a luz de "segurança" do computador de bordo apagada, disse com um sorriso de orelha a orelha ao Jorge Magahães (homem apaixonado pelos automóveis e altamente especializado) que me ajudou nesta embrulhada - Está Resolvido!

Com uma cara de espanto e ainda sem entender a minha reação, ele ficou a olhar para mim enquanto dei ao arranque e o carro trabalhou, 1, 2, 3, 4 , 5, 10, 15 segundo e não voltou a desligar... após cerca de 12 anos parado!.....

Finalmente o Corvette preto voltava a roncar!!
 
OP
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Ricardo Teixeira

Ricardo Teixeira

Gasolina nas veias
Ontem chegou a capota nova, com o respectivo vidro vulcanizado! Vamos ver agora como é que vou fazer para aplicar a lona na estrutura original....
 
OP
OP
Ricardo Teixeira

Ricardo Teixeira

Gasolina nas veias
Tirando o passo de gigante que foi o voltar a roncar... O primeiro passo de bebé, nos muitos que serão necessários no departamento da cosmética. ...

Estou desta vez a utilizar uma tinta de aplicação directa com uma textura fina. Vamos ver se a experiência vale a pena. 20150905_154408.jpg 20150905_154414.jpg
 

Anexos

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