Só o genérico já era um espetáculo.
A música é algo que nunca me saiu da memória, assim como o Dodge Monaco a sair da garagem.
Era o CSi dos anos 80
Clássicos Que a TV Tornou Famosos
- Autor do tópico HugoSilva
- Data de início
A música é algo que nunca me saiu da memória, assim como o Dodge Monaco a sair da garagem.
Era o CSi dos anos 80
EHEH!! Agora desenterraste-me uma recordação de infância. Também era o meu toque de saída para a cama.
Carlos Vaz
Pre-War
Só o genérico já era um espetáculo.
A música é algo que nunca me saiu da memória, assim como o Dodge Monaco a sair da garagem.
Era o CSi dos anos 80
Para ser sincero acho que até hoje ainda não vi uma série sobre a policia que fosse tão realista e verosímil como a Balada de Hill Street... muito menos o CSI.
Miguel Gomes Dinis
Veterano
Este tópico fez-me lembrar algo que vi recentemente. Um cenário usual em Portugal, este fiat 125 abandonado à porta das antigas instalações da rtp, e que um dia serviu de figurante na série "conta-me como foi".
Serviço público não é só ter um canal chamado memória. É saber respeitá-la como veículo da história. Somos um país sem memória e definitiva e consequentemente um país que não sabe como respeitar e conservar a sua história.
É algo que se repete no património edificado, e na forma como o espaço público é negligenciado, na gestão e conservação da floresta, como recorrentemente todos os anos vamos assistindo à devastação de uma franja substancial do património florestal e do qual "orgulhosamente" ostentamos, ano após ano, o primeiro lugar na Europa no que à área ardida diz respeito.
Na gestão da ferrovia, e das composições que vendemos a Espanha para não termos que restaurar, e assim podermos alojar fundos aos imensos quadros da CP cujas funções muitas vezes desconhecemos, importando depois material circulante pastiche para fazer a linha turística do Tua.
É assim na cultura orgânica instalada, no imediatismo consumista que se enraizou nas famílias. No usa e deita fora. No livro pelo smartphone, no carro "velho" pelo híbrido ou SUV da moda, no vinil pelo mp3, no mogno pelo ikea, no analógico pelo digital, em suma, Portugal tem um grave problema de cultura, e no culto da memória. E com isso perde alma. Com isso pede tempo. Tempo que viveu mas na ficou. Tempo que as novas gerações desconhecem, na sabem conhecer e perdem referências de como a ele chegar.
"Este país não é para..." novos. Porque só sabe ser antigo quem um dia soube ser velho. E Portugal é apenas ... asséptico, inodoro e insípido. Porque cada vez menos cheira, café vez menos sabe, e cada vez menos é porque não soube ser, porque afinal... "conta-me como foi", mas não querias saber como será depois.
quo vadis Portugal...?
Serviço público não é só ter um canal chamado memória. É saber respeitá-la como veículo da história. Somos um país sem memória e definitiva e consequentemente um país que não sabe como respeitar e conservar a sua história.
É algo que se repete no património edificado, e na forma como o espaço público é negligenciado, na gestão e conservação da floresta, como recorrentemente todos os anos vamos assistindo à devastação de uma franja substancial do património florestal e do qual "orgulhosamente" ostentamos, ano após ano, o primeiro lugar na Europa no que à área ardida diz respeito.
Na gestão da ferrovia, e das composições que vendemos a Espanha para não termos que restaurar, e assim podermos alojar fundos aos imensos quadros da CP cujas funções muitas vezes desconhecemos, importando depois material circulante pastiche para fazer a linha turística do Tua.
É assim na cultura orgânica instalada, no imediatismo consumista que se enraizou nas famílias. No usa e deita fora. No livro pelo smartphone, no carro "velho" pelo híbrido ou SUV da moda, no vinil pelo mp3, no mogno pelo ikea, no analógico pelo digital, em suma, Portugal tem um grave problema de cultura, e no culto da memória. E com isso perde alma. Com isso pede tempo. Tempo que viveu mas na ficou. Tempo que as novas gerações desconhecem, na sabem conhecer e perdem referências de como a ele chegar.
