O rádio é bonito, mas é pena não combinar com a cor do quadrante (verde, pelo que me parece).
Quanto às matrículas porque não optas-te pelas de chapa? Não gostas?
Corresponderiam melhor à época do carro.
Esse cárter deve ter levado aí uma charutada engraçada, mas pelo que li já vais tratar da situação
O cárter não está marcado. A rosca deve ter moído ou algo semelhante.
Eu sou adepto de coisas à época, quando elas de facto têm carisma/são bonitas/funcionam. Ora...eu não gosto particularmente de matrículas em chapa e estas ficam bastante bem no carro.
Também preferia um rádio com iluminação verde, mas este já andava por cá e era outro gasto desnecessário, havendo tanta prioridade.
Olá, pessoal. Ao fim de 2 semanas, cá estou para mais uma actualização.
Hoje, ao contrário do habitual, começo pelo mais recente: estas fotos em que se vê as novas matrículas:
No dia anterior, passei pelo meu mecânico (em Nelas), que conhece bem estes carros e no qual deposito toda a confiança. Foi a primeira vez que viu o carro e, em geral, confirmou aquilo que eu já sabia: que está bom para a idade e kms, mas que irá precisar de algumas coisas:
-Catalisador (este faz barulho, deverá ter a cerâmica solta);
-Cilindro principal da embraiagem (apareceu uma pinga de óleo por cima do pedal da embraiagem);
-Amortecedores frontais (estão KO, em particular o do lado do passageiro);
-Dois jogos de rolamentos traseiros (já tinha mandado vir um deles, mas entretanto o outro também gripou)
Num futuro mais ou menos próximo será feita a troca da distribuição (mais as correias auxiliares) e da embraiagem. A deste 1.5 IE deverá ser a original, pega algo em cima e ofereceram-me há meses uma Luk para o falecido 33 1.3 VL. Assim, baixa-se o motor e caixa juntos e o trabalho é feito cá fora, com muito melhor acesso. Dois coelhos de uma cajadada só.
De resto, esta semana queria ver se mudava o óleo da caixa e trocava as velas:
Entretanto, ao longo destas duas semanas...
# 12 Substituição do óleo de travões
Este diário de bordo não serve só para falar de unicórnios a atravessar arco-íris com potes de ouro escondidos por trás, porque há alturas em que as coisas correm simplesmente MAL. Foi o caso.
O processo até correu bem com as rodas de trás. Nada de estranho aconteceu na do lado do passageiro, visto que começou logo a sair óleo velho e algumas bolhas de ar, começando a sair novo e sem ar ao fim de poucas aberturas do sangrador. Na roda do outro lado, custou a começar a sair e quando saiu vinha com alguma ferrugem, mas acabou por ficar feito também.
Por alguma razão, o sangrador nas rodas da frente é um pouco mais estreito do que atrás ou o tubo que usei alargou. Tive preguiça de ir buscar uma fita de serrilha para apertar melhor e paguei a negligência quase de imediato. Entrou ar para o circuito. O pedal ficou totalmente leve e a minha assistente, por má comunicação, não percebeu logo que não era normal.
Ao fim de um bocado, lá fui buscar a fita; tentei mais algumas vezes e o pedal lá voltou a parecer um pedal de travão. Terminei com a roda do lado do condutor. Nem sei se terá ficado perfeito, tal a frustração que já sentia. No entanto, apesar de o pedal ainda exigir bastante força para travar, parece um pouco menos esponjoso e o poder de travagem parece ter aumentado um pouco.
O 33 não é um carro particularmente bem insonorizado de origem. Existem várias razões para tal, como a quantidade de material fono-absorvente, os apoios de motor, a colocação e espessura das borrachas, os vidros, etc.
No antigo VL nunca pensei em mexer em rigorosamente nada. Sempre o encarei como um carro mais "raçudo", mais cru, mais oldschool - por causa da cor, pela falta de equipamento, por ser a carburadores. Não é o caso deste. Para mim, este é um 33 um pouco mais racional e mais sofisticado. Para além disso, é o meu único carro e um carro em que, frequentemente, quando saio é para fazer vários kms.
Não é a primeira vez que insonorizo um carro. Já havia insonorizado uma firewall do lado de fora, capot, portas, chão, chapeleira, mala, tecto e até por trás de um tablier. Num dos carros, uma 416 Tourer, os resultados foram dramáticos - a carrinha era muito barulhenta de origem e, após a insonorização, ficou muito agradável, também ajudada pelo facto de o motor e apoios estarem em óptima forma.
Essas insonorizações foram feitas utilizando tela de alcatrão (própria, com adesivo e vendida em lojas de pintura automóvel), felcot (aglomerado de desperdício de tecido) e espuma de célula fechada).
