Os clássicos que já conduzimos

António José Costa

Regularidade=Navegação, condução e cálculo?
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Excelente tópico.

Ford Cortina 1600GT MKII
Uma experiencia de poucos Kms.
Interior: espaçoso com alguma personalidade.
Exterior: Demasiado simples um 3 volumes clássico, pormenores dos simbolos muito interessante.
Condução: Motor com força desde baixos regimes, caixa curta algo dura mas minimamente porreira. Travões péssimos, muito maus mesmo. direcção pouco precisa e pesadota. Visibilidade percebia-se perfeitamente os 4 cantos ao bólide.

Com sinceridade esperava mais, mas era um carro porreiro.
 
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João Luís Soares

João Luís Soares

Pre-War
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Excelente tópico.

Ford Cortina 1600GT MKII
Uma experiencia de poucos Kms.
Interior: espaçoso com alguma personalidade.
Exterior: Demasiado simples um 3 volumes clássico, pormenores dos simbolos muito interessante.
Condução: Motor com força desde baixos regimes, caixa curta algo dura mas minimamente porreira. Travões péssimos, muito maus mesmo. direcção pouco precisa e pesadota. Visibilidade percebia-se perfeitamente os 4 cantos ao bólide.

Com sinceridade esperava mais, mas era um carro porreiro.

Explica lá melhor que pormenores é que têm os símbolos do Cortina.
 

João Pereira Bento

128coupe
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Excelente tópico.

Ford Cortina 1600GT MKII
Uma experiencia de poucos Kms.
Interior: espaçoso com alguma personalidade.
Exterior: Demasiado simples um 3 volumes clássico, pormenores dos simbolos muito interessante.
Condução: Motor com força desde baixos regimes, caixa curta algo dura mas minimamente porreira. Travões péssimos, muito maus mesmo. direcção pouco precisa e pesadota. Visibilidade percebia-se perfeitamente os 4 cantos ao bólide.

Com sinceridade esperava mais, mas era um carro porreiro.

A piada era agora conduzir mais 3 ou 4 Cortina 1600 GT MKII e comparar. Até podiam travar melhor por exemplo, ou não. :) Já conduzi alguns 128 e são todos muito diferentes, onde muitos matam os carros é com os pneus largos.

O último clássico que conduzi foi um Lamborghini. Fiz uma oferta mas não me vão entregar. :( Lamborghini 340 de 1968. :p
 
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João Luís Soares

João Luís Soares

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Cá vai o segundo.

Peugeot 504 Break Renforcé
Conduzi 2 ou 3 vezes. Primeiro em zona rural e terra batida (Baixo Alentejo) e depois em cidade e AE (Maia, Porto e Gaia)
Não dá a sensação disso ao conduzir, mas é um carro enorme.
É muito confortável, é bem construída, mas tem pouco equipamento. É claramente feita para ser carro de trabalho.
A velocidade máxima é igual a descer, em plano ou a subir uma parede.
Tem uma força descomunal a qualquer rotação (só comparável à de outro carro cuja experiência partilharei mais tarde). Parece capaz de puxar um semi-reboque bem grande. E não duvido muito que conseguisse.
A colocação da manete dos piscas do lado direito do volante é estranha. A ignição do lado esquerdo também, mas a isso habituei-me (e depois tive a mesma experiência no Ritmo).
É óptima para viajar se não formos nós a pagar o gasóleo.

Destaque negativo: bebe gasóleo como se não houvesse amanhã.
Destaque positivo: tracção atrás e aquele binário em estradinhas de terra batida no Alentejo são uma delícia dançante...
 

JorgeMonteiro

...o do "Boguinhas"
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Tenho memorias de infância de uma dessas, mas não era a conduzir. Era lá atrás na 3ª fila de bancos.
Parece um tanque.
 

António José Costa

Regularidade=Navegação, condução e cálculo?
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Explica lá melhor que pormenores é que têm os símbolos do Cortina.

