Alfa Romeo Alfa Romeo Gt 1600 Junior - Uso Diário!

[Pedro Pereira Marques]

Ok, nesse caso é algo a ponderar. Neste momento, e por questões de custos vou ter que simplificar, acabei de ficar sem travões na totalidade. Felizmente a poucos km's de casa, deu para chegar com caixa e travão de mão, agora é arranjar tempo no fim de semana para ver qual a melhor solução.

Era o meu receio e infelizmente veio a confirmar-se. A bomba que tem montada não é comum e é difícil arranjar kits de reparação (embora eu prefira sempre uma nova em vez de kits) e, sendo assim o melhor era comprar uma nova e fazer uma revisão completa ao circuito incluindo o retirar de um servo-freio. Tem duas hipóteses:

1- comprar uma bomba de 1750 Gtv 1ª série e eliminar um servo-freio
2- comprar um sistema de pedais com bombas da 2ª série e servo-freio da 2ª série.

A última sai mais cara ao início, mas a longo prazo é a melhor solução.

Tem sempre a hipótese de tentar reparar essa bomba e manter a configuração de duplo servo-freio, sai mais barato, mas pode sair caro quer a nível de segurança como a nível de manutenção futura.

Um abraço!

 

[Carlos Vaz]

Vá pelo Pedro!

É a maior "autoridade" em Alfas antigos aqui do fórum.

 

[Paulo Jorge Coutinho]

Magnifico!
Ora aqui está um DB para seguir "religiosamente"!

 

[António Barbosa]

Só não percebi a razão de dois servo-freios.

 

[Pedro Pereira Marques]

Só não percebi a razão de dois servo-freios.

Acho que ninguém percebe, mas o facto é que a Alfa Romeo usou esse sistema. Como o sistema de travagem era duplo e independente entre as rodas de trás e as da frente, colocaram dois servo-freios para cada um deles... enquanto alguns carros na época ainda não tinham servo-freio, a Alfa Romeo usava dois!!

 

[Hugo Viana da Silva]

Mais um Alfa clássico na estrada e menos um MB 190d...é uma dupla alegria visual!

 

[Paulo Jorge Coutinho]

Mais um Alfa clássico na estrada e menos um MB 190d...é uma dupla alegria visual!

 

[RJLouro]

Falei agora com o mecânico que tinha trabalhado no carro (o tal Sr. Moedas) que me confirmou que o carro levou uma bomba nova e os vedantes foram todos trocados (há uns 10 anos atrás!), não havendo razão para esta avaria a não ser algum dos vedantes que com o tempo tivesse colado e agora com a remota ao uso tivesse rompido.

Assim sendo no fim de semana vou analisar se não há por ali nenhum tubo roto, e se for um problema da bomba vou mandar reparar na Auto Travões cá em Coimbra, eles fazem um trabalho muito bom.

Agora com estas informações novas claramente na lista de melhoramentos estará substituir o sistema de travagem pelo GTV 2ª série, que vai implicar mudar os pedais. O problema é onde arranjo este material, nos sites que conheço (alfaholics, classicalfa e bertoricambi) só encontro as bombas, nada do sistema de pedais. Tenho que recorrer a ebay/sucatas, ou há mais fontes de peças que desconheça e que tenham este material?

 

[Pedro Pereira Marques]

Procura no Olx por Alfas antigos e quem os venda ás peças. Existem alguna anuncios com material de carros desmanchados como por exemplo este:

http://sintra-lisboa.olx.pt/alfa-romeo-gt-pecas-iid-444328027

Os pedais, como podes ver, até já foram retirados e devem estar para venda. No teu caso o melhor seria comprar os pedais, o servo-freio, bomba de travões com o respectivo depósito e bombas de embraiagem. Explica o teu caso ao senhor e concerteza que ele te elucidará sobre o que tem, o que te faz falta e preços.

Só para emendar o que escrevi nos outros tópicos: referi o teu carro sempre como 1750 Gtv, mas como estou a ir para velho, estava a fazer confusão, mas é igual porque o 1600 é praticamente igual... o efeito é o mesmo!

 

[Pedro Pereira Marques]

Talvez isto te ajude a procurar o que precisas.

O teu sistema seria originalmente este, o tal para viaturas com volante á direita:



Os carros com volante á esquerda eram assim de origem:






O que também dá para fazer é adaptar o sistema de travagem da primeira série, já que tens os pedais a vir de baixo. É comprar o servo-freio Lockeed, a bomba de travão e... como não me lembro bem do teu carro não posso dizer mais nada, mas se quiseres as fotos do esquema de peças da primeira série diz que coloco aqui.

