Apresentação João Pedras

João Pedras

Fiat 124 Familiare ❤
Premium
Portalista
Bons dias
Venho fazer a minha apresentação, “só agora”, embora já cá ande á alguns tempos como espectador. O mundo dos clássicos sempre foi algo que me despertou bastante interesse, tudo começou com o meu pai que era mecânico. Embora não tenha nenhum clássico de momento já, mas já vivi muito tempo com eles.
Beijinhos e abraços
João Pedras
 
OP
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João Pedras

João Pedras

Fiat 124 Familiare ❤
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Portalista
Bons dias
Vou descrever um bocadinho esta minha ligação aos clássicos. Quando nasci o meu pai tinha um Opel Olimpia Rekord P1, e se não me engano de 1954, lembro-me que era cinzento e os meus pais contavam “n” peripécias com o Opel, desde a ficarem sem luzes durante uma das viagens do Alentejo e terem de pernoitar em Montemor-o-novo , de se partir o veio de transmissão e ai ainda me lembro de ir a um sucateiro á entrada de Évora que pedia mais por ele do que o carro valia, acabando por ser reparado. Na altura da reparação da avaria das luzes o meu pai fez a conversão para 12v, para melhorar a iluminação. Em 1984 nasce o meu irmão e como o Opel tinha o chassi um bocado para o podre o meu pai pensou em arranjar outro para arranjar, mas não conseguiu e acabou por vender o carro na altura por 10 contos nunca mais me vou esquecer desse dia, passei a manhã dentro do carro á espera que o comprador o fosse buscar como tinha ficado combinado. Até chorei. Nessa altura já havia outro varro cá por casa um renault 5 TS, comprado em 2º mão com dois anos, era o 1300cc e foi comprado á embaixada francesa, já vinha com cintos atrás e tudo, mas que máquina. Depois de muitas peripécias foi vendido em 1991 para o Norte já com alguns podres, sendo substituído por um renault 19 1.4 GTS, outra grande máquina.
Por esta altura o meu tio vendeu o mini (não sei qual a versão) e comprou uma carrinha Ford Escort MKII 1.3 cx de 4 , muito bom para brincar era cada atravessadela. O meu avô que este emigrado em frança durante 18 anos comprou lá um renault 16 TL 1600cc, outra grande máquina. Enquanto estava emigrado ainda comprou um tractor dos anos 50 um Massey Ferguson, vermelho, parecia a cara de um gafanhoto com a grelha cinzenta. Até teve direito a ser restaurado pelo meu pai e o meu tio. O meu tio trabalhava na Lisnave e era ele que fabricava todas as peças necessárias no torno. O meu pai começou a profissão de mecânico quando aos 14 anos veio para Lisboa, todo a família é do Alentejo, mais propriamente da Vendinha uma aldeia que fica entre Évora e Reguengos de Monsaraz. Foi aprender o oficio para as OGME ( Oficinas Gerais de Material de Engenharia) em frente á estação de comboio de Belém. Ai este até ser mestre e ser a vez de ele ensinar o oficio a outros rapazes da mesma idade em que ele também começou. Depois e já não sei em que ano passou para o DGMG (Deposito Geral de Material de Guerra) em Beirolas, Sacavem. Agora é que começava todo um mundo de fantasia para mim. Estava na secção “CRGE” já não me lembro o que significava, onde recebiam todo o material para abater (vender a sucateiros por lotes ou disponibilizar a instituições como Bombeiros Voluntários) proveniente do exercito a nível nacional. Era um terreno com uma área brutal cheio de carros de combate e também as viaturas normais de serviço como VW carochas, MB W123, Citroën FAF, Berliet, carinhas Morris, UMM, Unimog 411 e a versão maior, jeep’s Cj3, Cj5, tambem havia motas Harley, Vespas e muitos mais que agora de repente não me lembro. Escusado será dizer que adorava ir para o trabalho do meu pai. Aprendi a conduzir num UMM que mal travava e não tinha o corte da bomba injectora para se poder desligar então o troque era encostar á parede, engatar a 4ª e tirar o pé da embriagem, muito prático. Até o meu irmão que é 6 anos mais nova que eu também chegou a conduzir um UMM de instrução, que mais poderia haver para realizar uma criança. Agora já mais velho , aos 14, 15 anos, comecei a trabalhar aos fins de semana com o tractor do meu avô o Massey Ferguson. Que acabou por ser trocado por um renault 55.14 LB de tracção ás 4. Com 52cv mas que fazia inveja a muitos de 70cv, neste fiz muitas horas de trabalho na lavoura das vinhas. Como tenho saudades desses tempos. Depois por voltas do ano de 2000 comprei o meu 1º carro uma renault 4 GTL de Janeiro de 1984, estava impecável, na altura custou 200 contos, tinha bomba de água nova, bateira e pneus novos na frente. No fim desse mesmo ano um indivíduo entra numa rotunda “á papo seco” e lá vai a minha 4L para a sucata, se fosse hoje tinha comprado outra nem que fosse sem motor e com a ajuda do meu pai ficava como nova. Acabei por comprar um Corsa A 1.5 TD de 1992, que para quem tinha uma 4L era um grande canhão e muito evoluído, tinha vidros eléctricos, fecho centralizado, tecto de abrir, jantes em liga leve, outra grande máquina que entregou a alma ao criador em 2003 depois de fazer + ou – 350.000 km, rachou a cabeça junto aos injectores. Nessa altura ainda foi vendido a um primo em que o pai tinha sido mecânico na Toyota e reparou o motor. Nessa mesma altura a minha namorada estava a tirar a carta e então andava á procura de um carro comercial para nós (para ela andar) mas acabei por comprar um Corsa C 1.7 DTI novo mas desvalorizado, já tinha saído a 2ª serie do Corsa C, uma grande compra, ainda é o carro actual e à de ser até partir, que seja daqui a alguns anos. Em 2002 comprei a “minha velhinha” uma Honda CB seven-fifty de 1992, que já conta com 150.000km. Tenho um clássico em vista, um Land Rover serie.
Aqui fica um pouco da minha “estória”.
Beijinhos e abraços
João Pedras
 
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