Cuidados a Ter Quando a Garagem é 5 Estrelas

HugoSilva

"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
Eventos Team
Porque para muitos a garagem é mesmo a rua (...ou simplesmente já não se tem garagem para todos!!...), quais são as dicas mais relevantes que vocês podem partilhar para melhor protegermos os nosso carros que têm vida noturna?

Pessoalmente uma das mais importantes que gostava de ver esclarecida é a utilização ou não das capas pois lê-se muita coisa negativa sobre elas, principalmente o facto de aprisionarem humidade e quando não estão bem ajustadas e apertadas ao carro, riscarem a pintura!!

(cheira-me que há grande probabilidade de este tópico já existir mas não o encontrei)
 
Porque para muitos a garagem é mesmo a rua (...ou simplesmente já não se tem garagem para todos!!...), quais são as dicas mais relevantes que vocês podem partilhar para melhor protegermos os nosso carros que têm vida noturna?

Pessoalmente uma das mais importantes que gostava de ver esclarecida é a utilização ou não das capas pois lê-se muita coisa negativa sobre elas, principalmente o facto de aprisionarem humidade e quando não estão bem ajustadas e apertadas ao carro, riscarem a pintura!!

(cheira-me que há grande probabilidade de este tópico já existir mas não o encontrei)

Realmente é pertinente a pergunta!
O meu pai anda com ideias de comprar uma capa para o Escort a ver se o poupa de aparecer mais ferrugem neste inverno.
 

Paulo Bombaça

Veterano
Confirmo a parte das capas, e acho que a parte nocturna não é a pior mas sim a diurna principalmente no verão com as temperaturas de 40 e muitos aqui pelo Alentejo sombra é essencial, as cagadelas dos pássaros também são preocupantes e deve-se limpar o mais rápido possível. Para que fique registado não tenho garagem para eles e dormem os dois na rua, mas com um uso regular e apenas com cera aplicada 2 vezes por ano tenho conseguido manter a coisa equilibrada.
 

nuno granja

petrolhead
Portalista
Autor
Sem falsas modéstias nesta matéria sou doutorado..

Salvo um periodo de 3 a 4 anos em que morei na zona do Carvalhido no Porto nunca tive garagem à porta de casa. Cresci junto à praia nos arredores do Porto, numa época sem internet nem telemóveis.
Era tudo muito bonito, os meus amigos de Gaia queriam todos morar junto à praia, tanto que a maioria logo que pode comprou casa na zona, dava-se uma voltas na dunas de mota e tal;


Mas quando a mota avariava ficava olhar para a praia e pinhais, numa zona bonita e tal, mas que com a excepção do mês Agosto, mais um ou outro fim de semana de sol, ficava a 10 kms de tudo que o que tinha interesse;


Este factor e as horas passadas no trânsito infernal para entrar e sair do Porto deixaram-me traumatizado.
No inicio dos anos 80 fui morar sozinho, desde ai morei sempre no Porto ou Lisboa, perto do centro e quase sempre sem garagem.
Sempre tive carros fora do baralho com mais de 20 anos e optei por andar neles no dia-a-dia, por um lado podia e por outro se não fosse assim não tinha tempo para “voltas de domingo”. Nada contra quem faz isso, mas não é a minha praia.
Como nos centros há poucas garagens e as que há para alugar ou são longe ou caras, optei pelo sistema “um carro à porta, os outros na garagem que for melhor negócio”.
Morei 14 anos em plena Zona História do Porto e a ida para essa primeira casa (estúdio…) coincidiu com o fim da fase das motas e o inicio da fase dos carros, Nesses 14 anos, circulei em;

7 Type I;

3 Type II;

4 Type III;

e dois type IV;


Como tive quase sempre mais do que um carro, tinha um à porta e o(s) outro(s) numa garagem algures na zona.
Por esse motivo cada um passava apenas uns meses dor ano na rua, embora numa determinada fase a Type III Variant azul garantiu o grosso da escala de serviço e nos 3 primeiros anos (60.000kms) com o Scirocco, este foi o meu único carro, depois comprei o Audi Coupé e a cara metade o Golf IV;


Curiosamente nessa altura tinha um mecânico que também trabalhava na rua.
Esta foto foi tirada em 1992, durante a revisão para a viagem a França na VW Type II Split. A zona dista cerca de 100m em linha recta da Câmara de Vila Nova de Gaia e na foto podemos ver a minha Type II, o meu Type I branco (carro do dia-a-dia nesse dia), o Passat B1 do mecânico e no escuro à direita parte da Variant Type III azul à espera de vez.


Depois mudei para a zona das Antas onde tive um pátio nas traseiras para guardar os carros;




Morei nessa zona mais de 10 anos e curiosamente tenho poucas fotos tiradas na rua.
Estas foram tiradas quando um grande amigo do VW Ar Clube apareceu para mostrar em primeira mão a sua Type 1 Split “Samba” de 1959, acabadinha de restaurar. Acreditem que o nível é “World Class”.



Seguiu-se a tal fase do Carvalhido com garagem, mas mesmo assim a maior parte dos dias deixava o carro na casa das Antas entretanto transformada em escritório e ia para a casa do Carvalhido de bicicleta;


Em 2009 vim para Lisboa.




Posto isto;

Capas na rua são para esquecer, a humidade acaba por entrar, fica a marinar no interior e o sol cola a capa à pintura. Por outro lado a maioria das capas não presta, riscam o carro e com o calor agarram-se à pintura. As boas capas custam de 80.00eur para cima e este é um preço de amigo para quem conhece o importador.

