Citröen Citroën GS Club 1974

Depois de 6 meses de busca e de 2 anos a aprender mecânica básica com o meu Fiat Uno, cá fiz a loucura: comprei o meu primeiro clássico.
Diários de Bordo

Citröen Citroën GS Club 1974

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afonsopatrao

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Parabéns atrasados!

Máquina, o GS! Ainda bem que correu tudo bem e que agora tens aí peças que podem dar jeito.

Bolas, já vi o Uno em Coimbra, mas nunca vi o GS.
Obrigado! O GS não anda tanto como o Uno, pois o Uno tem uma agilidade ímpar em cidade e porque a ausência de cintos no banco traseiro do GS me faz sempre torcer o nariz quando é para as tarefas do dia a dia (que passam por deixar as miúdas no jardim-escola).


Haja espaço e essas peças passam de um achado para um investimento! Os clássicos como o GS já desvalorizaram tudo o que tinham a desvalorizar, agora será só para subir!
As viagens de clássico têm invariavelmente outro 'sabor', não há volta a dar...

Sem dúvida! Estou ansioso por repetir. Mas acho que já não vai ser para a Automobilia — onde creio que vou outra vez de Uno ou de moderno.
Já explico.


Parabéns atrasados, Afonso! Que contes muitos mais e que possas gozar os teus clássicos por esses anos fora!

Quanto às peças, acho que fizeste bem, é como o João diz, desde que não tenham sido exorbitantemente caras é sempre dinheiro seguro e podem ser uma boa ajuda para a recuperação.

Em termos de estratégia, também me parece que é melhor agora fazer uma boa dose de debugging e gozar o carro um pouco antes de o voltar a meter em cirurgias, há que disfrutar os carros que é para isso que os temos. Até te dá mais tempo para teres uma ideia mais definida do que vais fazer, é sempre bom traçar um plano com calma.

O pessoal de Vila Verde tem muito boas referências por aqui, pessoalmente não conheço mas de facto o trabalho parece ser de boa qualidade e gente séria.

Um abraço!

Obrigado, Eduardo.
Cada vez tenho menos dúvidas que o chapeiro de Vila Verde é de uma seriedade e competência rara. E é por isso que estou disposto a fazer tantos quilómetros para lá ir — como aliás me aconselharam aqui.
Mas continuo com esperança de encontrar bom chapeiro mais perto! Aliás, amanhã de manhã vou mostrar o GS ao chapeiro que o @Manuel Pimentel me indicou. Estou com esperança! ;)
A ver o que é que ele me diz.
 
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afonsopatrao

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Ora depois da ultima e fabulosa viagem de GS da semana passada, a folga que eu sentia no eixo dianteiro agravou-se (é o debugging, eu sei). E começou a fazer uns estalos no eixo da frente.
Foi ao médico na terça-feira e esteve lá até hoje. IMG_7886.JPG

O veredicto: fluidblocs do braço de suspensão direito a precisar de substituição (mais 100€...) e os estalos vêm da bielete direita, que liga o braço à barra estabilizadora.
A chatice é que a pessoa que me trata do carro vai ter de deixar de o fazer, por motivos profissionais. E parece que a colocação destes fluid-blocs é algo que exige uma técnica própria...
Enfim, depois se vê. Agora tenho de mandar vir as peças.
Oh para mim a vir embora da oficina. Reparar que, apesar do mau piso, o hidrosuspenso não abana. É absolutamente fabulosa esta tecnologia:


Além destas novidades:
1- Chegaram amortecedores novos para o portão da mala (não tirei foto);
2- Chegou um porta-chaves de época por que me apaixonei. IMG_7904.JPG
3- Amanhã vai ao chapeiro saber opiniões.

Desejem-me sorte! ;)
 

Anexos

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Portalista
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8:30 da manhã e estava já de partida para o chapeiro.
IMG_7906.JPG IMG_7909.JPG

Lá chegado, o chapeiro explicou-me que, em carros que precisem de tratar chapa, naquela oficina propõem fazer restauro integral, igual ao de um Lancia Aurelia que lá fizeram. E, assim, que o trabalho a realizar e os preços a pagar seriam idênticos.
1- Desmontar o carro todo.
2- Enviar a carcaça para decapagem em Oliveira do Bairro
3- Pegar na chapa com buracos e fazer os remendos necessários.
4- Pintar tudo (sendo que o pintor, no tal Lancia Aurelia, levou 5000€).

A significar que o trabalho ficará em 20.000€ e durará 2 anos.