Não tem um igual :)
a-british-ford-cortina-gt-dating-from-about-1968-crge1d.jpg cortina1.jpg cortina-2-hi.jpg ford-cortina-mk1-gt-of-1965-built-1963-to-1966-apwkaa.jpg s-l300.jpg

Personalidade, nem que seja na desorientação ;).

A piada era agora conduzir mais 3 ou 4 Cortina 1600 GT MKII e comparar. Até podiam travar melhor por exemplo, ou não. :) Já conduzi alguns 128 e são todos muito diferentes, onde muitos matam os carros é com os pneus largos.

Tens toda a razão, e sinto bem o que dizes com o meu Flecha em comparação com outros;).
 

Anexos

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João Luís Soares

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Cá vai o terceiro.

Ford Escort 1300 L do Nuno Andrade

Conduzi apenas uma vez, à noite e maioritariamente em Auto Estrada.

Já conhecia o carro desde os tempos em que ainda estava podre e em restauro. Acompanhei o processo que o trouxe de volta à estrada e aprendi imenso com o dono.
Em Outubro de 2015, o carro esteve exposto no espaço do Portal no AutoClássico. No fim do evento, o Paulo Oliveira, que o tinha trazido para a Exponor, trocou comigo. Levou o Panda e eu guiei o Ford até Laúndos.

Adoro a cor laranja, mas isso pouco interessa.
Este Escort está equipado com backets de época. A sensação é estranha, a princípio, mas depois é excelente. Ficamos bem presos e focados no que interessa.
O motor desenvolve bem, é elástico e a caixa é bem escalonada. Não estiquei porque o carro não é meu, estava a chover e era de noite.

Adoro a pega fininha do volante. É um pormenor delicioso dos clássicos.

Destaque negativo: o conta-rotações estava de folga, nesse dia.
Destaque positivo: Adoro toda a estética do carro e a envolvência. Laranja, aquele volante, aquele quadrante... É mesmo uma experiência marcante.
 
Última edição:

Paulo André

YoungTimer
Vou falar do meu 1ª carro, que comprei usado em 1977 , tinha eu 19 anos e a Renault 4 de 3 velocidades 20 anos. Queria ter o meu carro e não o carro dos meu pai, comprei-o então por 45 contos(€225,00).Era o meu carro de cidade, de estrada, de aldeia, de praia, era o meu carro. Ao fim do 1ºano já devia ter 30 kilos de solda, tudo o que se soltava e se pudesse soldar soldava-se, tornava a partir tornava-se a soldar , e sempre no mesmo soldador pois assim ele já sabia onde faltava soldar. Para não ser maçador vou contar uma história que aconteceu na saída do estacionamento subterraneo do Centro Comercial Brasilia na Rotuna da Boavista no Porto. Era um sabado ou domingo, uma fila enorme para sair, habitual nestes dias de semana pois era o 1º centro comercial e ainda por cima c/cinema, a R4 começa como de costume a fumar pelo escape, era uma nuvem atrás de mim terrivel, quando cheguei ao local de pagamento deixei o carro uns metros mais atrás para ter mais espaço para embalar para a subida bastante íngreme , o que eu pensei que poderia acontecer aconteceu, chegou a meio da subida começou a engasgar e parou, tentei dar a chave mas havia um problema não tinha travão de mão, então a minha mulher pôs o pé no acelerador e eu tentava fazer o ponto de embraiagem, mas não era fácil, se corresse mal tinha o carro apontado para bater com a traseira no muro e ficar por aí,tentei 2 vezes e a R4 4 não se mexia até que aparecem dois ou três tipos a segurar e a empurrar, e assim com mais 3 cavalos de força consegui subir. Imagino os carros que estavam atrás de mim para sair, á espera que a R4 fizesse o percurso de marcha atrás.Naturalmente nunca mais entrei naquele parque com a R4, podia não ter mais aquela ajuda.
 
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João Luís Soares

João Luís Soares

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Vou relatar mais uma experiência, a 4ª. É também a penúltima não Fiat.

