A Francisco Lemos Ferreira

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Antes Francisco Lemos Ferreira
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Na Fronteira da Morte

Faz hoje 4 anos a 5 de Março de 2014 que entrei na fronteira da morte, uma experiência que está presente todos os dias, a experiência do coma tem aspectos psicológicos no confronto com a morte, percepções e sentimentos envolvidos que não desaparecem. Estar em coma é uma situação grave com efeitos que podem durar até uma vida inteira e eles estão cá mas nunca esquecerei que quando abri os olhos vi a minha filha inês.
Os meses de cama e a inúmeras intervenções cirúrgicas devastaram o meu corpo bem como as suas funções motoras, e que só muita garra e determinação e dedicação à fisioterapia, cumpri o objectivo que tracei naquela cama como uma voz interior no meu cérebro “vou estar na partida da rampa da Caramulo em Setembro ao volante do Moke”. Dediquei-me fiz tudo o que me disseram em prol da minha recuperação, desde a cadeira de rodas, ao andarilho, às canadianas, à bengala e hoje sem nada mas sempre com sequelas levo a minha vida normal.
Não aceitei o destino, esse substantivo abstracto que tantas vezes gosta de baralhar os planos dos seres humanos, quais fantoches nesta existência fugaz.
A todos os que me ajudaram e apoiaram a minha eterna gratidão e vocês sabem quem são.
Sejam felizes e celebrem a vida !
In “Dossier 17”
 

Anexos

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Nelson Santos

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Ver anexo 1104553
Na Fronteira da Morte

Faz hoje 4 anos a 5 de Março de 2014 que entrei na fronteira da morte, uma experiência que está presente todos os dias, a experiência do coma tem aspectos psicológicos no confronto com a morte, percepções e sentimentos envolvidos que não desaparecem. Estar em coma é uma situação grave com efeitos que podem durar até uma vida inteira e eles estão cá mas nunca esquecerei que quando abri os olhos vi a minha filha inês.
Os meses de cama e a inúmeras intervenções cirúrgicas devastaram o meu corpo bem como as suas funções motoras, e que só muita garra e determinação e dedicação à fisioterapia, cumpri o objectivo que tracei naquela cama como uma voz interior no meu cérebro “vou estar na partida da rampa da Caramulo em Setembro ao volante do Moke”. Dediquei-me fiz tudo o que me disseram em prol da minha recuperação, desde a cadeira de rodas, ao andarilho, às canadianas, à bengala e hoje sem nada mas sempre com sequelas levo a minha vida normal.
Não aceitei o destino, esse substantivo abstracto que tantas vezes gosta de baralhar os planos dos seres humanos, quais fantoches nesta existência fugaz.
A todos os que me ajudaram e apoiaram a minha eterna gratidão e vocês sabem quem são.
Sejam felizes e celebrem a vida !
In “Dossier 17”
Ainda não fazia parte desta família, quando passaste por tudo isto, e por tudo o que soube (e que já me contaste), foste um homem com muita força, para não ir completamente a baixo e recuperar o que se calhar já muitos davam por certo! Mas por trás de tudo à uma razão, e essa razão é que ainda não era a tua hora, porque ainda fazes cá muita falta!! Os teus relatos das provas em que participas são deliciosos, as fotos das provas, a história automobilística que apresentas e sobretudo as histórias que partilhas connosco, aqui e ao vivo são divinais! Muitos mais 4 anos irás celebrar! Abraço!
 

Rafael Isento

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Nunca soube esta história na integra, apenas soube que algo te tinha acontecido.
Não andei a ler o tópico todo porque na realidade o que interessa é que estás cá e o Moke não pára.
Podes contar com pelo menos mais dois apoiantes ao longo da rampa do Caramulo a gritar pelo Moke que até ganha mais 10 cavalos...

... e na descida podes atirar o boné de "Goodwood" :D
 
Nao sei se jà estava inscrito ou não mas tambem pouco intéressa para o caso mas tenho a certeza que o que te deu forças e ânimo para ultrapassar esta prova e estar aqui para as curvas foi a sua familia e todos os que gostam de voçê, o meu tio a cerca de três anos depois de um grave acidente e estar quase a sair do hospital , tambem lhe aconteceu o mesmo uma infeccao generalisada ficou em estado de coma e diz ele que quem lhe deu forças foi a mulher, a familia e is amigos pois conseguia os sentir e ouvi-a a mulher e mesmo o médico dizia para a minha tia falar com ele pois ele réagia a isso . Força ai Sr. @Francisco Lemos Ferreira. E espero ter o privilégio e a honra de poder tirar dois dedos de conversa consigo e quem sabe uma almocarada ?
 

JorgeMonteiro

...o do "Boguinhas"
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Ver anexo 1104553
Faz hoje 4 anos a 5 de Março de 2014 que entrei na fronteira da morte, uma experiência que está presente todos os dias,(...)

Não sabia desta história. Imagino que deve ser uma experiência para mudar totalmente a perspetiva que se tem sobre a vida e o que andamos a fazer neste mundo. São coisas deste tipo que nos fazem aprender a dar valor a todos os minutos dos nossos dias.

Imagino... porque nunca passei por nada que se pareça.

Parabéns por teres vencido esta batalha!
 
Última edição:
Conheci o Francisco no Encontro do Portal, tivemos dois dedos de conversa e notei logo que era uma daquelas pessoas com algo especial em si.

Não conhecia a história, nem este tópico nem a sua batalha de vida que nos mostra o quão insignificantes somos neste mundo e nos faz repensar as nossas atitudes e o que andamos por cá a fazer.

Muita saúde e tudo de bom para ti Francisco,
Abraço
 
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