Os principais “inimigos a abater” por ordem de perigosidade; sol, cóco de aves, irresponsáveis/ineptos/urbano-depressivos, folhas + resina de arvores, chuva e por último os amigos do alheio.

O Sol.

Para mim o sol é pior do que a chuva. literalmente esturrica tudo, desfaz as espumas das palas do sol, torna os plásticos quebradiços, descola o revestimento do volante da estrutura interior, queima tecidos, esturrica borrachas e por ai fora. A minha primeira prioridade é sempre que possível estacionar à sombra, o que no meses de Julho e Agosto (sol mais a pique) em Lisboa é particularmente difícil. Há dias que mudo o carro de local para evitar o sol. Pelo sim pelo não protego o tablier/volante com uma pala boa, as borrachas com tratamento de vaselina anual, os ailerons em mousse e plásticos dos retrovisores ou pará-choques com produto da Wurth.

Cocó de aves.
Se cair na pintura o melhor é limpar logo e sobretudo antes de o sol o assar na pintura. Um cóco de pardal é relativamente inofensivo, já o de gaivota é acido puro e ou sai pouco depois, ou deixa marca. Muitas vezes nas árvores não há pássaros mas estacionamos debaixo do poste de iluminação ou cabo aéreo errado e o carro fica uma lástima.
Por causa disto tenho sempre na mala com ferramentas básicas, cabos de bateria, cabo de reboque, etc, uma garrafa de água tipo ciclista para remover qualquer cóco assim que vejo;

Trago também um pequeno frasco (plástico) com produto para lavar as mãos e uma mini toalha.

Irresponsáveis, ineptos e urbano-depressivos.

Uma tribo em explosão demográfica, que tem hábitos para todos os gostos, bater no carro da frente ou no de trás a estacionar, abrir as porta batendo com elas nos outros carros, etc.
Por isso evito estacionar em espinha e se possível fico no inicio da rua, expondo apenas um dos pará-choques. Em parques subterrâneos tento arranjar lugar entre duas colunas, se não for possível, no último piso ao fundo. Por vezes consigo as duas opções



Tenho uma especial atenção a locais onde é frequente estacionarem em fila dupla para largar passageiros. Normalmente abrem as portas sem ver. Por esse motivo evito estacionar junto a um café com esplanada situado na rua ao lado da minha, tal é corrupio de gente a entrar e sair de carros estacionados em segunda fila. Nos casos dos homens do lixo, há pouco a fazer, vem pendurados no carro do lixo, saltam em andamento, desatam a correr para ir buscar os caixotes do lixo e passam com eles entre os carros sem qualquer cuidado. No dia seguinte está um risco inexplicável no pará-choques. Já os urbano depressivos, normalmente muito mal com a vida, tentam nivelar por baixo a restante população riscando-lhe os carros. Estes últimos estão desaparecer, mas ainda a semana passada deixei o Golf em Vila Verde para trartar de uma série de coisas, entras quais um risco feito por algum membro desta tribo ainda no activo.

Folhas e resina das árvores.

Se por um lado proporcionam sombra, as folhas entram por todo o lado entupindo os escoadores de água da carroçaria e sobretudo há arvores que literalmente pulverizam uma substância tipo resina para cima tudo o que está no solo. Se for lavado no próprio dia e não cozer ao sol, ainda sairá, mas se estiver uns dias a recolher resina e a coze-la ao sol a pintura fica tipo lixa. Perto de minha casa em Lisboa há uma Praça em que até o chão fica pegajoso…



Chuva


À partida parece o pior mas não é. Pintura em bom estado, zonas interiores da carroçaria tratadas com produtos tipo Dinitrol, borrachas e vendantes em bom estado, com zero fugas de água para o interior e o carro passa o inverno na boa. Com carros que andem com alguma frequência, a circulação de ar acaba por secar os interiores.
Sempre que aparecem uns raios de sol após uns dias de chuva, verificar se embacia pelo interior. Em caso afirmativo, água no interior com garantia a 100%.



Amigo do alheio.

Convém escolher um carro que não esteja na “shopping list” desta tribo.
Tive o o percalço das fotos quando vim a Lisboa tratar da casa nova, uma vez roubaram-me os tampões da VW Type II Split e pouco mais. De notar que me roubaram os tampões das rodas da Type II a meio dos anos 90, na altura ainda ninguém ligava aos "pão-de-forma" mas o interesse nos "carochas" começava a despontar e os tampões, comuns aos dois modelos já estavam na shopping list. Nesse tempo ainda dava para ir a uma sucata e depenar uma "pão-de-forma" por sete contos e quinhentos (37.50eur.....). Por esse preço resolvi o problema e ainda trouxe troco (um monte peças).

Para terminar a “Garagem Estrela (quase) Ideal” em Lisboa;



Praça afastada da rua principal e sem passagem de carros, protegida do sol a nascente, a sul e a poente, mesmo ao meio dia no pino do verão, sem arvores, cafés c/ esplanadas ou poeiras, mas com escritório de uma empresa de segurança, as respectivas câmaras e movimento toda a noite. O único defeito é que mesmo no local em que está o Scirocco, protegido à esquerda por uma entrada de garagem, ainda pode levar com a porta do carro ao lado direito.

nuno granja
 
Última edição:

Rui Meireles

Veterano
Porque para muitos a garagem é mesmo a rua (...ou simplesmente já não se tem garagem para todos!!...), quais são as dicas mais relevantes que vocês podem partilhar para melhor protegermos os nosso carros que têm vida noturna?