Lancia Delta GT i.e. - o carro que agora é do Tiago salsa

A possibilidade desta experiência surgiu porque o Tiago me pediu para ver o carro para decidir se valia a pena comprar.
Como a ilha do Pico fica um bocado longe de Matosinhos, eu vi o carro e experimentei-o numa voltinha no Encontro Mensal de Março na Senhora da Hora. Para começar...

Logo no dia seguinte o Tiago disse-me que ia avançar com a compra. A partir daí a história está contada. Eu tratei das coisas com o dono e no dia 6 de Abril, depois de tratar dos papéis, o Lancia ficou a meu cargo até o ir entregar no dia seguinte no Porto de Leixões.
DSC08443 (Custom).JPG

Adorei o carro. É prático por ter as 5 portas, é diferente de tudo o que hoje anda na estrada, é velho qb, e de certa maneira é discreto. Depois há o resto... aqueles interiores bem desenhados, os bancos confortáveis e envolventes, a posição de condução desportiva e o tablier com todos aqueles mostradores não deixam dúvidas - é um italiano de raça pura.
DSC08441 (Custom).JPG

Ainda por cima o chassis é fabuloso. O comportamento é muito bom a todos os níveis.
E aquele motor... aquilo é um Pavarotti pronto a cantar o Nessun Dorma sempre que se carrega fundo no pedal.
A elasticidade e a capacidade de resposta daquele motor são impressionantes para um 1600. Não imaginam a quantidade de plásticos a gasóleo, a gasolina e a tudo o resto que ousaram tentar resistir a ser ultrapassados e ficaram a ver navios...
Nesse dia até ficou cá na garagem durante a tarde...
DSC08458 (Custom).JPG

Adorei a experiência, mas no dia seguinte, quem ficou literalmente a ver navios fui eu.
Levei-o a Leixões e lá foi ele para os Açores.

Destaque negativo: neste momento não posso ter um igual para mim.
Destaque positivo: tudo o resto. É um carro fabuloso.

Obrigado pela oportunidade, Tiago!
 

Anexos

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Eduardo Tomas

Veterano
Acho que o único carro clássico digno desse nome que conduzi, por umas centenas de metros, foi um MG B GT. Saído de um Rover 400, o carro pareceu ter a direcção pesadíssima e não ter travões. O som do motor é muito característico e o carro tem um charme irresistível.

Se o NSX puder ser considerado um pré-clássico, também conduzi um numa distância semelhante (infelizmente). A andar normalmente, tirando o facto de ser baixíssimo, é um carro muito fácil de conduzir. Os comandos têm todos um tacto fácil e relativamente leve e a visibilidade nem é má. Ainda hoje em dia gosto de me "gabar" de já ter conduzido um NSX.

À pendura é que já andei num BMW 635 CSi e num Datsun 260Z. :)
 

tiago salsa

Citroen Maniac
Vou relatar mais uma experiência, a 4ª. É também a penúltima não Fiat.

Lancia Delta GT i.e. - o carro que agora é do Tiago salsa

A possibilidade desta experiência surgiu porque o Tiago me pediu para ver o carro para decidir se valia a pena comprar.
Como a ilha do Pico fica um bocado longe de Matosinhos, eu vi o carro e experimentei-o numa voltinha no Encontro Mensal de Março na Senhora da Hora. Para começar...

Logo no dia seguinte o Tiago disse-me que ia avançar com a compra. A partir daí a história está contada. Eu tratei das coisas com o dono e no dia 6 de Abril, depois de tratar dos papéis, o Lancia ficou a meu cargo até o ir entregar no dia seguinte no Porto de Leixões.
Ver anexo 1079077

Adorei o carro. É prático por ter as 5 portas, é diferente de tudo o que hoje anda na estrada, é velho qb, e de certa maneira é discreto. Depois há o resto... aqueles interiores bem desenhados, os bancos confortáveis e envolventes, a posição de condução desportiva e o tablier com todos aqueles mostradores não deixam dúvidas - é um italiano de raça pura.
Ver anexo 1079076

