Citröen Citroën GS Club 1974

[Rafael Isento]

Mais uma vez, compreendo o que dizes.
Onde quero chegar é: em caso de dúvida.
Neste caso desmonta-se o que for preciso.
Claro que eu não tenho investigado o GS como tu, como tal acredito no que dizes.
Não cáias é no erro de olhar, bater com o nó dos dedos e: "Ah e tal, deve estar bom".
Ou está bom, ou não está. Dúvidas não podem existir

 

[Renato Martinho]

Embora eu perceba o porquê dessa expressão, não concordo com ela. Para mim, pura e simples, a carroçaria deve estar o mais sã possível. Quando se tem a certeza que os defeitos são apenas de ferrugem superficial, o que dizes faz todo o sentido.
Agora quando há dúvidas?...
... se não fizeres bem feito, que invariavelmente passa por conhecer cada mm2 da chapa, vais ficar sempre de pulga atrás da orelha e nunca vais confiar na integridade a 100%.
Eu acho que se é para mexer, então é para ver tudo. Face ao trabalho que é, acho que compensa o investimento.
Eu se não tivesse feito isso ao AX, nunca teria descoberto o seu passado. Quando o vi todo descascado ia tendo um ataque.
A primeira reação foi desistir logo ali.
Depois de acalmar e ver em detalhe com o chapeiro, chegámos à conclusão que foi uma intervenção bem realizada e da qual não resultava nenhum perigo para a integridade da estrutura. Mas lá está, se não fosse um trabalho daquela natureza nunca teria a confiança no carro que tenho atualmente.
Custa ver as notas nas mãos dos outros, a mim também custou, mas pelo menos sei o que tenho e sei que como tenho é para durar

Estou completamente de acordo, sem tirar nem por .

Acho que os clássicos são um óptimo investimento, nunca fica barato mas é fundamental escolher uma boa base de restauro.
Existe sempre uma previsão do orçamento em função do estado do carro e depois há vários caminhos:
o do coleccionador, o do entusiasta e o do vendedor/comerciante.

Ando sempre a ver se aumento a colecção e hoje fiz 400km ida e volta para ver uma colecção, estive ao pé de vários Citro´s , dos quais 4 GS´s, 2 são Breaks.
Um deles é igualzinho ao teu Afonso, um Club de 12/74 em muito bom estado, bancos em napa preta, todo original.
Provavelmente devem de aparecer na net em breve.

 

[Paulo Jorge Coutinho]

Hoje pus em dia este tópico!
Muita dedicação e algum investimento...
Agora não tenho dúvidas: estás infetado!

 

[António Barbosa]

Boas,

Grande GS! Tenho saudades de os ver nas ruas. O parque automóvel está a ficar tão enfadonho...
Acerca de restauros, eu teria muita atenção nas intervenções que faria a um carro destes. Faria o essencial, mas evitaria paragens de meses/anos, de forma a poder continuar a usá-lo e continuar a criar boas recordações. Que é para isso que eles servem.

Tenho uma Renault 4F em restauro acerca de 6 anos. Foi completamente desmontada, parafusos zincados, carroçaria para um lado, chassis para outro, braços de suspensão zincados, casquilhos novos, etc.. Fiz/faço questão de ser eu a fazer a mecânica, daí também a demora do processo.
Foi o carro onde aprendi a conduzir. Nova em 1986, foi dada como perda total em 1987. Terá voltado à estrada em 1996 e ás minhas mãos em 2003.
Entre marcas de capotamento, colisão e corrosão que obrigou a levar longarinas novas, o pior já passou.

Era extremamente agradável de conduzir. Não fossem as mazelas todas nunca teria sido desmontada, porque tenho saudades de a conduzir.
Entretanto fui buscar um Renault 5 a uma horta, também teve uma vida dificil. Não vai parar!

Boa continuação e um abraço!

Olá André, estive a ler parte da história da tua R4F. Tens algum registo fotográfico destas intervenções aqui no Portal?