 

[RJLouro]

No fim de semana passado fui à garagem de um familiar que tem uma fossa para tirar a bomba de travões, quando começo a olhar para ela reparo que para além de porcas gastas é preciso tirar o tubo de escape para a poder desmontar. Tento desapertar um parafuso e nada, cá vai spray desenferrujante, nada. Começo a perder a coragem, e decido só por descargo de consciência ver se estava bem sangrado. A próxima imagem mostra como saía o óleo de travões:



Sangro as 4 rodas, e cá vou experimentar. Trava bem, sem perda de pressão no pedal. Lá vou eu todo contente para casa. Cerca de 1 hora depois pego no carro, ando 10 km's e volta o pedal a ir ao fundo da primeira vez. No outro dia lá vou eu novamente sangrar, a mesma coisa, óleo completamente cheio de bolhas de ar. Decido tirar o óleo todo e substituir por óleo novo (DOT4). Agora o carro fica mesmo com o pedal bem rijo, mas ao fim de alguns km's começa a perder pressão. Nada como antigamente, mas nítidamente algo se passa com a bomba.

Após ter confirmado com o anterior mecânico que a bomba era nova, só podem ser os vedantes que deixam passar óleo, daí que fui hoje colocar o carro numa oficina para retirarem a bomba e colocar vedantes novos. Se isto resolver, vou poder andar com o carro até encontrar um sistema de travagem do 1750 como sugerido pelo Pedro Marques.

Na fossa tive uma ideia melhor do estado do carro, alguns podres como sería de esperar, uma fuga de valvolina na caixa da direcção, mas de resto para 40 anos e para o tempo todo que esteve parado nem está muito mau.

Espero em breve ter mais novidades.

 

[António Barbosa]

Não 'baba' por lado nenhum? Bomba principal ou rodas?

 

[Eduardo Relvas]

Foi o que me ocorreu... normalmente, quando há uma fuga, nota-se sempre a perda por algum lado. Mas também se pode dar o caso de ser o servo-freio que está a sugar o óleo. Se houver uma falha interna no servo, o vácuo do motor pode puxar o óleo para dentro do invólucro, e não perde óleo para fora. Pode é eventualmente acabar por puxar algum para a admissão e queimá-lo.

O óleo da foto não tem muito mau aspecto em termos de tonalidade, tem é imenso ar misturado. Se ficar a repousar um bocado deve ficar limpo. Provavelmente a operação de sangramento foi feita a injectar muito rápido com o pedal, em vez de movimentos lentos, e foi isso que gerou tanta bolha.

 

[RJLouro]

Fuga foi logo o que pensei, inspecionei todas os tudos e não vi sequer uma humidade. Por outro lado o nível de óleo nunca desceu, mesmo nos primeiros dias quando fiquei sem travões o nível mantinha-se constante. Mesmo que fosse para os servo-freios ele tinha que desaparecer do reservatório, e isso não acontece.

No inicio foi preciso injectar muito rápido para ganhar pressão. já que não tinha nenhuma, mas depois quando troquei óleo todo do circuito foi sempre com movimentos lentos, e depois de dar uma volta o óleo estava assim, alguma bolha que não consegui tirar do circuito e que em andamento fazia essa emulsão de óleo/ar.

 

[Rui ms Gomes]

Antes demais PARABENS pela coragem de usar o Alfa como carro diário!
Este diário de bordo promete.

Gostava de poder utilizar o meu Gt junior, depois do restauro, diáriamente tambem, mas infelizmente é impossivel!

Vou ter de me contentar com o meu bertone aos fins de semana e com o seu diário de bordo durante a semana!!

Coragem!!

 

[RJLouro]

Antes demais PARABENS pela coragem de usar o Alfa como carro diário!
Este diário de bordo promete.

Gostava de poder utilizar o meu Gt junior, depois do restauro, diáriamente tambem, mas infelizmente é impossivel!

Vou ter de me contentar com o meu bertone aos fins de semana e com o seu diário de bordo durante a semana!!

Coragem!!

Obrigado. Neste momento estou perante o primeiro grande problema de usar um clássico diariamente, quando avaria ninguém leva a sério que é o carro principal e deixam sempre passar à frente outros serviços. Tenho a bomba de travões para reparação há quase 1 mês, e foram 2 semanas até lhe pegarem, e agora pegaram mas não terminaram, ou seja, ainda não tenho carro... O problema é que aqui na zona centro não há mais ninguém capaz de fazer este serviço em condições, é aguentar e calar...

 

[RJLouro]

E eis que a bomba de travões ficou finalmente reparada, está agora à espera de ser montada no mecânico, mas se tudo correr bem ainda esta semana o Junior volta à estrada!

Entretanto recebi uma carta do IMT que não podem prosseguir com o averbamento do GPL enquanto não tiver os pneumáticos regularizados. O Documento único tem as medidas antigas, 165R14 e o carro está equipado com as equivalentes 185/70R14. Já contactei a Fiat que me enviou para uma empresa de engenharia que lhes faz este serviço de passar declarações de confirmidade para o averbamento das novas medidas, e eles confirmam que o equivalente é o 185/70R14, mas estão disponíveis para averbar outras medidas desde que o erro no velocímetro seja mínimo.