Ainda por cima o chassis é fabuloso. O comportamento é muito bom a todos os níveis.
E aquele motor... aquilo é um Pavarotti pronto a cantar o Nessun Dorma sempre que se carrega fundo no pedal.
A elasticidade e a capacidade de resposta daquele motor são impressionantes para um 1600. Não imaginam a quantidade de plásticos a gasóleo, a gasolina e a tudo o resto que ousaram tentar resistir a ser ultrapassados e ficaram a ver navios...
Nesse dia até ficou cá na garagem durante a tarde...
Ver anexo 1079078

Adorei a experiência, mas no dia seguinte, quem ficou literalmente a ver navios fui eu.
Levei-o a Leixões e lá foi ele para os Açores.

Destaque negativo: neste momento não posso ter um igual para mim.
Destaque positivo: tudo o resto. É um carro fabuloso.

Obrigado pela oportunidade, Tiago!

Tenho exatamente a mesma opinião João! Muitas vezes não me consigo expressar tão bem devido à "barreira" escrita mas o sentimento é mesmo esse, tenho aproveitado bastante o Delta por cá na Ilha :cool:

Eu é que tenho que agradecer pela ajuda :thumbs up: Espero que um dia voltes a te sentar ao volante dele ;)
 

João P Silva

Veterano
Tenho exatamente a mesma opinião João! Muitas vezes não me consigo expressar tão bem devido à "barreira" escrita mas o sentimento é mesmo esse, tenho aproveitado bastante o Delta por cá na Ilha :cool:

Eu é que tenho que agradecer pela ajuda :thumbs up: Espero que um dia voltes a te sentar ao volante dele ;)


Desta vez já na ilha..
Não convides muitas vezes que o @João Luís Soares é bem capaz de ir até aí para ouvir o roncar do Lancia. :thumbs up:
 
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João Luís Soares

João Luís Soares

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Cá vai mais um... e este é grande!

Cadillac DeVille Covertible de 1970 do Sr. José Teixeira, conduzido em Setembro de 2011.

IMG_20110923_164959 (Custom).jpg

O dono deste carro é o pai do portalista Ricardo Teixeira e aluga vários clássicos para eventos.
Normalmente ele conduz. Se forem alugados vários, pede ajuda a amigos. Neste caso precisava de mais gente e pediu ao Nuno Andrade. Como o Nuno não podia, encaminhou-o para mim. E eu tive a sorte de poder.
Primeiro, uns dias antes, fui experimentar o carro para me habituar e depois, no dia do evento, deixei o Fiat Ritmo na Póvoa e vim numa caravana até ao Porto. Este Cadillac era o mais novo dos 5 carros do grupo.

Para quem normalmente conduzia um Fiat Ritmo e sobretudo um Fiat Panda, conduzir este carro implica uma reaprendizagem de quase tudo.

Comparando o incomparável.
O Panda tem 3,38 m de comprimento. Essa é praticamente a distância entre eixos deste Cadillac.
O Panda tem 770 centímetros cúbicos. O Cadillac tem 7700. 10 vezes mais.
O Panda tem 34 cv. O Cadillac anuncia 375. 11 vezes mais
O Panda tem 57 Nm de binário. O Cadillac cerca de 700. 12 vezes mais.
Ah! A caixa do filtro de ar quase que dava para guardar o pneu suplente do Panda lá dentro.

IMG_20110923_164750 (Custom).jpg

Apesar de tudo, é um carro fácil de conduzir no seu habitat natural: a estrada aberta.
Mas o "evento" era transportar uns franciús entre o Palácio da Bolsa e as caves de Vinho do Porto, do outro lado do Rio.
Conduzir este monstro na Ribeira e nas ruelas da zona das caves é como manobrar uma caixa gigante de esferovite no meio de uma loja de cristais atulhada. Fica sempre a sensação que não há espaço. Felizmente à minha frente ia outro Cadillac - um Fleetwood de 1959 - que tem o mesmo comprimento e mais 1 cm de largura. Se esse passava, o que eu conduzia também passava.