 

[André Santos]

Boas,

Não, aqui no Portal não. Fotos tenho imensas e cheguei a colocá-las em alguns (poucos) fóruns mais dedicados ao modelo, mas eram tantas que acabei por deixar de as colocar

 

[afonsopatrao]

Tenho andado cheio de trabalho e sem tempo nenhum para os meus chassos. O Uno ainda vai tendo o mimo de ser usado diariamente. Mas o GS, coitadinho, estava triste e rebaixado (literalmente, pois estava despressurizado) desde o último domingo.
Hoje, por isso, fechei o computador e fui dedicar um bocadinho de tempo ao GS. A missão era perceber por que razão é que o eixo dianteiro fica torto nos primeiros minutos de uso do carro, subindo mais a suspensão do lado direito do que a do lado esquerdo.
Ao fim de algum tempo estabiliza, mas no início, ando com o GS inclinado.
Para despistar, resolvi começar pelo mais simples — as esferas dianteiras podem estar com pressões diferentes e isso pode justificar a inclinação.
Assim, a ideia era trocar a esfera direita com a esquerda e ver se a coisa se mantinha.
Segui à risca o manual de oficina (o que se veio a revelar um erro, como já explicarei):


Primeiro passo, despressurizar o sistema hidráulico. Nos GS de primeira fase, até 1975, não há válvula de segurança nem purgadores separados por eixo. É simplesmente um único parafuso, junto do acumulador central, que deixa sair a pressão.

Com a alavanca na posição mais alta, aliviei o dito parafuso e o carro ainda arreou mais. É aquele parafuso pintado de verde, a indicar que é parte do circuito de LHM


Depois passei a alavanca para a posição de estrada e nada aconteceu.
Decididamente, o circuito estava totalmente despressurizado.

Segundo passo:
Fui dirigir-me às esferas. Com o circuito sem pressão, os cilindros abanam livremente, ficam completamente soltos. É muito engraçado.

A esfera do lado do passageiro saiu sem esforço e sem sujar nada (provando que a despressurização estava bem feita!). Mas a do lado do condutor (a que suspeito estar deficiente)....


Não saiu por nada! Aliás, ela tem marcas de já ter dado luta no passado! Oh para esta cicatriz de guerra, a mostrar onde assentou a chave de tirar esferas:


Para piorar a coisa, quando fiz mais força, todo o cilindro rodou, saindo do "travão" que o prende no lugar. Este onde está a apontar o meu dedo:


Foi então que percebi a razão pela qual no vídeo que há no YouTube sobre a troca de esferas do GS (aqui), ele aconselha a dar uma primeira volta na esfera antes de despressurizar o sistema. É que com a pressão, o cilindro fica fixo e não roda...
enfim, erro de principiante.

Como já tinha de vir para cima trabalhar, achei que o melhor era tirar o carro da garagem, purgar o circuito (e se for só ar no sistema?) e amanhã continuar as hostilidades.


Circuito devidamente purgado e tive direito a uma voltinha. Que conforto!!
E o motor pareceu-me estar cheio de genica, com aquela sonoridade aguda tão tipicamente Citroën.

Amanhã há mais. Amanhã vai ser usado o dia todo!

 

[Renato Martinho]

Tenho andado cheio de trabalho e sem tempo nenhum para os meus chassos. O Uno ainda vai tendo o mimo de ser usado diariamente. Mas o GS, coitadinho, estava triste e rebaixado (literalmente, pois estava despressurizado) desde o último domingo.
Hoje, por isso, fechei o computador e fui dedicar um bocadinho de tempo ao GS. A missão era perceber por que razão é que o eixo dianteiro fica torto nos primeiros minutos de uso do carro, subindo mais a suspensão do lado direito do que a do lado esquerdo.
Ao fim de algum tempo estabiliza, mas no início, ando com o GS inclinado.
Para despistar, resolvi começar pelo mais simples — as esferas dianteiras podem estar com pressões diferentes e isso pode justificar a inclinação.
Assim, a ideia era trocar a esfera direita com a esquerda e ver se a coisa se mantinha.
Segui à risca o manual de oficina (o que se veio a revelar um erro, como já explicarei):


Primeiro passo, despressurizar o sistema hidráulico. Nos GS de primeira fase, até 1975, não há válvula de segurança nem purgadores separados por eixo. É simplesmente um único parafuso, junto do acumulador central, que deixa sair a pressão.

Com a alavanca na posição mais alta, aliviei o dito parafuso e o carro ainda arreou mais. É aquele parafuso pintado de verde, a indicar que é parte do circuito de LHM
Ver anexo 1081130

Depois passei a alavanca para a posição de estrada e nada aconteceu.
Decididamente, o circuito estava totalmente despressurizado.