Pessoalmente uma das mais importantes que gostava de ver esclarecida é a utilização ou não das capas pois lê-se muita coisa negativa sobre elas, principalmente o facto de aprisionarem humidade e quando não estão bem ajustadas e apertadas ao carro, riscarem a pintura!!

(cheira-me que há grande probabilidade de este tópico já existir mas não o encontrei)
Se gosta da viatura a melhor dica é mesmo comprar ou alugar uma garagem. Tudo o resto é para esquecer.

Neste momento a minha viatura de uso corrente não tem garagem. Desisti completamente de a manter em condições. Ao sol estraga-se, à sombra das árvores estraga-se à mesma (por outros motivos). Comprei uma capa mas nem a cheguei a usar pelo trabalho que dá. Resignei-me. É um charuto e não vale a pena mais esforço que isto.

A meu ver é mesmo assim, ao relento só charutada. Carros com interesse sempre guardados.
 

Paulo Bombaça

Veterano
Sem falsas modéstias nesta matéria sou doutorado..

Salvo um periodo de 3 a 4 anos em que morei na zona do Carvalhido no Porto nunca tive garagem à porta de casa. Cresci junto à praia nos arredores do Porto, numa época sem internet nem telemóveis.
Era tudo muito bonito, os meus amigos de Gaia queriam todos morar junto à praia, tanto que a maioria logo que pode comprou casa na zona, dava-se uma voltas na dunas de mota e tal;


Mas quando a mota avariava ficava olhar para a praia e pinhais, numa zona bonita e tal, mas que com a excepção do mês Agosto, mais um ou outro fim de semana de sol, ficava a 10 kms de tudo que o que tinha interesse;


Este factor e as horas passadas no trânsito infernal para entrar e sair do Porto deixaram-me traumatizado.
No inicio dos anos 80 fui morar sozinho, desde ai morei sempre no Porto ou Lisboa, perto do centro e quase sempre sem garagem.
Sempre tive carros fora do baralho com mais de 20 anos e optei por andar neles no dia-a-dia, por um lado podia e por outro se não fosse assim não tinha tempo para “voltas de domingo”. Nada contra quem faz isso, mas não é a minha praia.
Como nos centros há poucas garagens e as que há para alugar ou são longe ou caras, optei pelo sistema “um carro à porta, os outros na garagem que for melhor negócio”.
Morei 14 anos em plena Zona História do Porto e a ida para essa primeira casa (estúdio…) coincidiu com o fim da fase das motas e o inicio da fase dos carros, Nesses 14 anos, circulei em;

6 Type I;

2 Type II;

3 Type III;

e dois type IV;


Como tive quase sempre mais do que um carro, tinha um à porta e o(s) outro(s) numa garagem algures na zona.
Por esse motivo cada um passava apenas uns meses dor ano na rua, embora numa determinada fase a Type III Variant azul garantiu o grosso da escala de serviço e nos 3 primeiros anos (60.000kms) com o Scirocco, este foi o meu único carro, depois comprei o Audi Coupé e a cara metade o Golf IV;


Curiosamente nessa altura tinha um mecânico que também trabalhava na rua.
Esta foto foi tirada em 1992, durante a revisão para a viagem a França na VW Type II Split. A zona dista cerca de 100m em linha recta da Câmara de Vila Nova de Gaia e na foto podemos ver a minha Type II, o meu Type I branco (carro do dia-a-dia nesse dia), o Passat B1 do mecânico e no escuro à direita parte da Variant Type III azul à espera de vez.


Depois mudei para a zona das Antas onde tive um pátio nas traseiras para guardar os carros;




Morei nessa zona mais de 10 anos e curiosamente tenho poucas fotos tiradas na rua.
Estas foram tiradas quando um grande amigo do VW Ar Clube apareceu para mostrar em primeira mão a sua Type 1 Split “Samba” de 1959, acabadinha de restaurar. Acreditem que o nível é “World Class”.



Seguiu-se a tal fase do Carvalhido com garagem, mas mesmo assim a maior parte dos dias deixava o carro na casa das Antas entretanto transformada em escritório e ia para a casa do Carvalhido de bicicleta;


Em 2009 vim para Lisboa.




Posto isto;

Capas na rua são para esquecer, a humidade acaba por entrar, fica a marinar no interior e o sol cola a capa à pintura. Por outro lado a maioria das capas não presta, riscam o carro e com o calor agarram-se à pintura. As boas capas custam de 80.00eur para cima e este é um preço de amigo para quem conhece o importador.

Os principais “inimigos a abater” por ordem de perigosidade; sol, cóco de aves, irresponsáveis/ineptos/urbano-depressivos, folhas + resina de arvores, chuva e por último os amigos do alheio.

O Sol.

Para mim o sol é pior do que a chuva. literalmente esturrica tudo, desfaz as espumas das palas do sol, torna os plásticos quebradiços, descola o revestimento do volante da estrutura interior, queima tecidos, esturrica borrachas e por ai fora. A minha primeira prioridade é sempre que possível estacionar à sombra, o que no meses de Julho e Agosto (sol mais a pique) em Lisboa é particularmente difícil. Há dias que mudo o carro de local para evitar o sol. Pelo sim pelo não protego o tablier/volante com uma pala boa, as borrachas com tratamento de vaselina anual, os ailerons em mousse e plásticos dos retrovisores ou pará-choques com produto da Wurth.

