É um "berimbelho" para reiniciar o indicador do tablier que diz quando se tem de fazer novamente a revisão... Todos os BMW têm uma coisa destas, de uma forma ou de outra, desde os primeiros anos da década de 80. Eu depois mostro-o em acção!
Eu ainda pensei em dar a este tópico o título "BMW E30 Touring II - A vingança!", porque desta vez a coisa é pessoal... a escolha não foi por acaso, foi mesmo em jeito de vingança pela outra que tive de vender. Por isso não é mesmo uma qualquer, apesar do que insinuem as letras da matrícula...
Ando sempre de candeias às avessas com o reiniciar dos contadores de serviço destes carros, por isso mandei vir este brinquedo de uma empresa especializada do Reino Unido, que só faz disto. Entre o preço e os portes, ficou em cerca de 10€. Parece ser muito simples de usar, e pelo menos é algo feito no nosso continente e não daquelas milhentas tretas feitas na china...
Ainda não experimentei, só estive na garagem o tempo de tirar as fotos, mas assim que houver novidades (ainda não deve ser amanhã nem sexta porque me enfiaram com umas aulas do doutoramento), eu escrevo!
Eduardo, sem dúvida que é mais "chique", mas uma "lâmpada de ponto" ligada à massa e ao terminal "7" da ficha de diagnóstico faz precisamente o mesmo e como de certeza que tens uma sai muito mais barato...
Eu sei, Rafael, mas nunca me ajeitei com essa rotina e nuns resulta melhor que noutros. No E34 fiz isso várias vezes. Nesta já tentei duas vezes mas não resultou, por isso é que decidi comprar isto, pelo menos para ter a certeza se o mal é meu ou do circuito no tablier... saber qual dos dois é que está a ficar maluco!
Bem, esta noite, com a primeira leva de testes já pelas costas, não resisti a ir para a garagem terminar o serviço nos injectores.
Terminei a montagem dos que ainda faltavam, e cravei-os todos ao rail. Nestes passos só há um cuidado a ter, que é de nunca instalar os o-rings em seco, devem ser sempre mergulhados em óleo de travões. Depois de enfiados todos nas golas, prendem-se novamente com os clips. Não tenho fotos destes passos porque a máquina ficou sem bateria e só passado um pedacito é que me trouxeram as pilhas para substituír.
A tampa dos balanceiros voltou a saír do sítio para dar mais espaço de manobra para meter tudo de uma vez...
Com os o-rings lubrificados, empurra-se bem à mão para o lugar, ou com a ajuda de uma chave de fendas grande faz-se alavanca entre o rail e a parte de baixo da câmara de admissão. Está no sítio certo quando os buracos para os parafusos de fixação alinham com os furos:
Não esquecer de deixar todos os terminais dos injectores virados e alinhados para o lado do pendura, porque depois há que aplicar a calha dos terminais eléctricos. Esta encaixa nas fichas de todos os injectores, e dá ligação aos sensores que ficam junto ao termostato:
Do outro lado, em baixo, está o conector que liga esta calha ao sistema Motronic, que tem um encaixe semelhante ao da tampa da tomada de diagnóstico, ou seja, encaixa e enrosca.
Depois disto, e antes de ligar o tubo da alimentação, tirei o resguardo do relé da bomba de gasolina, e fiz-lhe um bypass nos terminais para a ligar directamente:
Assim extraí os últimos resquícios de gasolina velha que havia na tubagem, foi toda cuspida para fora:
Depois disto, liguei os tubos ao sítio certo, e pus a gasolina nova no tanque. Novo bypass e vem o "sumo" novo pela veia acima. Ouve-se a gasolina a entrar e encher o rail, e quando soar o excesso a caír de volta no depósito (faz um som de líquido a cair de alto), é porque está cheio. Está na altura de repôr o relé no sítio, e dar à chave.
O resultado? Depois de uns segundos para dissipar todas as bolhinhas que ainda restavam, ficou suave como seda... ainda nunca o tinha ouvido assim, ficou uma delícia. Claro que não pode estar muito tempo (ainda tem o circuito de arrefecimento vazio), mas deu para ver que o resultado foi o pretendido.
Agora resta dar a limpeza ao dito circuito, trocar o termostato, repôr todos os acessórios no sítio, e atestar com o bendito do Paraflu, que ainda não chegou...
Bom, pelo menos já começa a ter outro aspecto e outro som. O mimo começa a dar frutos! Falando de aspecto, aproveitei que a tampa dos balanceiros veio cá fora para a retocar, porque foi salpicada pela gasolina quando tirei os tubos da gasolina ao desmontar, e limpou um bocadinho da pintura. Problema resolvido, e de volta à aparência pretendida:
Este fim-de-semana, dê por onde der, esta menina terá a revisão terminada... quero-a a circular, porque o tempo de andar de Spider terminou... pelo menos durante o dia, está calor demais para descapotável.