Segundo passo:
Fui dirigir-me às esferas. Com o circuito sem pressão, os cilindros abanam livremente, ficam completamente soltos. É muito engraçado.

A esfera do lado do passageiro saiu sem esforço e sem sujar nada (provando que a despressurização estava bem feita!). Mas a do lado do condutor (a que suspeito estar deficiente)....
Ver anexo 1081131

Não saiu por nada! Aliás, ela tem marcas de já ter dado luta no passado! Oh para esta cicatriz de guerra, a mostrar onde assentou a chave de tirar esferas:
Ver anexo 1081132

Para piorar a coisa, quando fiz mais força, todo o cilindro rodou, saindo do "travão" que o prende no lugar. Este onde está a apontar o meu dedo:
Ver anexo 1081133

Foi então que percebi a razão pela qual no vídeo que há no YouTube sobre a troca de esferas do GS (aqui), ele aconselha a dar uma primeira volta na esfera antes de despressurizar o sistema. É que com a pressão, o cilindro fica fixo e não roda...
enfim, erro de principiante.

Como já tinha de vir para cima trabalhar, achei que o melhor era tirar o carro da garagem, purgar o circuito (e se for só ar no sistema?) e amanhã continuar as hostilidades.
Ver anexo 1081134

Circuito devidamente purgado e tive direito a uma voltinha. Que conforto!!
E o motor pareceu-me estar cheio de genica, com aquela sonoridade aguda tão tipicamente Citroën.

Amanhã há mais. Amanhã vai ser usado o dia todo!
Ver anexo 1081135

Cuidado!
Se o cilindro rodou, não estragas-te nada por baixo?

Na minha opinião já que se está a mexer, é logo trocar por esferas novas, são baratas e fica resolvida a questão, no forum GSAventure até falam bem das IFHS.

É perigoso andar com a esfera assim e essa "dentada" é recente, se fosse de "guerra" estava enferrujada, gajo que fez isso não percebe peva da coisa.

É preciso ter atenção onde deixamos os carros a reparar, tens de ser tu a começar fazer as coisas senão os xanateiros apenas te vão ajeitando e mal o GS.

Ah e essa chave de filtro não é grande coisa, tenta arranjar outra, tenho uma igual e foi das piores que comprei.

Arranjo bastante material para os nossos GS e não só, se precisares de algo é só dizeres.

Bons trabalhos

 

[afonsopatrao]

Com pressão, as esferas não se mexem nem para a desenroscadela inicial; sem pressão o cilindro da roda dianteira esquerda sai do seu travão. Ou isto tem truque ou vou ter de dar um jeito naquele travão do cilindro para o manter quieto no sítio...

 

[Renato Martinho]

Com pressão, as esferas não se mexem nem para a desenroscadela inicial; sem pressão o cilindro da roda dianteira esquerda sai do seu travão. Ou isto tem truque ou vou ter de dar um jeito naquele travão do cilindro para o manter quieto no sítio...

Se estivesses mais perto ajudava-te e passávamos uma boa tarde desportiva em volta do GS

 

[afonsopatrao]

Se estivesses mais perto ajudava-te e passávamos uma boa tarde desportiva em volta do GS

Obrigado!! De todo o modo, não estou muito preocupado. Julgo que não será das esferas. Pode ser apenas da folga que ainda tenho graças aos fluid-blocs e da bielete de ligação à barra estabilizadora.

Hoje não parou. Nada melhor que passear em família num carro deste conforto.

 

[Luís Filipe R Batista]

Acabo de ler esta odisseia e que coisa boa de se ler! É viciante! (andei a ultimas semanas colado nisto)

Estás de parabéns Afonso, este tópico é digno de se guardar para a eternidade pois os relatos, descrições, fotos e todos os pormenores que por ti são mencionados são melhores que qualquer livro técnico!

Tens sido uma inspiração, o pouco tempo que tenho dedicado ao Alfa tenho sempre aprendido alguma coisa e como tenho adorado! (a minha formação é eng. mecânica mas nunca coloquei as "mãos na massa" pois a minha profissão nada tem a ver com isto) só fazendo nós mesmo percebemos a dificuldade das coisas, podemos saber a teoria mas depois falta o engenho e mestria de mãos para colocar em prática. Com isto quero dizer que o "querer" é o primeiro passo e tu és um exemplo disso!