"Este país não é para..." novos. Porque só sabe ser antigo quem um dia soube ser velho. E Portugal é apenas ... asséptico, inodoro e insípido. Porque cada vez menos cheira, café vez menos sabe, e cada vez menos é porque não soube ser, porque afinal... "conta-me como foi", mas não querias saber como será depois.
quo vadis Portugal...?
Última edição:
OP
OP
Percebo mas gosto de ter uma visão mais positiva das coisas. O caso do 125 abandonado é só parvo, teve o azar de cair nas mãos de responsáveis que não se quiseram responsabilizar. Em bom ou mau estado era colocar o carro em leilão do estado e pronto, pediam um valor que desse para cobrir as despesas administrativas, com sorte ainda faziam (fazíamos, os contribuintes!) umas coroas. Alternativamente podiam-no ter restaurado e doado a um museu qualquer. Enfim.Este tópico fez-me lembrar algo que vi recentemente. Um cenário usual em Portugal, este fiat 125 abandonado à porta das antigas instalações da rtp, e que um dia serviu de figurante na série "conta-me como foi".
Serviço público não é só ter um canal chamado memória. É saber respeitá-la como veículo da história. Somos um país sem memória e definitiva e consequentemente um país que não sabe como respeitar e conservar a sua história.
É algo que se repete no património edificado, e na forma como o espaço público é negligenciado, na gestão e conservação da floresta, como recorrentemente todos os anos vamos assistindo à devastação de uma franja substancial do património florestal e do qual "orgulhosamente" ostentamos, ano após ano, o primeiro lugar na Europa no que à área ardida diz respeito.
Na gestão da ferrovia, e das composições que vendemos a Espanha para não termos que restaurar, e assim podermos alojar fundos aos imensos quadros da CP cujas funções muitas vezes desconhecemos, importando depois material circulante pastiche para fazer a linha turística do Tua.
É assim na cultura orgânica instalada, no imediatismo consumista que se enraizou nas famílias. No usa e deita fora. No livro pelo smartphone, no carro "velho" pelo híbrido ou SUV da moda, no vinil pelo mp3, no mogno pelo ikea, no analógico pelo digital, em suma, Portugal tem um grave problema de cultura, e no culto da memória. E com isso perde alma. Com isso pede tempo. Tempo que viveu mas na ficou. Tempo que as novas gerações desconhecem, na sabem conhecer e perdem referências de como a ele chegar.
"Este país não é para..." novos. Porque só sabe ser antigo quem um dia soube ser velho. E Portugal é apenas ... asséptico, inodoro e insípido. Porque cada vez menos cheira, café vez menos sabe, e cada vez menos é porque não soube ser, porque afinal... "conta-me como foi", mas não querias saber como será depois.
quo vadis Portugal...?
Mas nem tudo é mau.
Nós que gostamos de clássicos e do que é clássico não podemos estar à espera que toda a gente nutra o mesmo respeito/admiração pelas coisas que o tempo ultrapassou, isso até acaba por nos conferir algum fator suis generis interessante, não que andemos à procura de nos demarcar do rebanho, isso é fútil, rebanhos existem em todos os círculos, num encontro de clássicos somos só mais uma ovelha e além do mais há maneiras bem mais interessantes de sermos "diferentes".
Noto muitas vezes aqui pela "quinta" uns laivos de superioridade relativamente à malta dos plásticos, como se o que nos tornasse únicos e especiais fossem os carros clássicos. Tenho uma notícia para nós: Não é.
Além do mais quantos de nós não andamos realmente a ser um bocadinho hipócritas durante a semana? Quantos de nós prescindem a 100% do carro "moderno"? Poucos diria, mas para mim tudo o que for posterior a 1979 ainda não é bem "clássico".
