Alfa Romeo 8c 2300

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Jorge Aguiar

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Para os amantes deste magnifico carro italiano no mundo do desporto automóvel...

Modelo de chassi longo, este carro venceu três vezes consecutivas as 24 Horas de Le Mans.

HISTÓRICO
Lançado em 1931, o 8C 2300 da Alfa Romeo é para muitos especialistas a invenção mais perfeita do engenheiro Vittorio Jano.
Apesar de suas características próprias, em muitos aspectos o projeto do 8C baseia-se no 6C 1750, da Alfa Romeo - também criado por Jano, em 1929, na linha de desenvolvimento de seus famosos P2.
Em ambos os modelos são comuns as dimensões dos cilindros, o desenho do chassi e o mecanismo de duplo comando de válvulas.
Os 8C 2300 aparecem em dois modelos: o de chassi curto e o de chassi longo. Os carros de chassi curto, de dois lugares, são conhecidos como modelo SPIDER CORSA ou modelo MILLE MIGLIA;os carros de chassi longo, de carroceria conversível com quatro lugares, são os modelos LE MANS.
Há também os famosos modelos MONZA GRAND PRIX, um desenvolvimento do 8C 2300 de chassi curto, que por sua vez conduz ao carro P3 GP com motor de 8 cilindros e 2,6 litros.
EVOLUÇÃO
1932 - Os carros das séries II e III são desenvolvidos entre 1932 e 1934, e os últimos chegam à potência de 180 CV.
1934 - Termina a produção do 8C 2300, com 188 unidades fabricadas. É substituído pelo 6C 2300, mais barato.
A versão GP do 8C 2300 utilizava o chassi curto (2 lugares), possuindo um motor mais bravo que o original (165 CV) com uma ligeira alta na taxa de compressão (6,5:1). Nos anos compreendidos entre 1931 e 1932, a ALFA ROMEO construiu dez exemplares desse modelo para participar de inúmeras corridas pela Itália e países vizinhos. Assim, conquistaram muitas vitórias e nunca se classificaram abaixo do terceiro posto. Possuíam uma estabilidade e confiabilidade excepcionais para a época e, com o peso reduzido em comparação ao 8C 2300 original (920Kg), podia atingir facilmente fantásticos 210Km/h e acelerar de 0-100Km/h em apenas 7 segundos!!!!
Em 1933, para concorrer com os Maserati, o 8C ganhou um motor mais forte, agora de 2.6 litros, debitando 180 CV e utilizando carburadores WEBER. Tal modelo, agora, 8C 2600 ficou conhecido na Europa como o imbatível P3, que mais tarde (1935) ainda receberia um motor de 3.2 litros.
 