Para este 33, abdiquei da tela. A tela é importante porque dá massa aos painéis, impedindo certas ondas de se propagarem (as que causam os sons mais agudos). No entanto, acrescentaria significativamente mais peso do que apenas com o felcot e espuma/vinil, teria de a comprar e a ideia era fazer uma insonorização que me custasse só..o meu tempo. A ideia era também melhorar, não fazer a melhor insonorização possível.
Quando finalmente ganhei coragem para a empreitada, foi tudo praticamente de seguida. Peço desde já desculpa pelas fotos - a garagem tem mais luz do que isto, mas a lente do telemóvel não a captou:
Apesar de aqui já ter o trabalho na consola a meio, decidi parar e tirar primeiro os bancos para não correr o risco de os arranhar ao manobrar a consola dali para fora. Cada um tem 4 parafusos torx (ou de chave sextavada?...). É necessário trabalhar puxando as calhas para trás ou para a frente, para os expor.
Prossegue-se desmontando as prateleiras inferiores do tablier, visto que um dos seus parafusos aperta na consola.
Vamos então à consola central? Não! Antes, o plástico à volta do travão de mão tem de sair - está preso por um parafuso atrás e encaixado à frente, apenas. As saídas de ar são de encaixe, assim como o porta objectos acima do cinzeiro. O fole da caixa é de encaixe, 6 patilhas no total. O punho da caixa é de puxar e meter à pressão. É preciso arredar as fichas, desligar o que for preciso do rádio e do isqueiro...e é conveniente tirar o parafuso de "guia" do travão de mão, para o poder desviar um pouco e assim ganhar espaço para retirar a consola central.
A consola central é presa por dois parafusos atrás das saídas de ar e duas porcas lá atrás, debaixo do tablier.
Outras tralhas têm de sair: as fixações dos cintos, os plásticos laterais, a base do banco de trás. Como não sabia muito bem o que iria encontrar, tirei também as costas do banco:
A base encaixa apenas em dois "pinos" nas laterais frontais; depois de o retirar, ficou isto:
Apareceram alguns brinquedos daqueles dos Kinder Surpresa, uma moeda de 100 escudos e isto:
Por baixo da alcatifa, originalmente, há uma camada fina de felcot, coberta por outra igualmente fina de uma espécie de vinil. No lado do passageiro já se estava a desfazer - esta é a vista depois de retirar a maior parte:
Coloquei em cada secção (divididas pelo túnel central e traves dos bancos), por cima da insonorização original, 2 camadas de felcot, seguidas de uma espuma muito densa, coberta por vinil. Este último material foi proveniente de outro carro e cortado à medida.
Depois de retirar excessos e de verificar se as coisas iam encaixar sem problema, comecei a montar tudo:
(os bancos foram limpos e condicionados novamente, já que saíram)
A diferença foi sentida mesmo por quem não liga muito. Passou a ouvir-se mais os rolamentos estragados e o escape, em carga, visto que a traseira ainda não foi insonorizada e visto que esse barulho agora não é tão abafado pelo ruído de rolamento.
No mau piso, apesar da pancada que a caixa da direcção provoca, o carro parece mais sólido.
O passo seguinte terá de ser a mala/torres dos amortecedores, zona que faz muita diferença em carros de 5 portas. Vai sendo feito aos poucos, para ir apreciando as diferenças.
Excelente trabalho, Eduardo! Essa é uma das coisas que eu um dia ainda quero fazer na minha 124, é muito ruidosa porque levava muito pouca (para não dizer nenhuma) insonorização por ser um carro de trabalho, e ainda quero dar-lhe alguma finesse.
Não tirando valor a modificações de ordem mais estética - os olhos também comem - para mim o que mais sentido faz melhorar num carro, havendo prioridades, não é o que se vê mas sim o que se sente. É o caso de uma insonorização total (ou parcial, depende do carro e do que se quer atacar). É invisível, mas sentimo-la sempre que conduzimos.
Há carros em que a mudança é enorme, especialmente se for tudo feito de uma vez. Deve ser o caso da 124! E é uma boa altura para ver o estado do chão e corrigir algum problema - não sei se essas são atreitas a problemas de ferrugem.
Não tirando valor a modificações de ordem mais estética - os olhos também comem - para mim o que mais sentido faz melhorar num carro, havendo prioridades, não é o que se vê mas sim o que se sente. É o caso de uma insonorização total (ou parcial, depende do carro e do que se quer atacar). É invisível, mas sentimo-la sempre que conduzimos.
