Citröen Citroën GS Club 1974

Depois de 6 meses de busca e de 2 anos a aprender mecânica básica com o meu Fiat Uno, cá fiz a loucura: comprei o meu primeiro clássico.
Diários de Bordo

Citröen Citroën GS Club 1974

OP
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afonsopatrao

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Portalista
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Se não te safas com isso, para já o melhor é deixares ficar a parte roscada e apenas substituir a haste com o espelho, desapertando o parafuso da rotula.
Cumps

Afonso, o estúpido: queres acreditar que não me lembrei disso? Tenho o problema resolvido!!

O espelho novo não tem freio interior. Das duas uma: ou alguém pôs uma contraporca interior (invenção) ou a haste calcinou no painel.
Mas vou fazer isso, Renato! Muito, muito obrigado!!

Pelo que percebo, o termómetro do motor é a chauffage? Esse espelho já terá sido 'inventado'... Dificilmente te safas de desforrar a porta:unsure:

O motor do GS foi o último a ser projectado para produção em massa. Isso fez trazer preocupações antes inexistentes, como os consumos e o silêncio, directamente associados à estabilidade térmica (em que os refrigerados a água são imbatíveis). Por essa razão, junto à caixa do filtro do ar, há duas entradas de ar: uma para ar fresco vindo do exterior; outra para ar quente, colhido do cofre do motor. Há depois uma porta que se desloca, tapando uma das entradas de ar, controlada por um termostato. A partir de certa temperatura, fecha a entrada de ar quente para a admissão e abre a de ar frio; se o motor baixar de certa temperatura, volta a fechar a admissão de ar fresco do exterior e a conduzir ao carburador o ar quente do cofre.

A ideia é conseguir que o motor aqueça mais depressa quando se liga e que não desça de certa temperatura (por exemplo numa longa descida, em que o ar frio acaba por refrescar as paredes dos cilindros).

Ora, segundo há uns tempos explicou o @Samuel , era costume os mecânicos em Portugal desactivarem o mecanismo, com medo de sobre-aquecimentos. Deixavam, em permanência, aberta a entrada de ar fresco.
É justamente isso que parece ter sucedido no meu: a porta de ar frio está permanentemente aberta, pelo que a admissão é sempre exclusivamente alimentado por ar fresco do exterior.
 
Acho que estou a começar a ver um padrao! Mecânicos nacionais inventar...
No meu que é refrigerado a água também fizeram uma xanatice do género no mecanismo de admissão de ar para o filtro.
Talvez por medo tiraram parte do mecanismo e bloquearam a borboleta aberta com um parafuso, ou seja entra sempre ar quente e frio para o carburador.
Agora já percebo o porquê de quando estava em fila o "Pequenote" aquecia sempre até ligar a ventoinha.
 

João Luís Soares

Pre-War
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(...)
A. Num refrigerado a água, é preciso esperar que aqueça o líquido de refrigeração; depois que ele passe num radiador específico; e, finalmente, esperar que aqueça o ar que, por sua vez, irá para o habitáculo. Moral da história: são pelo menos 10 minutos sem que a chauffage funcione.
(...)

És um exagerado. Hoje de manhã experimentei no Panda e demorou 2 minutos até estar aceitável e 4 até estar bem quente...
 

Samuel

Veterano
Eu acabei de entrar no Uno que tinha passado o dia, quieto, ao frio. Estava 1º quando entrei no carro. Começou a sair ar morno ao fim de 5 minutos e só ao fim de 15 vinha verdadeiramente quente...

Era eu que ia pôr o BX a trabalhar para ir aquecendo. Nesta altura do ano, saía ar quente quando chegava à escola... :mad:
 

João Luís Soares

Pre-War
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Portalista
Eu acabei de entrar no Uno que tinha passado o dia, quieto, ao frio. Estava 1º quando entrei no carro. Começou a sair ar morno ao fim de 5 minutos e só ao fim de 15 vinha verdadeiramente quente...

Motor grande! :p

Se optares por receber o ar que vem de fora mas puseres a temperatura no quente, ele admite o ar que passa no compartimento do motor...
 
OP
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afonsopatrao

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Portalista
Portalista
E finalmente tenho espelho!
Fiz o que o @Renato Martinho aconselhou: deixei a fixação do espelho antigo:
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E troquei apenas a haste.
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Agora tenho um espelho novo, made in Spain. E a precisar de banho.
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Posso finalmente dedicar-me a tentar reparar o original sem receio de ficar sem nada.
 

Anexos

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OP
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afonsopatrao

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Portalista
Portalista
Feliz ano novo, companheiro!
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Não sei se 2018 vai ser o ano do início do seu restauro, mas estou tentado.
Confesso que me custa imenso pará-lo, pois dá-me um gozo tremendo usá-lo. Está mecanicamente um brinco!
Mas por outro lado, também me belisca o prazer ver as mazelas na chapa e nos estofos.
A tentação era maquilhar e aproveitar... Mas bem sei que seria dinheiro deitado fora, pois vai precisar de restauro de chapa mais tarde ou mais cedo.
Estou com um trilema...
- Ou o mando para restauro (o que poderia significar a aquisição de um BX para me compensar a ausência do hidropneumático...);
- Ou não faço nada este ano no capítulo estético, continuando a gozá-lo até esse momento;
- Ou avanço para o interior (restauro do volante e estofos). Porventura com maquilhagem apenas nos painéis exteriores onde falta tinta (o guarda-lamas dianteiro esquerdo).

Entretanto, continuo apaixonado por ele.

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Anexos

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Rafael Isento

Portalista
Membro do staff
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Eu voto “Não” na maquilhagem e na compra do BX.
Maquilhar é adiar e talvez agravar o problema. Ferrugem e podres, mesmo maquilhados, vão tomando conta do que ainda está bom.
Comprar um BX é sacrificar o plafond para restauro do GS.

Ou avanças como deve ser, com um plano bem delineado e com pés e cabeça, ou usufruis como está e vais construindo a almofada financeira para o futuro restauro.
Esta nossa paixão já é loucura suficiente, não há necessidade de torrar os €uros em más escolhas.
 
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