Vou continuar a seguir

P.S.: Vou espreitar o DB do UNO

 

[afonsopatrao]

Acabo de ler esta odisseia e que coisa boa de se ler! É viciante! (andei a ultimas semanas colado nisto)

Estás de parabéns Afonso, este tópico é digno de se guardar para a eternidade pois os relatos, descrições, fotos e todos os pormenores que por ti são mencionados são melhores que qualquer livro técnico!

Tens sido uma inspiração, o pouco tempo que tenho dedicado ao Alfa tenho sempre aprendido alguma coisa e como tenho adorado! (a minha formação é eng. mecânica mas nunca coloquei as "mãos na massa" pois a minha profissão nada tem a ver com isto) só fazendo nós mesmo percebemos a dificuldade das coisas, podemos saber a teoria mas depois falta o engenho e mestria de mãos para colocar em prática. Com isto quero dizer que o "querer" é o primeiro passo e tu és um exemplo disso!

Vou continuar a seguir

P.S.: Vou espreitar o DB do UNO

Muito obrigado, Luís! Inspiração é o teu Alfa, em estado de concurso... É também por causa dele que me esforço num carro bem mais lento (mas vá, tem umas suspensões mágicas, para compensar).
Formação em engenharia mecânica também eu queria... Talvez não me sentisse um boi a olhar para um palácio. Mas vou tentando aprender. E pouco a pouco, vai dando frutos!

Um abraço e obrigado!

 

[Luís Filipe R Batista]

Muito obrigado, Luís! Inspiração é o teu Alfa, em estado de concurso... É também por causa dele que me esforço num carro bem mais lento (mas vá, tem umas suspensões mágicas, para compensar).
Formação em engenharia mecânica também eu queria... Talvez não me sentisse um boi a olhar para um palácio. Mas vou tentando aprender. E pouco a pouco, vai dando frutos!

Um abraço e obrigado!

Tenho ainda a corrigir alguns pontos no meu, o senhor a quem o comprei andava muito pouco com ele pelo que é natural agora com mais algum uso os problemas começarem a dar sinal. A mecânica é bastante simples e intuitiva mas só "mexendo na coisa" é que vamos aprendendo a fazer. O problema da faculdade é mesmo este, teoria e mais teoria...

Com a suspensão que tenho no meu por vezes penso que estou a navegar em mar alto
Acredito que o teu GS deixe muito alemão (mesmo os mais actuais) a penar em termos de conforto.
A velocidade não é tudo num carro, sou apaixonado também pelas duas rodas e em ambos, a escolha dos veículos que tenho dei prioridade a outros factores. Na minha opinião o mais importante é irmos atrás das nossas paixões, e estes "brinquedos" puxam muito pelos sentimentos muitas vezes me revejo nos teus relatos eheheh

Um abraço e continuação de bons trabalhos!

 

[afonsopatrao]

Ora o rapaz tem estado pouco activo por falta de instalação de Fluid-Blocs no braço de suspensão inferior direito, com medo que aquela folga gigante acabe por causar danos em outros elementos da suspensão. Só dá umas voltinhas ao domingo.
O problema era os fluid-blocs não terem chegado e eu não ter quem os coloque (actividade que exige prensa e uma ferramenta específica).
Finalmente, hoje resolveram-se as duas coisas:
1. Chegaram os Fluid-Blocs:

2. Deram-me o contacto de um mecânico da Citroën em pré-reforma. Já falei com ele (mas está ocupado de volta de um DS), pelo que só terá tempo para o meu GS daqui a semana e meia. Já faltam mais.

Além disso, hoje CONSEGUI a outra óptica bi-iodo que faltava! No OLX, com um vendedor que, mais uma vez, nunca tinha reparado que uma das ópticas de GS que por lá andavam tinha duas lâmpadas em vez de uma.


Está é uma Cibié, igualzinha à minha, o que me dispensa de procurar um adaptador de máximo diferente.

 

[António Barbosa]

Ora o rapaz tem estado pouco activo por falta de instalação de Fluid-Blocs no braço de suspensão inferior direito, com medo que aquela folga gigante acabe por causar danos em outros elementos da suspensão. Só dá umas voltinhas ao domingo.
O problema era os fluid-blocs não terem chegado e eu não ter quem os coloque (actividade que exige prensa e uma ferramenta específica).
Finalmente, hoje resolveram-se as duas coisas:
1. Chegaram os Fluid-Blocs: Ver anexo 1081646

2. Deram-me o contacto de um mecânico da Citroën em pré-reforma. Já falei com ele (mas está ocupado de volta de um DS), pelo que só terá tempo para o meu GS daqui a semana e meia. Já faltam mais.

