RADARES FIXOS > É CAÇA-LOS ANTES QUE NOS CAÇEM

HugoSilva

"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
Eventos Team
Entendo, mas...

...é o caminho para sermos autómatos da sociedade ou pior das leis e da democracia. Será?
Não quero esse futuro para mim? E vocês querem? Vamos aceita-lo levianamente?

Estou a responder de forma ligeira, sem pensar muito no assunto, mas é algo para pensarmos no que nos estamos a meter se não tomarmos decisões e não agirmos, onde temos e onde acaba a nossa liberdade, e na estrada é o menor dos problemas.
É obvio que se estiver muito transito não vamos fazer das outras viaturas umas chicanes móveis, mas deve imperar o bom senso. Há 30 anos o limite nas AE era 120, a essa velocidade os carros desintegravam-se se tivessem um acidente.
Hugo não digo que algumas das afirmações que dizes não são correctas, e que não façam parte do futuro, mas nós tambem temos de o escolher e participar activamente na mudança ou na continuação. "Olhem" eu sofro um bocado, faço vários km à noite na AE com medo das multas dificilmente ultrapasso os 140/150, e sinceramente acho mais perigoso do que quando vinha mais depressa se não estive-se ninguém na AE comigo, noutro contexto explico porquê, é que a 120/130 venho a dormir literalmente, aliás até de dia. Parar para dormir? Não, ás vezes paro para dormitar, gosto sempre que possível de acordar os meus putos no dia seguinte. Pancas.
É correcto? Não! Mas enfim ficávamos aqui 2 anos a discutir o sexo dos anjos ;).

Eu percebo o exemplo dos "120 na AE" mas não será o pior de todos? É que hoje o limite são 120 e raramente se anda abaixo dos 140, amanhã vão ser 140 e raramente se vai andar abaixo dos 160 e ok, se calhar se aumentarmos para 160 já não se vai passar a andar a 180 porque provavelmente os carros mais vendidos em Portugal ou 1) são a gasolina de baixa cilindrada e já se borram todos para ir a essas velocidades ou 2) são diesel com força mas que se querem poupados e a 180 deixam de o ser.

É claro que as coisas avançaram e muito a nível de segurança mas duas coisas não deixam de ser verdade:
  • o parque automóvel português não é homogéneo, o que significa que todos os dias nos cruzamos com carros obsoletos no capítulo da segurança;
  • toda a gente sabe a elevada taxa de sinistralidade que temos no nosso país onde o limite são apenas os tais 120. Porra todos os dias morrem pessoas ao volante e se calhar nem a 50 íamos mas quanto mais elevada maior essa probabilidade pois diminui o tempo de reação para o que quer que seja e basta uma inocente distração para ceifar vidas numa torto e a direito.
 

António José Costa

Regularidade=Navegação, condução e cálculo?
Portalista
Eu percebo o exemplo dos "120 na AE" mas não será o pior de todos? É que hoje o limite são 120 e raramente se anda abaixo dos 140, amanhã vão ser 140 e raramente se vai andar abaixo dos 160 e ok, se calhar se aumentarmos para 160 já não se vai passar a andar a 180 porque provavelmente os carros mais vendidos em Portugal ou 1) são a gasolina de baixa cilindrada e já se borram todos para ir a essas velocidades ou 2) são diesel com força mas que se querem poupados e a 180 deixam de o ser.

É claro que as coisas avançaram e muito a nível de segurança mas duas coisas não deixam de ser verdade:
  • o parque automóvel português não é homogéneo, o que significa que todos os dias nos cruzamos com carros obsoletos no capítulo da segurança;
  • toda a gente sabe a elevada taxa de sinistralidade que temos no nosso país onde o limite são apenas os tais 120. Porra todos os dias morrem pessoas ao volante e se calhar nem a 50 íamos mas quanto mais elevada maior essa probabilidade pois diminui o tempo de reação para o que quer que seja e basta uma inocente distração para ceifar vidas numa torto e a direito.

Percebo-te quanto às AE, acho que o mais importante é educação, civismo, consciencialização, e uma rede viária correctamente projectada, efectuada e com sinalização correcta, de qualidade eficaz e coerente.
Nas AE alemãs sem limite de velocidade o indicie de sinistralidade e de mortalidade não é mais alto do que nas outras vias, já lá estive e a 200Km/h basicamente ultrapassava veículos de trabalho, estranho não é.
A nossa taxa de sinistralidade já está muito mais baixa, no entanto todas as vidas que se perdem ao volante são obviamente de lamentar. O mais importante deixar-mos de fazer coisas que hoje cada vez mais se fazem por causa dos telemóveis, eu infelizmente incluo-me nessa lista.