A condução em cidade não tem história, tirando a facilidade que é conduzir um carro de caixa automática, com direcção assistida um binário sempre pronto e um longo etc.

Giro foi que o evento acabou perto das 16h15 e eu trabalhava das 17h às 19h. Ou seja, não tinha tempo de ir à Póvoa trocar de carro, como já tinha previsto. Incrivelmente, o Sr. Teixeira disse para eu levar o carro.
Ainda fui a casa trocar de roupa e, à saída, o meu irmão mais novo fez este vídeo.



Ao chegar ao local, estaciono calmamente, fecho a capota eléctrica e quando me ia a encaminhar para trabalhar, ao passar atrás do carro reparo que estou a meio da faixa de rodagem. Tinha mais de 1 metro de Cadillac na estrada. O lugar tem cerca de 4,5 m e este menino crescido mede 5,7 m. Lá entrei e ajustei a coisa. Ocupou 3 lugares, mas teve de ser.

A melhor parte foi o regresso à Póvoa.
É para este tipo de viagens que este carro foi feito. Estradas largas e com pouco trânsito.
É uma delícia ir a 55 Mph na A28 de capota aberta quase sem sentir o vento nem ouvir o motor. (Calma, continuo a preferir ir a 50 ou 60 km/h numa estrada de montanha num 124 Spider a ouvir todo um cagaçal de motor e vento...)

O episódio mais "giro" foi quando ia calmamente a 60 mph (96 km/h) a meio da ultrapassagem a um camião e um palhaço com um 320D se cola na traseira a dar sinais de luzes.
Usando uma das lições de Sr. Teixeira, provoco o kick down da caixa e o resultado é estonteante. Não é o pontapé de um turbo ou a força repentina de um bialbero italiano... é uma espécie de mão gigante que empurra todo o carro para a frente com um vigor impressionante. Em menos do que demora a contar, já o Cadillac estava a passar para lá das 80 Mph (façam as contas, excepto se forem agentes da autoridade). Nessa altura o BMW encolheu de repente no retrovisor, não sei porquê. Tadinho...

Destaque negativo: não é meu; e transmite poucas sensações da estrada para o meu gosto. Se fosse o destaque negativo eram os consumos e o facto de precisar de um armazém para o estacionar.
Destaque positivo: a imponência do carro, o nível incrível de equipamento para um carro de 1970, o conforto e o V8 colossal que está debaixo do capot.

IMG_20110923_164800 (Custom).jpg


P.S. Desculpem ter escrito tanto, mas esta foi uma experiência de condução bastante diferente de todas as outras que tive antes e depois.
 

Anexos

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Cá vai mais um... e este é grande!

Cadillac DeVille Covertible de 1970 do Sr. José Teixeira, conduzido em Setembro de 2011.

Ver anexo 1085267

O dono deste carro é o pai do portalista Ricardo Teixeira e aluga vários clássicos para eventos.
Normalmente ele conduz. Se forem alugados vários, pede ajuda a amigos. Neste caso precisava de mais gente e pediu ao Nuno Andrade. Como o Nuno não podia, encaminhou-o para mim. E eu tive a sorte de poder.
Primeiro, uns dias antes, fui experimentar o carro para me habituar e depois, no dia do evento, deixei o Fiat Ritmo na Póvoa e vim numa caravana até ao Porto. Este Cadillac era o mais novo dos 5 carros do grupo.

Para quem normalmente conduzia um Fiat Ritmo e sobretudo um Fiat Panda, conduzir este carro implica uma reaprendizagem de quase tudo.

Comparando o incomparável.
O Panda tem 3,38 m de comprimento. Essa é praticamente a distância entre eixos deste Cadillac.
O Panda tem 770 centímetros cúbicos. O Cadillac tem 7700. 10 vezes mais.
O Panda tem 34 cv. O Cadillac anuncia 375. 11 vezes mais
O Panda tem 57 Nm de binário. O Cadillac cerca de 700. 12 vezes mais.
Ah! A caixa do filtro de ar quase que dava para guardar o pneu suplente do Panda lá dentro.

