Viva!
Muitos parabéns pelo avião baixinho Para teres uma ideia à uns tempos atrás andei com ideias muito fortes de trocar o meu carro de dia-a-dia por um C6, mas o preço do V6 (fumarento, no meu caso) não chegou a bom porto...
Quanto aos estalos atrás da consola, como os controlos do ar condicionado são eléctricos, não serão os servo-motores de abertura e direccionamento do ar para as condutas a tentar forçar o regresso à posição?
Nos carros actuais isso é muito usual...
Os sensores de detonação não se estragam, se avariam é porque alguém lhe mexeu e apertou de mais, isso é que os estraga. Esses sensores não são nada mais do que um pedaço de ferro com 1 furo no meio e 2 fios agarrados, por isso é que só avariam se alguém o desapertou e apertou com aperto a mais que o faz estalar mais tarde, isso te garanto.
Esse sensor é piezoelétrico e a sua função é transformar as vibrações mecânicas do motor num sinal elétrico para que a unidade de comando saiba que o motor está em funcionamento e para detetar através dessa "vibração" ou "batimentos" se o motor está a funcionar corretamente, para a unidade de comando corrigir depois essas falhas ou variações atrasando ou adiantando o ponto, aumento ou corte do debito de combustível ou ar, etc...
Mais um dia de uso intenso!
Antes de mais: a foto da tampa do óleo, com a irritante humidade.
Ver anexo 1121995
Como vêem, não é nada de preocupante. Provavelmente é mesmo só condensação.
E desde ontem o nível de água não mexeu, mesmo depois dos quilómetros de ontem.
Adiante.
Destino: Figueira da Foz, em autoestrada. Com a família toda.
Ver anexo 1121996
Sim, está imundo. A ver se amanhã o lavo.
Uma viagem impecável, sempre nos 120-140. Conforto sublime, 200cv debaixo do pé e potência de travagem que só um hidropneumático oferece. A acompanhar uma direcção DIRAVI deliciosa, com a dureza a adaptar-se à velocidade de forma incrivelmente intuitiva.
Óleo, mesmo sem o permutador ligado, a passear entre os 100° e os 110°, tudo normal. Ver anexo 1121997
Quanto aos engasgos, vou conhecendo melhor o sintoma.
- Acima das 3000rpm nunca engasga, só abaixo disso;
- Engasga mais com acelerador carregado com força do que com um ligeiro toque.
Estou inclinado a trocar os cabos de velas, independentemente de a resistência estar boa ou não. Li não sei onde que mesmo nesse caso, a faísca pode estar a perder-se por mau isolamento do cabo. E é material de desgaste.
Estou a pensar mal? É que estes sintomas parevem-me mais de faísca fraca do que de injectores sujos.
Hoje começou a fazer uma coisa estranha: quando ligo o carro, atrás do quadrante dá uns 3 ou 4 estalos. Como se estivesse lá alguma coisa a “bater à porta”, por dentro. @Samuel , isso já te aconteceu? Será uma coisa típica do XM mk1?
Querem começar pelas boas ou pelas más notícias?
Pelas boas? Vamos a isso. São duas.
Hoje à tarde aqui o despressurizado (esteve parado uns 3 dias) foi receber atenção.
1. Música.
Primeiro, equipar o fabuloso rádio com caixa de CDs.
Comecei por estudar o melhor local para a colocar. O cabo dá perfeitamente para colocar na mala; mas num carro que tive há quase 20 anos, o facto de ter a caixa de CDs na mala era uma chatice. Os mesmos CDs eternizavam-se e quando a pessoa os quer mudar (em viagem), não dá para os trocar em andamento, por mais voluntarioso que seja o passageiro.
Por isso, e porque já vi XMs com caixa de CDs na mala e com caixa de CDs debaixo do banco do passageiro, fui estudar a viabilidade de ali colocar a caixa.
Pois é. Nos XM que têm bancos eléctricos, o motor dificulta um bocado a operação, pois aquele espaço era providencial.
Mas antes de tudo há que testar o aparelho, vindo directamente do OLX (da mala de um Peugeot 306 de 1996, creio).
Tira-se a tampa porta-moedas e o rádio...
Liga-se e....
Nada. Zero. Não funciona.
Oh diabo. Seria do rádio ou da caixa de CDs?
Lembrei-me que há cá por casa outro carro com rádio Clarion, apesar de 10 anos mais novo.
Se a entrada fosse também com o cabo de 12 pins, dava para testar. Rádio fora e...