Eu mexo em carros meus desde os 14 anos, e ainda nunca vi nada com provas dadas a longo prazo de proteger o interior do motor como o Paraflu. Já vi motores com 40 anos sem serem mexidos a nível interno, mas que sempre tiveram Paraflu no circuito, e o interior das galerias do circuito continua como nova ao fim de todo esse tempo.
Ainda nunca vi um carro que tivesse usado sempre isto, e trocado com a periodicidade recomendada (salvo erro, na maioria dos casos é de 2 anos), que tivesse o circuito entupido e sujo. Antigamente quando ia para trocar o anticongelante (normal) ao fim de um ano estava castanho... os Fiat, assim como estes BMW, por terem as peças do motor em metais diferentes, são muito vulneráveis a fenómenos de corrosão e degradação interna do alumínio. Mas isso acontece especialmente em motores que não foram tratados devidamente, com o produto certo.
Até hoje nunca tive nenhuma situação que me fizesse questionar a sua eficácia, por isso, como se costuma dizer, em receita ganhadora não se mexe. Sim, é caro... mas um radiador novo também. E a cabeça do motor pior ainda... e todo o trabalho com entupimentos e afins, é para esquecer.
Bem, este fim-de-semana já fizemos grandes progressos... começando por uma faxina ao circuito de arrefecimento. Primeiro passo foi tirar o termostato velho. Por baixo a coisa não parecia nada mal...
Mas olhem o que havia lá escondido dentro...
Estava cheio da "diarreia" do alumínio corroído, e inclusivé alguma nata cristalizada na superfície interior do suporte do termostato. Foi tudo lavado e limpo com escovilhão de arame para voltar a ter só metal limpo.
O radiador foi passado em ambos os sentidos com a máquina de alta pressão...
E o miolo lavado também da mesma forma. Quando se dispara do lado de dentro para fora, é assustador a porcaria que dali sai... a água é completamente preta!
Desconfio que este radiador já viu melhores dias, mas por enquanto fugas não tem... e depois desta lavagem pouca porcaria deve ter sobrado lá dentro.
Bom, mas enquanto o radiador escorria, virei-me para aqui pra dentro:
A ideia original era só passar o jacto pelas galerias internas do motor para soltar alguma porcaria, mas entretanto entusiasmei-me e... lavei tudo!
A diferença foi dramática, sem exageros... obviamente protegi o distribuidor e a bateria saíu do sítio, mas de resto foi esguichadela pra cima... estava tudo tão nojento que não tive pena de nada. Saíram-lhe anos de cima, só vos digo... e com um dia em que os termómetros passaram dos 35º, secou tudo num instante. Deixei isto a secar enquanto fomos almoçar com a família, e quando voltei estava pronto a montar. Peguei no material e toca a pôr tudo no lugar.
Passado pouco mais de uma hora, estava a atestar o circuito. E passado mais um pedaço, estava a fazer a purga ao circuito e toca de ir dar uma volta:
Entretanto já rolou umas quantas vezes... tenho de me conter, porque o ronco daquilo é um vício complicado de largar...
Este fim-de-semana veio cá um amigo meu que já não via há algum tempo, que também é um petrolhead, e quando o levei a dar uma volta, ficou maluco com a banda sonora... assim como um colega meu, partilhante da mesma fé, que hoje levei a dar uma (bem rápida!) volta pela zona industrial, que saíu de lá a encher-me de nomes... Acho que eu e a minha Touring estamos a aumentar a procura dos 320i a um ritmo interessante...
Falando nisso, tenho cá uma teoria sobre este motor... havia algum italiano a trabalhar na divisão de motores quando projectaram o M20B20? Isto não é um motor alemão normal...
(...)
Falando nisso, tenho cá uma teoria sobre este motor... havia algum italiano a trabalhar na divisão de motores quando projectaram o M20B20? Isto não é um motor alemão normal...
Assim de repente quem olhar para esta ultima foto do motor e para uma das primeiras já nem o reconhece. Essa E30 teve sorte de vir parar as mãos de quem lhe sabe dar o tratamento que merece, tanto na preservação/restauro como ao motor e pedal direito...
Ahahahah! Podes crer! Aquilo está mesmo falido, tenho de ver de outro! Mas enquanto isso não acontece, o varão de madeira faz o serviço...
Olha que quanto aos projectistas não sei, porque mesmo abaixo disso aquilo já ronca... os primeiros sinais de vocalidade surgem logo perto das 3,000 rpm, e quando passa das 4200 então... ui! Já estive a estudar as especificações das cames, e a do B20 é muito parecida à do B25, mas é mais cruzada, prática comum dos italianos...
Tenho de ver se consigo filmar isso como deve ser, mas a minha máquina tem um microfone de treta... não ia fazer justiça ao som fenomenal. Mas ainda hei-de tentar!
Este tópico começa de certa forma a provocar em mim uma certa inveja é que tirando muda de oleo e filtros ainda não fiz nada na minha o reset na minha foi feito com o tal "chante" mas só resultou á terceira ,se o 318 já tem um barulhinho interessante um SIX deve ser mesmo uma sinfonia
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