Algo que me vão matar, acho que em várias ocasiões um veículo de condução autónoma ajudava, posso por exemplo ir a trabalhar enquanto ele conduz, e amlata jovem pode ir no facebook por exemplo, e isso vai tornar-se realidade quer queiramos ou não.
 

HugoSilva

"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
Eventos Team
Percebo-te quanto às AE, acho que o mais importante é educação, civismo, consciencialização, e uma rede viária correctamente projectada, efectuada e com sinalização correcta, de qualidade eficaz e coerente.
Nas AE alemãs sem limite de velocidade o indicie de sinistralidade e de mortalidade não é mais alto do que nas outras vias, já lá estive e a 200Km/h basicamente ultrapassava veículos de trabalho, estranho não é.
A nossa taxa de sinistralidade já está muito mais baixa, no entanto todas as vidas que se perdem ao volante são obviamente de lamentar. O mais importante deixar-mos de fazer coisas que hoje cada vez mais se fazem por causa dos telemóveis, eu infelizmente incluo-me nessa lista.

Algo que me vão matar, acho que em várias ocasiões um veículo de condução autónoma ajudava, posso por exemplo ir a trabalhar enquanto ele conduz, e amlata jovem pode ir no facebook por exemplo, e isso vai tornar-se realidade quer queiramos ou não.
Isto já está algo fora do contexto mas ainda outro dia discuti precisamente isso com um amigo. Esta cena dos elétricos e dos "plásticos" em bem da verdade faz todo o sentido especialmente para os amantes dos clássicos... "Epa não sejas parvo, então agora eu que só gosto de carros dos anos 70, italianos, com carburadores com as guelras mais abertas que as pernas da Pamela Anderson, vou conduzir um Renault Clio-toris a diesel ou um Toyota "Folha"? Vai-ta f*der!!!!"

Faz TODO o sentido!! Quem gosta e especialmente quem tem clássico(s) sabe que é preciso dedicação tanto logística como de tempo como financeira e quanto mais quantidade dessas variáveis tenhamos disponíveis mais vamos conseguir nele(s) investir. Ora se um carro moderno nos poupar tempo de deslocação e dinheiro em gasosa, mais disso fica para o carro velho!

A mim não me chocaria nada que o meu daily driver fosse um plástico elétrico, depois quanto me apetecesse teria sempre o clássico para matar o saudosismo entre curvas e contra-curvas...
 

João Luís Soares

Pre-War
Membro do staff
Premium
Delegado Regional
Portalista
(...)em várias ocasiões um veículo de condução autónoma ajudava, posso por exemplo ir a trabalhar enquanto ele conduz, e a malta jovem pode ir no facebook por exemplo

Veículos que andam sozinhos e onde podes ir a trabalhar ou no facebook ou sobretudo no Portal? Já existem. Chamam-se comboios, táxis, etc. :lol:

Eu acho que estamos a fugir ao tópico, mas não resisto a dar o meu "bitaite".
Em Portugal há um problema grande ao volante. Chama-se falta de civismo.

Dando um exemplo.
Eu trabalho numa rua muito movimentada no Porto e vejo as filas em hora de ponta e o trânsito normal nas outras horas. Perco a conta ao pessoal que vai a falar ao telemóvel, a fumar, a comer, a mandar sms, a ver cenas do smartphone, a ler papéis, a escrever em papéis, etc. Não me venham com tretas que é a pressa e que a malta tem de trabalhar até enquanto conduz e outras desculpas esfarrapadas do género. É pura falta de educação e desprezo pelas regras e pelo bem estar de todos. Inclusivamente do próprio.

Se a desculpa é a falta de tempo e a pressa, façam um exercício.
Imaginem o gajo que vai a conduzir e a falar ao telefone e a escrever umas coisas para a reunião das 15h com um cliente.
Se parar à porta do cliente às 14h55, sair do carro e um pombo lhe cagar no ombro, garanto-vos que a pressa espera um bocadinho e a falta de tempo é esquecida enquanto o gajo vai arranjar maneira de limpar aquela caca...

O problema é fácil de identificar de um modo geral.
Quando nos ensinam a somar, nós aprendemos e praticamos como nos ensinaram. Evoluímos mas não desligamos da aprendizagem inicial. Quando nos ensinam a escrever, a mesma coisa. Mas o exame de condução é apenas um "obstáculo" a ultrapassar antes de nos tornarmos o Pastor Maldonado* lá da rua.
*Para quem não conhece, é um piloto que passou há pouco pela F1 e que passava a vida a bater nos muros e nos outros carros.