Nada feito. Não pude testar. Voltemos ao XM.
Lembrando que 99% das vezes em que algo não funciona a culpa é minha, resolvi tentar outra vez. E percebi que o cabo precisava de mais determinação para encaixar no rádio. E bingo.
(O único cd que tinha à mão era este infantil. Sim, eu sei. Eu sei também tudo isso que estão a pensar. E concordo).
Adiante. Agora era saber se instalava o dito debaixo do banco do passageiro ou na mala.
Fui tentar a solução que prefiro. Desforrei a alcatifa lateral à consola central e passei o cabo, por dentro da consola, até debaixo do banco do passageiro.
Depois era saber se conseguia fixar devidamente a caixa de CDs, apesar do motor do banco estar a ocupar espaço precioso. Até deu, mas tive de colocar os tirantes de suspensão entre aqueles ferros e o enchimento do assento (o que não sei se é recomendável)...
... e teve de ficar ligeiramente mais para a frente do que gostaria, bem como ligeiramente inclinado, para não interferir com o motor do banco.
De todo o modo, ficou invisível e não estraguei nada. Assim, vou experimentar como está e, se não gostar, coloco na mala.
Missão cumprida. O XM tem hoje caixa de CDs e tem tudo para se tornar o meu veículo de utilização normal.
2. Ignição.
Passemos para o assunto seguinte, a casa das máquinas.
A ideia era ver as velas, seguindo o conselho do @Rafael Isento , em busca da causa dos engasgos.
Pois sim. Se nos três cilindros da cabeça frente, a coisa é acessível...
... na cabeça de trás é um drama. Não só a pessoa tem de se deitar no cofre para lá chegar, como as velas estão totalmente escondidas.
Vêem? Estão ali debaixo do compressor de A/C e da bomba de alta pressão. É um pincel para lá chegar.
Enfim, mas resolvi ver o estado das velas da frente. Podia ser que algum dos cilindros as revelasse ser aquele que falha de vez em quando, criando os engasgos.
Número 1:
Número 2:
Número 3:
Parece-me tudo bem. Estou a ver mal?
Mas agora é que aparece a boa notícia. Quando estava na operação de tirar as velas (tive de usar o íman para as puxar), olhei para o estado dos cabos das velas.
Oh para este do cilindro do meio, da cabeça da frente:
Tem um pedaço a desfazer-se! O que significa que podem estar outras secções dos cabos a perder isolamento!
E o da esquerda também tem sinais de desgaste:
Ou seja, fiquei com esperanças que fosse daqui a causa.
Até porque, depois de ter montado tudo e de ter ido dar uma volta, o carro ficou a trabalhar a 5 cilindros. Ora, depois de eu mexer no cabo problemático, voltou a ser um
V6 de pleno direito.
Isto é, estou muito esperançoso de que os cabos de velas que vêm a caminho resolvam definitivamente os problemas.
Depois fui ver o nível de LHM.
Carro na posição mais alta:
E repor o nível (a caixa de direcção continua incontinente...)
3. A má notícia.
A tampa do óleo.
Na vareta está bom, mas aqui há maionese.
Não percebo bem. Se fizer viagens de 100kms, nada de maionese. Numa semana fiz percursos muito curtos (só casa-travaoho-casa), e a maionese apareceu.
Parece-me demasiado para ser só condensação, certo?
A minha teoria é que tenho uma ligeira passagem de água para o óleo numa das juntas de cabeça, mas que quando o motor aquece, com a dilatação, ela estanca a passagem. Isso explica que não haja maionese quando faço estrada e autoestrada. Estarei a pensar mal?
Enfim. Vou continuando a vigiar. E a gozar este fabuloso automóvel.
Caixa de cd’s, eu colocaria exactamente aí. Também tive uma na mala e efectivamente não se trocam os cd’s.
Cabos de vela, a esperança aumentou.
Maionese, não sou um super Expert, mas agora parece bastante .
A teoria de muitos kms não fará muito sentido, quanto mais kms, maiores as dificuldades do motor deveriam ser. Bosta.
Caixa de cd’s, eu colocaria exactamente aí. Também tive uma na mala e efectivamente não se trocam os cd’s.
Cabos de vela, a esperança aumentou.
Maionese, não sou um super Expert, mas agora parece bastante .
A teoria de muitos kms não fará muito sentido, quanto mais kms, maiores as dificuldades do motor deveriam ser. Bosta.
O que é certo é que só aparece quando faço pequenos percursos. Com os grandes, não aparece.