Quem fala de carros fala de quase tudo na sociedade.
Vivemos efetivamente numa sociedade cada vez mais descartável e não sendo 100% culpa nossa a verdade é que também fomentamos isso quando alinhamos com o rumo que nos impõem.
Mas pronto isto é um enorme off-topic. Siga lá.
Hugo, permite-me um pouco mais de offtopic.
Isto é um erro recorrente. Afinal de contas o que é um clássico?
Se vamos pela idade então temos que os designar de "Históricos", ou seja, "Veículos de Interesse Histórico".
Certamente o meu singelo Alfa Romeo 33 1.5 não é um VIH nem um Clássico, pelo menos por enquanto. É apenas antigo ou velho, o que lhe queiram chamar.
No patamar do meu 33 a ausência de uns cromados ou outros elementos diferenciadores das décadas passadas fazem a diferença, e que diferença.
Mas os 33 já têm história para contar, "carregam" um número com grande significado para a marca e marcam uma era na própria Alfa Romeo. Será isto suficiente? Acho que não, continua a ser um carro antigo ou velho.
E um Alfa Romeo 8C Competizione? Vamos metê-lo no mesmo saco? E um Alfa Romeo TZ3? Alguém sabe o que isso é? Foram produzidos 1 Competizione e 9 Stradale.
A minha visão de clássico é muito abrangente.
Quanto aos "Históricos" existem critérios FIVA, a partir dos 30 anos de idade já muitos podem ser VIH.
Mas eu tenho uma linha que separa...
... os "cromados" dos outros
Hugo, permite-me um pouco mais de offtopic.
Isto é um erro recorrente. Afinal de contas o que é um clássico?
Se vamos pela idade então temos que os designar de "Históricos", ou seja, "Veículos de Interesse Histórico".
Certamente o meu singelo Alfa Romeo 33 1.5 não é um VIH nem um Clássico, pelo menos por enquanto. É apenas antigo ou velho, o que lhe queiram chamar.
No patamar do meu 33 a ausência de uns cromados ou outros elementos diferenciadores das décadas passadas fazem a diferença, e que diferença.
Mas os 33 já têm história para contar, "carregam" um número com grande significado para a marca e marcam uma era na própria Alfa Romeo. Será isto suficiente? Acho que não, continua a ser um carro antigo ou velho.
E um Alfa Romeo 8C Competizione? Vamos metê-lo no mesmo saco? E um Alfa Romeo TZ3? Alguém sabe o que isso é? Foram produzidos 1 Competizione e 9 Stradale.
A minha visão de clássico é muito abrangente.
Quanto aos "Históricos" existem critérios FIVA, a partir dos 30 anos de idade já muitos podem ser VIH.
Mas eu tenho uma linha que separa...
... os "cromados" dos outros
Já muito se escreveu neste fórum sobre isto. A noção de clássico é muito diferente de pessoa para pessoa. Será que tem a ver com a idade, e com o facto de considerarmos que clássicos são os carros de quando éramos miúdos, ou anteriores?
Não querendo generalizar, noto que para a malta que nasceu no final dos 80's ou início dos 90's, um carro dessa altura é obviamente um clássico, por muito plástico que tenha. Já para os filho dos 70's, se o pára choques não brilha e/ou se as linhas são muito retas, não é bem bem um clássico...
Na minha modesta opinião, o que ontem não era um clássico, se-lo-á amanhã. Quando as gerações que tinham 4/5 anos na altura em que essa carro era comprado novo olharem para ele com nostalgia.
Para mim um Renault 5, um Fiat Ritmo ou um Aston Martin DB9 são clássicos, nenhum deles tem os pára-choques a brilhar ao lusco-fusco!
Mas que um carro, comum, se distingue no meio dos demais quando tem cromados, acho que ninguém o nega. Digo "comum" porque o DB9 não passa indiferente no meio duma "manada" de Minis, Fiats 500/600, Datsun 1200 e outros.
