Um 02 com altura dum Diablo Fantástico 
Francisco Lemos Ferreira disse:
Huambo 1973
A estória deste carro é algo confusa. O próprio Amadeu Inácio não se recorda dos seus detalhes com exactidão.
Há uma história nas corridas de Amadeu Inácio, antes e depois das 6h do Huambo de 1970. Por uma razão muito simples: o seu carro mais competitivo "acabou" a meio dessas 6h.
Mas 1º, queria contar mais qq coisa: na procura de elementos mais concretos, reli os jornais Motor da época. E relembrei que precisamente uma semana antes dessas 6h, houve o Circuito de Malange, na estreia vitoriosa do T33 de Peixinho. Assim como, que Ferreira Pires treinou para essa prova com o GT40 (a reportagem não menciona mais nada) na que deve ter sido a última vez que o conduziu. Que os 2 Lotus 47 de Benguela não entraram na prova porque não chegaram a tempo. Tempo esse que assim, foi mais que suficiente para Marta convencer Pires a vender-lhe o carro do Uíge...
Amadeu Inácio, ficou em 1º da classe e 8º da geral com o TTS.
Uma semana depois, esse mesmo TTS corre com Amadeu e Gil Morgado.
A meio da prova, estavam muito bem classificados, no meio de alguns grupo 2. Eis que Amadeu na box, vê um TTS a passar muito depressa. Mas de pernas para o ar... Só depois, é que percebe que é o seu carro...
O que é certo, é que isto dá origem ao protótipo. Não há certeza da carroceria do TTS acidentado ter ido para a sucata, ou se aproveitaram um outro qualquer salvado. O motor vai ser colocado naquela barchetta encurtada na distância entre eixos e com muitos painéis em fibra, dando origem a uma máquina vencedora à classe, em quase todas as provas que termina.
Asperezas in "Mazungue"
Francisco Lemos Ferreira disse:
Francisco Lemos Ferreira disse:NSU Protótipo de Amadeu Inácio
Amadeu Inácio and his NSU prototype
NSU TTS Spider (Amadeu Inácio)Foto: Clássicos na Pista
Em 29 de janeiro publiquei esta foto juntamente com várias outras gentilmente cedidas por Francisco Lemos Ferreira, o que mais uma vez agradeço.
Hoje recebo gentil e-mail do sr. Amadeu Inácio corrigindo as informações que se tinha até o momento. E este é o objetivo do blog - que se enriqueça com mais fotos e que as histórias sejam contadas e corrigidas.
Nas palavras de Amadeu:Fiquei surpreendido por encontrar no vosso site uma foto minha que nem sabia que existia. Não tenho uma única foto deste carro em 1972 (vermelho).
Este carro não foi feito a partir do TTS acidentado. O TTS (AAB–14–37) foi recuperado. Este foi feito a partir duma carroçaria velha dum NSU 1000 C. Do TTS usou-se o Motor, Caixa de Velocidades, diferencial e portas e capots em fibra de vidro.
O acontecimento foi assim:
3 horas da Huila 1971, em que morreu o mestre Corte Real Pereira (tanto como piloto, como mecânico). Inscrevi o meu TTS tendo como equipier o Gil Morgado.
À hora e meia de prova entreguei o carro ao Morgado em 3º da Geral. À nossa frente estavam apenas o Nicha e o Zé Lampreia ambos em BMW Schnitzer. Atrás andava o GT 40, Schnitzer, etc.
· A cinco minutos do final da prova (3 voltas + -) O morgado na recta da meta a subir vai a ultrapassar o Cardão em Vauxall e o Lampreia a ultrapassar os dois (Morgado e Cardão). Ao passar pelo TTS dá-lhe um toque com a roda da frente direita na roda traseira esquerda . O NSU sai de traseira para a direita e dá uma traseirada no Vauxall do Cardão e capota já de marcha atrás. O Cardão sai em piões para a direita e o Lampreia em piões para a esquerda. O NSU vai em frente de rodas para o ar e de traseira pela pista fora.
· As boxes eram no passeio da Avenida (a subir), e eu estava sentado no passeio a beber uma Coca Cola, e vi passar o carro e exclamei: Olha o meu carro vai de pernas para o ar!. Passou a Meta de rodas para o ar.