Há carros em que a mudança é enorme, especialmente se for tudo feito de uma vez. Deve ser o caso da 124! E é uma boa altura para ver o estado do chão e corrigir algum problema - não sei se essas são atreitas a problemas de ferrugem.
Sem dúvida, acima de tudo está a funcionalidade e a fiabilidade, só depois as considerações estéticas.
O trabalho na 124 nessa área está a ser adiado para uma altura em que eu a possa dispensar durante uns tempos (neste momento é o meu carro do dia-a-dia a tempo inteiro) para ser visto o chão (não me parece que esteja muito mau, esta ainda tem uma chapa boa), e só depois de estar tudo direitinho é que insonorizo e aplico uma carpete nova, que ela já merece.
Para já a prioridade máxima é mesmo a caixa de 5 para facilitar os trajectos mais longos e reduzir o consumo, além de aproveitar essa oportunidade para dar um refresh ao motor a nível de estanquecidade, porque já perde uma quantidade considerável de óleo em particular pelo retentor traseiro da cambota. Brevemente espero ter oportunidade de resolver essa parte, depois virá então a parte da chapa e insonorização.
O trabalho na 124 nessa área está a ser adiado para uma altura em que eu a possa dispensar durante uns tempos (neste momento é o meu carro do dia-a-dia a tempo inteiro) para ser visto o chão (não me parece que esteja muito mau, esta ainda tem uma chapa boa), e só depois de estar tudo direitinho é que insonorizo e aplico uma carpete nova, que ela já merece.
Para já a prioridade máxima é mesmo a caixa de 5 para facilitar os trajectos mais longos e reduzir o consumo, além de aproveitar essa oportunidade para dar um refresh ao motor a nível de estanquecidade, porque já perde uma quantidade considerável de óleo em particular pelo retentor traseiro da cambota. Brevemente espero ter oportunidade de resolver essa parte, depois virá então a parte da chapa e insonorização.
Faz sentido, a caixa de 4 deve ser penalizadora na questão do consumo e do ruído (e, a longo prazo, até no desgaste do motor a velocidade de cruzeiro). Há casos em que não é assim, mas se a 5ª da nova caixa for mais longa que a 4ª da actual, isso por si só já é uma etapa de insonorização.
É habitual essa perda de óleo pelo retentor traseiro, nesses motores?
Bom, neste momento ainda não é uma diferença grande, mas quando tiver feito mais umas etapas creio que será muito notório ao passar de um para o outro. Não sei é se esse "teste" algum dia vai acontecer, há poucos 33 e o dono típico de um 33 não liga à insonorização.
Em relação a um post teu lá atrás, esqueci-me de responder; este carro, no último ano antes de o comprar, fazia Mafra-Lisboa. Possivelmente foi nesse percurso (ou na cidade universitária) que o viste.
Eu gosto de partilhar, mas como deves calcular em primeiro lugar estava a conclusão do trabalho (em condições).
Isto foi feito no meu lugar de garagem, que ainda por cima fica ao fundo, face aos portões. Um dia gostava de ter - e vou ter - outro tipo de condições, a nível de privacidade, arrumação/espaço e ferramenta.
Faz sentido, a caixa de 4 deve ser penalizadora na questão do consumo e do ruído (e, a longo prazo, até no desgaste do motor a velocidade de cruzeiro). Há casos em que não é assim, mas se a 5ª da nova caixa for mais longa que a 4ª da actual, isso por si só já é uma etapa de insonorização.
É habitual essa perda de óleo pelo retentor traseiro, nesses motores?
(...)
A caixa de 5 nestes modelos tem sempre a quinta como velocidade multiplicada, a quarta é prise (directa), e a caixa que eu escolhi tem a quinta mais longa de todas, por isso vai ser um upgrade muito útil.
Quanto à perda, não é usual, é apenas um sinal de deterioração (e quem sabe se não foi já mexido antes e mal mexido), e é um trabalho que já devia ter sido feito há muito, mas entre o trabalho intensivo a que ela tem estado sujeita, a chatice que é trocar aquele retentor em particular e o querer aproveitar para conciliar com a troca de caixa, tem sido adiado até mais não. Mas assim que tenha a minha nova oficina montada vai ser um dos primeiros trabalhos a despachar.
Um mês depois, o 33 menos de 1000 kms, em mais 2 ou 3 viagens Lamego-Viseu, uma ida ao Porto e mais umas voltas para cá e para lá. No geral, vai cumprindo, com alguns problemas (penso que já os mencionei atrás).
-Continua a falhar quando apanho poças de água; como tanto a cablagem da sonda lambda como da bomba de gasolina ficam por baixo do carro, parto do princípio que o problema estará num deles.
