Carros Emigrados

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Pedro Pereira Marques

Pedro Pereira Marques

Pre-War
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Este tópico é um misto de sensações. Se por um lado gostava que os carros cá ficassem, por outro gosto de ver que são muito bem preservados lá fora. Sinto-me tristente... :mellow:

De qualquer modo é uma alegria ver e rever este tópico. Tanta fotografia bela, carros lindíssimos, um Portugal diferente...

Obrigado a todos pelas contribuições. E, Francisco, aquele 250 Gt laranja ou amarelo torrado é de ficar literalmente a apreciar a fotografia durante largas dezenas de minutos como um miúdo a olhar para uma montra de gelados.
 

João Paulo Ferreira

Portalista
Portalista
Ferrari 250 GT SWB Berlinetta Scaglietti GF-50-32.

Ei-lo aqui em plena acção pelas mãos do seu proprietário Mauricio Macedo.

E actualmente residente na colecção de Ralf Lauren.
 

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João Paulo Ferreira disse:
Ferrari 250 GT SWB Berlinetta Scaglietti GF-50-32.

Ei-lo aqui em plena acção pelas mãos do seu proprietário Mauricio Macedo.

E actualmente residente na colecção de Ralf Lauren.
Como é que alguém consegue vender uma coisa linda destas? :blink:
 

Francisco Dias

Veterano
Há poucos meses atrás em venda. Foi vendido a um comerciante|coleccionador belga. Chegado à Bélgica foi novamente vendido quase de imediato.
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João Pereira Bento

128coupe
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Francisco Dias disse:
Há poucos meses atrás em venda. Foi vendido a um comerciante|coleccionador belga. Chegado à Bélgica foi novamente vendido quase de imediato.
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Nem 10 Jaguar E importados podem compensar este carro! Mas antes fora de Portugal do que acidentado ou abandonado. ;)
 

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Pedro Pereira Marques

Pedro Pereira Marques

Pre-War
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Mais uma Giulietta de 1955, das primeiras a serem fabricadas com certos pormenores exclusivos como capot em alumínio, etc. Estes primeiros modelos são extremamente cobiçados pelos coleccionadores, muito raros e com grande valor.

Esta ainda bem que foi para fora, Itália mais uma vez, vais ser restaurado ao pormenor.


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Nuno Jorge

Veterano
OPS......... laugh.png Sorry....
 

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João Luís Soares

Pre-War
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Delegado Regional
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Marco Reis disse:
O Maserati, o Alfa e o Jag duvido que sejam Portugueses....Matrícula muito provavelmente Holandesa.
Alguém me corrija se errado.
Certo.

No Alfa e no Jaguar essa informação está no texto.
 

João Pereira Bento

128coupe
Premium
Portalista
Um VW que foi vendido na feira de Padova em 2011.







Segundo consegui apurar foi vendida em torno dos 50 mil euros. Mesmo com uma pintura de várias cores. :)

 
[SIZE=medium]Falta neste tópico a visão do lado do vendedor. Ou melhor, o testemunho daquele(a) que tendo um carro absolutamente “fora de série” não se sente minimamente atraído(a) pela possibilidade do seu uso nem pretende gastar o seu tempo e dinheiro na sua manutenção.[/SIZE]

[SIZE=medium]O “desenvolvimento económico” português nos anos 50 e 60 do século XX possibilitou que algumas famílias acumulassem recursos financeiros que lhes permitiram manifestações externas de “riqueza e bem-estar” nas quais se incluíram naturalmente as viaturas topo de gama e de desporto. Quem se lembra das reações de incredulidade dos grandes construtores italianos de viaturas de desporto relativamente à concentração das suas vendas em algumas freguesias portuguesas? [/SIZE]

[SIZE=medium]O que fazer com o V12 parado há 10/15 anos na garagem? Que fazer com o carro de corridas com o motor meio desmanchado, cansado e incompleto que atravanca o fundo da oficina do mecânico amigo do pai ou do tio? Agora que a fábrica de fiação da família não é mais do que uma recordação e que a casa grande está à venda para partilhas, o que fazer aos automóveis que a geração anterior adquiriu e que nunca admitiu que, um dia, pudessem ser vendidos?[/SIZE]