Estive a estudar o assunto, e não sou fan de pneus de baixo perfil, mas gostaria de ter mais escolha quando for trocar de pneus. Vale a pena averbar umas 15 e 13, ou altera o comportamento e conforto do carro significativamente? Notem que não vou andar a fazer competição, o carro é para ter um uso diário pelo que o conforto é o factor mais importante.

 

[Eduardo Relvas]

Eu preferiria manter os 165 SR 14, pois os 185 já implicam uma degradação do comportamento. Os pneus actuais são muito mais aderentes que os de quando estes carros eram novos, e com uns 165 a aderência é excelente, e já por si tornam a direcção pesada devido à aderência que têm. Um 185 só vai agravar isto.

Em termos de perfis, e para o diâmetro de rodagem final de uma roda nessa medida, o único razoável e próximo que encontro seria um 165/70 R15, mas não sei se será muito mais fácil de encontrar... também há o 185/65 R15, mas esse não sei se é comum, e novamente é mais largo. Ainda mais largo mas com diâmetro próximo será o 195/60 R15.

A questão toda também se prende com o comportamento, porque uma jante deve receber pneus da medida adequada para que a lateral do pneu fique direita. Se receber um pneu mais largo, as paredes ficam na diagonal e o comportamento do carro torna-se vago.

Pondo uma jante 15, e para respeitar o mesmo diâmetro total, a lateral do pneu é necessariamente mais baixa, o que implica menos amortecimento das vibrações de rolamento, logo o carro será mais confortável com jante 14.

Enfim, espero ter ajudado alguma coisa... esperemos pela opinião de quem está mais por dentro destes modelos.

Um abraço!

 

[Rui ms Gomes]

E eis que a bomba de travões ficou finalmente reparada, está agora à espera de ser montada no mecânico, mas se tudo correr bem ainda esta semana o Junior volta à estrada!

Entretanto recebi uma carta do IMT que não podem prosseguir com o averbamento do GPL enquanto não tiver os pneumáticos regularizados. O Documento único tem as medidas antigas, 165R14 e o carro está equipado com as equivalentes 185/70R14. Já contactei a Fiat que me enviou para uma empresa de engenharia que lhes faz este serviço de passar declarações de confirmidade para o averbamento das novas medidas, e eles confirmam que o equivalente é o 185/70R14, mas estão disponíveis para averbar outras medidas desde que o erro no velocímetro seja mínimo.

Estive a estudar o assunto, e não sou fan de pneus de baixo perfil, mas gostaria de ter mais escolha quando for trocar de pneus. Vale a pena averbar umas 15 e 13, ou altera o comportamento e conforto do carro significativamente? Notem que não vou andar a fazer competição, o carro é para ter um uso diário pelo que o conforto é o factor mais importante.

De facto a escolha de pneus em jante de 15 é muito maior e de maior qualidade sendo que os pneus de 14, de alta performance, parecem estar a desaparecer.

Quando comprei o meu Alfa o mesmo vinha com umas jantes quaisquer de 15 e pneus 195/55 (se nao estou em erro) e em termos de suspensão estava praticamente de origem exeptuando uns amortecedores na frente da bilstein (bastante duros o que ainda piorava o conforto).
No entanto e em termos de conforto, apesar de ter andado apenas uns 60km quase sempre em via pavimentada com paralelo, com esse setup não posso queixar-me do conforto. PARA MIM estava perfeitamente aceitavel sendo que a maior diferença que sentia eram os amortecedores da frente e não o pneu. Mas isto é relativo e depende de cada um de nós e o que procuramos.

O facto é que, para condiçoes de suspensão iguais, à medida que o pneu vai ficando mais "baixo" filtra menos a irregularidades. Agora até que ponto as mesmas diferenças são perceptiveis é outro assunto.

Não esquecer que para além de uma eventual diminuição do conforto com o aumento do piso do pneu e jantes (conforme o peso das mesmas) vai sentir a baixas velocidades maior resistencia a virar o volante (tambem não é nada de mais na minha opinião).

Mas o que se ganha suplanta as coisas más!! Só em precisão ao virar o volante ganha muito!!! A direcção fina mais precisa, dá sensação de maior solidez já para não falar em aderencia que aumenta exponencialmente. Atenção que muita aderencia não é sempre sinónimo de melhoria. Mas isso já é outro assunto e este post é já longo.

 

[RJLouro]

Obrigado pelas opiniões. Concordo com vocês, e parece-me que vou averbar apenas os 185/70R14 por duas razões, a primeira é a escolha que esta medida permite ser ainda razoável, a segunda é mais prática, os pneus actuais têm essa medida e são novos.

Claramente quando estes estiverem a necessitar de ser substituídos irei comprar os 165R14.