· Fui eu e bastante gente acudir. O Morgado apenas queimou um bocadinho o braço a roças no asfalto. Endireitámos o carro que trabalhava perfeitamente mas estava em ponto morto e não engatava nenhuma mudança, pois o cachimbo do tirante tinha-se desenfiado da esfera que está á saída da caixa.
· Resultado, desistência a 3 voltas do fim. Como a prova era por tempo (3 horas) não fomos classificados. Se a prova fosse à distância mesmo com o acidente, ainda ficaríamos muito bem classificados.
· Minutos depois de terminar a prova, conseguimos enfiar o dito cujo cachimbo, e lá fomos para o Hotel sem nenhum vidro. No dia seguinte fizemos a viagem para Luanda. No banco de trás só se podia viajar deitado pois o tejadilho encostou ao banco. Como estávamos no cacimbo, tivemos de arranjar daqueles cobertores baratos a que chamava-mos “kambrikitos”, fizemos um buraco no meio, passámos por aí a cabeça e lá viemos para Luanda tal qual Mexicanos.
· Final da história: O TTS bastante danificado, mas o pior foi a tristeza de não acabar-mos a prova, que no meu caso era a corrida da minha vida.
Foto: Tuku TukuAinda nas palavras de Amadeu:
Esta foto (acima) é do mesmo carro em 72 nas 6 Horas de Nova Lisboa.
Nessa prova, nos treinos de sábado à tarde, o meu co-equipier Gil Morgado bateu, tendo destruído a frente direita (que se vê remendada com autocolantes). O pessoal passou a noite recuperando o carro. O carro tinha uma bomba de gasolina eléctrica mesmo no sitio da batida. Como a bomba ficou destruída, ligaram a bomba mecânica e retiraram a eléctrica partida, tendo deixado os fios eléctricos pendurados.
Neste link mais sobre Amadeu Inácio - o senhor NSU - por Francisco Lemos Ferreira
Huambo - 1973
o piloto da fotografia nao e Amadeu Inacio, este piloto e Gil Morgado sei isto porque o capacete de inacio era verde, e Amadei inacio era mais baixo que Gil Morgado e notavasse a diferenca no rolbar com Gil Morgado ao volante o capatete ficava quase ao nivel da barra com Inacio ao volante ele ficava com uma diferença grande ente o topo do capacete e a barra. (sei isto porque sou neto de Gil Morgado e cunhecido de Amadeu inacio)Francisco Lemos Ferreira disse:
Huambo 1973
A estória deste carro é algo confusa. O próprio Amadeu Inácio não se recorda dos seus detalhes com exactidão.
Há uma história nas corridas de Amadeu Inácio, antes e depois das 6h do Huambo de 1970. Por uma razão muito simples: o seu carro mais competitivo "acabou" a meio dessas 6h.
Mas 1º, queria contar mais qq coisa: na procura de elementos mais concretos, reli os jornais Motor da época. E relembrei que precisamente uma semana antes dessas 6h, houve o Circuito de Malange, na estreia vitoriosa do T33 de Peixinho. Assim como, que Ferreira Pires treinou para essa prova com o GT40 (a reportagem não menciona mais nada) na que deve ter sido a última vez que o conduziu. Que os 2 Lotus 47 de Benguela não entraram na prova porque não chegaram a tempo. Tempo esse que assim, foi mais que suficiente para Marta convencer Pires a vender-lhe o carro do Uíge...
Amadeu Inácio, ficou em 1º da classe e 8º da geral com o TTS.
Uma semana depois, esse mesmo TTS corre com Amadeu e Gil Morgado.
A meio da prova, estavam muito bem classificados, no meio de alguns grupo 2. Eis que Amadeu na box, vê um TTS a passar muito depressa. Mas de pernas para o ar... Só depois, é que percebe que é o seu carro...
O que é certo, é que isto dá origem ao protótipo. Não há certeza da carroceria do TTS acidentado ter ido para a sucata, ou se aproveitaram um outro qualquer salvado. O motor vai ser colocado naquela barchetta encurtada na distância entre eixos e com muitos painéis em fibra, dando origem a uma máquina vencedora à classe, em quase todas as provas que termina.
Asperezas in "Mazungue"