Impressões:
1- Como o @Manuel Pimentel disse, pareceu-me uma pessoa muito séria, sem planos de enganar quem lhe aparece à frente. Sinceramente gostei.
2- Ainda assim, julgo que foi um orçamento demasiado genérico, sem ver o que se pode aproveitar do estado actual do meu querido Citroën. Fiquei com a sensação que era a receita para restauro quer o carro tivesse 2 podres ou 100 podres.

Posto isto, vou colher mais opiniões. Decididamente, tenho de arranjar as folgas no eixo dianteiro e fazer a viagem para Vila Verde.
E gozar o carro até à data da próxima IPO — 4 de Novembro.

Entretanto, continuo absolutamente rendido à hidropneumática.
IMG_7910.JPG IMG_7912.JPG
 

Anexos

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António Barbosa

Red Line
Portalista
8:30 da manhã e estava já de partida para o chapeiro.
Ver anexo 1078661 Ver anexo 1078662

Lá chegado, o chapeiro explicou-me que, em carros que precisem de tratar chapa, naquela oficina propõem fazer restauro integral, igual ao de um Lancia Aurelia que lá fizeram. E, assim, que o trabalho a realizar e os preços a pagar seriam idênticos.
1- Desmontar o carro todo.
2- Enviar a carcaça para decapagem em Oliveira do Bairro
3- Pegar na chapa com buracos e fazer os remendos necessários.
4- Pintar tudo (sendo que o pintor, no tal Lancia Aurelia, levou 5000€).

A significar que o trabalho ficará em 20.000€ e durará 2 anos.

Impressões:
1- Como o @Manuel Pimentel disse, pareceu-me uma pessoa muito séria, sem planos de enganar quem lhe aparece à frente. Sinceramente gostei.
2- Ainda assim, julgo que foi um orçamento demasiado genérico, sem ver o que se pode aproveitar do estado actual do meu querido Citroën. Fiquei com a sensação que era a receita para restauro quer o carro tivesse 2 podres ou 100 podres.

Posto isto, vou colher mais opiniões. Decididamente, tenho de arranjar as folgas no eixo dianteiro e fazer a viagem para Vila Verde.
E gozar o carro até à data da próxima IPO — 4 de Novembro.

Entretanto, continuo absolutamente rendido à hidropneumática.
Ver anexo 1078664 Ver anexo 1078663
É raro ver tanta lucidez com automóveis antigos em que é tudo paixão e muito pouco da razão... apesar de toda a sinceridade do prestador do serviço, 20000€ para 2 anos de privação do GS dá que pensar...além do mais gastar 20000€ num Lancia Aurelia ainda se pode ter retorno do investimento!
Há que distinguir entre clássicos icónicos para milionários e clássicos populares para o "Average Joe". No meu Mini restaurei-o como pude, e mantenho-o igualmente.
Com tanta peça de chapa em stock acho que arranjas melhor relação preço qualidade.
 

Samuel

Veterano
8:30 da manhã e estava já de partida para o chapeiro.
Ver anexo 1078661 Ver anexo 1078662

Lá chegado, o chapeiro explicou-me que, em carros que precisem de tratar chapa, naquela oficina propõem fazer restauro integral, igual ao de um Lancia Aurelia que lá fizeram. E, assim, que o trabalho a realizar e os preços a pagar seriam idênticos.
1- Desmontar o carro todo.
2- Enviar a carcaça para decapagem em Oliveira do Bairro
3- Pegar na chapa com buracos e fazer os remendos necessários.
4- Pintar tudo (sendo que o pintor, no tal Lancia Aurelia, levou 5000€).

A significar que o trabalho ficará em 20.000€ e durará 2 anos.

Impressões:
1- Como o @Manuel Pimentel disse, pareceu-me uma pessoa muito séria, sem planos de enganar quem lhe aparece à frente. Sinceramente gostei.
2- Ainda assim, julgo que foi um orçamento demasiado genérico, sem ver o que se pode aproveitar do estado actual do meu querido Citroën. Fiquei com a sensação que era a receita para restauro quer o carro tivesse 2 podres ou 100 podres.

Posto isto, vou colher mais opiniões. Decididamente, tenho de arranjar as folgas no eixo dianteiro e fazer a viagem para Vila Verde.
E gozar o carro até à data da próxima IPO — 4 de Novembro.

Entretanto, continuo absolutamente rendido à hidropneumática.
Ver anexo 1078664 Ver anexo 1078663

Também partilho da opinião do @António Barbosa.