Mas no fundo a questão é mesmo: o que é um clássico?
No geral é o mesmo para todos mas cada um tem sempre um punhado de modelos a acrescentar à lista
Malta, já existem tópicos sobre isto por aí pelo Portal.
Mas, antes de terminar, deixo o meu bitaite.
Esta discussão do que é ou não um clássico não tem, nem terá, um fim nem uma conclusão definitiva.
Claro que pode sempre chegar aqui um tipo de lenço na lapela ou de echarpe ao pescoço e dizer que o clássico segundo a FIVA é isto assim assado. Mas isso é elitismo e não é para cá chamado.
Outro dia fui ao drive in do Burger King no Peugeot 306. O empregado ficou a olhar para o carro e disse "Este carro já é bem antigo. E está muito porreiro." Eu juro que contive o riso. O carro é de 1998 e é o carro mais novo cá de casa...
Mas depois a frio pensei na idade do rapaz (21 anos) e percebi que o 306 é de quando ele nasceu. E isso muda tudo.
A questão vai estar sempre aberta, as opiniões e critérios vão sempre variar e a idade dos interlocutores é um dos factores mais importantes para gerar essas diferenças.
Mas, antes de terminar, deixo o meu bitaite.
Esta discussão do que é ou não um clássico não tem, nem terá, um fim nem uma conclusão definitiva.
Claro que pode sempre chegar aqui um tipo de lenço na lapela ou de echarpe ao pescoço e dizer que o clássico segundo a FIVA é isto assim assado. Mas isso é elitismo e não é para cá chamado.
Outro dia fui ao drive in do Burger King no Peugeot 306. O empregado ficou a olhar para o carro e disse "Este carro já é bem antigo. E está muito porreiro." Eu juro que contive o riso. O carro é de 1998 e é o carro mais novo cá de casa...
Mas depois a frio pensei na idade do rapaz (21 anos) e percebi que o 306 é de quando ele nasceu. E isso muda tudo.
A questão vai estar sempre aberta, as opiniões e critérios vão sempre variar e a idade dos interlocutores é um dos factores mais importantes para gerar essas diferenças.
OP
OP
Isto é como discutir o sexo dos anjos, não vale a pena até porque regra geral susceptibilidades vão sair feridas mas terei todo o gosto em repartilhar a minha opinião sobre o tema, nomeadamente o facto de achar que daqui a umas gerações, se calhar mais cedo do que o que penso, não vão continuar a promover-se carros "velhos" a "clássicos".
Imagens interessantes por trás das câmaras...
Anexos
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Cum caraças tanta fartura...
Agora esta a dar a serie no RTP Memoria e os actores eram mesmo muito mauzinhos... mas tirando essa parte, a parte que interessa são mesmo os carros e as perseguições e também essas não primam pelo profissionalismo e vê-se que na altura deviam ter $$$ a rodos para a quantidade de acidentes que tinham...
De facto, o mais interessante de rever estas séries, é perceber quanto evoluíram as filmagens.
Não se aguenta ver um episódio. E o A-Team é a mesma coisa.
Não se aguenta ver um episódio. E o A-Team é a mesma coisa.
De facto, o mais interessante de rever estas séries, é perceber quanto evoluíram as filmagens.
Não se aguenta ver um episódio. E o A-Team é a mesma coisa.
Subscrevo.
Este está mais conseguido tecnicamente, pela alinha pela mesma bitola em termos de incapacidade de ver um epiosódio inteiro.
As fotos das reservas do "duques" são fabulosas, obrigado pela partilha, vou levar.
nuno granja
José Carlos Magalhães
Pre-War
OP
OP
Nem todas eram ASSIM tão más, saindo do universo dos carros, por exemplo o MacGyver era substancialmente melhor a nível de representação... e tudo no geral hehe
José Carlos Magalhães
Pre-War