Ver anexo 1085265

Apesar de tudo, é um carro fácil de conduzir no seu habitat natural: a estrada aberta.
Mas o "evento" era transportar uns franciús entre o Palácio da Bolsa e as caves de Vinho do Porto, do outro lado do Rio.
Conduzir este monstro na Ribeira e nas ruelas da zona das caves é como manobrar uma caixa gigante de esferovite no meio de uma loja de cristais atulhada. Fica sempre a sensação que não há espaço. Felizmente à minha frente ia outro Cadillac - um Fleetwood de 1959 - que tem o mesmo comprimento e mais 1 cm de largura. Se esse passava, o que eu conduzia também passava.

A condução em cidade não tem história, tirando a facilidade que é conduzir um carro de caixa automática, com direcção assistida um binário sempre pronto e um longo etc.

Giro foi que o evento acabou perto das 16h15 e eu trabalhava das 17h às 19h. Ou seja, não tinha tempo de ir à Póvoa trocar de carro, como já tinha previsto. Incrivelmente, o Sr. Teixeira disse para eu levar o carro.
Ainda fui a casa trocar de roupa e, à saída, o meu irmão mais novo fez este vídeo.



Ao chegar ao local, estaciono calmamente, fecho a capota eléctrica e quando me ia a encaminhar para trabalhar, ao passar atrás do carro reparo que estou a meio da faixa de rodagem. Tinha mais de 1 metro de Cadillac na estrada. O lugar tem cerca de 4,5 m e este menino crescido mede 5,7 m. Lá entrei e ajustei a coisa. Ocupou 3 lugares, mas teve de ser.

A melhor parte foi o regresso à Póvoa.
É para este tipo de viagens que este carro foi feito. Estradas largas e com pouco trânsito.
É uma delícia ir a 55 Mph na A28 de capota aberta quase sem sentir o vento nem ouvir o motor. (Calma, continuo a preferir ir a 50 ou 60 km/h numa estrada de montanha num 124 Spider a ouvir todo um cagaçal de motor e vento...)

O episódio mais "giro" foi quando ia calmamente a 60 mph (96 km/h) a meio da ultrapassagem a um camião e um palhaço com um 320D se cola na traseira a dar sinais de luzes.
Usando uma das lições de Sr. Teixeira, provoco o kick down da caixa e o resultado é estonteante. Não é o pontapé de um turbo ou a força repentina de um bialbero italiano... é uma espécie de mão gigante que empurra todo o carro para a frente com um vigor impressionante. Em menos do que demora a contar, já o Cadillac estava a passar para lá das 80 Mph (façam as contas, excepto se forem agentes da autoridade). Nessa altura o BMW encolheu de repente no retrovisor, não sei porquê. Tadinho...

Destaque negativo: não é meu; e transmite poucas sensações da estrada para o meu gosto. Se fosse o destaque negativo eram os consumos e o facto de precisar de um armazém para o estacionar.
Destaque positivo: a imponência do carro, o nível incrível de equipamento para um carro de 1970, o conforto e o V8 colossal que está debaixo do capot.

Ver anexo 1085266


P.S. Desculpem ter escrito tanto, mas esta foi uma experiência de condução bastante diferente de todas as outras que tive antes e depois.


Essa é uma experiência que um dia gostaria de experimentar, conduzir ou ir a pendura numa dessas "banheiras" V8 :lol:
 

Rafael Isento

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O Cadillac no "Novo Rumo"? Lembro-me de ter visto há uns anos um igual na Maia. Se calhar foste tu :)
 
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O Cadillac no "Novo Rumo"? Lembro-me de ter visto há uns anos um igual na Maia. Se calhar foste tu :)

Só andei com ele uma vez. Onde o viste?

Só não foste trabalhar de Panda porque não quiseste. Podias tê-lo metido na mala do Cadillac. :D

Na altura o Panda ainda era partilhado com o meu irmão mais novo, se bem me lembro. Eu andava ora com ele ora com o Ritmo.
 
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