Parecem-me valores elevados tendo em conta o modelo em questão. Para um Aurélia, admito que sejam mais ajustados - ainda assim, em qualquer dos casos e, sobretudo, para o tempo previsto, acho que se arranja por valores mais simpáticos.
Já agora, isso do tempo também é uma questão importante. Se se está só para aquilo ou paralelamente com mais dois ou três é uma coisa; e nesse caso compreende-se melhor os valores referidos (neste caso, sendo a ideia só o arranjo de chapa e pintura, não me parece que precise de 2 anos). Se for para ir fazendo (nas horas vagas), acho esses valores muito altos e também os 2 anos podem descambar em 3 ou 4.
 

António José Costa

Regularidade=Navegação, condução e cálculo?
Portalista
Gostei de ver o GS na areia solta, o plástico novo vibrava mais:).

Valores de chapeiro, tens de ir ver mais, alguém que vá tratar especificamente do carro com toda esse a vontade não demora 2 anos, a perfeição tem um preço é um prazo de realização e duração também, mas não me parece sinceramente o adequado.
Vai ver mais e continua a aproveitar o hidrosuspenso ao máximo.
 

João "Pegadas"

Portalista
Portalista
Pelo que tenho estado a acompanhar, ainda que silenciosamente, :oops: o GS respira saúde e gosto de ver que está a ter uma utilização quase diária. Adorava andar num carro desses assim diariamente, deve ser uma sensação absolutamente fora de série... O Cactus da minha irmã está a deixar-me as costas num farrapo, literalmente, nem acredito que aquilo é um Citroen... :eek:

Quanto à questão do bate-chapas, acredito da seriedade e na qualidade do trabalho, mas parece algo "desproporcional" considerando que se trata de um simples GS...

Por acaso, assim por alto, lembrei-me da oficina onde o caro @José Manuel Amado tem as suas VW Type 2 a restaurar - actualmente só tem uma... ;) - e a reconstrução dos taipais da Pick-Up, etc, deu-me ideia de ser um trabalho de elevada qualidade e no facto de ser no Porto (penso eu de que...) até se torna mais acessível para vistoria dos trabalhos... No meu entender, acho devias de ter essa oficina em consideração... digo eu... :xD:
 

Eduardo Relvas

fiat124sport
Premium
Eu continuo a achar que um restauro integral só se justifica num carro que esteve a apodrecer ao relento durante décadas... um carro completo que trabalha e não tem painéis a caír pode ser reparado e mantido. Vai-se desfazer o carro todo para renovar 5%?

O valor não é desmesurado, para um trabalho de topo será mais ou menos isso que se investe, mas em termos práticos não é de modo algum viável numa viatura de baixo valor, embora o valor sentimental o pudesse justificar. E volto a dizer, não é de todo necessário a não ser que o carro esteja um caco, que não é o caso.
 

João Pereira Bento

128coupe
Premium
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20mil euros não me parece exagero se for um restauro rigoroso. Dois anos é que considero um absurdo. :) Só quem nunca desmontou e voltou a montar um carro todo sabe o tempo que se gasta.

Com metade do dinheiro lá na outra oficina colocam o GS muito bom. Tenho a certeza. :)

O valor comercial será sempre ultrapassado. :(
 
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afonsopatrao

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Portalista
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Depois de voltar de Aveiro (de Uno — ver tópico respectivo), estava com muita vontade de andar de GS.
Antes de mais: os presentes para ele. Directamente do @Samuel , para onde segue um enorme abraço agradecido:
IMG_7973.JPG IMG_7975.JPG

Histérico, fui colocar no carro. Não encaixa perfeitamente no local dedicado (dentro do cofre do motor, no guarda-lamas direito) porque esta lata é a pequena — a de 1 litro. IMG_7977.JPG

Ainda assim, dá-me um gozo dos diabos tê-la lá. Vou arranjar maneira de a fixar melhor.

Presente n.° 2: um prato para a bateria, feito com base em molde. Não estava lá à venda; foi-me arranjado por quem está a recuperar agora um GS e, como não há, mandou fazer o molde e vários pratos. IMG_7991.JPG

Com tanta emoção, nada melhor que ir passear nele. Com as miúdas (que o baptizaram como o "carro que sobe e desce"). IMG_7984.JPG IMG_7980.JPG
Adoro vê-lo parado junto a carros modernos. No dia a dia. E gosto mesmo do bicho. IMG_7979.JPG

Este foi o sítio onde lhe tirei a primeira foto, à entrada da minha garagem. Adoro que esteja agora fora do reboque. IMG_7981.JPG
 

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Samuel

Veterano
Depois de voltar de Aveiro (de Uno — ver tópico respectivo), estava com muita vontade de andar de GS.
Antes de mais: os presentes para ele. Directamente do @Samuel , para onde segue um enorme abraço agradecido:
Ver anexo 1079481 Ver anexo 1079482

Histérico, fui colocar no carro. Não encaixa perfeitamente no local dedicado (dentro do cofre do motor, no guarda-lamas direito) porque esta lata é a pequena — a de 1 litro. Ver anexo 1079483

Ainda assim, dá-me um gozo dos diabos tê-la lá. Vou arranjar maneira de a fixar melhor.