Podemos dizer que conduzir e mexer no telemóvel não tem mal porque "é só mandar esta sms" ou "é uma chamada de 30 segundos" ou "é para matar o tempo nas filas".
Mas se o motorista do nosso autocarro, o maquinista do comboio em que vamos, ou o piloto do avião que leva a nossa família para as férias fizerem o mesmo, "Ai meu deus que irresponsabilidade!"

Enquanto conduzir for apenas uma das tarefas que fazemos quando estamos ao volante de um carro, estamos mal. Muito mal.
 
Última edição:
Algo que me vão matar, acho que em várias ocasiões um veículo de condução autónoma ajudava, posso por exemplo ir a trabalhar enquanto ele conduz

Eu acho que isso vai chegar mais depressa do que se pensa, principalmente porque aquelas criaturas (chamam-lhes terroristas, mas eu acho que são só malucos e cobardes) já descobriram que um carro é uma arma muito poderosa.:(
 

HugoSilva

"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
Eventos Team
Veículos que andam sozinhos e onde podes ir a trabalhar ou no facebook ou sobretudo no Portal? Já existem. Chamam-se comboios, táxis, etc. :lol:

Eu acho que estamos a fugir ao tópico, mas não resisto a dar o meu "bitaite".
Em Portugal há um problema grande ao volante. Chama-se falta de civismo.

Dando um exemplo.
Eu trabalho numa rua muito movimentada no Porto e vejo as filas em hora de ponta e o trânsito normal nas outras horas. Perco a conta ao pessoal que vai a falar ao telemóvel, a fumar, a comer, a mandar sms, a ver cenas do smartphone, a ler papéis, a escrever em papéis, etc. Não me venham com tretas que é a pressa e que a malta tem de trabalhar até enquanto conduz e outras desculpas esfarrapadas do género. É pura falta de educação e desprezo pelas regras e pelo bem estar de todos. Inclusivamente do próprio.

Se a desculpa é a falta de tempo e a pressa, façam um exercício.
Imaginem o gajo que vai a conduzir e a falar ao telefone e a escrever umas coisas para a reunião das 15h com um cliente.
Se parar à porta do cliente às 14h55, sair do carro e um pombo lhe cagar no ombro, garanto-vos que a pressa espera um bocadinho e a falta de tempo é esquecida enquanto o gajo vai arranjar maneira de limpar aquela caca...

O problema é fácil de identificar de um modo geral.
Quando nos ensinam a somar, nós aprendemos e praticamos como nos ensinaram. Evoluímos mas não desligamos da aprendizagem inicial. Quando nos ensinam a escrever, a mesma coisa. Mas o exame de condução é apenas um "obstáculo" a ultrapassar antes de nos tornarmos o Pastor Maldonado* lá da rua.
*Para quem não conhece, é um piloto que passou há pouco pela F1 e que passava a vida a bater nos muros e nos outros carros.

Podemos dizer que conduzir e mexer no telemóvel não tem mal porque "é só mandar esta sms" ou "é uma chamada de 30 segundos" ou "é para matar o tempo nas filas".
Mas se o motorista do nosso autocarro, o maquinista do comboio em que vamos, ou o piloto do avião que leva a nossa família para as férias fizerem o mesmo, "Ai meu deus que irresponsabilidade!"

Enquanto conduzir for apenas uma das tarefas que fazemos quando estamos ao volante de um carro, estamos mal. Muito mal.
Tens razão nisso tudo, sem dúvida, infelizmente é assim.
Ainda hoje...
  • numa rotunda aqui na terra vi uma gaja (uma senhora!) que se enganou e passou a saída que queria, não vai modas, pé a fundo no travão, marcha-atrás (!) e lá segue ela, nisto tudo não reparou no ciclista que ia a contornar a rotunda atrás dela, foi por um triz! Ora não teria sido bem mais racional continuar a contornar para voltar a passar na saída certa?
  • já em Lisboa um taxista num cruzamento aparentemente nem viu a scooter que vinha da esquerda, meteu-se, sorte que o motociclista travou a tempo, os pneus ainda emitiram o som próprio de quem já fez o melhor que consegui para parar a tempo numa estrada de calçada. Mais uma vez, foi por um triz!
O futuro como eu o vejo, e voltando ao tópico, não são apenas carros inteligentes mas sim estradas inteligentes, especialmente vias fáceis de controlar, como as AE onde apesar da simplicidade das regras, pois as variações de trânsito são bem menores às de uma nacional, aquilo são vias rápidas, sem obstáculos, sem cruzamentos, é sempre a abrir até à próxima portagem. Facilmente alguém vai inventar a forma de munir, por exemplo, o próprio pavimento, de tecnologia capaz de controlar o trânsito e lá está a própria velocidade de cada veículo =)
 
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