Cocó de aves.
Se cair na pintura o melhor é limpar logo e sobretudo antes de o sol o assar na pintura. Um cóco de pardal é relativamente inofensivo, já o de gaivota é acido puro e ou sai pouco depois, ou deixa marca. Muitas vezes nas árvores não há pássaros mas estacionamos debaixo do poste de iluminação ou cabo aéreo errado e o carro fica uma lástima.
Por causa disto tenho sempre na mala com ferramentas básicas, cabos de bateria, cabo de reboque, etc, uma garrafa de água tipo ciclista para remover qualquer cóco assim que vejo;

Trago também um pequeno frasco (plástico) com produto para lavar as mãos e uma mini toalha.

Irresponsáveis, ineptos e urbano-depressivos.

Uma tribo em explosão demográfica, que tem hábitos para todos os gostos, bater no carro da frente ou no de trás a estacionar, abrir as porta batendo com elas nos outros carros, etc.
Por isso evito estacionar em espinha e se possível fico no inicio da rua, expondo apenas um dos pará-choques. Em parques subterrâneos tento arranjar lugar entre duas colunas, se não for possível, no último piso ao fundo. Por vezes consigo as duas opções



Tenho uma especial atenção a locais onde é frequente estacionarem em fila dupla para largar passageiros. Normalmente abrem as portas sem ver. Por esse motivo evito estacionar junto a um café com esplanada situado na rua ao lado da minha, tal é corrupio de gente a entrar e sair de carros estacionados em segunda fila. Nos casos dos homens do lixo, há pouco a fazer, vem pendurados no carro do lixo, saltam em andamento, desatam a correr para ir buscar os caixotes do lixo e passam com os eles entre os carros sem qualquer cuidado. No dia seguinte está um risco inexplicável no pará-choques. Já os urbano depressivos, normalmente muito mal com a vida, tentam nivelar por baixo a restante população riscando-lhe os carros. Estes últimos estão desaparecer, mas ainda a semana passada deixei o Golf em Vila Verde para trartar de uma série de coisas, entras quais um risco feito por algum membro desta tribo ainda no activo.

Folhas e resina das árvores.

Se por um lado proporcionam sombra, as folhas entram por todo o lado entupindo os escoadores de água da carroçaria e sobretudo há arvores que literalmente pulverizam uma substância tipo resina para cima tudo o que está no solo. Se for lavado no próprio dia e não cozer ao sol, ainda sairá, mas se estiver uns dias a recolher resina e a coze-la ao sol a pintura fica tipo lixa. Perto de minha casa em Lisboa há uma Praça em que até o chão fica pegajoso…



Chuva


À partida parece o pior mas não é. Pintura em bom estado, zonas interiores da carroçaria tratadas com produtos tipo Dinitrol, borrachas e vendantes em bom estado, com zero fugas de água para o interior e o carro passa o inverno na boa. Com carros que andem com alguma frequência, a circulação de ar acaba por secar os interiores.
Sempre que aparecem uns raios de sol após uns dias de chuva, verificar se embacia pelo interior. Em caso afirmativo, água no interior com garantia a 100%.



Amigo do alheio.

Convém escolher um carro que não esteja na “shopping list” desta tribo.
Tive o o percalço das fotos quando vim a Lisboa tratar da casa nova, uma vez roubaram-me os tampões da VW Type II Split e pouco mais. De notar que me roubaram os tampões das rodas da Type II a meio dos anos 90, na altura ainda ninguém ligava aos "pão-de-forma" mas o interesse nos "carochas" começava a despontar e os tampões, comuns aos dois modelos já estavam na shopping list. Nesse tempo ainda dava para ira uma sucata e depenar uma "pão-de-forma" por sete conto e quinhentos (37.50eur.....). Por esse preço resolvi o problema e ainda trouxe troco (um monte peças).

Para terminar a “Garagem Estrela (quase) Ideal” em Lisboa;



Praça afastada da rua principal e sem passagem de carros, protegida do sol a nascente, a sul e a poente, mesmo ao meio dia no pino do verão, sem arvores, cafés c/ esplanadas ou poeiras, mas com escritório de uma empresa de segurança, as respectivas câmaras e movimento toda a noite. O único defeito é que mesmo no local em que está o Scirocco, protegido à esquerda por uma entrada de garagem, ainda pode levar com a porta do carro ao lado direito.

nuno granja

Excelente testemunho, algumas situações já pratico à algum tempo outras são dicas muito boas. Concordo completamente que o sol é pior que a chuva, chego a mudar os carros 3 vezes ao dia para os ter na sombra.
 
OP
OP
HugoSilva

HugoSilva

"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
Eventos Team
Isto acaba por ser mais uma constante dedicação que outra coisa. As capas já percebi que são efetivamente más, por irónico que pareça acabam por ser mais úteis dentro da garagem para manter o pó minimizado, que lá fora a apanharem com os elementos porque acabam por potenciar os estragos indiretos...
 

Edgar.Guerra

Pre-War
Premium
Sem falsas modéstias nesta matéria sou doutorado..

