Clássicos Do Ultramar

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Antes Francisco Lemos Ferreira
6 HORAS DE NOVA LISBOA, 1970

Imagem da grelha de partida, vendo-se em primeiro plano o Alfa Romeo T33 da equipa Socoina e ao seu lado, o Ford GT40 de Emílio Marta e Herculano Areias. Mais atrás, o BMW 2800 CS de José Lampreia e de Christian Melville. (foto: Artur Ferreira, via João Carlos Costa)

Grelha de partida: o Alfa Romeo GTA de Resende e Fraga, seguido do GTA 2000 de Santos Peras (de pé, junto ao carro) e Flávio Santos. Por fim, o Vauxhall Viva GT de Henrique Cardão (que mais tarde viria a celebrizar-se como comentador de F1, na RTP). (foto: Artur Ferreira, via João Carlos Costa)

António Peixinho ao volante do Alfa T33 que partilharia com Basil Van Rooyen. O piloto sul-africano tinha na altura 33 anos de idade e um palmarés que incluía a participação em dois GP de Fórmula 1, em 1968 e 1969. (foto: E.Baião, revista Flama, colecção família Pinto da Fonseca)

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Antes Francisco Lemos Ferreira
O Alfa Romeo GTA 2000 de Santos Peras, no momento do reabastecimento. Este modelo com motor de 2 litros e cerca de 240 cv era o mais raro dos GTA. Atrás do carro podemos ver os seus dois pilotos: Santos Peras de fato azul, com o capacete, e ao seu lado Flávio Santos, com uma camisa esverdeada. Flávio Santos, um dos melhores pilotos angolanos de sempre, disputou aqui a última corrida da sua longa carreira que tinha começado em 1957, com um Austin Healey 1100. (foto: Artur Ferreira, via João Carlos Costa)

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Francisco Lemos Ferreira disse:
Circuito do Novo Redondo, Setembro de 1970: o Lotus 47 de Herculano Areias, pouco antes da prova. Antes de correr em Angola, este carro tinha sido utilizado por Carlos Santos nos campeonatos nacionais de Portugal Continental, em 1967e 68. O Circuito do Novo Redondo teve como vencedor o BMW 2002 Ti de Carlos Bandeira Ferreira, seguido do Ford GT40 de Emílio Marta e do Lotus 23 de Carlos Conde.

O vidro da porta parece em "plástico" e o da frente também......será??
 
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Antes Francisco Lemos Ferreira
Classificação 6 HORAS DE NOVA LISBOA, 1970

1º Alfa Romeo 33 António Peixinho / Van Rooyen

2º Alfa Romeo GTA Resende / Fraga

3º Alfa Romeo GTA 2000 Santos Peras/ Flávio Santos

4º Alfa Romeo J.Bandeira/ Martorelli

5º Alfa Romeo Pereira / Albernaz

Nota: O Alfa Romeo 33/2 da Socoina tinha um motor V8 de 2,5 litros e desenvolvia cerca de 315 cavalos. Começou a competir em 1968 na equipa Autodelta e foi cedido à equipa VDS, do Conde Van der Straaten, para correr na temporada de 1969 (incluindo as 24 Horas de Le Mans e... o circuito de Vila Real). No fim da temporada foi vendido para Angola, tanto quanto julgamos saber, ao importador local da Alfa Romeo. Quando foi adquirido pelo piloto português, o T33 seria provavelmente a viatura mais competitiva que existiria nos territórios onde flutuava a bandeira nacional, tendo corrido várias épocas até 1975, ano da independência de Angola. Alegadamente trata-se de um carro com algum pedigree, pois terá corrido no Targa Florio de 1968 com o herói siciliano, Nino Vacarella (associado a Udo Schutz). Trata-se do chassis #AR75033015, mas o que temos por certo é que esteve em Angola a apodrecer largos anos após a independência e quando em 1985 foi descoberto por um cidadão francês (ainda com a pintura verde com que tinha feito as últimas corridas), encontrava-se coberto de poeira e tinha uma cobra piton no interior do depósito de combustível. Transportado para França e restaurado em Itália, correu no Le Mans Classic de 2002, pintado de preto e branco. Actualmente está pintado num tom vermelho, idêntico à cor original com que competiu pela equipa oficial .