Anexos

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Jorge Aguiar

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ALFETTA 158/159

Os Alfetta venceram 37 corridas, entre elas a primeira e a última que disputaram.
Alguns entusiastas mais jovens do automobilismo esportivo podem espantar-se so saber que, no passado, a ALFA ROMEO conseguiu a supremacia total nos circuitos europeus. Aliás, até hoje, poucas equipes conseguiram tanto sucesso durante tanto tempo.
Desde 1924/25 quando os Alfa P2 eram imbatíveis e entre 1932 e 1935 os Alfa P3 venceram todas as corridas clássicas do calendário esportivo. De 1938 a 1951 os carros 158 e 159 (conhecidos como Alfetta), superaram todos os rivais, vencendo 37 corridas em menos de oito temporadas e coroando esse desempenho com os Campeonatos Mundiais de F1 de 1950 e 1951.
O PROJETO
Em 1937, a ALFA ROMEO decidiu disputar a categoria voiturette, onde competiam ERA e Maserati. Assim, emprestou à Escuderia Ferrari seu projetista Gioacchino Colombo, que trabalhara durante vários anos ao lado de Vittorio Jano, o projetista dos míticos P2 e P3. O carro de Colombo era uma engenhosidade mecânica, o motor de 1.5 litros com oito cilindros, em linha, todo com rolamentos, duplo comando de válvulas no cabeçote e compressor Roots. Em seu primeiro teste de bancada produziu 180 CV a 7000 rpm, mas quando ficou pronto para sua primeira corrida, esse índice já havia subido para 195 CV a 7200 rpm. O diâmetro e o curso eram de 58mm X 70mm (1479cc), havia duas válvulas por cilindro inclinadas a 100 graus, e as válvulas de escapamento tinham hastes refrigeradas a sódio. O virabrequim de aço-cromo pesava apenas 10,8 Kg e o peso total desse pequeno mas sensacional motor era 164 Kg.
A PRIMEIRA CORRIDA
Domingo, 7 de Agosto de 1938, disputava-se a Copa Ciano em Livorno na Itália com duas categorias: Grande Prêmio de 232 Km e a Voiturette de 145 Km. Nesta última, estréiam três dos Alfetta tão anciosamente aguardados. Muito bonitos, vermelhos com rodas prateadas, os Alfetta derrotam os Maserati, vencendo em dobradinha. A ALFA ROMEO mantém assim sua tradição de vencer logo na primeira vez em que corre com um carro novo. Mais tarde, outra dobradinha, agora em Monza. Para 1939, os engenheiros da ALFA ROMEO, elevam o rendimento do motor para 240 CV e modificam o sistema de escapamento. Logo, as corridas são suspensas por toda a Europa em virtude da 2° Grande Guerra.
A VOLTA ÀS CORRIDAS
A paz volta em 1945, mas apenas em 1946 os Alfetta voltam às pistas e vencem o Grande Prêmio das Nações em Genebra, Suíça - pilotado por Giuseppe Farina. Em 1947, as normas para as corridas são reformuladas e os Alfetta agora podem disputar os Grandes Prêmios (hoje F1). Todos os Alfetta (158) têm agora compressor de dois estágios e debitam 275 CV. No ano de 1948, os carros enfrentam o novo Ferrari V12 1.5 litros, em Milão e Monza, derrotando-o nas duas corridas. Em 1949, a ALFA ROMEO passa por problemas particulares e só voltaria a aparecer no ano seguinte.
A FÓRMULA 1
Dois meses antes do início da temporada de 1950, a ALFA ROMEO anuncia sua volta, agora com carros que rendem 350 CV a 8000 rpm. Seu ronco poderoso assemelha-se ao de aviões. Os carros Tipo 158 (Alfetta) conquistam nada menos que onze vitórias em onze corridas e quebram todos os recordes de velocidade. Os pilotos, muito hábeis, conhecidos como os três F: Farina (que se tornou o primeiro campeão mundial), Fangio e Fagioli.
Para 1951, a principal tarefa de Gioacchino Colombo era melhorar ainda mais o desempenho dos carros 158, visando contra-atacar o crescente desafio da Ferrari. Ele consegue fazer seu magnífico motor de oito cilindros em linha atingir um prodigioso rendimento de 420 CV a 9600 rpm. Mas isso, evidentemente implicava em um elevado consumo, por isso os carros de 1951, agora denominados Alfetta 159 tiveram seus tanques de combustível aumentados e ficaram mais "gordos". Com o maior peso, houve necessidade de reforçar as estruturas do carro, bem como freios e suspensão. Agora o carro pesa 1067 Kg, 254 a mais que seu elegante antecessor de 1938. Mas se transformou num bólido capaz de atingir velocidade máxima de 322 Km/h. A ALFA ROMEO conquista seu Segundo Campeonato consecutivo, agora vencendo com Fangio, mas os carros 159 são superados pela Ferrari no Grande Prêmio da Grã-Bretanha, na Alemanha e Itália, mas vencem a última prova em Barcelona, acumulando 37 vitórias.
 

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Jorge Aguiar

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HISTÓRICO DE SUCESSOS

ANO PILOTO PROVA LOCAL
1938 E. Villoresi Copa Ciano Livorno
1938 E. Villoresi GP de Milão Monza
1939 G. Farina Copa Ciano Livorno
1939 C. Biondetti Copa Acerbo Pescara
1939 G. Farina GP de Berna Suíça
1940 G. Farina GP de Trípoli Mellaha
1946 G. Farina GP das Nações Genebra
1946 A. Varzi GP de Turim ---
1946 Conde Trossi GP de Milão Monza
1947 J. P. Wimille GP da Suíça Berna
1947 J. P. Wimille GP da Bélgica Spa
1947 A. Varzi GP de Bari ---
1947 Conde Trossi GP da Itália Milão
1948 Conde Trossi GP da Suíça Berna
1948 J. P. Wimille GP da França Reims
1948 J. P. Wimille GP da Itália Turim
1948 J. P. Wimille GP de Monza Itália
1950 J. M. Fangio GP de San Remo ---
1950 G. Farina GP da Grã-Bretanha Silverstone
1950 J. M. Fangio GP de Mônaco Mônaco
1950 G. Farina GP da Suíça Berna
1950 J. M. Fangio GP da Bélgica Spa
1950 J. M. Fangio GP da França Reims
1950 G. Farina GP de Bari ---
1950 J. M. Fangio GP das Nações Genebra
1950 J. M. Fangio GP de Pescara ---
1950 G. Farina GP da Itália Monza
1951 J. M. Fangio GP da Suíça Berna
1951 G. Farina Ulster Trophy Irlanda do Norte
1951 G. Farina GP da Bélgica Spa
1951 J. M. Fangio/L. Fagioli GP da França Reims
1951 J. M. Fangio GP de Bari ---
1951 G. Farina Prova Internacional de Goodwood Daily Graphic Trophy
1951 G. Farina Prova Internacional de Goodwood Copa Woodcote
1951 G. Farina Prova Internacional de Goodwood September Handicap
1951 J. M. Fangio GP da Espanha Barcelona
 
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