Tenho ideia que o suporte que tinha o GS de cá era mais pequeno.
Foi pena porque isso tinha-se resolvido. Existe um 'U' que aperta naquele furo e que serve de adaptador para essas latas. (Acho eu)
Sugestão: existe aquela fita cola com esponja preta. Eu punha isso do lado de dentro dos suportes - tem suas vantagens: fica a lata mais justa (ou seja não anda a dançar mesmo que o suporte seja maior) e também não arranha a lata ao colocar/retirar.
 

André Santos

Veterano
Boas,

Grande GS! Tenho saudades de os ver nas ruas. O parque automóvel está a ficar tão enfadonho...
Acerca de restauros, eu teria muita atenção nas intervenções que faria a um carro destes. Faria o essencial, mas evitaria paragens de meses/anos, de forma a poder continuar a usá-lo e continuar a criar boas recordações. Que é para isso que eles servem.

Tenho uma Renault 4F em restauro acerca de 6 anos. Foi completamente desmontada, parafusos zincados, carroçaria para um lado, chassis para outro, braços de suspensão zincados, casquilhos novos, etc.. Fiz/faço questão de ser eu a fazer a mecânica, daí também a demora do processo.
Foi o carro onde aprendi a conduzir. Nova em 1986, foi dada como perda total em 1987. Terá voltado à estrada em 1996 e ás minhas mãos em 2003.
Entre marcas de capotamento, colisão e corrosão que obrigou a levar longarinas novas, o pior já passou.

Era extremamente agradável de conduzir. Não fossem as mazelas todas nunca teria sido desmontada, porque tenho saudades de a conduzir.
Entretanto fui buscar um Renault 5 a uma horta, também teve uma vida dificil. Não vai parar! :)

Boa continuação e um abraço!
 
OP
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afonsopatrao

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Portalista
Portalista
Boas,

Grande GS! Tenho saudades de os ver nas ruas. O parque automóvel está a ficar tão enfadonho...
Acerca de restauros, eu teria muita atenção nas intervenções que faria a um carro destes. Faria o essencial, mas evitaria paragens de meses/anos, de forma a poder continuar a usá-lo e continuar a criar boas recordações. Que é para isso que eles servem.

Tenho uma Renault 4F em restauro acerca de 6 anos. Foi completamente desmontada, parafusos zincados, carroçaria para um lado, chassis para outro, braços de suspensão zincados, casquilhos novos, etc.. Fiz/faço questão de ser eu a fazer a mecânica, daí também a demora do processo.
Foi o carro onde aprendi a conduzir. Nova em 1986, foi dada como perda total em 1987. Terá voltado à estrada em 1996 e ás minhas mãos em 2003.
Entre marcas de capotamento, colisão e corrosão que obrigou a levar longarinas novas, o pior já passou.

Era extremamente agradável de conduzir. Não fossem as mazelas todas nunca teria sido desmontada, porque tenho saudades de a conduzir.
Entretanto fui buscar um Renault 5 a uma horta, também teve uma vida dificil. Não vai parar! :)

Boa continuação e um abraço!
Muito obrigado! Estou a agendar a reparação para depois do Verão. E sim, quanto mais investigo o GS, mais chego à conclusão de que os seus restauros não devem assentar na lógica de desmontar até à última peça. Do que me tenho vindo a perceber — recebendo ensinamentos de quem já restaurou GS e da investigação do fórum francês GSAventure—, ao contrário do que sucede em outros Citroën (como os DS/ID), os restauros do GS devem fazer-se nas secções necessárias. Que são, invariavelmente, o lastro, embaladeiras e a zona frontal (guarda-lamas internos e a corta-fogo).
O meu tem ainda preocupação na parte interior dos guarda-lamas traseiros.

Vai ser um balúrdio; mas estou encantado com o raio do carro. Ainda hoje foi o fiel companheiro de um curso passeio em família e é absolutamente delicioso.