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Antes Francisco Lemos Ferreira
Um dos três Lotus 47 que correram em Angola foi descoberto por suecos que trabalharam na antiga província ultramarina entre 1984 e 1989 e que nos tempos livres se dedicavam a descobrir carros interessantes deixados pelos portugueses. Nessas pesquisas descobriram este Lotus na posse de um Peixeiro que após alguma negociação, o trocou por um velho Volvo 240 e algumas centenas de dólares. O comerciante piscícola entregou o carro a andar no local combinado, embora o cantar do motor fizesse lembrar o de um velho VW Carocha!... Como parece indicar a pintura algo artesanal, desconhecida do período português, este 47 terá provavelmente continuado a correr após a independência de 1975. Na altura desta imagem, era notório o mau estado do conjunto (que entretanto já foi recuperado). O número de chassis (#47-GT-84) indica que foi o último 47 construído, o que significa que não é nenhum dos carros ex-CNV vendidos para Angola, mas sim, quase certamente, um terceiro Lotus 47 importado directamente e que (entre outros nomes) foi pilotado por Emílio Marta. (foto colecção de Dennis Kullman, http://home.swipnet.se/kullman/index.htm Texto: DK / RG)

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Antes Francisco Lemos Ferreira
No "puxa 7000" falámos do Elísio mecânico deste De Tomaso Pantera de Celestino Pereira. O carro foi efectivamente vendido para fora do país e, julgamos que pela primeira vez em Portugal, apresentamos aqui uma foto do carro, num encontro de clássicos nos Estados Unidos da América. Note-se que o novo proprietário optou por preservar quase exactamente as cores do CNV português. (foto: cortesia de Tiago Marques)

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Antes Francisco Lemos Ferreira
Alfa Romeo 33 em Angola

Embora com algumas imprecisões, uma carta de Roland Bloch para a revista Automobile Historique (nº8 Maio/Junho de 2001) veio dar-nos mais alguns detalhes sobre a história do Alfa Romeo T33 #33015 que foi de António Peixinho: "No que respeita ao Alfa Romeo T33 de Vacarella na Targa Florio de 1968 e 69, trata-se do chassis #33015. Tanto quanto julgamos saber, só se construíram dois chassis equipados com o motor 2500cc, este 015 e o 33020. O Alfa #33020 2,5 lts encontra-se no museu de Peter Kauss; o #33015 nunca foi inscrito nas 24 Horas de Le Mans. Parece que este carro terá sido vendido a um português de Angola, sem dúvida para ser inscrito nos 1000 Km de Kyalami. (???) Depois da prova, o carro ficou no local. Esse mesmo protótipo foi encontrado em Angola, no ano de 1985. Ao seu lado jazia um Lola T-70 e um outro veículo de competição. Foi percorrendo Angola em plena guerra civil que um amigo meu encontrou este carro. Quatro anos correram para conseguir retirar este Alfa de Angola. Em cada viagem era necessário renegociar com novos homens. Por fim, em 1989 o carro foi carregado num contentor para ir para França, mais exactamente para uma casa de campo da região de Auxerre. Como detalhe para a história, depois do exame do Alfa Romeo, e em particular, do interior do depósito de combustível vazio, descobriu-se uma cobra Piton mumificada, sem dúvida morta após ter entrado para o depósito e não ter conseguido escapar. Este meu amigo guardou o T33 durante alguns anos, tendo em vista o seu futuro restauro, (carro completo, mecânica desmontada) e só lhe faltava a carenagem em "plexiglass" de um dos faróis. Mais tarde, ele desfez-se do carro por motivos profissionais. O carro foi vendido num leilão, por 120 000€, a um conhecido coleccionador italiano. Em 1999, o Alfa foi restaurado em Itália por Giordanego e sem dúvida veremos este carro em corridas históricas (NDR: o que efectivamente aconteceu no Le Mans Classic de 2003). Nunca foi possível de esclarecer com precisão a história deste carro, pois após o desmantelamento da Auto-Delta e do interrogatório a Carlo Chitti, todos os arquivos foram literalmente atirados fora e espalhados pela natureza."
Quem será à luz do direito internacional, o proprietário legal deste Alfa Romeo ou do Lotus 47 que apresentamos ? É que, segundo parece, os carros nunca terão sido vendidos a ninguém pelos seus legítimos proprietários portugueses...