E na vareta o óleo continua com boa cor e bom cheiro. Vou estando atento.
Não será devido ao óleo não aquecer bem?
O óleo demora bastante a atingir a temperatura ideal de funcionamento, por vezes só ao fim de 15 a 20 kms está na temperatura ideal.
Mas até parece contracenso, se não aquece tanto a condensação devia ser menor. O que justifica tal é o motor nos trajectos curtos não atingir a temperatura ideal e permirir que o vapor proveniente do líquido de refrigeração passe pelas folgas. Uma vez que o circuito de refrigeração ganha pressão mais rápido que o do óleo, elas tendem a equilibrar-se e pode o vapor passar pelas partes que não se ajustaram por não terem atingido a temperatura ideal.
Claro que isto é mera especulação, esse "fenómeno" é mesmo estranho.
Pode haver aí algo mais
Será que fazendo um trajecto longo essa maionese desaparece ou mantém-se?
Vou ver se encontro informação da arquitetura do PRV e das cabeças multi-válvulas para perceber quais as possibilidades dos circuitos se comunicarem.
Pode também alguma das cabeças estar estalada, ter a face danificada (picada e com falta de material), existir algum respiro de algum circuito para além do do óleo do motor ligado à tampa das válvulas ou existir contaminação do óleo por algum lado.
Vou ver o que consigo descobrir.
Será que fazendo um trajecto longo essa maionese desaparece ou mantém-se?
Vou ver se encontro informação da arquitetura do PRV e das cabeças multi-válvulas para perceber quais as possibilidades dos circuitos se comunicarem.
Pode também alguma das cabeças estar estalada, ter a face danificada (picada e com falta de material), existir algum respiro de algum circuito para além do do óleo do motor ligado à tampa das válvulas ou existir contaminação do óleo por algum lado.
Vou ver o que consigo descobrir.
Desaparece, sim. Um dia não limpei para ver o que acontecia. Fiz uma viagem e desapareceu da tampa.
@Rafael Isento : eu poupo-te o trabalho.
- Se houver porcaria, pode ser junta de cabeça, o-rings onde assentam os cilindros ou cabeça estalada.
- A versão sem porcaria é: uma pequena passagem que estanca a certa temperatura e que da para ir controlando; restos de humidade no circuito por causa do anterior permutador de óleo; condensação.
Nos percursos curtos que fazes costumas travar com o motor (de uma forma mais intensa ou prolongada do que as habituais reduções)? - por exemplo: a descida do final da A13 para Coimbra
Um desafio como eu gosto
Ora, se desaparece não deve ser junta. Aí ou mantinha, ou aumentava. Pelos o-rings também deveria ser idêntico, ou mantém ou aumenta.
Isso é algo mesmo mínimo e que só tem influência porque o motor não atinge a temperatura ideal de funcionamento. Também é algo apenas justificável por diferenças de pressão, resta saber onde.
Aquelas 3 velas era mesmo importante conseguir lê-las
Compreendo a tua frustração para lhes pores a mão, também sofri isso com o 33.
Agora sem A/C é fácil mexer, se o voltar a colocar vou viver novamente esse drama.
Agradeço poupares-me o trabalho mas acho que há mais para ser investigado, vamos ver...
Estive esta semana fora. À chegada, tinha um presente à espera para o XM.
Com esperança de ser a causa do engasgo, lá fui eu agora à noite tratar de trocar os cabos.
O distribuidor está debaixo daquela capa, junto à cabeça da frente.
Sai a capa...
A tampa do distribuidor tem as saídas numeradas, indicando a bobine e os 6 cilindros.
Com algum trabalho para aceder à cabeça de trás, lá com consegui trocar tudo.
Antes de ligar tudo, fui ver a tampa do óleo. Limpinha. Vá-se lá entender isto...
Vamos ao test-drive:
Primeiros metros: pareceu-me estar igual. Voltou a “afogar”, enrolando um pouco até de repente vir a potência toda. Duas vezes.
Mas depois... nunca mais engasgou. Estará resolvido? Ou não é daqui?
Os engasgos podem ser das velas, faz alguns kms para queimar bem e deixá-las no ponto. Depois sim, vê se ficou curado.
Caso o problema seja mesmo dos cabos velhos, algumas velas podem apresentar sujidade devido a combustão ineficiente.
Vais ter que dar algum uso ao Xm para tirares conclusões, de preferência como o @Carlos Vaz gosta , que é para limpar
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