[SIZE=medium]Hipótese 1 - Vendê-los, claro![/SIZE]
[SIZE=medium]Venda discreta, de passa palavra, de preferência para alguém próximo, que os possa conservar “dentro do espírito do proprietário inicial”. Receita fraca. Os potenciais compradores ou não têm dinheiro, ou acham que não se justifica pagar muito (afinal de contas vão ter despesas e ainda a obrigação moral de conservar “o tal espírito”.[/SIZE]
[SIZE=medium]Venda pública, sujeita à melhor oferta. Receita certa. E o mais natural será a sua saída do país. Mas tal sucede porque, em bom rigor, o desenvolvimento económico português nunca justificou a sua entrada inicial e muito menos agora justifica a sua manutenção.[/SIZE]

[SIZE=medium]Hipótese 2 – Expô-los no museu![/SIZE]
[SIZE=medium]Reservando a sua propriedade e comparticipando a sua manutenção, podendo ocasionalmente beneficiar do seu uso.[/SIZE]
[SIZE=medium]Em geral, pura quimera. O país não se mostrou interessado em manter este património. Faça-se, no entanto, justiça aos museus de Fafe, Caramulo, Transporte e Comunicações do Porto e, também, ao de Oeiras. Famalicão foi uma oportunidade perdida e o de Lisboa (Fernando Pessa) foi um diz que disse, faz que não faz e foi abaixo.[/SIZE]

[SIZE=medium]Hipótese 3 – Deixar a rapaziada meter a mão “na massa”.[/SIZE]
[SIZE=medium]Chegam os “benjamins” para bricolar no velho Ferrari. Mete bateria, gasolina, horas a dar ao motor de arranque, tira velas, põe velas, segue o curso dos fios do sistema eléctrico (puxa para ver se está solto), mais motor de arranque, gasolina para dentro dos carburadores, …[/SIZE]
[SIZE=medium]Pegou. Fantástico, ao fim de 20 anos de imobilização. Acelera, acelera, deixa ouvir o rouco do V12. Meio gás, pé no fundo até “à tábua”. Vroum, Vroum[/SIZE][SIZE=18pt], Vroum, Crash, [/SIZE]silêncio. Válvulas, biela ou cambota. Pouco importa. O motor já era.
[SIZE=medium]Pior, só seria se o motor aguentasse. Porque então também a carroceria correria sérios riscos.[/SIZE]

[SIZE=medium]Hipótese 4 – Oferecer-me o carrito![/SIZE]
[SIZE=medium]Horror. E depois o que é que eu faço. Não tenho dinheiro nem para o por a trabalhar como deve ser. Vou guardá-lo na garagem dos meus pais. Meto-lhe dois sacos de naftalina dentro e 6 armadilhas para ratos em redor. Serei feliz?[/SIZE]

[SIZE=medium]Moral da história:[/SIZE]
[SIZE=medium]Os carros saem do país porque não temos como conservá-los e há quem pague mais por eles. [/SIZE]
[SIZE=medium]Ficam as fotos e a nostalgia.[/SIZE]
[SIZE=medium]Gosto deste tópico.[/SIZE]

[SIZE=medium]Já agora, um dos carros que estava no museu Fernando Pessa, antes da sua demolição. Reconhecem-no?[/SIZE]

Ver anexo 313695

[SIZE=medium]Pedro Ferreira[/SIZE]
 

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Pedro Pereira Marques

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Pedro MVS Ferreira disse:
em bom rigor, o desenvolvimento económico português nunca justificou a sua entrada inicial e muito menos agora justifica a sua manutenção.
Muito boa contribuição Pedro. Penso que explicaste muito bem o fenómeno. Citei esta tua frase, porque acho que é uma verdade absoluta, apenas gostaria de a ver aplicada a outras coisas mais "bacocas" do que a veículos clássicos... mas é a verdade.

Gostei também da expressão "veículos de desporto", era de facto a expressão que se usava assim como "veículos de sport".

Um grande abraço.
 
Por mais que goste de carros há oportunidades que não se podem deixar escapar..Acabei por vender o Moretti 1200 falado no inicio do Tópico após um ano de longas e mesmo longas conversações com o dono actual.
Há carros que merecem ser restaurados por quem sabe e por quem pode gastar 200.000€ num restauro com o meu ex-Moretti vai ter.
Acima de tudo fiz um excelente amigo tanto que fiquei convidado a andar nele assim que estiver pronto..talvez por Pebble beach 2015.
Mas nem tudo é assim..
Este ano esteve à venda por cá este Toyota S800 muito raro por 7500€ e niguem ficou com ele...e claro que foi para fora..
Estava muito alterado mas mesmo assim é um carro muito raro..
 

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