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Antes Francisco Lemos Ferreira
Autódromo de Luanda, Angola, 1973: um dos Lotus Europa TC do Team ETA-Mocar numa atitude espectacular, na curva do "Pescoço de Cavalo". A Empresa de Tabacos de Angola escolheu o automobilismo para promover o lançamento dos cigarros LIS e para tal foi criado o referido Team ETA-Mocar que corria com os Lotus Dourados . Os pilotos da equipa eram o "Larama" (nº7), Helder de Sousa (nº8) e Fernando Soeiro "Truklas" (nº9). Os carros, preparados pela Garagem Palma, em Lisboa, foram utilizados no campeonato TCA (Turismo de Competição Angola), uma competição para carros de Grupo 1, 2 e 3, concebida à medida da realidade Angolana, sob proposta da Comissão de Pilotos de Competição de Angola (da qual Helder de Sousa, foi fundador e presidente). Um dos carros que corria neste TCA era o De Tomaso Pantera de Tino Pereira, carro que viria a conhecer o seu momento de glória alguns anos mais tarde, já no CNV português. (foto colecção Helder de Sousa. Legenda HS/RG)

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excelente topico!!!
O meu pai foi para o ultramar como electricista de automoveis!!! ainda tenho aqui umas fotos engraçadas .... vou ver se consigo digitalizar
 

Daniel Melo

Azimute
Meus Amigos;

Otimo topico, corri e li todos os Posts. Pelo que vejo aqui estao fotos apenas com saudades.
Trago aqui 3 fotos duma moto que foi comprada e matriculada em Angola em 1967, foi ma Moçambique (Nampula) e depois da Independencia foi para a Ex-Rodesia e que actualmente esta ainda viva aqui nos Açores a andar e homologada pelo CPAA como veiculo antigo.
Trata-se duma Vespa 150, não e´ minha, mas pertence a um meu colaborador e activista de motos Classicas.
 

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Daniel Melo

Azimute
O Piloto Larama, Veio de Angola aqui para os Açores, em 1976 chegou a participar em algumas provas motorizadas muito em especial no rally de S.Miguel, onde somou muitos recordes em classificativas, que so muito recentemente foram ultrapassados em melhores tempos. Julgo que aqui residiu até 1982. Posteriormente voltou para ai para o Continente e perdi-lhe o rasto.
 
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Antes Francisco Lemos Ferreira
daniel melo disse:
O Piloto Larama, Veio de Angola aqui para os Açores, em 1976 chegou a participar em algumas provas motorizadas muito em especial no rally de S.Miguel, onde somou muitos recordes em classificativas, que so muito recentemente foram ultrapassados em melhores tempos. Julgo que aqui residiu até 1982. Posteriormente voltou para ai para o Continente e perdi-lhe o rasto.

Conheci o Larama (Amaral ao contrário) nos anos 80 em Lisboa no Restelo com o seu Visa GTI, grande Piloto.
 
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Jorge Aguiar

Guest
daniel melo disse:
O Piloto Larama, Veio de Angola aqui para os Açores, em 1976 chegou a participar em algumas provas motorizadas muito em especial no rally de S.Miguel, onde somou muitos recordes em classificativas, que so muito recentemente foram ultrapassados em melhores tempos. Julgo que aqui residiu até 1982. Posteriormente voltou para ai para o Continente e perdi-lhe o rasto.

Daniel, teve de ser o homem cada vez que participava num rally era só buracos:oo por causa do famoso cozido açoriano :DD:D
 
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Antes Francisco Lemos Ferreira
Jorge de Aguiar disse:
Daniel, teve de ser o homem cada vez que participava num rally era só buracos:oo por causa do famoso cozido açoriano :DD:D

Pois o "cozido das furnas" :DD:D bem bom por sinal, é um dia muito bem passado a comer cozido à beira da lagoa.
 

Daniel Melo

Azimute
Jorge Aguiar; Era bom que todos os buracos tivessem vapor, mas sem acumulaçao de agua, como é necessario para efectuar o cozido. Mas para além do cozido, tambem se fazem derivados, como o Bacalhau, entitulado das caldeiras, onde leva batata e enchidos. É mais leve, tem melhor paladar e menos pesadopara a digestao. A minha esposa ja chegou a fazer bolos nestes buracos e ficam que e´uma delicia. Para alem dum passeio em classico, da gastronomia, o que para mim ainda é melhor sao as terapias que se podem fazer nas aguas quentes, ao ar livre e gratuito, porque se isto aqui fosse o Hawaii, tudo seria pago a bom preço para usufrir apenas duma destas vantagens que mencionei.
 
sou já um classico tambem par com os meus primeiros carros, o cooper 1000 foi o meu primeiro e o mazda o segundo na Beira... Moçambique..é pena não poder encontra-los..já fazem a mto tempo..
 
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