-Falha um pouco a frio (quando finalmente acelero um pouco a direito, depois de o tirar da garagem e descer a rua), mas depois fica tudo OK.
-O barulho do catalisador, com o favo solto, está igual...mas cada vez me irrita mais. E até é possível que possa comprometer um pouco a performance;
- Os amortecedores frontais e a caixa da direcção estão nas lonas, pelo que conduzir este carro em estradas degradadas ou cidade com muito empedrado é...desagradável.
- Só agora mandei vir o 2º rolamento para trocar ambos os traseiros, gripados;
Mas não vale a pena continuar a lista, porque muitos mais defeitos, embora mais pequenos, conseguiria encontrar. Enquanto algumas coisas continuam em standby, outras, pela simplicidade ou pelo custo minimo, foram adiantadas.
14 - Insonorização das portas e da mala
Com estas 2 etapas de insonorização cumpri os meus objectivos, que eram despachar uma caixa com restos de espuma e de felcot (não tenho espaço para a tralha toda) e silenciar um pouco pouco mais o habitáculo.
Nas portas, a ideia foi limpar bem os plásticos que protegem da humidade, de forma a colar o material em cima deles em vez da chapa, facilitando futuras operações dentro da porta. Porém, colei pequenos bocadinhos de tela na chapa exterior das portas da frente, o que ajudou a dar alguma consistência.
(isto foi limpo depois)
À medida que desmontei, fui-me deparando com a falta de alguns clips (os quais tenho de mandar vir entretanto). Não é que as forras vão a algum lado, mas gosto de ter tudo direito e assim há maior propensão para ruídos parasitas.
Havia um mau contacto num conector da coluna do lado do condutor que ficou resolvido, passando a funcionar. Com a insonorização o som melhorou em ambas as portas: parece que os graves estão mais poderosos e o som em geral mais cristalino.
No caso da mala, a maior dor de cabeça, provavelmente por desconhecimento meu, foram os clips que prendem o plástico que fica a quase toda a largura, abaixo dos faróis. São uns clips com uma ranhura no meio que, supostamente, saltam foram ou entram se rodarmos 1/4, ficando depois trancados. Na teoria tudo bem, na prática não. Mandei vir uns clips diferentes; o plástico é este:
Tive de dar uma limpeza geral, visto que estava tudo cheio de pó:
De origem, a mala não tem qualquer material de absorção (as forras em si cortam qualquer coisa, mas...). Por isso, reforcei na zona dos guarda-lamas e na zona do pneu suplente, para minizar o som de rolamento e o escape (este último fazia uma ressonância bastante forte).
Fazia. Já não. Ainda se ouve, mas menos; já é tolerável andar atrás em momentos em que o motor vai em carga, coisa que não acontecia antes.
No fim disto e como tenho a suspensão menos boa, há ruídos parasitas que são mais notórios (como o catalisador com o interior solto); o escape ouve-se menos e, em geral, o carro está suficientemente mais silencioso para que quem não liga tenha dado conta. Deu trabalho, mas valeu a pena. Agora é corrigir aos poucos alguns detalhes, como os tais clips em falta, alcatifa em alguns sítios para acabar com ruídos dos plásticos, etc.
15 - Troca de velas por NGK novas
Como não sabia o que por ali andava e arranjava estas NGK por 13 euros, mandei vir e troquei. Talvez tenha melhorado um bocadinho de nada, a forma como responde ao acelerador e a estabilidade do motor. Mas as Golden Lodge que lá estavam ainda me pareciam bem. Por outro lado, os cachimbos têm um aspecto algo degradado e pareceu-me notar uma diferença no trabalhar do motor ao mexer num deles.
16 - Remoção das palas
Tirei as palas que o carro tinha no pára-choques traseiro. Acho que fica mais limpo assim e, para dizer a verdade, elas não me pareciam proteger muito.
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Comprei também umas tampinhas para os parafusos das matrículas e mandei vir um bujão novo e Liqui Moly 10w40 com MoS2, um óleo que já experimentei noutro carro e que tende tornar o trabalhar mais macio.
Porquê este cuidado especial com o óleo? Porque tenho a sensação de que este carro começou a fazer um ligeiro barulho de touches, no qual reparei em desaceleração (claro, é quando a pressão de óleo desce...aí e ao ralenti). Como o óleo tem 8000 kms e já escureceu um pouco, para além de não saber nada acerca dessa mudança de óleo, estou com esperanças de que volte ao que era, embora não seja grave.
Chega de paleio. Ficam umas fotos avulsas.
Meia dúzia de marcas de guerra visíveis...e ainda não tinha tratado os pneus e plásticos. Mas aqui já:
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