Salvo um periodo de 3 a 4 anos em que morei na zona do Carvalhido no Porto nunca tive garagem à porta de casa. Cresci junto à praia nos arredores do Porto, numa época sem internet nem telemóveis.
Era tudo muito bonito, os meus amigos de Gaia queriam todos morar junto à praia, tanto que a maioria logo que pode comprou casa na zona, dava-se uma voltas na dunas de mota e tal;


Mas quando a mota avariava ficava olhar para a praia e pinhais, numa zona bonita e tal, mas que com a excepção do mês Agosto, mais um ou outro fim de semana de sol, ficava a 10 kms de tudo que o que tinha interesse;


Este factor e as horas passadas no trânsito infernal para entrar e sair do Porto deixaram-me traumatizado.
No inicio dos anos 80 fui morar sozinho, desde ai morei sempre no Porto ou Lisboa, perto do centro e quase sempre sem garagem.
Sempre tive carros fora do baralho com mais de 20 anos e optei por andar neles no dia-a-dia, por um lado podia e por outro se não fosse assim não tinha tempo para “voltas de domingo”. Nada contra quem faz isso, mas não é a minha praia.
Como nos centros há poucas garagens e as que há para alugar ou são longe ou caras, optei pelo sistema “um carro à porta, os outros na garagem que for melhor negócio”.
Morei 14 anos em plena Zona História do Porto e a ida para essa primeira casa (estúdio…) coincidiu com o fim da fase das motas e o inicio da fase dos carros, Nesses 14 anos, circulei em;

7 Type I;

3 Type II;

4 Type III;

e dois type IV;


Como tive quase sempre mais do que um carro, tinha um à porta e o(s) outro(s) numa garagem algures na zona.
Por esse motivo cada um passava apenas uns meses dor ano na rua, embora numa determinada fase a Type III Variant azul garantiu o grosso da escala de serviço e nos 3 primeiros anos (60.000kms) com o Scirocco, este foi o meu único carro, depois comprei o Audi Coupé e a cara metade o Golf IV;


Curiosamente nessa altura tinha um mecânico que também trabalhava na rua.
Esta foto foi tirada em 1992, durante a revisão para a viagem a França na VW Type II Split. A zona dista cerca de 100m em linha recta da Câmara de Vila Nova de Gaia e na foto podemos ver a minha Type II, o meu Type I branco (carro do dia-a-dia nesse dia), o Passat B1 do mecânico e no escuro à direita parte da Variant Type III azul à espera de vez.


Depois mudei para a zona das Antas onde tive um pátio nas traseiras para guardar os carros;




Morei nessa zona mais de 10 anos e curiosamente tenho poucas fotos tiradas na rua.
Estas foram tiradas quando um grande amigo do VW Ar Clube apareceu para mostrar em primeira mão a sua Type 1 Split “Samba” de 1959, acabadinha de restaurar. Acreditem que o nível é “World Class”.



Seguiu-se a tal fase do Carvalhido com garagem, mas mesmo assim a maior parte dos dias deixava o carro na casa das Antas entretanto transformada em escritório e ia para a casa do Carvalhido de bicicleta;


Em 2009 vim para Lisboa.




Posto isto;

Capas na rua são para esquecer, a humidade acaba por entrar, fica a marinar no interior e o sol cola a capa à pintura. Por outro lado a maioria das capas não presta, riscam o carro e com o calor agarram-se à pintura. As boas capas custam de 80.00eur para cima e este é um preço de amigo para quem conhece o importador.

Os principais “inimigos a abater” por ordem de perigosidade; sol, cóco de aves, irresponsáveis/ineptos/urbano-depressivos, folhas + resina de arvores, chuva e por último os amigos do alheio.

O Sol.

Para mim o sol é pior do que a chuva. literalmente esturrica tudo, desfaz as espumas das palas do sol, torna os plásticos quebradiços, descola o revestimento do volante da estrutura interior, queima tecidos, esturrica borrachas e por ai fora. A minha primeira prioridade é sempre que possível estacionar à sombra, o que no meses de Julho e Agosto (sol mais a pique) em Lisboa é particularmente difícil. Há dias que mudo o carro de local para evitar o sol. Pelo sim pelo não protego o tablier/volante com uma pala boa, as borrachas com tratamento de vaselina anual, os ailerons em mousse e plásticos dos retrovisores ou pará-choques com produto da Wurth.

Cocó de aves.
Se cair na pintura o melhor é limpar logo e sobretudo antes de o sol o assar na pintura. Um cóco de pardal é relativamente inofensivo, já o de gaivota é acido puro e ou sai pouco depois, ou deixa marca. Muitas vezes nas árvores não há pássaros mas estacionamos debaixo do poste de iluminação ou cabo aéreo errado e o carro fica uma lástima.
Por causa disto tenho sempre na mala com ferramentas básicas, cabos de bateria, cabo de reboque, etc, uma garrafa de água tipo ciclista para remover qualquer cóco assim que vejo;

Trago também um pequeno frasco (plástico) com produto para lavar as mãos e uma mini toalha.

Irresponsáveis, ineptos e urbano-depressivos.

