A DESCOBERTA DE UMA PAIXÃO Saches Fuego

A DESCOBERTA DE UMA PAIXÃO Sachs fuego

A DESCOBERTA DE UMA PAIXÃO


Em Setembro de 2008 ao limpar a cave, arrumos da minha casa, olhei para uma motorizada velha que tinha encostada a uma parede húmida, tratava-se da minha sachs fuego que o meu pai me comprou quando eu tinha 14 anos de idade, foi uma oferta como que um prémio motivante por eu estar a trabalhar com ele na pintura de construção civil à um ano. Esta motorizada de 49cc foi adquirida nova, em Agosto de 2001, dois anos ainda antes de eu ter licença de condução, período este que infringi a lei algumas muitas vezes ao conduzi-la sem carta.
Por ter a minha primeira moto a apodrecer naquele sítio, e o espírito do momento era de limpar o arrumos, livrar-me de coisas que já não me serviam para nada e ganhar espaço para colocar outras que para nada serviam, politica de quem tem espaço a mais e tem a mania de guardar tudo, tive de tomar uma decisão, ou me livrava daquele ferro velho despachando-o para um sucateiro ou perdia algumas horas e algum dinheiro a repara-la de forma a deixar pronta a andar e com um aspecto digno de a guardar na minha garagem.
A decisão não foi dificil, era a minha moto, a minha primeira e única moto, serviu-me 4 anos, até adquirir carta de condução de automóveis e o primeiro carro foi o meu meio de transporte diário, único e alternativo, havia uma ligação estimável entre mim e aquele veículo desprezado há anos naquela câmara de apodrecimento. Numa decisão rápida tirei-a cá para fora, lavei-a com a máquina de pressão de água e iniciei de imediato os trabalhos de recuperação.
Estava uma lastima, tive de comprar uma lista infindável de peças, passei horas a limpar ferrugem, a procurar a forma mais barata e menos trabalhosa de resolver cada avaria, cada peça partida, consumida pela ferrugem, desgastada e estúpidas alterações que se foram fazendo ao longo do tempo, peças improvisadas que não eram de origem, e que o meu sentimento era único, queria coloca-la igualzinha ao que ela era no dia em que a comprei.
Entusiasmei-me com o trabalho, cada hora que passei a fazer aquilo foi um prazer, até ter a moto pintada e quase montada, foi um gosto tão grande que jurei repetir e me fez olhar à volta e apreciar o trabalho de entusiastas de motos clássicas que conhecia. Foi aqui que tomei o gosto pela paixão que é ter um veículo de estimação, algo a que não se atribui um preço monetário, a envolvência de uma reparação total e tão desafiante que se torna agridoce e com vontade de nunca mais parar de repetir
 

Anexos

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