Hoje desocupei finalmente a garagem e espero durante esta semana trocar as esferas de um lado para o outro, para ver se é daí o recente desequilíbrio da altura de suspensão.
GS-trouvez-mieux-faceAV.jpg
 

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Rafael Isento

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(...) quanto mais investigo o GS, mais chego à conclusão de que os seus restauros não devem assentar na lógica de desmontar até à última peça.
Embora eu perceba o porquê dessa expressão, não concordo com ela. Para mim, pura e simples, a carroçaria deve estar o mais sã possível. Quando se tem a certeza que os defeitos são apenas de ferrugem superficial, o que dizes faz todo o sentido.
Agora quando há dúvidas?...
... se não fizeres bem feito, que invariavelmente passa por conhecer cada mm2 da chapa, vais ficar sempre de pulga atrás da orelha e nunca vais confiar na integridade a 100%.
Eu acho que se é para mexer, então é para ver tudo. Face ao trabalho que é, acho que compensa o investimento.
Eu se não tivesse feito isso ao AX, nunca teria descoberto o seu passado. Quando o vi todo descascado ia tendo um ataque.
A primeira reação foi desistir logo ali.
Depois de acalmar e ver em detalhe com o chapeiro, chegámos à conclusão que foi uma intervenção bem realizada e da qual não resultava nenhum perigo para a integridade da estrutura. Mas lá está, se não fosse um trabalho daquela natureza nunca teria a confiança no carro que tenho atualmente.
Custa ver as notas nas mãos dos outros, a mim também custou, mas pelo menos sei o que tenho e sei que como tenho é para durar ;)
 
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afonsopatrao

afonsopatrao

Portalista
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Embora eu perceba o porquê dessa expressão, não concordo com ela. Para mim, pura e simples, a carroçaria deve estar o mais sã possível. Quando se tem a certeza que os defeitos são apenas de ferrugem superficial, o que dizes faz todo o sentido.
Agora quando há dúvidas?...
... se não fizeres bem feito, que invariavelmente passa por conhecer cada mm2 da chapa, vais ficar sempre de pulga atrás da orelha e nunca vais confiar na integridade a 100%.
Eu acho que se é para mexer, então é para ver tudo. Face ao trabalho que é, acho que compensa o investimento.
Eu se não tivesse feito isso ao AX, nunca teria descoberto o seu passado. Quando o vi todo descascado ia tendo um ataque.
A primeira reação foi desistir logo ali.
Depois de acalmar e ver em detalhe com o chapeiro, chegámos à conclusão que foi uma intervenção bem realizada e da qual não resultava nenhum perigo para a integridade da estrutura. Mas lá está, se não fosse um trabalho daquela natureza nunca teria a confiança no carro que tenho atualmente.
Custa ver as notas nas mãos dos outros, a mim também custou, mas pelo menos sei o que tenho e sei que como tenho é para durar ;)
A questão é justamente a definição do que é fazer "bem feito". No caso do GS, separar a carroceria do charriot traseiro, por exemplo, parece trazer mais inconvenientes do que vantagens.
O estudo que venho fazendo tem revelado que conhecer cada mm2 de chapa não significa que todos os carros sejam restaurados exactamente da mesma forma. E quanto mais restauros de GSs vou vendo, mais disso me convenço.

Agora numa coisa estamos de acordo: se é para mexer, vou ver tudo. O que não implica desmontar partes do carro onde os problemas não existirem, pois isso estraga mais do que se melhora.
 

António José Costa

Regularidade=Navegação, condução e cálculo?
Portalista
Boas,

Grande GS! Tenho saudades de os ver nas ruas. O parque automóvel está a ficar tão enfadonho...
Acerca de restauros, eu teria muita atenção nas intervenções que faria a um carro destes. Faria o essencial, mas evitaria paragens de meses/anos, de forma a poder continuar a usá-lo e continuar a criar boas recordações. Que é para isso que eles servem.

Tenho uma Renault 4F em restauro acerca de 6 anos. Foi completamente desmontada, parafusos zincados, carroçaria para um lado, chassis para outro, braços de suspensão zincados, casquilhos novos, etc.. Fiz/faço questão de ser eu a fazer a mecânica, daí também a demora do processo.
Foi o carro onde aprendi a conduzir. Nova em 1986, foi dada como perda total em 1987. Terá voltado à estrada em 1996 e ás minhas mãos em 2003.
Entre marcas de capotamento, colisão e corrosão que obrigou a levar longarinas novas, o pior já passou.

Era extremamente agradável de conduzir. Não fossem as mazelas todas nunca teria sido desmontada, porque tenho saudades de a conduzir.
Entretanto fui buscar um Renault 5 a uma horta, também teve uma vida dificil. Não vai parar! :)

Boa continuação e um abraço!

André e um DB do 5 :).

Afonso, desculpa a intromissão no tópico.
 
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