Uma tribo em explosão demográfica, que tem hábitos para todos os gostos, bater no carro da frente ou no de trás a estacionar, abrir as porta batendo com elas nos outros carros, etc.
Por isso evito estacionar em espinha e se possível fico no inicio da rua, expondo apenas um dos pará-choques. Em parques subterrâneos tento arranjar lugar entre duas colunas, se não for possível, no último piso ao fundo. Por vezes consigo as duas opções



Tenho uma especial atenção a locais onde é frequente estacionarem em fila dupla para largar passageiros. Normalmente abrem as portas sem ver. Por esse motivo evito estacionar junto a um café com esplanada situado na rua ao lado da minha, tal é corrupio de gente a entrar e sair de carros estacionados em segunda fila. Nos casos dos homens do lixo, há pouco a fazer, vem pendurados no carro do lixo, saltam em andamento, desatam a correr para ir buscar os caixotes do lixo e passam com eles entre os carros sem qualquer cuidado. No dia seguinte está um risco inexplicável no pará-choques. Já os urbano depressivos, normalmente muito mal com a vida, tentam nivelar por baixo a restante população riscando-lhe os carros. Estes últimos estão desaparecer, mas ainda a semana passada deixei o Golf em Vila Verde para trartar de uma série de coisas, entras quais um risco feito por algum membro desta tribo ainda no activo.

Folhas e resina das árvores.

Se por um lado proporcionam sombra, as folhas entram por todo o lado entupindo os escoadores de água da carroçaria e sobretudo há arvores que literalmente pulverizam uma substância tipo resina para cima tudo o que está no solo. Se for lavado no próprio dia e não cozer ao sol, ainda sairá, mas se estiver uns dias a recolher resina e a coze-la ao sol a pintura fica tipo lixa. Perto de minha casa em Lisboa há uma Praça em que até o chão fica pegajoso…



Chuva


À partida parece o pior mas não é. Pintura em bom estado, zonas interiores da carroçaria tratadas com produtos tipo Dinitrol, borrachas e vendantes em bom estado, com zero fugas de água para o interior e o carro passa o inverno na boa. Com carros que andem com alguma frequência, a circulação de ar acaba por secar os interiores.
Sempre que aparecem uns raios de sol após uns dias de chuva, verificar se embacia pelo interior. Em caso afirmativo, água no interior com garantia a 100%.



Amigo do alheio.

Convém escolher um carro que não esteja na “shopping list” desta tribo.
Tive o o percalço das fotos quando vim a Lisboa tratar da casa nova, uma vez roubaram-me os tampões da VW Type II Split e pouco mais. De notar que me roubaram os tampões das rodas da Type II a meio dos anos 90, na altura ainda ninguém ligava aos "pão-de-forma" mas o interesse nos "carochas" começava a despontar e os tampões, comuns aos dois modelos já estavam na shopping list. Nesse tempo ainda dava para ir a uma sucata e depenar uma "pão-de-forma" por sete contos e quinhentos (37.50eur.....). Por esse preço resolvi o problema e ainda trouxe troco (um monte peças).

Para terminar a “Garagem Estrela (quase) Ideal” em Lisboa;



Praça afastada da rua principal e sem passagem de carros, protegida do sol a nascente, a sul e a poente, mesmo ao meio dia no pino do verão, sem arvores, cafés c/ esplanadas ou poeiras, mas com escritório de uma empresa de segurança, as respectivas câmaras e movimento toda a noite. O único defeito é que mesmo no local em que está o Scirocco, protegido à esquerda por uma entrada de garagem, ainda pode levar com a porta do carro ao lado direito.

nuno granja

Obrigado pela partilha, muito útil.
Tenho a felicidade de ter atualmente 3 lugares de garagem para 3 carros no centro de Lisboa, mas ainda assim às vezes deixo o(s) carro(s) na rua quando o(s) trago para o trabalho. Já seguia muitas destas dicas (orientação do sol, proximidade de postes e árvores de tília, evitar estacionar em espinha e tentar estacionar no início ou fim da fila, "protegendo" um dos pára-choques).

Quando comprei a minha 1ª casa em Lisboa e vi o lugar de estacionamento, a minha cara metade ficou toda lixada. Era de longe o lugar mais difícil de estacionar em todo o prédio. Mas eu esfreguei as mãos de contente. Fiquei vários anos com o carro entre duas paredes, onde sabia que nenhum inepto iria causar dano. :)

Qual é o produto da Wurth que usas para proteger mousses e plásticos exteriores?
 

nuno granja

petrolhead
Portalista
Autor
Obrigado pela partilha, muito útil.
Tenho a felicidade de ter atualmente 3 lugares de garagem para 3 carros no centro de Lisboa, mas ainda assim às vezes deixo o(s) carro(s) na rua quando o(s) trago para o trabalho. Já seguia muitas destas dicas (orientação do sol, proximidade de postes e árvores de tília, evitar estacionar em espinha e tentar estacionar no início ou fim da fila, "protegendo" um dos pára-choques).

Quando comprei a minha 1ª casa em Lisboa e vi o lugar de estacionamento, a minha cara metade ficou toda lixada. Era de longe o lugar mais difícil de estacionar em todo o prédio. Mas eu esfreguei as mãos de contente. Fiquei vários anos com o carro entre duas paredes, onde sabia que nenhum inepto iria causar dano. :)

Qual é o produto da Wurth que usas para proteger mousses e plásticos exteriores?