Além disso, hoje CONSEGUI a outra óptica bi-iodo que faltava! No OLX, com um vendedor que, mais uma vez, nunca tinha reparado que uma das ópticas de GS que por lá andavam tinha duas lâmpadas em vez de uma.
Ver anexo 1081649 Ver anexo 1081650

Está é uma Cibié, igualzinha à minha, o que me dispensa de procurar um adaptador de máximo diferente.

Aos poucos estás a pôr esse GS numa forma invejável. Quando arranjares um esquema legendado dessa suspensão 'mágica' publica-o pois não consigo imaginar a função desses fluid-blocks.
A ultima foto tem ar de ser uma ilusão de óptica

 

[afonsopatrao]

Os fluid-blocs são casquilhos; ficam na ligação do braço de suspensão inferior ao charriot.
Não tem a ver com a hidropneumática, mas com a arquitectura da suspensão; por isso é que deixaram de aparecer nos BX, quando se adoptou uma arquitectura McPherson no eixo dianteiro, ainda que com hidropneumática em vez de molas e amortecedores.
É o número 9:


Já o braço superior não tem um fluid-bloc (casquilho) mas um rolamento (o n.º 6).

Obrigado pela palavras, @António Barbosa .

 

[Edgar.Guerra]

Ufa!!! Finalmente, consegui ler o tópico todo! Que odisseia! Verdadeiramente inspirador. Parabéns Afonso, vou continuar a seguir com atenção as cenas dos próximos capítulos.
Este tópico e o espírito de entreajuda demonstrado ao longo destes quase 2 anos é também um elogio ao Portal dos Clássicos e um exemplo vivo do que esta comunidade deve ser. Espero que tipos como eu e o Afonso possamos continuar a aprender com os "mestres", para que um dia possamos também ser nós a ajudar os novatos a cuidar e manter a rolar os nossos queridos clássicos.
Um forte abraço

 

[afonsopatrao]

Obrigado, @Edgar.Guerra ! Na verdade, não me aventuro tanto a mexer no GS como eu gostaria. No Uno sou muito mais aventureiro, talvez por saber que qualquer disparate tem resolução fácil e barata. No GS sou mais mariquinhas, e passo talvez demasiadas coisas para quem sabe...

Quanto ao dito: não tem andado muito. Por um lado, por uma série de vicissitudes pessoais e profissionais que me têm deixado longe do portal e dos carros; por outro, porque está tanto calor que pura e simplesmente não tenho conseguido deixar de usar o moderno, por causa do Ar Condicionado. Acessório essencial para quem é obrigado a trabalhar de gravata.

Mas hoje foi excepção: o GS foi ao novo doutor (que me foi indicado pelo anterior doutor) para finalmente colocar os fluidblocs no braço direito inferior dianteiro, bem como a bielete de ligação à barra estabilizadora.
De manhã fui levar as miúdas ao jardim-escola no "carro que sobe e desce"...


E depois de almoço, com os termómetros a marcar 39º em Coimbra e um GS que passou a manhã toda ao sol, lá segui para o mecânico. Cerca de 15kms de viagem em que, mais uma vez, o raio do carro me surpreende pelo conforto de bordo. É algo de facto sem paralelo, pois a pessoa sente as irregularidades sem que elas incomodem minimamente. Um show.

Lá ficou a tratar da suspensão, amanhã já o devo ir buscar.

Quanto ao facto de ele inclinar ao subir de manhã, o novo doutor deu logo a solução: é o rolamento do braço superior que estará gripado e, por isso, a não deixar a suspensão trabalhar livremente.
Lá vou eu juntar o rolamento à lista de compras.

 

[António Barbosa]

Ainda bem que é só um rolamento!

 

[afonsopatrao]

O doutor n.° 2 não resolveu; voltou ao doutor n.° 1. Fluid-blocs instalados e está um tapete voador absolutamente magnífico.
Hoje estava mesmo a precisar de uma voltinha nele.

Sem folgas e de um conforto lendário. Um espectáculo de carro.


(No doutor n.° 1 estava um BX GTI 1600. Uma perdição. Esta coisa pelos BX não me passa por nada, irra...).