Quando li essa das 3 garagens deu-me uma dor no cotovelo que quase me impediu de responder:



É isto
Trabalho com a Turtle Wax que tem produtos de "car care" fabulosos, mas neste caso particular o produto da Wurth está a milhas da concorrência. É caro,(+-40.00eur) mas aplicas uma vez e a protecção e bom aspecto duram, duram, duram, duram....


nuno granja
 

Nuno Figueiras

Veterano
Sobre as Capas...
Eu tenho dois carros em Portugal, o Golf fica em casa dos meus pais e o Corolla fica com o meus sogros. Acontece que este verão foi preciso levar o Golf para casa dos meus Sogros porque o mecânico é familiar e arranja o carro na garagem e para isso precisaram de meter o Corolla na rua com capa...
Quando cheguei lá, tirei a capa e qual foi o meu espanto que havia zonas sem tinta!!! Estamos a falar de um carro que foi pintado à 6 anos e estava em bom estado :mad::mad::mad:
 

Paulo Bombaça

Veterano
Sem falsas modéstias nesta matéria sou doutorado..

Salvo um periodo de 3 a 4 anos em que morei na zona do Carvalhido no Porto nunca tive garagem à porta de casa. Cresci junto à praia nos arredores do Porto, numa época sem internet nem telemóveis.
Era tudo muito bonito, os meus amigos de Gaia queriam todos morar junto à praia, tanto que a maioria logo que pode comprou casa na zona, dava-se uma voltas na dunas de mota e tal;


Mas quando a mota avariava ficava olhar para a praia e pinhais, numa zona bonita e tal, mas que com a excepção do mês Agosto, mais um ou outro fim de semana de sol, ficava a 10 kms de tudo que o que tinha interesse;


Este factor e as horas passadas no trânsito infernal para entrar e sair do Porto deixaram-me traumatizado.
No inicio dos anos 80 fui morar sozinho, desde ai morei sempre no Porto ou Lisboa, perto do centro e quase sempre sem garagem.
Sempre tive carros fora do baralho com mais de 20 anos e optei por andar neles no dia-a-dia, por um lado podia e por outro se não fosse assim não tinha tempo para “voltas de domingo”. Nada contra quem faz isso, mas não é a minha praia.
Como nos centros há poucas garagens e as que há para alugar ou são longe ou caras, optei pelo sistema “um carro à porta, os outros na garagem que for melhor negócio”.
Morei 14 anos em plena Zona História do Porto e a ida para essa primeira casa (estúdio…) coincidiu com o fim da fase das motas e o inicio da fase dos carros, Nesses 14 anos, circulei em;

7 Type I;

3 Type II;

4 Type III;

e dois type IV;


Como tive quase sempre mais do que um carro, tinha um à porta e o(s) outro(s) numa garagem algures na zona.
Por esse motivo cada um passava apenas uns meses dor ano na rua, embora numa determinada fase a Type III Variant azul garantiu o grosso da escala de serviço e nos 3 primeiros anos (60.000kms) com o Scirocco, este foi o meu único carro, depois comprei o Audi Coupé e a cara metade o Golf IV;


Curiosamente nessa altura tinha um mecânico que também trabalhava na rua.
Esta foto foi tirada em 1992, durante a revisão para a viagem a França na VW Type II Split. A zona dista cerca de 100m em linha recta da Câmara de Vila Nova de Gaia e na foto podemos ver a minha Type II, o meu Type I branco (carro do dia-a-dia nesse dia), o Passat B1 do mecânico e no escuro à direita parte da Variant Type III azul à espera de vez.


Depois mudei para a zona das Antas onde tive um pátio nas traseiras para guardar os carros;




Morei nessa zona mais de 10 anos e curiosamente tenho poucas fotos tiradas na rua.
Estas foram tiradas quando um grande amigo do VW Ar Clube apareceu para mostrar em primeira mão a sua Type 1 Split “Samba” de 1959, acabadinha de restaurar. Acreditem que o nível é “World Class”.



Seguiu-se a tal fase do Carvalhido com garagem, mas mesmo assim a maior parte dos dias deixava o carro na casa das Antas entretanto transformada em escritório e ia para a casa do Carvalhido de bicicleta;


Em 2009 vim para Lisboa.




Posto isto;

Capas na rua são para esquecer, a humidade acaba por entrar, fica a marinar no interior e o sol cola a capa à pintura. Por outro lado a maioria das capas não presta, riscam o carro e com o calor agarram-se à pintura. As boas capas custam de 80.00eur para cima e este é um preço de amigo para quem conhece o importador.

Os principais “inimigos a abater” por ordem de perigosidade; sol, cóco de aves, irresponsáveis/ineptos/urbano-depressivos, folhas + resina de arvores, chuva e por último os amigos do alheio.

O Sol.

Para mim o sol é pior do que a chuva. literalmente esturrica tudo, desfaz as espumas das palas do sol, torna os plásticos quebradiços, descola o revestimento do volante da estrutura interior, queima tecidos, esturrica borrachas e por ai fora. A minha primeira prioridade é sempre que possível estacionar à sombra, o que no meses de Julho e Agosto (sol mais a pique) em Lisboa é particularmente difícil. Há dias que mudo o carro de local para evitar o sol. Pelo sim pelo não protego o tablier/volante com uma pala boa, as borrachas com tratamento de vaselina anual, os ailerons em mousse e plásticos dos retrovisores ou pará-choques com produto da Wurth.

Cocó de aves.
Se cair na pintura o melhor é limpar logo e sobretudo antes de o sol o assar na pintura. Um cóco de pardal é relativamente inofensivo, já o de gaivota é acido puro e ou sai pouco depois, ou deixa marca. Muitas vezes nas árvores não há pássaros mas estacionamos debaixo do poste de iluminação ou cabo aéreo errado e o carro fica uma lástima.
Por causa disto tenho sempre na mala com ferramentas básicas, cabos de bateria, cabo de reboque, etc, uma garrafa de água tipo ciclista para remover qualquer cóco assim que vejo;

Trago também um pequeno frasco (plástico) com produto para lavar as mãos e uma mini toalha.

Irresponsáveis, ineptos e urbano-depressivos.

Uma tribo em explosão demográfica, que tem hábitos para todos os gostos, bater no carro da frente ou no de trás a estacionar, abrir as porta batendo com elas nos outros carros, etc.
Por isso evito estacionar em espinha e se possível fico no inicio da rua, expondo apenas um dos pará-choques. Em parques subterrâneos tento arranjar lugar entre duas colunas, se não for possível, no último piso ao fundo. Por vezes consigo as duas opções



Tenho uma especial atenção a locais onde é frequente estacionarem em fila dupla para largar passageiros. Normalmente abrem as portas sem ver. Por esse motivo evito estacionar junto a um café com esplanada situado na rua ao lado da minha, tal é corrupio de gente a entrar e sair de carros estacionados em segunda fila. Nos casos dos homens do lixo, há pouco a fazer, vem pendurados no carro do lixo, saltam em andamento, desatam a correr para ir buscar os caixotes do lixo e passam com eles entre os carros sem qualquer cuidado. No dia seguinte está um risco inexplicável no pará-choques. Já os urbano depressivos, normalmente muito mal com a vida, tentam nivelar por baixo a restante população riscando-lhe os carros. Estes últimos estão desaparecer, mas ainda a semana passada deixei o Golf em Vila Verde para trartar de uma série de coisas, entras quais um risco feito por algum membro desta tribo ainda no activo.

Folhas e resina das árvores.

Se por um lado proporcionam sombra, as folhas entram por todo o lado entupindo os escoadores de água da carroçaria e sobretudo há arvores que literalmente pulverizam uma substância tipo resina para cima tudo o que está no solo. Se for lavado no próprio dia e não cozer ao sol, ainda sairá, mas se estiver uns dias a recolher resina e a coze-la ao sol a pintura fica tipo lixa. Perto de minha casa em Lisboa há uma Praça em que até o chão fica pegajoso…



Chuva


À partida parece o pior mas não é. Pintura em bom estado, zonas interiores da carroçaria tratadas com produtos tipo Dinitrol, borrachas e vendantes em bom estado, com zero fugas de água para o interior e o carro passa o inverno na boa. Com carros que andem com alguma frequência, a circulação de ar acaba por secar os interiores.
Sempre que aparecem uns raios de sol após uns dias de chuva, verificar se embacia pelo interior. Em caso afirmativo, água no interior com garantia a 100%.



Amigo do alheio.

Convém escolher um carro que não esteja na “shopping list” desta tribo.
Tive o o percalço das fotos quando vim a Lisboa tratar da casa nova, uma vez roubaram-me os tampões da VW Type II Split e pouco mais. De notar que me roubaram os tampões das rodas da Type II a meio dos anos 90, na altura ainda ninguém ligava aos "pão-de-forma" mas o interesse nos "carochas" começava a despontar e os tampões, comuns aos dois modelos já estavam na shopping list. Nesse tempo ainda dava para ir a uma sucata e depenar uma "pão-de-forma" por sete contos e quinhentos (37.50eur.....). Por esse preço resolvi o problema e ainda trouxe troco (um monte peças).

Para terminar a “Garagem Estrela (quase) Ideal” em Lisboa;



Praça afastada da rua principal e sem passagem de carros, protegida do sol a nascente, a sul e a poente, mesmo ao meio dia no pino do verão, sem arvores, cafés c/ esplanadas ou poeiras, mas com escritório de uma empresa de segurança, as respectivas câmaras e movimento toda a noite. O único defeito é que mesmo no local em que está o Scirocco, protegido à esquerda por uma entrada de garagem, ainda pode levar com a porta do carro ao lado direito.

nuno granja

Existe também uma outra tribo que tenho visto a se manifestar cada vez mais, peço desculpa pela expressão, "os cheira cus", podem atuar sozinhos ou aos pares, esta tribo tem por hábito estacionar o seu automóvel o mais próximo possível do automóvel à sua frente ou à sua traseira, mau mesmo é quando são aos pares e fica um atrás e outro na frente, os indivíduos desta tribo são masoquista pois por vezes outros da mesma tribo fazem exatamente o mesmo ficando assim eles próprios com pouco espaço de manobra.
Foto tirada algumas semanas

IMG_20170806_164030.jpg
 

Anexos

  • IMG_20170806_164030.jpg
    IMG_20170806_164030.jpg
    282.8 KB · Vistos: 101
O curriculum do Colega @nuno granja nesta matéria é de longe nada invejável e apenas o felicito por não conhecer os "amigos 4 patas - mija jantes", que neste momento no Funchal é uma praga para quem para/estaciona na rua. As jantes da minha Bedford estão uma lástima à conta destes "prevaricadores" de jantes alheias.
 

João Pereira Bento

128coupe
Premium
Portalista
O curriculum do Colega @nuno granja nesta matéria é de longe nada invejável e apenas o felicito por não conhecer os "amigos 4 patas - mija jantes", que neste momento no Funchal é uma praga para quem para/estaciona na rua. As jantes da minha Bedford estão uma lástima à conta destes "prevaricadores" de jantes alheias.

Coloque um bocado de enxofre pelo lado interior das rodas! :)
 
Topo